Give It Up escrita por Niin


Capítulo 38
She's a lady


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Sim, eu estou postando antes de novo! viva eu o/
Então, eu to desistindo dessa de postar no sábado, o mundo resolveu me trolar e eu nunca fico em casa mais no sábado ¬¬'
Enfim, vocês tem que comentar bastante pra eu postar antes do sábado e não no domingo, e como vocês estão fazendo isso... Olha a inútil aqui numa quinta feira =D
DE NOVO TEREMOS UM POV DO GATES!!!! o/
Ahh sim, o cap não é muito grande, mas né, eu postei no domingo, nem reclamem!
E... Tem uma outra coisa que eu quero dizer para vocês, uma ou duas já sabem disso, mas...
A GIU está chegando ao fim, yeah... O esperado de verdade era ter 41 capítulos, mas eu acabei alongando um pouco mais, mas não terá muito mais do que isso, então não devem ter nem mesmo mais 10 capítulos da GIU, e se tiver não terá muito mais... Enfim, boa leitura para vocês! Nos vemos possívelmente na segunda, quem sabe na quarta...
Agora que eu não tenho mais dia pra postar, comentem bastante para me empolgar e ai eu posto cedo para vocês!
Espero que gostem da capa do cap, eu adorei.. hahahaha
Porra, eu falei muito hoje u.u'
Boa leitura! =D



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Estava deitada na cama, tinha passado aquelas pomadinhas para dor e estava sentindo aquela merda me arder toda. Os pulsos estavam marrons meio amarelos, estava horrível e dolorido, fazendo-me sentir certo nojo de mim mesma.
Resolvi ir caminhar, coloquei roupas de praia e um moletom por cima, saí de casa e caminhei vagarosamente pela rua, sentei em uma das pedras grandes da praia.
Abracei minhas pernas e olhei o mar pensando em toda aquela merda e me odiando profundamente pelo que eu estava fazendo comigo mesma.
– Talvez você esteja me perseguindo e eu não saiba disso. - Ele disse sorrindo.
– Eu não sou idiota o suficiente para querer ficar perto de você. - Respondi me levantando e dando dois passos para longe, mas ele agarrou meus braços, me puxando para trás, chocando meu corpo no dele.
– Mas agora que você está aqui… Seria um grande desperdício te deixar ir embora.
– Você está me molhando Brian.
– Quer dizer que você está molhada? - Perguntou divertido e eu rolei os olhos.
– Me solta.
Ele me virou e segurou minha cintura sorrindo de canto - Claro que não. - Disse sorrindo e puxou meu rosto.

Correspondi a porcaria do beijo, então lembrei que eu não era dominada assim e mordi a língua dele forte.
– PORRA VAMPIRA! - Gritou me empurrando contra a pedra e fazendo cara de dor.
– Oh, doeu foi? - Perguntei fazendo cara de dó. - Juro que foi sem querer.
Ele me olhou com puro ódio e veio até mim.
– Você perdeu a noção? Sabe que nós estamos sozinhos uns bons quilômetros isolados do resto do mundo?
– Por mim tanto faz Brian. Eu não tenho medo de você.
– Não? - Perguntou rindo e puxou meu braço para cima, fazendo a manga do moletom escorregar e meu pulso machucado aparecer. - Será que vou ter que fazer algo pior do que ontem para você aprender?
– Eu não vou aprender Brian, porque esse não é o meu pesadelo. É o seu.
– Meu? - Perguntou rindo e me apertou contra a pedra - Então por que eu estou rindo e você esta se controlando pra não gemer de dor?
– Esse é o seu pesadelo Brian. Você morre de medo de ser abandonado, de ser trocado. E foi exatamente isso que eu fiz com você.
Ele agarrou meu rosto com uma das mãos e apertou com força - Então você admite? - Perguntou entredentes.
– Não. - Respondi com dificuldade - Mas é isso que você pensa que aconteceu.
– Devia parar de me irritar Vampira. - Disse num tom bem psicopata e rindo - Eu já te mostrei que não sou bonzinho.
– É uma criancinha assustada e abandonada Brian, é isso que você é.
Ele puxou meu rosto e empurrou de novo, me batendo na pedra. - Adivinha quem vai ter outra noite algemada se não calar a boca?
– Então você gosta de tentar prender quem te abandona? - Perguntei rindo, ignorando as novas dores que ele estava infringindo a mim. - Isso me parece muito desesperado.
– Para com isso! - Disse entredentes.
– Você está fazendo de mim a imagem da sua mãe que te abandonou? - Perguntei rindo irônica - Isso é tão comovente.
– Estou avisando Vampira!
– Doentio querer fazer isso com a sua mãe Brian. Vai algemar ela na cama e cortar as roupas dela também?
– CALA A BOCA! - Gritou e apertou mais, me impedindo completamente de mexer a boca. - Eu não te trato como minha mãe, porque ela pode ter sido a pior pessoa do mundo abandonado os filhos, mas pelo menos não é uma vadia traidora como você.
– Eu não sou vadia e nem te traí.
– Você é um demônio. - Grunhiu.

Ri e ele me soltou um pouco, respirando fundo e falhadamente, a irritação estava tão latente nele que só me fez sorrir mais.
– Que foi? Arrependeu agora que percebeu que pensa em mim como sua mamãe?
– Se você falar isso mais uma vez Vampira eu juro que você vai ficar presa até eu cansar.
– E você vai pensar em mim quando estiver lá? Ou em… - Ele tapou minha boca com força, lançando um olhar de puro ódio.
– Então, pra onde você pretende ir? Pro meu quarto ou você gostou do lugar de ontem? Escolha bem porque você vai passar uma noite inteira presa.
Ri - Será que você vai aguentar uma noite inteira de pressão psicológica Brian? Acho que não.
– Você não vai ganhar nada me irritando Vampira.
– Ah eu ganho sim, você só não consegue ver sua cara de ódio.
– Ok, você ganha minha cara e mais uns roxos. - Disse puxando meu pulso com força e eu fiz careta de dor.
– Não sabia que você era covarde assim e gostava de ver mulher machucada.
– Eu estou pensando seriamente em amordaçar você.
– Uh, estou tão irritante assim? Ótimo. - Disse sorrindo e ele parou de andar, me olhando irritado.
– Cala a boca, ou eu vou mesmo amordaçar você.
– Depois de ser tão gay acho que o homem em você saiu muito errado e afobado daí de dentro. - Comentei virando o rosto - Ou isso ou você é muito retardado e… - Quase engasguei com a minha própria língua quando ele enfiou a camisa meio molhada de água do mar na minha boca.
– Escolheu errado. - Ele disse e me virou, amarrando o pano atrás da minha cabeça - E lembrando que a essa hora a praia está deserta e a rua também… Eu não ligo nem um pouco de te arrastar desse jeito pra casa.
Tentei xingá-lo, mas tudo o que consegui foi grunhir.

Brian me jogou nos ombros e caminhou comigo pela rua, tentava gritar através do pano, mas ele me ignorava, tentei socá-lo, mas não parecia surtir efeito. Eu me vi novamente sendo sequestrada e respirei fundo, tentei desamarrar a camisa, mas estava muito bem presa.
Ele me jogou no sofá da varanda e pegou a chave para abrir a porta.
– Vem, não quero mais te carregar.
Bufei e o acompanhei, tentar fugir ia ser perda de tempo, visto que ele ia me agarrar e jogar lá dentro.
A casa estava escura e eu estranhei.
– O pai da Suzy morreu. - Ele comentou fechando a porta - Brent está com a mãe. Não tem ninguém aqui.
Ele segurou meu braço com força e me levou para o quarto conhecido, me empurrando sem delicadeza na cama.
– Vou ter que te prender de um jeito diferente aqui. O que acha de lençóis?
Bufei e voltei a tentar soltar a camisa, ele trancou a porta e guardou a chave em um dos bolsos, vindo em minha direção e me empurrando na cama e sentando do meu lado, arrancando o tecido que me amarrava.
– Obrigada. - Disse irônica e ele piscou para mim.
– Sempre que precisar.

Olhei a porta trancada e Brian me puxou na cama, me encostando na cabeceira.
– Oh, como eu queria ter barras aqui. O tanto que você odiou aquelas algemas…
– Por que não me algema ao pé da cama? - Perguntei irônica
– É muito longe também, não ia dar certo.
Ele levantou e foi pegar lençóis no gruarda-roupa.
– Brian, você não…
– Você escolheu isso.
– Sabe que eu estou de castigo, eles vão me procurar.
– Mh, me dá seu celular.
– Não.
Ele rolou os olhos e jogou os lençóis na cama, me puxando pelas pernas e virando na cama, puxando o celular do meu bolso.
– Eu resolvo isso depois de te amarrar. Agora seja boazinha, você não quer se machucar de novo. - Bufei e estendi meus pulsos, ele amarrou-os à cabeceira e eu encostei de olhos fechados. - Abra a boca.

Depois de terminar de amarrar e e me impedir de falar, ele saiu do quarto.
Um tempo depois voltou e jogou meu celular no criado mudo.
– Pronto. - Disse sorrindo e soltou minha boca.
– O que você fez?
– Segredo. - Disse sorrindo e piscou para mim - Agora veja só, eu tenho muito tempo para brincar com você.
– Para quê você fica me prendendo? Deixa de ser idiota Brian! Isso não vai me fazer ficar com você de novo!
Ele riu - Eu não te quero de volta Vampira. Se não eu não teria terminado. - Disse e apertou minha bochecha - Você não vale o tempo que eu perdia.
– Me responde como você pode estar excitado numa discussão dessas? - Perguntei sarcástica
Ele sorriu irônico - É divertido saber que eu faço o que eu quiser com você.
– Talvez, mas ainda assim eu sou a imagem da sua mãe, lembra?
– Nós não vamos ter essa discussão de novo. - Ele disse entredentes.
– Por que não? Você sabe que é verdade.
– CALA A BOCA! - Ele gritou irritado - Você é uma diversão provisória que eu gosto de aterrorizar Vampira, então pare de me encher o saco.
Sorri - Eu gosto de encher seu saco.
– E você acha que eu não sei? Eu namorei você. E eu sei que você é um monstro maldito.
– Diga o que você quiser idiota… Eu sei que te machuquei o suficiente para isso ser uma vingancinha sem propósito.
– SE VOCÊ SABE PARA DE CHORAMINGAR! VOCÊ MERECE MUITO MAIS DO QUE EU FARIA! A pesar de que agora eu vejo que gostar de você foi uma perda de tempo, porque monstros não tem coração, certo?
Minha garganta travou e eu olhei para o lado, sentindo meus olhos marejarem um pouco. Pisquei um pouco e engoli o choro.


Did you scream enough to make her cry?
Did you turn around, turn around
Baby don't return to me if you think that
I'm not worth your time.

Você gritou o bastante para fazê-la chorar?
Você deu as costas, deu as costas
Baby, não volte para mim se você pensa que
Eu não valho seu tempo


Brian’s POV


O medo, a raiva e a decepção no olhar dela me fizeram sorrir, mas a verdade é que eu não estava com humor para isso.
Saí do quarto e sentei perto da piscina, puxei a carteira de cigarros e um esqueiro, passei um bom tempo fumando, as vezes ela gritava no andar de cima e eu ria.
Resolvi subir de novo e abri a porta do quarto, ela estava dormindo no meio da cama.
Respirei fundo e sentei na cadeira da escrivaninha, ligando o computador e passando por sites rotineiros, cansei daquilo e fui tomar banho.
Saí do banheiro e ela estava se contorcendo na cama, franzi a testa ao perceber que era um pesadelo, sentei ao seu lado e liguei a TV baixo para não acordá-la, Pinkly entrou no quarto e pulou no meu colo, se acomodando e deitando entre minhas pernas.
– Syn? - Ela chamou e eu me virei, percebendo que ela ainda dormia. - Por favor… - Murmurou e eu sorri.

Ela continuou murmurando algumas coisas e eu parei de prestar atenção, parei até ela dizer que me amava.
Voltei a olhá-la confuso, ela balbuciou mais algumas coisas e pediu desculpas, depois parou de falar.
Bufei irritado e saí da cama, eu estava cansado dela mentir, estava cansado daquela história toda.
Alguns meses e eu estaria livre pra sempre daquela cidade, daquelas pessoas malditas… E principalmente, dela.

Voltei ao quarto e ela estava inquieta de novo, provavelmente não era confortável dormir com os braços para cima e de calça jeans.
Rolei os olhos para mim mesmo e fui até meu guarda roupa, pegando uma camisa e jogando-a sobre a cama, soltei os pulsos dela e troquei-a com calma para não acordá-la, tudo o que eu menos queria era a chatice e mau humor dela para me irritar de novo.
Pinkly estava cheirando a blusa da garota e eu ri, pensando no que ela faria se soubesse disso, peguei suas roupas e dobrei, colocando-as sobre a escrivaninha, puxei seu corpo para uma das pontas da cama e cobri-a, deitando-me do outro lado.
Olhei o teto branco por longos segundos, Vampira voltou a se mexer na cama e eu rolei os olhos. Ela era mais quieta antigamente.
Virei de lado e coloquei um dos travesseiros sobre minha cabeça, estava determinado a dormir e ela que acordasse e fosse embora antes de eu acordar mau humorado.

Estava me saindo mal na parte de dormir, ainda era muito cedo para eu conseguir e ela ainda ficava revirando ao meu lado e isso estava me irritando e tirando minha concentração no sono.
Quando finalmente senti meus olhos pesarem e o sono vir, tudo passou num choque.
Ela passou um dos braços por mim e me abraçou, apoiando a testa em minhas costas.
Prendi a respiração instintivamente e esperei que ela voltasse a revirar na cama, mas ela não se mexeu mais, finalmente tinha ficado calma, mas em uma posição que não era favorável para o meu sono.

Considerei sair dali, mas isso provavelmente a acordaria, bufei e tirei o travesseiro que estava sobre meu rosto, talvez eu conseguisse fazê-la abraçar a ele e não a mim.
Mas antes de eu pensar em como eu faria isso, ela se mexeu de novo, subindo o corpo e colocando o rosto em meu pescoço, a respiração dela bateu eu minha pele e isso me deu um calafrio, me senti incrivelmente idiota nessa hora, mas ignorei.
Talvez eu devesse acordá-la, ela ia ficar incrivelmente irritada consigo mesma e comigo. Essa era uma ideia divertida, mas meu subconsciente estranho me obrigou a não executá-la.

Virei o corpo, olhando novamente para o teto, ela continuou na mesma posição por um tempo, mas depois subiu um pouco em cima de mim, deitando a cabeça em meu peito, abracei-a e ela se ajeitou, passando uma perna sobre mim também.
Senti uma vontade imensa de empurrá-la para longe, mas minha outra vontade foi prendê-la ali por um tempo indeterminado, acabei optando pela segunda sem querer.
Olhei os cabelos pretos com mechas verdes que caíam sobre mim e ela, eram estranhos para mim, e a verdade é que estávamos os dois estranhos um para o outro.

O pulso direito estava virado para mim, olhei as marcas amareladas e segurei-o de leve, talvez eu tenha exagerado. Puxei-o de leve e beijei a pele ferida, voltando a apoiá-lo em mim.
Ela parecia serena dormindo, mas quando acordasse ia tentar me matar. Ri pelo nariz e aproveitei meu momento de não ódio recíproco.
Me sentia ridículo e incrivelmente idiota por ainda gostar tanto de uma garota que me traiu, a raiva ferveu pelo meu sangue de novo, mas de repente ela sorriu e aplacou o ódio momentâneo que se instalara em mim.
Fechei os olhos e tentei esquecer o que estava acontecendo de verdade, resolvi por mim mesmo que ia fingir que estava tudo bem…
Só por agora, só por essa noite.



I'm in love with the girl I hate
She enjoys pointing out every bad thing about me.
I'm in love with a critic and a sceptic, a traitor
I'd trade her in a second

(She's attractive but bitter)

Estou apaixonado pela garota que eu odeio
Ela adora destacar todas as coisas ruins sobre mim
Eu estou apaixonado por uma crítica e cética, uma traidora
Eu a trocaria num segundo

(Ela é atraente, mas amarga)


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Notas finais do capítulo

Liked? Espero que sim!
A música ai, citada duas vezes nesse cap, é a She's a Lady, do forever the sickest kids [o mesmo povo do cap retrasado.]
http://letras.mus.br/forever-the-sickest-kids/1003141/#traducao
There it is...
Nos vemos nos reviews! Beeeijos beijos!