Come Back To Me - Loves never die escrita por Muitaz


Capítulo 15
Capítulo 15




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Me levaram até algum lugar e me deitaram em uma cama, pelo forte cheiro de doença presumi que aquela fosse a enfermaria, enfiaram uma agulha no meu pulso, que na primeira chance que tive arranquei fazendo o meu pulso sangrar descontroladamente, mas nem quando alguma enfermeira veio, nem quando Annabeth veio, nem ao menos quando um homem com bunda de cavalo e bobes no rabo – o que eu tenho certeza que foi uma ilusão por alguma coisa que puseram no meu soro – vieram me chamar, eu parei de me fingir de morta. Eu só dei um sinal de vida quando ele veio.

-Thalia, você está bem – Ele perguntou, abri uma simples brecha em meus olhos para ter certeza de quem era. Luke estava a minha frente, com um enorme curativo amarrado ao peito, ele não usava camisa, mas as gazes que cobriam seu tronco serviam disso, elas estavam avermelhadas, enquanto ele estava pálido. Mas seus olhos azuis brilhavam.

Eu só abri os olhos, sem pular da cama nem nada. No fundo eu tinha medo.

-Saia daqui agora! – Gritei, a razão contrariando meus sentimentos.

Alguém falou um “shiu” longe o suficiente para não ser identificado.

-Thalia vamos conversar lá fora OK? – Ele falou calmamente.

Assenti, ele me conduziu até fora da enfermaria, andando calmamente e tentando se aproximar a cada vez que eu sai de perto. Nós andamos até a extremidade de um lago, Luke parecia querer ter certeza que não éramos ouvidos. Quando ele finalmente parou eu gritei novamente.

-Sai daqui! – Eu me ajoelhei no chão, lutando contra as lágrimas – Eu não quero te machucar, não suportaria te perder!

Ele me olhou assombrado.

-Eu sou um monstro! – Eu gritei com todas as minhas força – E eu nem sei quem eu sou. Eu só tenho certeza de que eu te amo...

Então ele se ajoelhou a minha frente e segurou meus punhos.

-Eu sou o monstro, eu já te magoei uma vez, já te decepcionei! Thalia eu sou o único monstro aqui, todos me olham com medo. Eu também tenho medo de mim. Eu tenho medo de te magoar de novo, de te fazer chorar. Thalia eu tenho medo de perder você mais uma vez. Eu não suportaria. Você é meu veneno e meu antidoto, sua presença aqui me faz lembrar que eu sou um monstro, que eu posso te machucar a qualquer minuto, me lembra o quanto eu te machuquei,  quanto eu te feri – Lágrimas escorriam livremente de seus olhos – mas por outro lado se eu não te tiver aqui, eu deixo de existir. Nada mais faz sentido, não adianta um mundo sem culpa, se você é meu mundo.

-Eu te amo, e isso foi extremamente clichê – Eu disse e ele riu, eu mordi os meus lábios, ainda me sentia um monstro. Mas longe dele eu não era eu, eu não era ninguém.

Ele lançou seus braços em mim, envolvendo o meu pescoço, e nossos lábios se encontraram. E eu cai por cima dele, e nos rolamos na grama, nos sujando todos, mas a grama não me pinicava, nem as mordidas das formigas queimavam. Seus lábios estavam nos meus, ele estava ali comigo, nada mais importava. Tirando o fato de que nós caímos no lago de canoagem é claro.

Assim que submergimos eu me separei de Luke, porque começava a engasgar com a água, e os meus cortes a arder, mas não foi por isso que eu me desesperei. A atadura feita no peito de Luke havia se desfeito, e o seu sangue se misturava a agua que entrava na minha boca.

Segurei seu peito e nadei até a margem, ele estava mais pálido do que antes, eu o carreguei desacordado até a enfermaria, e fiquei lá pelo reto da noite enquanto ele se recuperava. Eu só fui de fato dormir quando amanheceu, e a exaustão, presumo, me livrou dos sonhos.

Eu acordei por que meu ombro estava sendo sacudido, mas não era por Luke.

Jannet tinha os olhos em chamas fixados em mim.

-Onde está Nico? – Ela perguntou enfurecida.

Eu segurei se braço antes de indica-la o caminho até onde Nico estava – onde eu achava que estava.

-Olhe eu não beijei Nico, foi Luke. Mas eu pensei que se eu contasse para vocês o matariam, então falei a aparência de qualquer um, porem vocês o ligaram com o seu Nico. E eu simplesmente afirmei, não brigue com ele.

Achava que os olhos de Jannet não poderiam ficar mais enfurecidos do que quando ela me acordara, mas sem duvida, podiam. Agora os seus olhos não faiscavam mas no vermelho das chamas, mas sim num azul, que até onde eu sei é a cor mais quente do fogo. Ela parecia capaz de me comer viva.

-Ahhhhh – Ela gritou com raiva, ignorando o “shiu” vindo do final do corredor – Por sua causa eu estou aqui, por sua causa Nico esteve em risco de morte! Eu estava me sentindo culpada!

Ela ia avançar para cima de mim.

-Não foi por minha causa Jannet, Nico nunca faria uma bobagem dessas por mim! Por que não é a mim que ele ama! É a você – Eu gritei mais alto do que ela, em algum lugar algo explodiu.

-E como você sabe disso? – Ela gritou seus olhos agora estavam negros, ela não estava mais irritada, somente afogada na mais profunda tristeza.

-Porque eu quase me distanciei de Luke hoje, por que eu tinha medo de machuca-lo. Luke se juntou a Cronos por mim, e eu dei a minha vida por ele, assim como ele fez por mim – Eu não fazia ideia do que estava falando mas as palavras surgiam na minha mente, como se sempre estivessem estado lá – E nós só fizemos isso por que nós amávamos. Por que nos amamos.

Uma mão tocou meu ombro, depois foi descendo e abraçou meu corpo. Eu me aconcheguei nos braços de Luke, e uma estranha sensação de que aquilo já havia acontecido me consumiu, me virei para encarar seus olhos.

Seu sorriso tomou conta do espaço. Depois imagens, imagens de Annabeth sorrindo, de Luke me abraçando. De Luke encostado em um pinheiro o socando com toda a sua força. Depois dele caído de eu penhasco. Até que eu mergulhei no Lete.

Eu abri os olhos, de repente eu me lembrava.


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