Give It Up escrita por Niin


Capítulo 42
Red tail lights


Notas iniciais do capítulo

Heeey galera!
Escutem, como eu já disse e preciso reforçar, a fic está acabando. E encerramos essa fase da fic, entrando no próximo cap na última.
Espero que gostem do cap, não é grande, mas ele é um tanto quanto emocional no fim...
Tenho que fazer meus agradecimentos especiais
a:
Vampira - Nossa querida chará da Jade.
e a:
Trenier - Que me surpreendeu um pouco visto que jamais deixou um review.
OBRIGADA PELAS RECOMENDAÇÕES
Espero que gostem!
A capa do capítulo foi mandada para mim pela linda da GabesfoREVerA7X... Thaanks!
Beeijo e boa leitura pra vocês ^^



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Saí da casa dele e andei até a minha, parando ao ver o garoto sentado na varanda.
Respirei fundo mil vezes enquanto seguia até Matt, que me olhava um pouco confuso.
– Oi Matt.
– Hey! Aonde é que você foi? - Perguntou puxando meu cabelo molhado.
– Praia.
– Umh…
– O que você está fazendo aqui Mattie?
Ele coçou a nuca - Eu falei com os caras sobre o Gates querer sair.
Torci os lábios - E ai?
– Bem, não foi uma conversa legal, isso eu te garanto. Jimmy disse que ia convencê-lo a voltar… Mas…
– Vai dar tudo certo Matt. - Eu disse sorrindo forçado e ele sorriu de volta, vindo me abraçar.
Meu cabelo grudou nos braços dele e isso me lembrou que eu estava sendo vadia e que eu tinha prometido a mim mesma que não ia ser uma.

Empurrei seus ombros de leve e ele me soltou, olhando-me com os profundos olhos verdes.
– Alguma coisa errada? - Perguntou sorrindo e eu suspirei.
– Matt… Eu não quero acabar com a banda, eu não quero ver o Gates se destruir por minha causa… - Ele me interrompeu segurando meus ombros
– Jade. Não é culpa sua.
– É sim! Ele… Vocês… Matt, eu não posso fazer isso!
– O Brian não está se destruindo por sua causa. Ele é desse jeito.
– Não ele não é! Ou pelo menos não era. Desde que eu o conheço ele é um idiota que acha que o mundo gira em torno dele, mas não era desse jeito. Ele não passava o tempo todo bêbado e brigando com ninguém!
– Vampira, você conheceu o Gates em uma das fases calmas dele.
– Sim, e eu acabei com essa fase.
Matt deu de ombros - Mas ela ia acabar mais cedo ou mais tarde.
– Eu fiz acabar mais cedo. E eu não quero foder mais ninguém ta legal Matt? Então…
Ele franziu a testa - O que você…?
– Tchau Matt.
– Como é? Você não…
– Sinto muito tá?
– Isso é por causa do piti do Brian? Porque…
– Não! Isso é porque eu não quero foder mais ninguém, nem ele, nem você nem mais ninguém!
– Mas…
– Matt, você não gosta de mim desse jeito! Você só está carente porque terminou seu namoro!
– Você não sabe o que eu sinto.
– Sim eu sei! E eu também sei que nem se você me amasse de verdade eu poderia ficar com você.
– Esquece o Brian!
– NÃO! - Gritei irritada - Não tem como! Eu já tentei bastante! E ele é o único motivo pelo qual eu fiquei com você.
– Como…?
– Escuta, foi errado, mas foi isso que aconteceu tá? Eu estava com raiva e queria… Desculpa Matt. Mas fique com raiva de mim e não… Só vai viver sua vida ta? Quem sabe ficar com a clone grisalha… Eu… Desculpa. - Disse e subi as escadas, entrando em casa antes de dar tempo de ele falar mais alguma coisa

Entrei no chuveiro e abri toda a torneira, sentindo a água golpear minha pele com força.
A pressão e a falta de força me fizeram sentar na banheira, que mesmo com o ralo aberto estava um pouco cheia, já que o volume de água era gigante.
Olhei para baixo vendo o cabelo grudar em mim, fechei os olhos me odiando por ser quem eu era. Seria mais fácil ser uma garota idiota, boba apaixonada que aceita qualquer coisa.
Assim eu poderia deixar a porcaria do meu orgulho de lado, mas essa não sou eu e orgulho é o meu primeiro nome.
Decidi que John estava certo e eu devia me afastar deles dois.

Terminei meu banho e me troquei, secando o cabelo ruivo irritante.
Saí de casa andando sem rumo por um tempo indeterminado, até a vibração no meu bolso me fazer parar de caminhar.
No visor o número conhecido com o nome apagado me fez hesitar antes de atender.
– Que foi?
– Aconteceu alguma coisa? - Perguntou com uma voz estranha.
– Não que você precise saber.
– Então você podia parar de ser irritante.
– Eu sou assim Brian.
– Sei disso. Mas se você quer ser irritante, faça isso longe da minha casa.
Pisquei confusa e olhei em volta, vendo que estava na rua dele.
– Eu estou caminhando Brian, se passo pela frente da sua casa ou não é problema meu.
– É, isso até serem quase vinte vezes e minha irmã resolver me irritar porque tem medo de você.
– Vinte vezes? - Perguntei para mim mesma.
– Isso foi ela quem contou, mas a Kenna é irritante e talvez sejam menos. Mas já que você gosta de dar voltas em quarteirões, faça com que seja outro quarteirão.
– Eu faço o que quiser.
Ele bufou e desligou o telefone.

Eu enfiei o aparelho no bolso irritada e voltei a caminhar, quando estava chegando próxima a casa dele, Brian saiu para a rua e veio andando até mim.
– Você esqueceu o caminho de casa por acaso?
– Não, eu já disse que faço a merda que eu quiser!
Ele bufou e segurou meu pulso, me puxando para dentro da casa dele de novo.
Fiquei em silêncio sem ter muita ideia do que fazer, ele me puxou para dentro do quarto e trancou a porta, se virando para mim irritado.
– E o que é que você pretende com essa merda toda?
– Qual merda?
– Essa mera! Vir aqui mais cedo com lição de moral e pedindo desculpas, ficar comigo depois falar que não existe a gente, e agora ficar dando mil voltas na frente da minha casa?
– Olha só Brian, eu só vim aqui mais cedo para fazer você tomar algum juizo! Eu cansei da sua ideia idiota de que o mundo é tão ruim com você! Sabe o tamanho da merda que você está fazendo saindo dessa banda?
– É uma merda bem menor do que a que eu fiz quando resolvi namorar você.
Bufei irritada - Talvez seja, mas adivinha de quem é a culpa?
– SUA! - Gritou irritado - Sempre foi sua, caso você não consiga entender. Minha vida era bem menos complicada antes de você aparecer aqui.
– Mesmo?
– É!
– Ótimo! Porque eu vim te dar a notícia que sua vida pode voltar a ser a mesma!
– Qual? Vai se matar? - Perguntou debochado.
– Não, eu vou me mudar. - Disse sorrindo irônica e ele franziu a testa.

Brian virou o rosto confuso e desencostou da porta.
– Se mudar?
– Exatamente! Então sua vida vai voltar a ser simples e sem complicação nenhuma!
– Você vai se mudar no final do ano? Mas a escola… Formatura…
– Foda-se isso tudo, não é como se aqui fosse o único lugar no mundo que tenha uma escola.
– Eu sei que não, mas…
– Que foi Brian? - Perguntei debochada - Você parece meio triste em ter sua vidinha descomplicada de novo.
– Cala a boca.
– Own… Talvez seja só TPM. Mas olha pelo lado bom, você está exatamente igual a quando eu cheguei, até seu cabelo grande e esquisito está de volta.
– Achei que você gostasse de cabelo grande. - Disse irônico. - Ele não era a única parte boa de mim?
– Eu gosto, mas não em você.
– Pois é, eu também não gosto de você ruiva, então empatamos.
Dei de ombros - Não é como se eu ligasse para o que você pensa.
– Devia, já que eu sou o único que estou te falando a verdade. Você fica parecendo uma aspirante a puta desse jeito.
– Então você devia estar gostando mais ainda.
Ele sorriu irônico - Boa sorte na sua mudança. - Disse irritado e abriu a porta para mim.
Sorri irônica - Boa sorte com sua nova velha vida.

Saí de lá pela segunda vez no dia, e pela segunda vez tudo o que eu queria era ser menos orgulhosa.
Olhei-me no espelho da sala com ainda mais raiva do cabelo ruivo, prendi-o irritada e sentei na sala esperando meus pais.
Quando chegaram perguntei a eles se podia ir morar com meus avós em New Orleans.
Nenhum dos dois gostou da ideia no início, então John apareceu e disse que ficaria comigo, e que seria só um tempo, que ele me faria voltar e me formar aqui, então eles concordaram.

Arrumei minhas coisas e liguei para Jimmy, pedindo para que ele viesse aqui em casa, ele estranhou, mas concordou.
Sentei na varanda e esperei até que ele chegasse, quando o grandão apareceu em meu campo de visão, levantei-me e andei até ele, que sorriu e me abraçou, levantando-me do chão.
– O que aconteceu Vamps?
– Você é meu melhor amigo grandão. E eu vou sentir sua falta, por isso é o único que eu resolvi me despedir.
– Despedir?
Concordei com a cabeça - Eu vou me mudar Jimmy.
– O que? Por que?
Respirei fundo - Eu já ferrei muito com todos vocês aqui, eu quero que vocês fiquem bem e se resolvam. Mas eu vou voltar, meu irmão me fez prometer que me formaria aqui.
Ele fez careta - O que aconteceu não foi culpa sua.
– Foi sim Jimmy… E eu não quero essa culpa, não mais. Desculpe por destruir sua banda, e eu espero que vocês consigam convencer o Brian, eu já tentei, mas… - Dei de ombros - Desculpe.
– Ninguém culpa você. - Ele disse sorrindo e me abraçou - Vou sentir sua falta psicopata.
– Também vou Rev. - Ele me apertou nos braços e minha garganta travou por um segundo - Só não se esqueça de mim quando fizer sucesso.
– Jamais, você é minha irmãzinha. E eu já disse, vou dedicar nosso primeiro show grande a você. E eu faço questão que você vá.
– Eu vou Jimmy.

Passamos mais um tempo conversando, ele me perguntou sobre New Orleans e como era lá.
Quando ele foi embora, terminei de arrumar minhas coisas e fui dar uma última volta na praia.
Sentei na pedra grande e cheia de pequenas histórias, olhei para o mar e respirei fundo, sentindo o cheiro de água salgada me dominar.

Ouvi alguém andar chutando areia, olhei para o ponto de onde vinha o som e vi um vulto, um vulto que fumava.
Continuei olhando até que ele estivesse muito perto, Brian sentou ao meu lado sem emitir som algum, apagou o cigarro e jogou-o em algum lugar.
Ficamos em silêncio no escuro, ele apoiou os cotovelos nos joelhos e deixou o corpo curvado para frente, eu o observei enquanto ele não fazia absolutamente nada além de respirar.
– Sinto muito. - Murmurou e eu franzi a testa.
– Pelo quê?
– Por tudo. Todas as coisas que eu sei que fiz de errado, e algumas que eu não sei também.
Ri sem humor - Um pouco tarde não acha?
– Talvez seja, mas nenhum de nós dois fez certo no início nem no fim. Então eu pelo menos quero que acabe menos pior.
– Acabe? Brian, já acabou há muito tempo.
– Não, acabou agora, e você sabe disso tão bem quanto eu.
Suspirei e apoiei a cabeça em seu ombro - Sinto muito por tudo também.
Ele ergueu o corpo e eu me desencostei dele, olhando seu rosto e vendo pouco pela luz fraca.
– Não foi sua culpa.
– O que?
– Nada disso. Tudo de errado que aconteceu foi porque eu fui um idiota. Então não se culpe.
– Brian…
– Foi escolha minha sair da banda, e por mais que eu tenha tentado fazer você acreditar que, de alguma forma, você tinha feito isso. A decisão foi minha.
– Não, isso foi culpa minha, e um dos motivos de eu ir embora.
– Eu sei que é um dos motivos, talvez seja por isso que eu te segui até aqui. Mas eu não tenho certeza.
Virei o corpo para ele cruzei as pernas a minha frente. - Você pretende voltar pra banda?
– Não. Eu pretendo fazer outras coisas.
– Como por exemplo?
– Talvez cuidar da minha mãe, não sei.
– Ela está bem?
Ele deu de ombros - Acho que sim.

Voltamos a ficar em silêncio e ele virou o rosto, me encarando pela primeira vez.
– Seja feliz. - Murmurou e eu sorri.
– Vou tentar… E você também devia.
– Eu vou. - Concordei com a cabeça e ele sorriu de lado. - Vou sentir sua falta…
– Duvido um pouco. Nem eu sentiria minha falta.
Ele riu e sacudiu a cabeça negativamente - Foi uma merda, foi complicado, nunca existiu um relacionamento mais confuso do que o que a gente teve. Mas mesmo assim eu nunca gostei tanto de ninguém.
– E eu nunca gostei de ninguém. Então… - Comentei e ele riu, acompanhei a risada que morreu no silêncio. - Por que você veio aqui? - Perguntei depois de um tempo.
– Não sei. Para me despedir? Para tentar fazer você ficar? Não sei.
– Não existe nenhum motivo para eu ficar Brian.
– Então nós simplesmente vamos acabar assim uh? Você indo embora e eu ficando… Eu não esperava que fosse assim.
– Como você esperava que fosse?
– Não sei. Pensei que talvez você me matasse… Não tenho muita certeza.
Ri - E por que eu te mataria?
– Sei lá, as vezes eu comprei um cachorro muito grande sem te contar.
– Eu não mataria você.
– Então eu não tenho nenhuma ideia.
– Sei que eu nunca pensei que acabaria calmo. - Comentei e ele sorriu de lado.
– É, nem eu. Achei que teriam mais gritos.
– Nós não íamos chegar a lugar algum gritando, já tentamos antes.

Algumas gotas de chuva começaram a cair, mas nenhum de nós dois se manifestou quanto a isso, continuamos parados e nos encarando. A chuva engrossava e isso me fazia sentir um pouco de frio, mas ignorei aquilo, não querendo ir embora.
Me encolhi e ele passou um braço pelos meus ombros, me puxando para perto.
Descruzei as pernas e me aproximei dele, abraçando seu tronco com braços e pernas, ele me puxou para o colo e me abraçou, colocando a testa no topo da minha cabeça.
– Você não tem mesmo nenhum motivo para ficar? - Perguntou rouco.
– Não.
– E eu não posso te dar nenhum?
Sorri - Acho que não.
– Não ia ser muito mais fácil se nós dois conseguíssemos não ser orgulhosos?
– Ia.
Ele se afastou um pouco e fiz o mesmo, levantando o olhar com alguma dificuldade por causa da chuva.
– Eu vou primeiro então. - Disse e eu fiquei confusa. - Eu te quero de volta. Não interessa o que aconteceu antes. Não interessa que eu tenha sido um babaca, não interessa que você tenha ficado com o Matt… Tudo que eu sei é que se você for embora, pode voltar não me amando mais. E eu não quero isso Vampira. Eu quero você aqui… Comigo.
As lágrimas desceram junto com a chuva em meu rosto e eu abracei-o com força.
– Desculpe Syn… Mas eu não posso ficar.
– Pode sim.
– Eu não quero.
– Por que você resolveu ir?
– Eu não posso fazer isso, eu não posso acabar com a sua vida desse jeito.
– Você fica se eu voltar para banda?
– Não. Eu quero que você faça isso porque é o que você quer de verdade. Não que você me use como desculpa.
– Vampira…
– Desculpe, mas eu vou. Eu tenho que ir. É pro seu bem também.
Ele fechou os olhos e apoiou a testa na minha, o barulho de chuva me acalmava um pouco, mas não o suficiente, eu chorava e acariciava seu rosto.
– Eu te amo. - Murmurou e eu sorri.
– Eu também. Mas eu tenho que ir Syn.
– Sei disso. - Disse e abriu os olhos - Mas você não pode me pedir para não tentar te convencer a ficar.
– Não tem como você me convencer.
Ele puxou minha boca para si e me beijou, agarrando o cabelo molhado e prendendo-o na mão, aprofundando mais ainda o beijo, enquanto eu arranhava os braços cobertos por tatuagens.



And this is where the ending begins

But it's too little too late

Too bad that we couldn't save it

Are we really gonna leave this way

Give it all up and drive away

E este é o lugar onde o fim começa

Mas é um pouco tarde demais

Pena que não pudemos salvar isso

Nós vamos realmente deixar dessa maneira

Desistir de tudo e ir embora


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Notas finais do capítulo

Maais uma música do Hinder: http://letras.mus.br/hinder/1783435/traducao.html
Ok, eu estou sim amando o Hinder esses dias... kkkk'
Liked?
Mandem reviews ou vocês sabem, a Vamps mata vocês.. kkk'
Beeijos!