Give It Up escrita por Niin


Capítulo 36
My worst Nightmare


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE!
É eu ia postar no sábado, mas vou viajar, e como vocês foram lindas e comentaram bastante eu to postando hoje mesmo.
Então, para aquelas que gostam do Syn fofo, sorry, vocês estão um pouco longe disso, agora para aquelas que gostam da testosterona do Gates... Well... Enjoy!



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John me respondeu que ia demorar um pouco e eu bufei, odiava quando ele terminava o namoro, ficava pegando vadias aleatórias. Respondi que tudo bem, que estava de boa com meus amigos e que ele viesse a hora que pudesse, afinal, ele estava sendo incrivelmente legal comigo esses dias.

Sentei na calçada e olhei para a rua deserta, o estacionamento estava recheado de carros pretos e aquilo me fez rir.
- Não foi pra casa ainda? - Perguntou debochado - Ah é… Agora você precisa esperar o irmãozinho te buscar.
O olhei de lado e ignorei, até ele sentar ao meu lado e puxar meu cabelo, fazendo-me olhar para ele.
- O que você quer idiota? - Perguntei tentando me soltar, mas foi em vão.
- Que você não me ignore, vadias chatas me deixam muito irritado. - Sorri irônica e virei para frente de novo. - Você era mais legal antes. Brigava de volta e tal.
- Eu não tenho mais paciência pra você Brian, até porque, deixar sua irmãzinha te controlar só prova provou que você é um retardado que… - Ele puxou meu cabelo para trás com força e eu parei de falar.
- Kenna não me controlou, nem controla.
- Então como você explica ter acreditado nela? - Perguntei e ele puxou mais, fazendo-me contrair o rosto numa careta de dor involuntária.
- Não foi só nela.
- Não. - Disse e ri irônica - Foi nela e no meu ex namorado desesperado e bêbado.

A mão dele pegou mais pra cima no cabelo, raspando os dedos na minha cabeça, e puxou mais, mas virando minha cabeça e me fazendo olhar para ele.
- Não é como se eu não tivesse percebido que ele não parava de te ligar.
- Pra mim quem trai é nojento e eu não faria isso. Nem mesmo com você.
Ele fechou a cara - O que quer dizer? Nem mesmo comigo?
- Nem mesmo com você que é um idiota completo que não sabe controlar emoções, parece uma criança retardada e mal criada.
- Porque você é muito educadinha. - Sorri e ele me puxou mais, mas me levando para perto dele. - Você fica muito gostosa com essa cara sabia?
- Qual cara?
- De medo e dor.
- Como se eu estivesse com medo de você.
- Então não está? - Perguntou sorrindo estranho - Será que vou ter que piorar isso?
- Não tenho medo de você Brian, você adora falar que é o foda e o bom, mas não é bem assim, e você sabe disso.
Ele me soltou e eu senti a parte de trás da minha cabeça formigar, ele levantou e puxou meus braços.
- Deixa eu te provar que sou muito bom em agir também. - Disse sorrindo e me puxando pela rua escura.
- Aonde você está me levando Brian? - Perguntei entredentes.
- Pro seu pior pesadelo.

Tentei me soltar e ele riu, me empurrando para um beco qualquer.
- Você sempre me arrasta pra algum lugar. - Reclamei e ele me jogou na parede. - Já ficou irritante.
- Tudo pra você é irritante Vampira, e isso é um saco. - Disse colocando-se na minha frente, ficando muito perto de mim.
- Tanto faz Brian, me deixa em paz… Você terminou essa merda mesmo.
- É, mas eu ainda não tirei tudo o que eu queria de você. - Disse puxando minha blusa para cima e passando as mãos pela minha cintura, parando na parte onde eu prendia a tesoura e puxou-a, segurei seu pulso e ele sorriu.
- O que você pensa que está fazendo?
- Nada. - Respondeu e tirou a tesoura
- Me devolve isso Brian.
- Ainda não. - Respondeu passando a mão pela lâmina - Você afia isso aqui muito bem.
- Devolve!
- O que? Você é sadista, isso eu sei, mas imaginei que fosse masoquista também.
- Para com isso seu idiota! - Vociferei entredentes e tentei tomar a tesoura dele.
- Ah fica quieta Vampira. - Disse e me empurrou com força para a parede, segurando meu rosto com uma das mãos. - Não é como se eu fosse te obedecer ou algo assim. - Apertei minhas unhas em seu braço e ele sorriu - Você sabe que isso não me incomoda.
- Você está bêbado por acaso?
- Bastante. Mas isso não vem ao caso agora. Eu estava num assunto diferente, que era o seu pesadelo… Agora vejamos, o que eu sei sobre você…
- ME LARGA!
- Não. Enfim, você odeia que te prendam, e obviamente que te dominem… Infelizmente estamos excessivamente longe da minha casa para eu te carregar pra lá.
Eu sabia que tentar correr dali não ia funcionar, ele estava com a tesoura bem presa na mão direita e eu não ia conseguir tomá-la dele.
Respirei fundo, sabendo que não ia ter nenhuma maldita escapatória daquele lugar.
- Me deixa em paz. - Repeti cansada e ele sorriu, segurando meu braço com força e me puxando de novo, entrando comigo mais ainda no beco escuro, o lugar cheirava ferrugem e eu franzi o nariz, Brian abriu uma porta lateral completamente invisível para mim e me empurrou para dentro.
- Eu sou um gênio, eu sei.
- Que merda é essa? - Perguntei olhando o lugar escuro, com cara de velho e abandonado.
- Sabe aquele bar em que você estava? Tem os fundos, atrás dessa parede é onde os caras estão agora. Mas sabe que se gritar eles não vão saber chegar aqui, e provavelmente nem vão te ouvir, a música está bem alta.
Ele tinha razão quanto a altura da música, se eu conseguia ouvir alto daqui, imagino lá dentro.
Bufei e olhei de volta para a porta preta, seja lá quem fez isso projetou muito bem para um estupro, ou sequestro ou sei lá…

Procurei nas outras paredes alguma outra porta, encontrei uma abertura na parede do outro lado, onde parecia um dia ter tido uma maçaneta, mas Brian acabou com meus pensamentos sobre isso, segurando meus braços e me jogando no sofá velho.
- Procurando um jeito de sair daqui? - Perguntou sorrindo
- Qualquer coisa é melhor do que ficar com você.
- É, talvez, mas foi você quem deixou isso tudo muito fácil ficando parada sozinha na frente do bar. - Comentou abrindo uma gaveta.
- Você planejou isso? - Perguntei irritada.
- Mais ou menos. - Disse sorrindo e sacudiu algemas nas mãos - Agora, como você prefere? Prender as mãos juntas ou separadas?
- E eu que pensei que você fosse só um tarado, agora sei que é doente também.
- Te dou cinco segundos pra decidir.
Cruzei os braços com força no peito e ele sorriu - Vou colocar separadas só porque estou de bom humor. E também vou te deixar decidir se quer ficar deitada ou sentada.
- Você está parecendo um psicopata.
- Talvez eu seja, mas se você me irritar vou te deixar aí mesmo.
- Ótimo.
Ele puxou uma coisa na parede e ela desceu, revelando uma cama. Grunhi de raiva ao perceber as barras presas a cabeceira.
- Quer que eu te traga ou você vem sozinha?

Segurei nos braços do sofá e ele sorriu, deixando minha tesoura e suas algemas sobre um móvel de madeira e veio na minha direção, estendendo uma mão pra mim.
- É sério Brian… Para de ser doente.
- Vou mesmo ter que te forçar a andar uns passos? - Perguntou erguendo a sobrancelha e eu chutei-o. - Ok.
Ele agarrou meus braços e me puxou com uma força muito maior do que a necessária e me apertou com força, me arrastando para a cama, onde me jogou sentada. 
- Qual é o seu problema?
- Tira a blusa. - Ele disse pegando as algemas.
- Não!
- Tira.
- NÃO!
- Você que sabe. - Disse dando de ombros e puxou um dos meu pulsos, prendendo-o a cama.
- ME TIRA DESSE LUGAR MALDITO! - Gritei sentindo o desespero finalmente me invadir.
Gates sorriu, claramente gostando daquilo - Ah, finalmente entendeu que eu não estou brincando com você? Que pena que não foi antes, ia ter gostado de te ver com medo na rua, estava mais claro lá.
Puxei com força a mão direita, mas só consegui sentir dor no pulso, ele me empurrou contra a cabeceira, tentei chutá-lo e fazê-lo se afastar, mas não deu certo e ele prendeu minha outra mão também.
- PARA COM ISSO BRIAN!

Ele me ignorou e pegou a tesoura, sentando na minha frente e puxou minha blusa.
- Eu te dei uma chance, não se esqueça de como eu fui bonzinho e tentei evitar isso. - Disse e cortou o tecido.
- PARA! - Gritei, mas ele me ignorou, cortando a parte da frente e as mangas, depois jogou minha esfarrapada blusa no chão sujo.
- Já disse, eu te dei uma chance, você que foi teimosa de mais para me ouvir.
- O que aconteceu com você? - Perguntei e puxei os pulsos, gemendo de dor em seguida.
- Você agora cala a porra da sua boca se não for pra falar nada proveitoso.
- E o que você chama de proveitoso? - Perguntei irônica.
- Nada, na verdade. O único som que você devia fazer é gemer. - Disse sorrindo e saiu da cama, tirou a jaqueta e camisa colocando-as no móvel de madeira, tirou o celular e a carteira do bolso e colocou tudo lá também.

Cansei de observá-lo e fechei os olhos, apoiando a cabeça na parede ou sei já o que estava atrás de mim, suspirei e puxei os pulsos de novo, me irritando com a dor que aquilo me fazia sentir.
A ideia de estar ali e presa era a pior coisa do mundo, e o pior era saber que as únicas pessoas que podiam me tirar dali estavam a uma parede de distância e mesmo assim não iam me ouvir.
Brian voltou para a cama e sentou do meu lado, abri os olhos e olhei para ele, que sorria de forma estranha para mim.
- Quer beber alguma coisa? Acho que tem alguma vodka barata por aqui.
- Agora você vai fingir que eu estou aqui porque quero?
- Não, se não ia perder toda a graça. - Fechei os olhos e ele puxou meu rosto com força. - Seja boazinha. - Disse e me beijou, forçando os lábios nos meus, não correspondi e ele bufou - Eu mandei ser boazinha. - Murmurou irritado - Você não quer realmente que eu seja mau com você. Quer Vampira?
Respirei fundo e ele sorriu, voltando a me beijar.
Correspondi dessa vez já que não queria morrer ali.

Ele me soltou e saiu de perto de mim, pegando a tesoura e rodando-a nas mãos.
- Você pensou no Knox? - Perguntou de repente.
- Como?
- Alguma vez?
- Eu não estou entendendo.
- Você sonhou com ele. - Disse me olhando irritado - Você chamou por ele.
- Que?
- Você estava dormindo aquele dia. - Respondeu olhando para a tesoura - E então simplesmente chamou o Knox.
- Eu não…
- Na minha cama. - Disse apertando o punho.
- Sinto muito, eu juro…
- Depois de transar comigo. Você chamou o Knox!
- Brian… - Chamei hesitante - Eu não tenho culpa, estava…
- Você me usou aquele tempo todo.
- É sério, eu não queria…
- E então você o teve de volta… Mas por que não terminou comigo primeiro?
- Eu não tive o Knox de volta. Eu não o quero de volta!
- Você é a pessoa mais egoísta do mundo. Sabia? - Perguntou, ignorando tudo o que eu tinha dito.
- Brian! Eu não fiz por mal, é sério, eu não pensei no Knox!
- Sonhou com ele. - Disse sentando a minha frente, o ódio em seu olhar me fez encolher. - E você sabe que isso é errado.
- Me escuta! Você está fora de si Brian!
- Talvez, mas não importa agora. - Disse abrindo a tesoura, olhando a lâmina.
- Por favor… Pensa no que você vai fazer.
- Então você pode cortar os outros, mas não pode ser cortada? - Perguntou sorrindo assassino. - Rainha da hipocrisia.
Fechei os olhos com força e joguei a cabeça para trás. A respiração dele bateu em minha barriga e eu me encolhi apertando os punhos com força, senti sua língua passar de leve pouco abaixo do umbigo e reagi puxando as mãos, causando mais dor.
Os dentes dele se fecharam em minha pele, arrancando um gemido de dor.
- Para com isso Brian. - Pedi e puxei os braços, reflexo idiota.
Ele me ignorou, passando a morder partes diferentes da minha barriga, sempre forte de mais.

Depois de receber inúmeras mordidas violentas e puxar meus braços por reflexo, já estava bastante dolorida e vermelha, ele tinha alcançado meu colo e mordeu especialmente forte logo abaixo da garganta, me fazendo gemer de dor.
- Sabe o que eu queria? - Sussurrou contra meu ouvido - Eu queria que você se sentisse num pesadelo.
- Eu estou, acredite.
Ele sorriu e segurou minha garganta, empurrando meu rosto para cima. - É. Mas eu queria te aterrorizar de verdade.
- Não tenho mais medo de cachorro, se você quiser saber.
- Tanto faz, eu não sairia para achar um cachorro agora. Do que é que você tem medo mesmo?
Ri irônica - Até parece que eu vou te contar.
- Então você tem mesmo medo de mais alguma coisa umh?
- Talvez. Gostaria de te ver tentar descobrir.
- Você não está se achando muito para quem está presa num lugar inóspito e com um cara bêbado que quer fazer você sofrer?
- É, mas eu sei que você não vai me matar, então…
- Tem razão, te matar eu não mataria, até porque, doente mental é você, eu só quero que você sofra mais do que eu.
- O que aconteceu com você? Mas que merda! Desde quando você virou esse psicopata?
- Eu não sou psicopata Jade. Só estou com raiva de você.
- Você demonstra essa raiva de um jeito meio estranho, parece muito um desejo animal.
- Nunca disse que não era. Eu posso estar com raiva e tesão ao mesmo tempo. Aliás estou, mas não é essa a discussão.
- Não entendi qual é a discussão.
- É sobre do que você tem medo.
- Mh.
- Quer saber? - Perguntou puxando meu cabelo e beijando meu pescoço - Eu quero uma coisa diferente agora.
- E o que é?
- Não vou falar, se não você vai forçar e acabar com a minha graça.
- Você está só bêbado?
- Não. Mas a conversa não é sobre mim lembra? - Perguntou abrindo minha calça - Agora seja legal para eu não ter que rasgar sua calça também.
Apoiei as mãos na cama e ergui o quadril, ele sorriu e puxou o jeans para baixo, soltei rápido o apoio, já que meus pulsos doíam.

Ele tirou minhas botas e a calça, jogando-as no chão e pegou a tesoura, apertei as pernas juntas e ele as forçou, sentando entre minhas pernas abertas.
- O que é que você vai fazer idiota?
- Realizar um desejo meu. - Disse sorrindo e abriu a tesoura, passando a parte de trás na minha coxa, o metal gelado arrepiou minha pele e eu fiz careta.
- E esse desejo seria? - Perguntei e percebi que minha voz tremeu, fazendo o sorrir.
- Ah, já te disse que não tem graça se você souber. - Disse sorrindo e colocou a tesoura de lado, levantando meu corpo e passando as pernas por baixo de mim, arrumando-me em seu colo.
Meus braços ainda não tinham entendido que era uma má ideia e acabaram sendo projetados para a frente, fazendo me gemer quando o metal bateu de novo nos pulsos, que agora já deveriam estar marcados e vermelhos.
- Me solta. - Pedi olhando em seus olhos, ele suspirou e tocou meus pulsos de leve, colocando os polegares por baixo do metal pesado, no pequeno espaço que sobrava entre minha pele e as algemas.
Surpreendentemente ele começou a massagear o local. - Para com isso ou só vai se machucar mais.
- Você sabe que não quer me prender aqui Brian. - Eu disse calmamente, feliz por conseguir um momento de sanidade dele.
Suas mãos largaram meus pulsos e uma delas acariciou meu rosto de leve, depois me puxou, correspondi ao beijo contrariada, mas se aquilo me fizesse sair dali mais rápido, que fosse.

Ele parou o beijo e colocou a testa na minha de olhos fechados, acariciando meu cabelo de leve.
- Você mentiu pra mim? - Perguntou calmo.
- Não. - Respondi sincera, não havia mentido para ele em momento algum, pelo menos não que lembrasse.
- Então você me ama?
Engoli seco e trinquei o maxilar, eu sabia a resposta, mas não sabia o que responder.
Se dissesse que sim era possível que ele me soltar, mas também era possível que usasse isso como desculpa para continuar, e se eu dissesse que não, ele podia me odiar mais ainda e perder o controle.
- Responda! - Disse sério
- Não.
O olhar dele carregava um ódio profundo, mas a decepção era ainda mais visível.
- Então você mentiu pra mim… - Disse e suspirou - Pena, mas pelo menos eu não vou me sentir tão culpado.
- Eu não menti pra você. - Respondi tentando manter a sanidade dele. - Eu te amei.
- Tanto que me traiu.
- Não! Brian, eu não traí você.
- Pena que você não pode me provar isso.
- Mas você devia acreditar em mim.
- Por que?
- Eu fiz coisas pra você que eu jamais faria por ninguém.
- Como por exemplo?
Ri pelo nariz - Tudo Brian. Eu desrespeitei mais de uma ordem do meu pai, eu fugi de casa…
- Você fala como se ficar comigo fosse um sacrifício.
- E era. Principalmente nos últimos dias.
- Que bom que eu acabei com seu sacrifício então. - Disse irritado e eu fechei os olhos, pendendo a cabeça para a frente, mas ele segurou meu rosto com uma mão e me puxou para cima, me obrigando a olhar em seus olhos - Agora você foi sacrificada e entrou no meu inferno. Espero que goste disso, já que é tão demoníaca.
- Por favor Syn…
Ele me empurrou contra a parede e minhas costas bateram contra as barras, causando dor.
- Agora você fica quieta.
Respirei fundo apertando os olhos e os punhos Brian tirou meu sutiã, que eu tive sorte de ser tomara que caia, ou ele ia ser picotado como a blusa.
Ele puxou meu corpo, fazendo-me deitar na cama e deitou por cima, beijando meu pescoço e alisando meu corpo até onde podia alcançar.
Desceu a boca até meu seio direito e mordeu-o com força, fazendo me gemer de dor e puxar os braços, minha garganta travou e forcei-me a ficar impassível.

Respirar ficava difícil com ele sobre mim e a vontade idiota de chorar, ele riu e empurrou meu rosto para o lado, mordendo minha orelha de leve.
- E o que eu faço com você agora? - Sussurrou - Será que eu te machuco aonde?
- Por favor…
- Você ainda não fez o que eu quero… Por que tem que estragar tudo sempre?
- Eu faço o que você quiser Brian, só me deixa ir embora.
- Mas se eu te deixar ir não vai ter graça, eu tenho que saber que foi por minha causa.
- Seja lá o que for, eu juro… Eu faço o que você quiser.
- Mh… Não. - Ele voltou a sentar e pegou a tesoura sorrindo, olhou para o piercing que ele tanto clamava adorar e posicionou a ponta logo acima da bolinha. - Quer um desenho especial? - Perguntou irônico
- Me deixa em paz Brian. - Pedi e minha voz falhou de novo - Você já me machucou bastante.
- Não, ainda não.
- Você já terminou essa merda de namoro, você já me prendeu aqui… O que mais você quer? - Perguntei olhando seus olhos e ele sorriu passando a lâmina de leve, fazendo um corte tão superficial que mal saiu sangue, mas ardeu como o inferno.

Apertei os olhos que já ardiam e o soluço escapou da minha garganta, senti meu rosto ser molhado pelas lágrimas finas, ouvi a tesoura bater no chão e Brian curvou o corpo sobre o meu.
- Isso. - Disse e me beijou, mordendo minha boca com força, mas não o suficiente para ferir
- Isso o que?
Ele sorriu e limpou uma das lágrimas com o polegar, meu celular começou a tocar no chão e ele se levantou, indo pegá-lo.
- Acho que meu tempo acabou. - Comentou rejeitando a chamada e foi até o móvel de madeira, colocando a blusa e pegou as chaves das algemas. - Pena, eu estava começando a me divertir de verdade.

Brian sentou ao meu lado, soltando meus pulsos vagarosamente. Puxei-os assim que estava livre e esfreguei as marcas vermelhas, ele jogou minhas roupas em mim e a própria jaqueta também.
- Você está realmente doente. - Eu disse me vestindo rápido.
- Não acho que seja necessário te avisar disso, mas vou fazer mesmo assim. Se você falar disso para alguém já sabe que vai sofrer o triplo.
Coloquei a jaqueta dele e arrumei meu cabelo, ele sorriu enquanto eu calçava as botas e arrancava o celular de sua mão.
- Espero que você morra.
- Eu não.

Saí do lugar e comecei a correr aos tropeços, o carro de John foi fácil de se encontrar, já que era prateado no meio dos pretos.
Abri a porta e fechei-a com alguma dificuldade.
- Aonde você estava? - Perguntou confuso.
- No “camarim” com meus amigos.
- Ah… E que jaqueta é essa?
- Do Matt.
- Acho que esse eu não conheço.
- Tanto faz John, só dirija rápido, eu estou com sono.
Ele riu e acelerou o carro, encostei no banco sentindo a dor finalmente me dominar, não podia chorar ali, mas assim que fechei a porta do meu quarto, arranquei aquela maldita jaqueta, jogando-a longe e caí na cama chorando, olhando meus pulsos muito vermelhos e esfolados.


Never did never did I ever love anyone other then you
But secretly I always want to see you cry so I push you until you do

Eu nunca, eu nunca amei outra pessoa a não ser você Mas secretamente, eu sempre quis te ver chorar, então eu forcei você até isso acontecer

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Notas finais do capítulo

Hey guys!
Espero que tenham gostado do Syn psicótico! Ele continua um tempo... Enfim...
A música aí do final tem o mesmo nome do capítulo e a letra/tradução é essa: Infelizmente a tradução não está muito boa em todas as partes, mas está melhor do que no vagalume...
http://letras.terra.com.br/forever-the-sickest-kids/1240659/#traducao
Beeijo e nos vemos no próximo!