Give It Up escrita por Niin


Capítulo 7
Beach party


Notas iniciais do capítulo

Heeey galera! Bão?
Seguinte, eu ia postar essa joça dia 19, mas esqueci, haha!
Ai fiz a Miwa decidir entre um cap hje e um dia 23 e um gigante, escolha dela o gigante... Nem me culpem se vcs preferirem d outro jeito... kkk'



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Me despedi de Nina e fui pra casa, liguei pra Knox e o chamei pra ir, mas ele disse que não podia porque ia jantar na casa de um amigo do pai dele.

Enfim, fiquei sozinha, shit, Nina tinha medo deles, principalmente de Jimmy, então ela não quis ir comigo. O problema é que eu já tinha falado que iria… 

Bufei e convenci a mim mesma de que deixar de ir seria pior, então entrei no banheiro e me olhei no espelho.

Aproveitei meu tempo e dei vida a minha vontade de repintar meu cabelo, trocando as mechas verdes por azuis.

Depois de descolorir e pintar me cabelo, ele ficou do jeito que eu queria, fui me arrumar para a dita festa.

Lá pras sete e meia, fiquei pronta, avisei minha mãe e saí, não precisei andar muito, já ouvia a música ecoando pelas ruas, via o mar, mas não via a festa por enquanto.

Passei pela casa de Gates e o pai dele estava na varanda.

- Olá Jade. - Ele me cumprimentou sorrindo

- Amh, oi senhor Haner. Tudo bem? - Perguntei meio nervosa, ainda acho que ele pode desenvolver aquele ódio.

- Tudo, está indo para a festa dos meninos?

- Estou.

- TÔ SAINDO VELHO! - O grito de Gates ecoou dentro da casa e ele abriu a porta, me encarou e depois olhou pro pai dele - Ah, você está aí. Estou indo.

- Que bom, assim você pode fazer companhia para a Jade.

Fiz caras e bocas - Não! - Respondi na hora e eles me olharam - Quer dizer… Eu sei me virar. Obrigada.

- Cala a boca Vampira, nós estamos indo para o mesmo lugar, é óbvio que eu vou andar com você, ou você acha que vou pegar um caminho mais longo pra te evitar? Você não é assim tão importante.

- Syn! - O pai dele disse repreendendo

- Você é um idiota Gates. Tchau senhor Haner. - Disse sorrindo e saí andando

Gates veio andando e ficou do meu lado.

- Pintou o cabelo?

- Aham… Cansei do verde por enquanto, mas depois eu volto... 

Ele sorriu e continuamos andando em silêncio, quando chegamos lá, todo mundo nos olhou, estavam meio assustados por termos chegado juntos, mas também, estávamos a beira do espancamento algumas horas mais cedo.

Olhei a galera ainda de cima, enquanto descia o pequeno morrinho até a areia, vi a garota loira me olhar com raiva e sorri cínica.

Fui até Jimmy e ele passou um braço pelos meus ombros.

- Qual é o problema de vocês? - Perguntei sacudindo os ombros - Já fui específica quanto a não gostar que toquem em mim.

- Oi Vampira! Onde está seu namorado? - Perguntou ignorando meu protesto

- Não pode vir.

- Ele te deixa vir sozinha à uma festa na praia? - Zacky perguntou se aproximando - Tem cara que é simplesmente burro.

- HEY! Não fala mal do meu namorado.

- Own! Ela fica irritadinha quando agente xinga o namoradinho dela. - Matt disse rindo e apertando minhas bochechas.

- Parem de tocar em mim toda hora! - Eu disse empurrando seus pulsos pra baixo - Que coisa chata!

- Só o iKnox pode tocar em você? - Jimmy perguntou rindo

- Foi a pior piada que eu já ouvi na vida. - Matt comentou e gargalhou logo em seguida.

Fiquei um tempo conversando com eles, que deram palpites sobre as mechas no meu cabelo, Matt gostava mais do verde, já Jimmy gostou do azul, Zacky disse que achava legal de qualquer jeito, e que eu podia até misturar as duas.

Me sentei com Jimmy em uma pedra ao lado de uma fogueira.

- Guenta aí, vou pegar marshmallows.

- Ok.

Fiquei pensando na ideia de Zack sobre misturar o azul e o verde quando alguém se sentou ao meu lado.

Olhei, pois pensei que era Jimmy, mas a garota loira estava lá sorrindo pra mim.

O que é isso? Ela tem dupla personalidade?

- Olá! - Disse alegre e eu ergui uma sobrancelha pra ela.

- Oi. - Respondi fria voltando a olhar pra mecha azul.

- Meu nome é Valary e o seu? - Ela insistiu tentando ser simpática, ela é doente?

- Jade.

- Prazer, você é a nova amiga dos meninos não é? A Michelle me falou de você.

Pensei um pouco, me lembro de ter ouvido o nome Michelle, mas não sei onde.

- Pois é. - Respondi ainda sem olhá-la

Acho que ela não percebeu que eu não estava afim de papo e continuou - Adorei o seu cabelo, muito original.

Ergui os olhos pra ela e sorri amarelo/cínica. - Obrigada.

Jimmy chegou e se sentou do meu outro lado. - Pronto Vampira, vamos nos alimentar.

Me virei pra ele, que tampou o pescoço e estendeu um marshmallow. 

- Que foi? - Perguntei confusa

- Você é uma Vampira que não gosta de sangue. - Disse como se pra me convencer

- Pra falar a verdade… - Comecei e ele deu um grito de menininha, que fez com que nós ríssemos 

- Eu trouxe marshmallow, salsicha e queijo. - Ele disse feliz erguendo saquinhos - E esses espetos, toma o seu.

Ele misturou queijo com salsicha e colocou marshmallow na ponta, eu o encarei com cara de nojo e ele só sorriu.

Coloquei marshmallows no meu espeto e coloquei-o no fogo.

- Não vai querer queijo e salsicha?

- Eu como o queijo depois, mas salsicha não, sou vegetariana.

- Jura? Que legal!

A garota loira saiu e me deu um sorrizinho, estranhíssima.

Algum tempo depois, eu estava conversando com Jimmy enquanto ele me contava piadas toscas, Gates chegou com uma garrafa de vodka pela metade e se sentou do outro lado de Jimmy.

- Hey man! O que o touro falou para a sua mulher? 

- Não sei. - Ele respondeu virando mais do conteúdo na boca e engolindo

- Desse jeito eu vou ficar chifrudo sua vaca! - Disse e começou a gargalhar, eu ri só porque era ridículo.

Gates não parecia de bom humor, pois deu uma rizadinha amarela e voltou a beber.

- Que cara feia é essa Haner?

- A minha, e se eu fosse feio não tinha tanta mulher querendo dar pra mim.

- Você é sempre tão sutil e modesto assim?

- Costumo ser mais.

Jimmy, que até então estava rindo, não sei do que, levantou-se para atender o celular e eu e Gates continuamos sentados.

- Quer? - Ele perguntou balançando a garrafa

- Não, obrigada.

- Umh, saquei.

- Sacou o que?

- Você gosta de fingir que é a menina má, que é a loucona, mas é tão santa quanto uma freira.

- Só por que não quero beber sua vodka?

- Beberia se não fosse minha?

- Não, não estou afim de beber vodka pura.

- Não seja por isso. - Ele disse sorrindo e se levantando

Ergui as sobrancelhas enquanto ele andava até uma galera e voltava com uma latinha de sprite, sentou do meu lado e abriu-a, virando grande parte na boca e depois me estendendo a lata.

- Bebe agora?

- Está pretendendo me deixar bêbada para chifrar sua namorada? - Perguntei cínica enquanto virava vodka na latinha.

- Se eu quisesse chifrá-la não ia precisar embebedar ninguém, acredite.

- Convencido. - Disse entregando-lhe sua garrafa

Ele sorriu de canto e passou uma mão pelo cabelo, depois virou o resto da vodka na boca. Eu ergui as sobrancelhas pra ele - Quer ficar bêbado tão rápido assim?

- Eu gosto de ficar bêbado.

- Percebi.

Ele sorriu pra mim e jogou a garrafa em algum lugar, depois passou o braço por meus ombros, eu os chacoalhei, mas ele não tirou o braço de mim.

E foi nesse segundo que a garota loira passou e fez cara feia pra nós, sacou a dupla personalidade master dela?

Enquanto eu pensava nisso, senti algo molhado na minha bochecha…

Ele estava MESMO me beijando?

Coloquei a mão no pescoço de Gates e o empurrei pra longe - O álcool já fez efeito. E só por isso eu não faço você comer areia.

Ele riu e me puxou para um abraço, prendendo meus braços embaixo dos seus. - Não estou bêbado. - Sussurrou na minha orelha

- Então você vai comer areia. - Disse entredentes - Me larga agora Haner.

- E se eu não quiser?

Tentei dar uma cotovelada nele, mas não deu certo. - Me larga.

O riso baixo dele veio seguido de um beijo logo abaixo da orelha. - Não.

- Não me importa se você quer fazer ciúmes na sua namoradinha bipolar, me larga agora e vai usar qualquer puta que te queira.

Jimmy entrou no meu campo de visão ao longe e eu pensei em gritá-lo, mas talvez fosse inútil porque, até onde eu registrei, eles são melhores amigos.

Continuei a tentar me soltar daquele macaco enquanto ele ria e me apertava cada vez mais.

- Está vendo o que acontece quando você brinca comigo?

- Você mostra seu lado psicopata? Se não se incomode, eu também tenho o meu. E vou usá-lo em você se não me soltar agora.

- Entenda Vampira, você não pode me obrigar a nada, você é pequena e fraca.

- CALA A BOCA! ME LARGA AGORA! - Gritei me debatendo ainda mais, o que fez com que ele puxasse meu tronco pro seu colo e “deitasse” em cima. Era tudo o que eu precisava, ter essa baleia paraplégica deitada em cima de mim.

- Já te disse que você não pode me obrigar a nada. - A voz dele era baixa e calma, o que me irritava cada vez mais - E para de gritar, eu não gosto disso.

- Não perguntei o que você gosta ou deixa de gostar, isso quem tem que saber é a estranha e talvez suas putas, eu só quero que você me largue! 

Pernas entraram em meu campo de visão, eu pensei que talvez algum bêbado considerasse aquilo um montinho e pulasse em cima de Brian, o que ia, definitivamente, me matar. Mas acontece que as pernas eram de Matt, que agachou e ficou com o rosto quase na altura do meu, Brian virou a cabeça para olhá-lo e ele sorriu.

- Se divertindo crianças?

- Muito…

- Não! Me tira daqui Matt! - Eu disse irritada voltando a me debater e ele riu

- Parabéns! Ela já tinha parado com isso. - Brian me apertou mais e eu parei, vai que ele me quebra no meio.

- Michelle estava te procurando. 

- Isso! Vai lá falar com ela! - Eu disse tentando empurrar os braços dele pra longe.

- Não se preocupe, ela já me achou.

- Então o que…

- Deixa quieto Matt.

- Me solta!

- Solta ela cara.

- Não. Estou me vingando.

- Sei… - Matt disse com um sorriso malicioso se levantando - Vejo vocês depois crianças.

- Vai lá brincar com a Val, mas usem camisinha. Crianças. - Brian disse rindo e Matt gargalhou.

- Você é tão sutil Haner.

- Você sabe que me adora Vampira.

- Amo, vem aqui pra eu te matar vem.

- Estou aqui.

- Solta minhas mãos que eu mato.

- Então tá. - Ele me soltou e se sentou normal, saí do colo dele e o olhei com ódio.

- Você é um estúpido, e se fizer isso de novo eu vou…

- Estou esperando você me matar, tem dois minutos, ou eu vou te segurar de novo.

Chutei-o e me levantei da pedra, recuperando minha latinha e bebendo enquanto ia pra longe dele.

Jimmy estava conversando com Zacky e Johnny, me aproximei deles e fiquei lá conversando sobre música.

Então, eu já tinha acabado de beber, quando senti braços em volta dos meus e ouvi a risada dele.

- Não! - Eu disse começando a andar, mas já era tarde de mais, e com um tranco ele me puxou de volta pra ele.

- Já foram seus dois minutos.

Grunhi, os braços de Brian estavam na altura do meu cotovelo, portanto eu mal podia socá-lo e muito menos dar cotoveladas. - Eu odeio você! Sabia disso? Eu vou fazer você comer areia, não estou brincando. 

- Já teve sua chance. 

- O que está acontecendo aqui? - Jimmy perguntou interessado

- Ele está treinando um sequestro.

- Sei… - Ele disse dando uma golada na bebida - E por que?

- Porque ele é um idiota!

- Estou me vingando.

- Sua vingança não parece ruim…

- Ah, ela é sim! 

- Você odeia ficar presa não odeia? - Ele perguntou e eu ouvi o riso em sua voz

Respirei fundo e fechei os olhos, resolvi ignorá-lo e ficar quieta, relaxei meu corpo e entrelacei meus dedos uns nos outros.

- Vai me ignorar?

Continuei de olhos fechados e ouvi a risada de Jimmy.

Algo começou a tocar alto e eu abri os olhos, era o celular de Zacky e ele saiu arrastando Johnny para algum lugar, fechei os olhos de novo.

Jimmy e Gates estavam conversando sobre alguma coisa, ele não mexeu um milímetro e isso estava me consumindo por dentro, eu queria esfaqueá-lo pelo menos vinte vezes, só pra ver o sangue de seu corpo escorrer pro chão e sujar toda a areia da praia.

Aquele pensamento me fez sorrir sarcástica, o que não passou despercebido por Jimmy.

- Pensando no que Vampira? - Ele perguntou maliciosamente

- Em esfaquear Brian. - Respondi abrindo os olhos - E no sangue dele escorrendo pela areia da praia. Sujando minha mão, a faca…

- Você é macabra. - Jimmy disse e riu, Brian apertou um braço onde ele estava e o outro ele subiu para os meus ombros

- Você teve dois minutos para me matar, mas não matou, então conviva com isso pra sempre. 

- Me solta.

- Não.

Bufei e coloquei as mãos nos bolsos, olhei pra cima e vi o céu estrelado, que horas será que são?

Fiquei perdida na minha viagem sobre o tempo e ouvi uma voz irritante, já tinha ouvido essa voz antes, ou uma bem parecida, voltei minha atenção ao mundo a minha volta e percebi que Jimmy não estava lá.

- Você me deve explicações Syn!

- Não devo não. Vai embora Michelle.

Franzi a testa e virei o rosto na direção da voz, a garota loira estava lá de cara fechada pra mim, parecia um tanto quanto vermelha e irritada.

- Brian! - Ela chamou irritada e ele se virou pra ela

Sorri cínica, e ela deve ter achado que era pra ela, pois ficou ainda mais brava, abri minha boca pra falar, mas a mão dele tapou minha boca. 

- Você não tem que explicar nada pra ela.

Sério? Ele está mesmo me usando, contra a minha vontade, pra fazer ciúmes na namorada?

Mordi a palma de sua mão, mas ele não largou.

- Para. - Ele sussurrou na minha orelha - Quem sabe se você for boazinha eu te deixo ir.

Soltei meus dentes e ele beijou logo abaixo da minha orelha de novo.

Olhei pro mar e voltei a pensar em formas legais de matar Gates, a garota gritava e fazia um escândalo e ele, sei lá, eu não podia vê-lo.

Seus braços soltaram o aperto, ele segurou minhas mãos e passou os braços pela minha cintura.

- E ELA TEM NAMORADO! - Ela gritou alto o suficiente para me acordar dos meus devaneios… Alguém com certeza ia contar pra Knox. Me ferrei.

Gates previu meu surto e me segurou mais forte. - Fica tranquila, eu dou um jeito nisso depois. - Sussurrou e eu mordi meu lábio com força, Brian Haner Jr. VOCÊ VAI MORRER DE FORMA LENTA E DOLOROSA, O SANGUE VAI ESCORRER DO SEU CORPO ATÉ NÃO SOBRAR MAIS NADA!

Engoli mil vezes até me acalmar o suficiente, então apertei suas mãos, ele virou-se pra mim confuso. - Sim?

- Me solta. - Pedi calma e ele sorriu 

- Fica tranquila, já falei que…

- Agora.

Ouvi a garota rir debochada e ele me soltou, comecei a andar pra longe, quando ouvi a voz dela de novo.

- Ficou com medinho foi? Por que? Afinal, só seu namorado que não pode ter contato com pessoas do outro sexo, você pode ficar agarrada com qualquer cara… Ou não?

- Olha aqui sua vadia, se você tem problemas com seu namorado, o problema é todo seu, não venha descontar em mim se não consegue segurar a porcaria do seu homem, eu faço o que eu quiser e você não tem nada a ver com isso. E por último, mas não menos importante, ele me… - Brian não me deixou terminar, segurou minhas pernas, me jogou no ombro e saiu andando pra longe dela. - Me coloca no chão Haner! - Disse socando suas costas.

Brian continuou me carregando nas costas e várias pessoas nos olhavam e riam.

- Me põe no chão agora seu gorila! 

- Fica quieta.

- ME COLOCA NO CHÃO!

Ele andou mais um pouco enquanto eu o socava, quando ele finalmente me colocou no chão chutei-o e ele riu.

- Seu idiota troglodita! Quem você pensa que é pra sair me carregando?

- Você pretendia revelar meu…

- E DAI? - Gritei irritada e ele riu mais ainda - PARA DE RIR! DEIXA DE SER IDIOTA! - Eu gritei e chutei areia nele. 

- Para! Deixa de ser idiota Vampira. 

- Hahaha, nem me venha falar de idiotice Gates!

- Ah, Gates? Evoluímos para uma semi-amizade?

- Não! - Disse irritada erguendo as sobrancelhas - Só que te chamar de Brian ou Haner me lembra seu pai, e ele é um cara legal.

Ele franziu a testa e virou a cabeça um pouco - Então…

- NÃO! CALA A BOCA! - Eu disse antes que ele falasse algo, olhei em volta e vi que estávamos longe da civilização, vulgo, a festa. - ONDE RAIOS NÓS ESTAMOS?

- Na praia. - Ele respondeu apontando o mar

- Nãaao? - Perguntei irônica - Quero saber pra qual lado é essa maldita festa, até porque, tenho que ir pra casa e ligar pro meu namorado pra explicar pra ele que fui sequestrada e não estou traindo ele com um GORILA! - Gritei a última palavra chutando areia nele.

- Pode parar de me chamar de gorila?

- Depende, você pode parar de ser um?

- Cala a boca vampira. - Ele disse e eu fechei a cara e me ajoelhei na areia - O que está fazendo?

Baixei a cabeça e deixei o cabelo tampar meu rosto, então comecei a passar a mão pela areia, ele se aproximou e agachou na minha frente. Sorri cínica me preparando, mas logo o sorriso morreu.

- Gates? - Chamei baixo

- Umh?

Levantei a cabeça e sorri pra ele. - Eu te amo.

Ele ficou surpreso e escancarou a boca. Fez várias caretas, enquanto eu segurava meu riso, peguei um monte de areia e joguei na cara dele. 

- QUE MERDA VAMPIRA! - Gritou limpando a cara e cuspindo o que tinha entrado na boca dele.

- CARALHO! Não acredito que você acreditou nisso! - Disse caindo sentada e rindo

- VOCÊ É UMA IDIOTA GAROTA! - Ele gritou e veio pra cima de mim

- Eu disse que ia te fazer comer areia. - Eu disse irônica, mas não consegui conter meus risos quando olhei pra ele, que ainda estava com o rosto e o cabelo sujos de areia.

- Você é um demônio.

- Não. Sou uma vampira. Dã! - Ele rolou os olhos e me puxou pra cima - HEY! Me larga!

- Não, vou te torturar de novo.

- Para! Me larga! Nem vem com esses braços de gorila pra cima de mim!

- Tira a roupa.

- Anh? Fala sério! Você me trouxe pra longe da civilização pra me estuprar? Ahh santo! Tinha tanta puta naquela festa, por que não pegar qualquer uma delas pra…?

Ele tapou minha boca e segurou meus braços. - Você esta de biquini idiota. - Ele disse e destapou.

Olhei pra baixo e lembrei que ele tinha razão, mas mesmo assim… - E dai? Não vou!

- Vai molhar sua roupa?

- Não vou entrar na água.

Ele sorriu sacana e eu dei um passo inconsciente pra trás - Não.

- Vai sim.

- PARA! - Gritei quando ele andou até mim - Você não vai…

- Escolhe…

- NÃO! - Gritei e comecei a correr, mas é meio óbvio que ele ia ganhar de mim na corrida, então quando ele segurou minha cintura e me puxou, tudo o que eu fiz foi puxar pra baixo, nós dois caímos e rolamos na areia. - IDIOTA! - Gritei e comecei a socá-lo

- Para! - Ele gritou segurando meus pulsos e me prendendo com o corpo - Agora vem. 

- Não! - Protestei, mas ele já estava andando pra água, agora que eu reparei, quando ele tirou a camisa?

- Vampira?

- Umh?

- Você prefere que eu te jogue ou que afunde com você? - Perguntou sarcástico

- Que você se afogue.

Ele rolou os olhos e me jogou longe, mas ele já estava na água também, então não foi exatamente raso onde eu caí.

Quando emergi, vi que ele estava boiando tranquilamente, nadei até lá e afundei sua cabeça com força.

- ESTÚPIDO! TROGLODITA! GORILA! - Gritei isso e mais outras coisas que nem me lembro se existem, mas na hora da minha raiva viraram xingamento.

Ele emergiu com cara de assassino e eu sorri sarcástica.

- Você sabe que quem começou essa merda toda foi você.

- E foi você que continuou.

Ele rolou os olhos e afundou na água, antes de eu tomar conciência, ele puxou minhas pernas e eu afundei também, tentei chutá-lo, mas ele estava me segurando.

Depois de muitas brigas, verbais e físicas, nós voltamos para a areia, já estava tarde e ventando, então quando pisei na areia, meu corpo já estava todo arrepiado.

E adivinha? Eu estava com as roupas molhadas, porque o troglodita me jogou na água com elas!

Torci meu cabelo, nada pequeno, para ver se melhorava, afinal, ele ia ficar escorrendo em mim.

- Merda. - Grunhi quando a tinta azul saiu na minha mão - Mil vezes merda.

- Que foi?

- Faz muito pouco tempo que eu pintei o cabelo, sai muita tinta nas primeiras lavagens, agora vou ficar molhada e azul! - Bufei limpando as mãos na blusa. - Sem contar no frio.

Ele sorriu e estendeu sua camisa pra mim - Coloca.

- Não. - Disse e rolei os olhos, tirando a roupa molhada e colocando as peças em uma pedra.

- Anda Vampira. Coloca.

- Não! Que saco. Não quero sua camisa, não quero nada seu. - Virei de costas pra ele e continuei a torcer meu cabelo, foi quando algo, Gates, puxou minhas mãos pra cima. - Hey o que… - Comecei, mas senti o tecido passar pelos meus braços e cabeça - EU NÃO QUERO SUA BLUSA!

- E eu não te perguntei se você queria. - Respondeu sorrindo sarcástico.

Bufei a camisa dele estava estranhamente quentinha, mas devia ser só porque meu corpo estava gelado, enfim, comecei a puxá-la pra cima e ele segurou meus pulsos. 

- Me larga seu inútil.

- Eu coloco de novo se você tirar.

- E eu tenho cara de criança de cinco anos que precisa de ajuda pra se vestir?

- Quer a resposta mesmo?

- Vai se foder Gates. - Disse sacudindo os braços e ele me soltou - Mas se faz tanta questão eu fico com essa merda de camisa.

- Você sabe que quer ficar com ela.

- Sim, foi tudo um plano pra usar sua camisa, desde que eu te chutei da cadeira, calculei todos os momentos até aqui. Como você descobriu?

- É que você deixou sua queda por mim evidente.

- Ah, droga, achei que eu tinha encoberto.

- Não. Eu sou foda pra essas coisas. Porque, você sabe, sou acostumado com mulheres apaixonadas por mim.

- HA! - Disse irônica, não segurando mais a atuação - Falow garanhão da madrugada. Convencido você não é não né?

- Sou realista.

- É sim, a realidade dos seus sonhos.

- E dos seus.

- Se fossem meus sonhos, você estaria sangrando pelos olhos nariz e boca e eu não estaria molhada.

- Você é tão feminina e amável.

- Você é meu modelo de feminilidade, quem sabe algum dia eu te alcance e seja tão menininha como você.

- Então é mais ou menos a mesma coisa. Porque eu quero ser homem como você.

- Não se engane Gates, nós sabemos que você é gay. E também, você é muito fraco pra ser homem como eu.

- Não acho que você esteja falando de força física, meu braço e quase da grossura do seu tronco. E outra… Se você fizer questão, eu te mostro que não sou gay.

- É, não obrigada. Que horas são? Eu tenho que voltar pra casa.

Ele pegou o celular na areia, quem põe o celular na areia?, e olhou as horas. - Meia noite e meia.

- O QUE? Merda!

- Passou da hora de dormir pirralha?

- Cala a boca! Me leva de volta.

- Qual a palavra mágica?

- AGORA!

- Você nunca esteve no jardim de infância né?

- Eu ficava no canto, as professoras diziam que eu assustava as outras crianças.

- Ah… Imagino porque. - Disse irônico e eu o soquei.

- Anda! Me leva de volta.

- Palavra mágica?

- Por favor? - Perguntei irritada e entredentes

- A palavra mágica era pudim, mas vou te levar de volta porque foi a primeira vez que te ouvi pedir por alguma coisa.

- Pudim? Você é burro? Ah, espera. Eu já sei que é, por que estou perguntando?

Ele me olhou com cara feia e saiu andando, peguei minhas roupas e fui atrás dele, quando chegamos na suposta festa, deviam ter cinco ou seis pessoas, e todos muito bêbados caídos por aí.

- As festas daqui são sempre fracas assim? Acabam meia noite?

- Só quando são as quintas e tem prova no dia seguinte.

- Prova? 

- É. Espanhol.

- O QUE? Me fudi, e vou fazer com você ainda por cima. Merda. Só porque é a única língua que eu vou mal.

- Eu discordo.

- No que?

- Você vai mal na minha língua também. - Disse sarcástico.

Como eu estava num momento de semi-raiva/desespero, não entendi o que aquilo significava - Sua língua? Que língua? Língua do P? Deixa de ser idiota Gates. Nós dois falamos inglês.

Ele sorriu sacana pra mim e colocou a língua pra fora e apontou, depois recolheu-a - Essa língua.

- Você é sempre idiota assim ou treina no espelho antes?

- Eu sou naturalmente foda.

- Eu disse idiota! Ou é surdo também?

- Cala a boca Vampira. Vamos logo que eu tenho que te levar em casa. - Ele disse puxando meu pulso e andando comigo pela praia até chegarmos na rua

- Tem? Você tem é que me largar! Eu sei o caminho pra casa.

- Aham, e eu perguntei se você não sabia?

- Você é tão irritante.

- Cala a boca ou eu te jogo no ombro e te carrego até em casa.

- Você não sabe onde eu moro.

- Então não me complica, ou nós vamos perambular esse bairro inteiro até eu achar sua casa.

- A gente bem que podia ser, sei lá… Assaltado, você entrava numa briga, ai quem sabe morria… Acho que ia ser o dia mais feliz da minha semana.

- Eu sou tão importante assim pra fazer sua semana feliz?

- É, eu pensei em quinzena, mas você sabe, eu posso achar dois dólares na rua.

Ele me olhou e depois rolou os olhos. - Cala a boca. Qual rua você mora?

- Aquela ali. - Eu disse apontando e ele colocou as mãos nos bolsos.

- Vamos logo então.


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Notas finais do capítulo

Gostaaram? Se sim ou se não mandem reviews! =D
Okok, parei...
Feliz Natal pra vocês galera, muitos presentes, haha, e felizidades... Vo fazer o possível pra postar esse ano ainda, mas se não der, Feliz Ano Novo!!! Que venha 2012... Não acaba não mundão! =D
Pareeei, kkk'
Beijos galera, nos vemos nos reviews =D