Vampiros De Antigamente, Sedutores escrita por Veneficae


Capítulo 9
Dica 5: Sempre terá um caçador de vampiros...


Notas iniciais do capítulo

... ou então alguém que tentará matar seus vampiros.


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* (http://imagesfb.s3.amazonaws.com/files/2011/04/jeans-masculino-26-352x450.jpg)

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Homem de aparente 27 anos, cabelos castalhos claros com, camisa branca regata, jeans* e All Star Skip Grid azul escuro. Ele tirou o ray ban (é assim que se escreve?), mostrando seus olhos violetas e sorriu para mim como se nada tivesse acontecido, como conhecidos se conhecendo novamente - isso era possível.

Congelei, observando seus olhos.

Eu sempre me perguntava se não eram lentes, mas o próprio Rex disse que era natural.

– Jarex Tyrone Chandler. - disse com um pontinho de sarcasmo. - Pensei que fosse um médico. - fitei-o de cima a baixo. Com certeza não se parecia um médico renomado que conheci, estava mais para o ator Kivanc Tatlitig num tempo rebelde e com a barba crescendo.

– E ainda sou.

– Não é o que diz seu estilo.

– Tenho o estilo que eu quiser. Aliás, você também mudou. Parece Helene Fischer de cabelo branco e lentes vermelhas. - Rex virou-se rapidinho para Rick, que deu ombros. - Eu esperava um "Meu Deus! É você! ou "O que andou fazendo esses últimos três anos?", mas recebo um "você?". Que fiz de errado agora?

– Pensei que eu tivesse sido clara quando falei que não queria vê-lo mais. Como meu ex-namorado, pensei que levaria a sério.

– Ex- para você.

Bufei.

– O que faz aqui? Por que Rick te chama de informante?

– Vamos dizer que as coisas mudaram muito desde que terminamos. Três anos é muito tempo e você andou me influenciando.

– Influenciando? - perguntei, tomando um pouco do Mocha.

– Bem... vamos dizer que virei um... nesse meio tempo... um caçador de vampiros.

– O que?! - cuspi o Mocha quente. - Está louco? Pensei que fosse médico e tivesse um pouco de cabeça no lugar.

– Como se você também o tivesse!

– Conheci Rex numa caçada de Jack. - disse Rick. - Rex tentou matá-lo, mas acho que acabamos virando amigos por...

– Por uma coisa em comum. - interrompeu Rex. - Então descobri que estava aqui e, não deve se lembrar mas, Rick é seu primo.

– Não tenho primo lobisomem. - resmunguei.

– Não seja idiota, Charlote. Você o nunca conheceu. Os pais dele havia morrido pela "coisinha hereditária" que Rick tinha e ele fugiu. Não tinha como.

– Podemos ir para outro lugar? -sussurrou Rich. - Todos estão olhando. - e estavam mesmo. Todos que sentavam a nossa volta ficava olhando esquisito para nós ou achava realmente que era um ensaio de teatro. Uma criança parecia realmente interessada no que dizíamos.

Levantei, peguei o Mocha, deixei o dinheiro da conta e sai.

– Não tenho mais nada a falar com nenhum de vocês. - a ideia de eu já estar desde criança envolvida com coisa sobrenatural nunca me incomodou tanto, muito mais a ideia de Rex estar envolvido nessa agora e de Rich e Jack serem meus primos.

O que mais me atormentou era a lembrança de que eu e Jack, agora meu primo, ter se agarrado comigo.

– Volte aqui, Charlote Frey Valentine. - disse Rex, me puxando pelo braço. Realmente queria me soltar, mas por que não o fiz?

– Sabe que odeio meu nome inteiro.

– Por isso mesmo.

– Idiota.

– Fresca.

– Ignorante.

– Obtusa.

– Grosso.

– Louca.

– Louca?!

Não vou dizer o que eu disse naquela hora.

– Quantos palavrões em só uma frase. - arqueou as sobrancelhas. - Você realmente está mudada, como disse Rick.

– Você pediu por isso ao me chamar de louca.

– Só porque você se fecha no seu mundinho fantasioso por causa de sua mãe, que vai ficar o resto da vida presa numa hospício?!

Foi um baque, sinceramente.

– Você não tinha esse direito.

– Mas é a verdade.

– Você não tinha esse direito!

Rich chegou e afastou-me.

– Charlote...

– Me larga! - dessa vez eu me soltei. - Seu hipócrita reprobo, nojento, mesquinho e sínico! Agora lembro porque te larguei também. - joguei o Mocha na sua cabeça. - Você era insensível, frio.

Joguei o copo longe e sai.

Rick não se atreveu a me seguir.

Como pude me esquecer de que Rex era tão insensível? Eu devia ter o falado quando Jack me perguntou uma vez, não que eu quisesse explicar mais sobre Rex a ele. O que me inconformava é ter esquecido de como ele era.

Eu lembrava muito bem do meu relacionamento com Jarex Tyrone.

Sim, havia momentos bonitos.

Eu havia o conhecido quando fiquei internada no Hospital em que ele trabalhava quando, numa expedição, eu havia caído numa tumba funda demais. Havia torcido as pernas e cortado a lateral da minha coxa esquerda - ainda havia uma cicatriz bem marcante nela. Rex havia cuidado de mim tão bem, sempre pedindo desculpa cada vez que algo que fazia me doloria, nunca vi defeito nele. Começamos a namorar, foi lindo. Ele deu um de Dama E O Vagabundo, embora fosse visível que Rex tentava comer os mesmos fios de macarrão que eu comia. Então aconteceu nosso primeiro beijo, os dois manchados com o molho de tomate.

Havia muitos momentos bonitos:

+ Flores na minha porta;

+ Cozinhávamos juntos;

+ Quando íamos esquiar, ele sempre arranjava um jeito de rolar na neve comigo;

+ Não era grudento, isso era o melhor de tudo.

Isso foi até o terceiro ano de namoro.

Rex provavelmente ia me pedir em noivado e nisso reservou um lugar romântico na beira do lago, um pique-nique. Era mais ou menos umas nove da noite, já havia sido apresentada para nosso pique-nique e Rex estivera sorrindo com algo a mais em mente. Eu me preparava para dizer a ele que eu ia para perto de Kolmanskop, o único lugar na África que não fazia sol para estudar possível locais de moradia de vampiros e eu lhe disse. Eu ia morar lá, acho que isso o desmoronou. Não só isso, mas principalmente quando eu disse que não pretendia levá-lo junto. Não daria certo. Nunca achei que namoro e estudo desse certo.

Além disso, Rex achava meu sonho de virar especialista de vampiros fosse ridículo.

Sim, ridículo.

Foi o que ele disse na mesma noite em que eu lhe disse isso. Apartir desse dia comecei a ver seus defeitos, atitudes suas que eu ignorava totalmente. Fora tão ruim esses dias que, no dia do meu aniversário, o qual ele esqueceu, terminamos.

Na época ele até tentou voltar comigo quando vim para cá, deu o meu rádio também, mas eu não voltei. Apesar dos seus defeitos, ele tinha mais qualidades que eu pudesse contar nos dedos. Talvez eu pense isso porque eu amava, mas percebi também que ele era bom demais para mim. Era médico formado, ganhava seu dinheiro e tinha já uma cobertura linda num hotel caro.

Eu não era párea.

Uma garota jovem, apaixonada obsessivamente por vampiros, sonhadora e que nunca fica no mesmo lugar por muito tempo.

Então nunca mais nos vimos, até agora.


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Notas finais do capítulo

Novamente desculpe por demorar.
Houve um problema de internet na minha região e não deu para escrever, além disso, outras coisinhas mais.
Mas estou na área novamente,
bejus,
Veneficae