Give It Up escrita por Niin


Capítulo 26
It’s called alcohol


Notas iniciais do capítulo

Heey!
Então, querem ver o novo cap e a mudança da fic? Well, eu acho que todos sabem do que se trata...
Viram a capa nova? Me digam o que acharam dela!



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Levantei me sentindo um lixo. Tomei banho e me vesti, peguei a bolsa e saí pra escola.
Tinha se passado um mês desde a minha “briga” com Brian, eu tentei fazer a vontade de Michelle e trocar de lugar com ela, mas o meu querido professor não permitiu. E foi aí que eu comecei a matar quase todas as aulas de espanhol.
Johnny e Zacky tinham feito aniversário e eu faltei as comemorações dos dois, Fernanda e Matt tinham começado a namorar, os garotos começaram a fazer shows pequenos em bares e eu nunca ia, dava minhas desculpas.
Nenhum deles comprava ou ficava feliz com isso, exceto Brian, que não dava a mínima. Eles não sabiam o que tinha acontecido, apenas especulavam uma briga.

Estacionei o carro e fui andando pra aula, deitei a cabeça na mesa e Matt me sacudiu.
– Hey Vamps!
– Que é?
– Vai fazer algo hoje a noite?
– Vou jantar com meus pais. - Usei uma desculpa qualquer
– Seus pais estão viajando.
– Eles voltaram de viagem. - Remedei, me condenando por ter contado isso a ele.
Matt bufou e sentou na mesa da frente - Não interessa a briga que você teve com o Syn, não vai faltar ao primeiro show grande dos seus melhores amigos vai?
– Meus pincéis de maquiagem e lápis de olho estão fazendo um show?
Ele fechou a cara pra mim e eu sorri.
– Você vai e ponto.
– Matt…
– Para com isso Vampira!
– Quer tanto assim que eu vá?
– Quero muito.
– Te odeio grandão.
Ele sorriu e estalou um beijo na minha bochecha.

A aula passou rápido e eu já estava em casa encarando meu guarda roupa, quando me decidi, fui tomar banho, devo ter passado pelo menos uma hora com a cabeça em baixo d’água me convencendo que não era uma ideia horrível.
Estava pronta as oito e meia, o show seria as dez, mas duvidava que começasse no horário.

[Roupa da Vampira: http://www.polyvore.com/vampira_concert/set?id=41297424&.locale=pt-br ]
Respirei fundo e sentei na TV, as nove e quarenta levantei e peguei o carro, cheguei lá em cinco minutos.
Era o lugar onde todas as bandas daqui sonhavam em tocar, sorri feliz por eles, mas logo vi algo que me irritou.

Desci do carro e percebi que tinha estacionado atrás dele. Gates estava encostado no carro fumando.
– Boa noite. - Disse pouco antes de passar por ele, mas nem sequer o olhei.
– Oi Vampira. Faz tempo que não converso com você.
– Não foi acidental. - Disse sem parar, mas ele segurou meu braço
– Você sempre foi mal educada.
– Problema meu.
Ele jogou o cigarro no chão e pisou em cima para apagar, soprou a fumaça pro lado e voltou a olhar pra mim.
– Não vai nem me dar um abraço?
– Vai que sua namorada surta de novo? Acha que eu tenho paciência pra mantê-la viva?
– Nós terminamos.
– Então ela não te aguentou uh?
– Cala a boca vampira. - Disse me puxando para um abraço.
Bufei e fiquei imóvel enquanto ele me abraçava e beijava meu pescoço, quando me largou eu sorri amarelo e voltei a caminhar para dentro, sendo seguida por ele.

Entramos e Brian me puxou para um canto.
– Hey! - Reclamei
– Cala a boca. - Disse entrando numa porta que dava para um corredor iluminado - Estou obedecendo ordens.
Fiquei quieta enquanto ele me rebocava até uma porta, onde tinha uma folha escrito Avenged Sevenfold colada nela.
Gates abriu-a e me puxou pra dentro. Estavam todos lá e eu fui cumprimentá-los.
– Já está bêbado seu idiota? - Zacky perguntou batendo na cabeça de Gates.
– Bêbado ou não, ainda toco melhor que você. - Respondeu entredentes.
– Syn! - Jimmy repreendeu e puxou-o pra fora.
Zacky foi para algum canto e Matt foi atrás dele, eu e Johnny ficamos sozinhos no lugar.
– Ele está realmente insuportável. Principalmente quando fica bêbado.
– Desculpe.
Johnny ergueu as sobrancelhas pra mim - Culpa sua?
– Acho que sim.
– Você podia fazer o favor de tentar conversar com ele então?
– Não é simples assim Joh… Ele foi realmente filho da puta.
– Deve ter sido mesmo, mas por favor?

Bufei e fui para fora, onde estavam Jimmy e Brian, brigando pelo que pude perceber.
– Jimmy? - Chamei e ele me olhou - Entra aqui, o Johnny precisa de você.
– Pra que?
– Eu tenho cara de Branca de Neve pra saber o que anões querem?
– HEY! - Johnny protestou e eu sorri pra ele.
Jimmy entrou rindo e eu saí fechando a porta.
– Não estou com paciência pra você Vampira. - Gates disse irritado caminhando para a janela e pegando o maço de cigarro.
– Por que está sendo insuportável assim com todo mundo?
– Porque eu quero. Eu sou insuportável e egocêntrico. Você já sabe disso. - Ele disse e acendeu o cigarro apoiando a testa na parede ao lado da janela.
– Eu sei, mas eles não tem nada com isso.
– Eles me irritam. Eu me irrito… Sei lá. O que você tem com isso? Não gosta de mim. Lembra?
– Verdade… Mas acho que você devia parar de beber tanto.
– E você devia parar de se meter. Isso não é você! Você é odiável e ri da desgraça dos outros. Lembra?
– E você é um idiota que é legal pros seus amigos. Lembra?
Ele bateu a cabeça com força na parede. - Lembro.
Bufei e, guiada por um sentimento muito estranho, fui até lá, tocando seu ombro de leve.

Ele sorriu e tragou mais uma vez, soprando a fumaça pela janela. Se virou pra mim e encostou na parede.
– E como a gente fica?
– Não fica. Eu vim aqui porque o Johnny pediu. - Disse cruzando os braços
– Qual é Jade… Já deu de brigar.
– Eu não estou brigando com você, e sua namorada está sobrevivendo até hoje pela minha falta de tempo para matá-la. Mas que fique claro, mais alguma coisinha e ela morre.
Brian sorriu de canto e tragou de novo. - Sabe, eu não entendo o porque de você querer continuar brigando.
– Isso é porque você é burro.
Ele jogou o cigarro pela janela e mexeu nos cabelos - Talvez, mas sabe, você já falou coisas piores pra mim antes e eu perdoei.
– Mas nós somos pessoas diferentes e eu não acredito em perdão.
Ele respirou fundo. - Vamos lá Vampira… Pela boa convivência.
– Eu vou conviver com você nos padrões de “boa convivência”, mas não significa que eu não queira estar presente no seu enterro, algemada e rindo loucamente.
Ele sorriu e deu um passo para frente, fazendo-me dar dois para trás.
– Você pode até me assassinar e ir ao meu enterro, mas será que dá pra me perdoar? Pelo menos por enquanto? - Dei de ombros e ele sorriu - Desculpas aceitas?
– Você nunca pediu desculpa.
– Estou pedindo agora.
Torci os lábios e sacudi a cabeça grunhindo um “tanto faz”, ele sorriu mais e veio para a frente, me puxou para um abraço e eu correspondi dessa vez.
– Não se acostume a eu deixando você encostar em mim.
– Você não gostar deixa muito mais prazeroso.
Empurrei-o e ele riu, voltamos ao cômodo que estávamos antes e ele se sentou num sofá ao lado de Zacky e eles começaram a conversar em voz baixa.
– Boa menina. - Jimmy disse perto do meu ouvido e eu ri.
– Tenho que ser. Está perto do natal e papai noel sabe quando você é mau.
Jimmy gargalhou - Ficamos sem presente esse ano.
– Eu fiquei sem presente pra sempre…

[Roupa da Fernanda: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=47636211&.locale=pt-br]
O show deles foi divertido, eu gostava das músicas e Fernanda, que chegou em cima da hora, gritava “gostoso” toda vez que Matt parava de cantar.
Saímos de lá e fomos para a praia, levamos garrafas de bebida e vários salgadinhos, foi uma algazarra gigantesca, mas estava bem divertido.

Eu e Fernanda tiramos os sapatos e meias arrastão e começamos a dançar umas músicas estranhas que estavam tocando em uma casa perto de nós.
Se não estivéssemos bêbadas, provavelmente estaríamos xingando até a quinta geração e falando que eles não tinham gosto musical e coisas do gênero, mas você sabe, quando o álcool sobe não há nada que segure.
Estava tudo indo bem, ou não, até que Fernanda no ápice de seu alcoolismo se jogou em mim e me puxou, nós caímos na areia rindo, enchendo cabelo dela de areia e as pontas do meu também.
Saí de cima dela e sentei na areia, ela me imitou, batendo os cabelos e xingando a praia por ter tanta areia.
Os garotos nos olhavam e riam, até que Matt resolveu apostar corrida, mas não era uma simples corrida…
– Eu escolho a Fer! - Ele gritou e agarrou a garota, puxando-a do chão.
– Eu quero o anão! - Jimmy gritou e jogou o menor nas costas, Brian e Zacky se olharam e começaram a rir.
– Vem cá Vampira. - Gates disse estendendo as mãos para mim, eu as aceitei e ele me colocou nas costas.
– Eu vou marcar então. - Zacky disse alegre - É até bom que eu não tenho que levantar.
Eles andaram até o paredão de pedra e encostaram lá, olhei para Fer e ela ria como uma condenada, eu não pude evitar e ri também, sendo acompanhado por Jimmy.
Zacky gritou e eles saíram correndo, Jimmy que ainda estava rindo, correu alguns passos e caiu para o lado, rindo loucamente.
Eu e Brian estávamos perdendo, já que ele ria também e Matt estava concentrado, mas então Fernanda se cansou do clima de corrida e puxou seu rosto, beijando-o, fazendo com que Matt perdesse toda a concentração.
O que era legal sabe, nós ganhamos, mas seria mais legal ainda se Brian parasse de correr em direção ao mar.
– SYN! - Jimmy gritou lá de trás - PARA CARALHO!
Ele começou a rir e correr em círculos, o que me deixou aliviada, já estava me vendo afundar na água gelada.

Depois de toda a loucura da corrida, estávamos todos ouvindo as piadas toscas de Jimmy, mas eu já estava pra lá de bêbada, então eu ria antes de o final da piada, o que ocasionava riso geral, porque eles, super bêbados também, achavam que a piada já tinha acabado e que tinha alguma graça, aí Jimmy, achava aquilo engraçado e ria também.
Eu já estava com a barriga e as bochechas doendo de rir, me levantei e sentei sozinha na beira do mar, desenhando coisas aleatórias na areia.
– Hey! - Brian disse se sentando do meu lado - Que foi?
– Estou doendo de rir. - Disse sorrindo e continuando meu desenho na areia
– Ah, o que está fazendo?
– Sei não. Rabisco.
– Mh… Ah! Sabia que vamos aparecer na TV?
– Vão? Que legal!
– Yeah, demos entrevista hoje pra TV local.
– Tá ficando famoso. Quero meu autógrafo pra vender no futuro.
Ele gargalhou e deitou na areia ao meu lado.
– Será que vamos voltar a ser amigos um dia?
– Por mim tanto faz, se você continuar fazendo nossas provas de espanhol está tudo bem pra mim.
– E se eu disser que só faço suas provas se voltar a ser minha amiga?
Torci os lábios. - Acho que vou ter que começar a estudar.
– Deixa de ser chata!
– Se faz tanta questão… - Eu disse dando de ombros e ele sorriu.
– Deita comigo. - Pediu puxando meu ombro.
– Não! Vai entrar areia no corset e vai ficar uma merda.
Ele sentou e arrancou a camisa. - Coloca isso e tira o corset então.

Pensei um pouco, mas o álcool estava dominando, coloquei a camisa dele e tirei o corset, levantei e corri aos tropeços pro carro, coloquei-o lá com o resto das coisas e voltei.
Syn estava deitado de olhos fechados com os braços por trás da cabeça.
Eu sentei ao lado dele e bati em seu peito, ele abriu os olhos e sorriu.
– Oi.
– E ai?
Foi o bastante para voltarmos a rir, eu caí por cima do peito dele rindo e Gates começou a brincar com meu cabelo.

Ouvi passos por perto e levantei o rosto, Jimmy me olhava de forma estranha e eu virei o rosto.
– Que foi Jimmy?
– Não acredito que você está me trocando.
– Eu não estou! - Ele virou as costas e saiu andando, então eu me levantei e corri atrás dele, pulando em suas costas e mordendo seu ombro. - EU TE AMO JIMMY!
Ele riu e levou as mãos para trás, me abraçando como pôde - EU TAMBÉM TE AMO VAMPS!
Ficamos rindo e ele me voltou para Brian, onde eu deitei ainda rindo.

Meu ataque alcoólico de sempre me fez olhar a pele lisa do peito de Gates e pensar em morder, o que eu fiz.
Ele riu mais e puxou minha nuca para encará-lo - Nem vem. Morder não.
– Mas eu gosto!
– Eu também, entende o problema?
Voltei a rir e ele também, coloquei a testa em seu peito e quando parei de rir mordi de novo.
– Para! - Reclamou
– Deixa! - Pedi levantando e o olhando
– Não! - Disse cobrindo o peito com os braços. Eu ri e mordi o braço dele. - Para caralho!
– Mas eu quero!
– Morde a si mesma.
– Não tem graça!
– Não Vampira. - Disse segurando meus ombros - Para de me morder.
– Só mais uma vez?
Ele bufou e me empurrou de leve - Não!
– Ahh Syn!
– Para! - Disse tentando se tampar, mas eu acabei conseguindo morder, meu acabou pegando bem no mamilo dele - Porra! - Disse e gemeu baixo
– Mordi! - Eu disse rindo
– Então morde mais. - Disse me puxando com força pra cima dele - Mas morde a boca. - Puxou minha boca pra sua, quando seus lábios roçaram os meus, mordi os dele, que riu - Não leva ao pé da letra.
Beijei-o enquanto ria, ele passava as mãos pelas minhas costas e cabelo, me puxando com força pra ele.

Parti o beijo e coloquei a testa na sua rindo e arranhei seus braços de leve.
Ele segurou minhas coxas com força e me ajeitou em cima de si, pra depois me puxar pra outro beijo.
– Arrumem um quarto vocês dois! - O grito de Jimmy me fez parar e começar a rir loucamente.
– Ah Jimmy, mas praia é afrodisíaco! - Syn gritou de volta
– Platéia também?
– Platéia é mais ainda!
– Opa! - A voz dessa vez foi de Matt - Vem cá então Nanda.
Minha crise de riso aumentou mais ainda e senti mãos me puxarem para cima.
– Qual é Jimmy! - Syn reclamou de baixo - Deixa ela aqui!
– A garota tá tão bêbada que tá rindo de tudo, que feio se aproveitar dela Synyster Gates.
– Eu já me aproveitei quando ela estava sóbria, faz diferença não!
– Faz sim!

Jimmy me carregou até onde estavam todos e eu me sentei rindo e chutando areia.
– Caralho, ela ta drogada. - Matt disse me olhando - Nunca vi a Vampira tão alegre.
– Nunca viu ela sob efeito de Synyster Gates. - Brian disse sentando do meu lado
– Maconha mudou de nome? - Matt retrucou e eu ri mais - Caralho! Vem Vamps, vou te levar pra casa.
– Não! - Eu gritei e ergui os braços, mas depois caí na areia rindo
– Que que você deu pra ela Brian? - Jimmy perguntou irritado
– Saliva? - Ele perguntou confuso e eu ri mais.
– E o que exatamente tem na sua saliva?
– Água?
– Você se drogou idiota?
– Ah! Não, hoje não. - Ele disse rindo e minha crise de riso cessou… Como assim “hoje não”?
– Ela voltou a vida! - Matt disse alegre e me puxou da areia.
– Para de zoar idiota. - Jimmy disse ainda sério - O que você deu pra ela?
– Nada!

Eles começaram uma discussão idiota e eu me levantei, caminhando até a fogueira que tinham feito, mas Zacky me puxou para trás, com medo de eu tropeçar e cair no fogo.
Resolvi que queria rodar, não me pergunte o porque, então segurei as mãos de Johnny e nos afastamos deles, começando a rodar de mãos dadas pela areia.
– VAMPIRA! PARA COM ISSO OU VOCÊ VAI PASSAR MAL! - O grito de Jimmy fez com que eu risse mais.
Continuamos rodando, até que Johnny tropeçou e caiu, puxando-me com ele.
Ficamos deitados na areia rindo, até que Gates se ajoelhou na minha frente, me puxando para sentar.
– Tudo bem? - Perguntou preocupado e eu ri.
– Por que não estaria?
– Porra, até bêbada você é irônica? - Johnny perguntou rindo do chão.
Eu me virei para respondê-lo, mas Gates segurou meu rosto com as duas mãos e me puxou para encará-lo.
– Olha pra mim, tá tudo bem mesmo?
– Tá!
– Vem, você tá muito bêbada, come alguma coisa. - Disse me puxando para ficar de pé.
– Eu tô bem, não preciso disso.
– Vem.
Gates me arrastou até onde todos estavam e me sentou perto da fogueira, pegando os salgadinhos e me fazendo comer.
– Não quero! Eu tô bem.
– Para de encher o saco Jade. Come logo.
– Mas…
– Mas nada. Come!
Bufei e obedeci, comendo tudo que ele colocava na minha boca.

Fernanda, que também estava bem mais bêbada, ficou falando que nós formávamos um casal lindo. Tentei argumentar e dizer que ela estava ficando louca, mas tudo que consegui, foi ter um salgadinho enfiado na minha boca.
Depois de me rebelar e dizer a Brian que se ele me fizesse comer mais alguma coisa, ia se arrepender amargamente, ele me deixou em paz, sentando-se atrás de mim e abraçando minha cintura.

Sem que eles percebessem, voltei a beber alegremente, feliz por Johnny estar lá e levar o álcool até mim.
Quando voltei ao meu grau elevado de alcoolismo, recomecei com os ataques de riso.
– Porra Vampira! Você ta bebendo de novo? - Jimmy perguntou tomando o copo da minha mão.
– Me deixa Rev!
– Não deixo, anda, eu vou te levar pra casa.
– Não!
– Vem logo! - Ele disse segurando minhas mãos e puxando-as.
– Relaxa Jimmy, eu cuido dela. - Brian disse sorrindo e beijou meu pescoço.
– Cuida sim! - Disse irônico - Está bêbado que nem um gambá!
– Não tem ninguém tão bêbado assim, aliás, o Johnny está, mas eu estou bem pra cuidar da Vampira, relaxa.
Jimmy o ignorou, puxando-me para cima e fazendo com que eu andasse um pouco em direção aos carros.
Brian veio atrás de nós e me puxou para si, fazendo com que eu parasse de andar.
– Larga ela Syn!
– Eu já disse que cuido dela.
E então eles começaram uma briguinha chata, me desvencilhei de ambos e me joguei ao lado de Matt e Fernanda na areia.
– Tudo bem Vampira?
– Estaria melhor se o Jimmy não estivesse achando que eu estou a beira do coma.

Ele riu e eu também, encostei minha cabeça em seu ombro e ele começou a cantarolar alguma música calma.
Olhei Matt e seu ombro musculoso perto de mim, haaa, estou bêbada, sorry Fer.
Meti o dente nele, que ficou confuso e começou a rir.
– Que merda é essa? - Jimmy perguntou e senti alguém me puxar, larguei Matt e vi que quem me puxava era Brian.
– Mordi! - Disse alegre e ele ficou ainda mais puto e me puxou pra cima
– Leva meu carro Jimmy, vou levar essa bêbada pra casa.
– Achei que ela estivesse bem. - Disse irônico e Brian bufou. - Não sei se confio em você para levá-la pra casa.
– Louca do jeito que ela tá? Eu não tenho essa paciência de transar com alguém que ri de tudo.
– Ah! Eu quero ficar!
– Problema teu. - Ele disse e me pôs no colo - To te levando pra casa.
Cruzei os braços e sacudi as pernas enquanto ele me levava pro carro e me colocava no banco do passageiro.
– Chato!
Ele rolou os olhos e bateu a porta, dando a volta e sentando no banco do motorista, depois de regular todas as coisas me pediu as chaves e eu as entreguei.
Não demorou muito e ele parou na garagem de casa, saí andando com dificuldade, ele me segurou no colo de novo e me levou pro quarto, me colocando na cama.

Fechei a cara e me levantei. - Louco! Assim eu vou sujar a cama!
– Foi mal.
Puxei a camisa dele e lhe entreguei-a, depois puxei o short pra baixo e saí andando pro banheiro, coloquei-o em um ganchinho e liguei a água do chuveiro.
– Hey, você tá sujo. Quer tomar banho? - Perguntei pegando roupas intimas e uma blusa grande
– Eu tomo banho em casa.
– Então tá! - Disse entrando no banheiro e fechando a porta, tomei banho brincando com a água, não lavei o cabelo porque se não ia demorar pra secar e eu estava com sono e dormir de cabelo molhado não é legal… E também, ele não estava sujo mesmo.

Saí enrolada na toalha e me troquei, quando voltei ao quarto encontrei Gates sentado no chão.
– Tá fazendo o que ai?
– Esperando você sair.
– Ah! Mas tem uma cadeira ó. - Disse apontando para a cadeira da escrivaninha
– Você fica muito estranha bêbada.
Mostrei-lhe a língua e pulei na cama, deitando de bruços e sacudindo as pernas no ar.
– Me esperando sair pra que? Quer que eu te leve em casa?
– Do jeito que você está? Nunca. Quero saber se está tudo bem, precisa de alguma coisa?
– Não. Mas você devia muito tomar banho.
Ele sorriu e levantou do chão - Vou tomar banho em casa.
– Tá! - Eu disse me dando por vencida e rolando no colchão - Já vai?
– Vou. A menos que você queira que eu fique.
– Não particularmente.
– Então boa noite. - Ele disse se aproximando e me dando um selinho.
– Viu só?
– O que?
– Se você tivesse tomado banho eu podia te morder. Mas você tá cheio de areia.
– Só nas costas. - Concluí que ele tinha razão e mordi seu pescoço - Não era um incentivo. - Ele disse rouco e eu mordi o outro lado - Para Vamp.
– Mas eu gosto. - Disse olhando-o e ele suspirou - Por que você não deixa?
– Para de parecer uma criança para eu não me sentir tão mal por querer transar com você.
Dei de ombros e puxei a blusa prendendo-a abaixo dos seios. - Ajuda? - Perguntei sorrindo e ele apertou os olhos.
– Definitivamente não.
– O que que ajuda?
– Vai dormir.
– Mas eu…
– Vai dormir.
Mordi seu lábio de leve e ele suspirou - Mas eu quero…
– Quer nada, você não quer nada.
– Quero sim.
– O que? - Perguntou e me beijou
– Vai tomar banho.

Gates bufou e empurrou meus ombros, caí deitada na cama rindo e coloquei os pés em seu peito. - Caralho Vampira.
Sorri e deslizei os pés para seus ombros - Vai lá.
– Em casa?
– Pode ser.
– Você vai dormir antes de eu voltar. - Disse segurando minhas panturrilhas com força
– Não era o que você queria?
– Era…
– E o que você quer agora?
– Você.
Sorri e me sentei na cama - Então vai tomar banho! - Disse apontando o banheiro.
– Eu não tenho roupa.
Levantei e puxei-o pelo corredor até o quarto de John, abri o guarda roupa e puxei uma gaveta, peguei algumas coisas e joguei nele. - Pronto! Vai tomar banho!
Ele riu e saiu do quarto, fomos até o meu e ele entrou no banheiro.
– Tem toalhas no armário!
– Ok!
Deitei na cama e fechei os olhos, não queria dormir, não tinha nem sono, mas acabei cochilando.

Acordei com um beijo no meu cabelo e abri os olhos devagar, a porta abriu e eu rolei na cama.
– Aonde você vai?
– Pra casa. Boa noite.
– Não! - Eu disse balançando os pés no ar - Vem cá!
Ele pareceu pensar e fechou a porta, voltando até onde eu estava, colocou as roupas na escrivaninha e sentou na cama comigo.
– Que?
Me arrastei até lá e mordi seu pescoço de novo.
– Você não ta com sono? - Perguntou me segurando enquanto eu subia em seu colo
– Não. - Eu disse levando minha boca a dele.
– Tá sim. - Disse entre o beijo
– Não quero dormir.
Ele segurou minha nuca e minha cintura - Você estava dormindo.
– Mas eu não quero mais. - Disse mordendo seu lábio inferior
– Jade…
– Umh? - Perguntei enquanto mordia seus ombros
– Você ta muito bêbada.
– Já estive mais.
– Não é esse meu ponto.
– E qual é? - Perguntei sentando no seu colo e o encarando
– Você ta bêbada. Vai dormir.
Bufei e saí de cima dele, que riu e me deu um beijo na bochecha.

Deitei na cama e arrumei a blusa, abracei um travesseiro e fiquei olhando o teto.
– Vamp?
– Umh?
– Quer que eu vá embora?
Rolei na cama e fiquei por cima do meu travesseiro - Por mim tanto faz.
Ele riu pelo nariz e beijou meu cabelo, eu peguei o controle da TV e liguei, estava passando jogos mortais 2 e eu me ajeitei na cama para assistir.
– Você vai assistir isso mesmo?
– Vou. Por que?
– Não vai ficar com medo?
O olhei e rolei os olhos - Pelo amor né Syn? Eu com medo de filme de terror? Eles ainda vão fazer um baseado em mim.
Ele riu e encostou na cama, me puxando pra perto. Encostei nele e assisti o filme rindo.
– Você ri por que está bêbada ou costuma rir em filmes de terror?
– Costumo rir.
– Garota estranha.

A certo ponto do filme, quando o povo tinha que pular na “piscina” de seringas eu estava achando muita graça naquilo tudo, olhei pra Syn, que tinha uma careta de nojo hilária.
– Quer que eu tire?
– Umh?
– Quer que eu mude de canal?
– Ah! Não, pode continuar assistindo sua carnificina nojenta.
Sorri e mordi seu ombro, depois voltei a apoiar a cabeça nele.

No fim do filme, Syn sacudiu a cabeça e continuou com a careta de nojo.
– Que foi?
– Pra que fazem toda essa merda de carnificina?
– Para me divertir.
– Nojo.
Ri e mordi seu ombro de novo. - Tem medo de filme de terror Syn?
– Não… Mas também não tenho nada a favor deles… E esse é uma carnificina nojenta.
– Nem é. Eu acho divertido.
– Quer rir? Veja comédia.
– Ou drama.
Ele me olhou estranho e eu ri mordendo-o de novo.
– Você é tão estranha.
– E mesmo assim você corre atrás. - Ele rolou os olhos e me empurrou na cama
– Cala a boca.
Ri e chutei seu braço. - Chato!
– Criança.
Me sentei e pulei em cima dele, que caiu pro lado. - Não me chama de criança!
– Então para de ser uma criança!
Meti o dente em seu pescoço e ele riu. - Eu era uma criança estranha, nem fala isso.
– O que você fazia de estranho quando era criança? - Perguntou se ajeitando em baixo de mim.
– Muitas coisas.
– Por exemplo?
– Mhh… Pus fogo no cabelo de uma garota uma vez.
– Por que? - Perguntou rindo
– Ela era chata. Mereceu.
– O que mais?
– Amh, pintei os cadernos de colorir todos de preto e a professora me colocou de castigo, ai eu desenhei na parede um coração esfaqueado com sangue preto fazendo uma poça.
– Nossa.
– Eu sou estranha, aprenda a conviver.
– Já aprendi. - Disse beijando meu ombro.
– Bom pra você.
Ele riu e me puxou para um beijo, arranhei os lados do corpo dele de leve e mordi seu lábio.
– Eu vou começar a andar com um bafômetro pra saber quando você está bêbada.
– É bem fácil, quanto mais eu rio, mais bêbada. - Disse voltando a beijá-lo.

Brian rodou na cama ficando por cima de mim, cama grande é uma coisa ótima não é não?
Arranhei suas costas e abracei sua cintura com as pernas.
Ele partiu o beijo e desceu pro meu pescoço, mordendo e beijando o local, enquanto eu brincava com seus cabelos pretos muito macios.
Puxei-o para cima trazendo sua boca de volta para a minha, estávamos para lá de bêbados, mas aquilo era muito bom.
– CHEGUEI MANINHA! - O grito estava perto, perto de mais.
Brian me soltou e olhou pra cima com cara de assustado.
– John? - Chamei baixinho, temendo obter resposta
– Quem é esse Jade? - A voz dele estava ainda mais perto e foi acompanhada por passos. Fechei os olhos com força e senti Brian sair de cima de mim. - Estou falando com você!
Abri os olhos e vi Gates ajoelhado do meu lado, passando as mãos pelo cabelo nervoso e John parado na beirada da cama atrás de mim. - Oi John.

Ele fechou a cara e puxou meus ombros, sentei e me virei pra ele sorrindo amarelo.
– Esse cara é seu namorado? - Perguntou sério
– É. - Respondi rápido e graças a Deus, Syn sorriu como se concordasse.
John semicerrou os olhos - Bom mesmo. Hey! Esse não é o cara que te trouxe aqui toda molhada no meio da madrugada um tempo atrás?
– Esse mesmo. Você não estava na casa da Vick?
– Estava. Ela está lá embaixo. Vá cumprimentá-la.
– Agora?
– Nesse segundo.
Olhei pra Gates e depois pra ele, pulei da cama e olhei pra John erguendo uma sobrancelha, esse era meu jeito de dizer a ele que se fizesse algo errado, morreria.

Desci as escadas e encontrei Vick sentada no sofá.
– Olá cunhada. - Eu disse sorrindo um pouco forçado, não tinha nada contra ela, mas hoje eu estou achando ela uma inútil.
– Oi Jade! - Disse alegre e veio me abraçar, talvez eu tenha algo contra ela
– Tudo bem? - Perguntei sorrindo ainda forçado
– Tudo! Seu irmão está aonde?
– Lá em cima no meu quarto.
Ela franziu a testa - Por que?
Um pequeno plano maligno se formou na minha cabeça e eu segurei seu pulso.
– Ele está com meu namorado, venha conhecê-lo.
Ela ficou animada e veio atrás de mim saltitante, entrei no meu quarto e encontrei uma cena que eu não esperava…
Pensei que se John desse a louca e acabasse em porrada, Syn teria batido nele porque em quesito braço ele ganhava.
E também foi só essa a minha ideia…

Mas, o que aconteceu, é que eles estavam rindo e conversando sobre Metallica. Pode?
– John!
– Oi maninha! Ahh é, ele é melhor que o magrelo.
– Ah que legal! - Disse irônica - Agora fora!
– Oii! - Vick disse alegre acenando para Gates
– E ai?
John se levantou sorrindo e beijou minha testa, levando Vick para fora do meu quarto.
Falando alguma coisa sobre juízo, e que ele nunca soubesse o sabor.

Andei até a cama e sentei lá semicerrando os olhos para Gates.
– O que aconteceu aqui?
– Nada.
– E por que vocês estavam rindo e conversando sobre música?
– Seu irmão tava com a camisa do Metallica e eu falei que gostava, engatamos a conversa daí.
– Sei…
Ele sorriu e se jogou deitado na cama com os braços para trás da cabeça. - Então quer dizer que eu sou seu namorado?

Rolei os olhos e subi na cama, deitando do outro lado. - Como se não fosse óbvio que eu disse aquilo para ele não me encher o saco.
– Eu acho que foi porque você queria.
– Com certeza. Meu sonho.
– Eu sei. - Ele disse sorrindo e rolou para cima de mim, segurando meus pulsos ao lado da cabeça.
– O que você pensa que está fazendo? - Perguntei irritada
– Já superou todo o álcool uh?
– Sim. Então se puder fazer o favor de sair de cima de mim!
– Mh, acho que não. - Disse e beijou minha bochecha.
– Quem te deu esse direito de ficar me beijando? - Perguntei ainda mais irritada e tentando me soltar.
– Você. Que me mordeu, me pediu pra ficar e falou pro seu irmão que sou seu namorado.
– Eu estava bêbada!
– E eu acredito que quando está bêbado você faz coisas que quer, mas não tem coragem.
– Sai!
– Admite, vai ser muito melhor para todo mundo.
Fiz força para soltar, mas, além de forte, ele era pesado. - Me solta!

Ele sorriu e beijou minha boca, correspondi, e ele soltou meus pulsos, usando-os para acariciar minha pele, enquanto eu o abraçava e puxava seu cabelo.
Ficamos assim um tempo, até que eu melhorei do meu alcoolismo e me lembrei que devia parar.
– Para Gates! - Pedi empurrando seu peito e ele sorriu
– Por que? - Perguntou roçando os lábios nos meus - Você quer tanto quanto eu.
– Sério, para.
Ele beijou minha boca e eu não correspondi, eventualmente ele me soltou rolando os olhos e deitou ao meu lado.
– Você devia largar o orgulho as vezes.
– E você devia aprender a parar de ser egocêntrico.
– Mudando de assunto. O que você vai fazer nas férias do natal?
– Sei lá. Ficar em casa. Por que?
– Nós vamos tocar em algumas cidades da Califórnia. Saímos dia 26 e voltamos dia 2. E então? Quer ir conosco?
– Por que exatamente?
– Ué… Você é amiga de todos, conseguiria por ordem… Essas coisas.
– Vou ver.
– Dê a resposta até amanhã ok?
– Ok. Agora vai e me deixa dormir.
Ele riu e beijou minha boca, levantou e pegou suas coisas, saindo e fechando a porta.


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Notas finais do capítulo

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