Quando acordei, senti uma dor irritante no lábio inferior, provavelmente eu tinha o mordido até sangrar. Ah como eu odeio minha mania de me morder.
Abri os olhos irritada e me arrependi, a luz me cegou e eu grunhi, quando consegui manter meus olhos abertos e acostumá-los à claridade, levantei e cambaleei até a janela, fechando as cortinas com força, levou um tempo para acostumar os olhos ao escuro, e quando isso aconteceu fui andando para o guarda roupa, ainda estava com a droga da fantasia da noite anterior.

Arranquei o vestido fora e quando ia tirar o sutiã uma voz se fez presente e eu congelei.
- Eu não faria isso se fosse você.
Girei nos calcanhares e o encarei surpresa, meus olhos estavam tão arregalados que eu nem sei como não caíram.
- O que você está fazendo no meu quarto?
Ele sorriu e se sentou na cama. - Dormindo e sendo seu travesseiro por grande parte da noite.
Abri a boca mil vezes, mas não saíram as palavras, ele sorriu e se levantou andando até mim, fazendo com que eu desse um passo para trás para me afastar dele.
- Gostei do conjunto, mas não combina muito com você essa estampa.
Fechei a cara e puxei uma blusa preta e gigante do armário, colocando-a na minha frente.
- Quem te deixou dormir aqui?
- Você, que deitou por cima de mim e dormiu. Se eu saísse você ia acordar.
- Podia ter me acordado!
- Mas você fica tão bonita dormindo.
- Espera ai! - Eu disse franzindo a testa e me lembrando da noite passada - Você não estava sem as calças quando eu deitei em cima de você.
- Sim, mas quando você saiu de cima de mim, faz uma hora mais ou menos, eu tirei.
- Devia ter ido embora nessa hora.
- Seis e meia da manhã?
- Devia ter ido embora!
Ele rolou os olhos e chegou mais perto de mim. - Não estava afim.

Fechei mais ainda a cara e coloquei a camisa do Slipknot que estava me cobrindo. - Foda-se. - Eu disse irritada e indo pro banheiro, apoiei os cotovelos na bancada e me inclinei pra frente, baixando a cabeça por um momento.
Quando levantei o rosto, pra pegar minha escova, percebi que ele estava parado atrás de mim, encostado no batente da porta e encarando minhas coxas.
- Perdeu alguma coisa? - Perguntei irritada encarando-o pelo espelho
- Não. - Respondeu sorrindo sacana
Bufei e escovei meus dentes, lavei o rosto e saí do banheiro, ele entrou lá e abriu a torneira.
Me joguei na cama de novo, rezando para John não ter chegado em casa.

Gates saiu do banheiro com o rosto e o peito molhados, me olhou jogada na cama e sorriu.
- Quer que eu deite com você? - Perguntou acariciando minha panturrilha
- Quero que você vá embora.
- Nossa, nem me convida pra tomar café?
Bufei me sentando na cama e o olhando feio - Se faz tanta questão.
Ele deu a volta na cama e pegou as roupas, vestiu-as e estendeu a mão pra mim, que bati na mesma e me levantei sozinha.
- Estou tentando ser legal.
- Não, está tentando conseguir alguma coisa.
- Estou sendo legal pra conseguir.
Ele me seguiu pela casa até a cozinha, onde eu tirei várias coisas dos armários e da geladeira.
- Coma o que quiser.
Ele sorriu e se sentou na mesa, comendo sei lá o que, eu estava um pouco enjoada, nunca tive ressaca, mas enjoada eu ficava.

Encostei no balcão e molhei os pulsos e depois o rosto.
- Você ta bem? - Ele perguntou muito perto
- Estou.
Senti suas mãos em minha cintura, logo depois o corpo dele colou no meu. - Quer alguma coisa? Você parece pálida.
Não estava com forças para empurrá-lo, então me encostei nele e apoiei a cabeça em seu ombro.
- Não quero nada.
Senti seus lábios no meu cabelo e fechei os olhos, como eu odeio o dia seguinte de ficar bêbada.
- Vem. - Ele disse e me puxou de leve
- Pra onde? - Perguntei cedendo e andando com ele
- Seu quarto.
Gates praticamente me carregou escada acima até o meu quarto, deitei na cama e esfreguei meu rosto. Minhas mãos estavam adormecidas e eu comecei a abrir e fechar os dedos para a sensibilidade voltar.
- Você sempre fica assim depois de beber?
- Não. - Respondi rolando na cama e ficando de bruços
Ele deitou do meu lado e me encarou por um tempo, cansei de olhar seus olhos e desci os meus, mas acabei prendendo a atenção em marcas vermelhas pelo seu pescoço.
Oh droga!
Bufei e coloquei o rosto nos travesseiros.

Senti sua mão passando pelas minhas costas e me virei para olhá-lo.
- Que foi?
- Nada.
- Obrigada ok? Mas pode ir.
Ele riu e me puxou mais pra perto - Você tem que aprender a ser menos mau humorada.
- E você que eu não gosto de contato físico.
- Sei, e ontem quando você estava me mordendo era o que?
Bufei e virei o rosto pro outro lado, o que depois cheguei à conclusão que foi um erro, pois Gates puxou meu corpo pro dele me obrigando a deitar de lado.
- Que droga, me deixa em paz.
- Não quero. - Disse risonho e abraçou minha cintura, senti o hálito dele bater no meu pescoço e depois os lábios no meu ombro
- Eu tenho que te explicar uma coisa. - Disse me virando pra ele
- O que?
- Eu fiquei com você ontem por dois motivos.
- Porque você me quer e eu sou gostoso. Já sei.
- Haha, engraçado. - Eu disse rindo e fechei a cara - Não! Primeiro, porque eu estava bêbada, e segundo, porque a Michelle me desafiou.
Ele piscou algumas vezes e fechou a cara pra mim - Desafiou?
- É, e eu gosto de desafios, sabe como é… Ela disse que ia me matar e tal, quero só ver ela tentar. Então foi por isso, e só por isso, que eu fiquei com você. Entende?

Eu esperei que ele retrucasse alguma coisa sobre eu estar mentindo e, na verdade, morrer de desejo por ele, mas o que veio a seguir me surpreendeu.
- Espero que sobreviva então. - Disse irritado e me empurrou com força, eu parei bem perto da borda da cama e o olhei confusa.
Gates levantou da cama, pegou os tênis e saiu do meu quarto batendo a porta com força.
- Garoto maluco. - Disse me levantando e indo pro banheiro tomar meu banho.

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A campainha tocou e eu fui atender a contra gosto, será que John esqueceu a chave?
- Oi ranzinza. - Ela disse rindo
- Morra!
Fernanda me ignorou e entrou em casa. - Quer café? - Perguntou me estendendo o copo.
- Obrigada. - Disse tomando-o da sua mão e bebendo um pouco
- Como foi sua noite? - Perguntou sacana
- Alcoólica. E a sua? - Perguntei me sentando no sofá e tirando uma almofada para ela poder fazer o mesmo.
- Interessante. Mas quero falar de você primeiro.
- Que surpresa… - Eu disse cínica e ela riu se sentando ao meu lado
- O que rolou ontem?
- Eu bebi muito.
- E…
- Pergunte o que quer saber, será mais rápido.
- O que rolou pra você pegar o Gates?
- Ah… Isso. Umh, ele deu em cima de mim a noite toda. E eu claramente não ia ficar com ele, mas…
- Mas… - Ela repetiu curiosa
- Michelle me desafiou e disse que ia me matar.
- Ameaça de morte te deixou com vontade de pegar ele? Não foi todo aquele charme, beleza e gostosura?
- Essas coisas contribuíram.
Ela riu e empurrou meu ombro de leve - E ai?
- Ah, deixa eu ver… A gente se pegou, meu irmão me ligou, eu sai pra falar com você e bebi aquela coisa que me deixou muito bêbada.
- Aham… Mas depois que vocês foram embora…
- Ele me trouxe pra casa e me levou pro meu quarto.
- E ai? - Perguntou com os olhos brilhando
- Ai eu fui dormir. - Disse dando de ombros e a alegria dela acabou, Fernanda abaixou a cabeça e depois ergueu-a
- Você é burra? É doente? É…
- Hey! Eu não ia dormir com o infeliz… Aliás, dormir eu dormi, mas de forma literal, deitei e dormi.
A alegria dela foi restaurada e ela voltou a sorrir - E a manhã, como foi?
- Mh, eu tinha esquecido que ele tava aqui e fui trocar de roupa, mas ele me impediu, depois viemos aqui pra baixo comer, mas eu fiquei meio pálida sei lá e ele me levou pro quarto de novo.
- E ai? - Perguntou quase quicando de curiosidade
- Ai eu deitei, ele deu em cima de mim de novo, eu expliquei pra ele o que aconteceu ontem e ele apelou, foi embora batendo a porta e tudo mais.
Fernanda arregalou os olhos e toda a alegria se dissipou - QUE? VOCÊ FALOU PRA ELE QUE FOI POR CAUSA DA MICHELLE?
- É claro! Se não ele ia pensar que podia acontecer de novo.
- E POR QUE ELE NÃO DEVIA PENSAR ISSO?
- Affe, para de gritar na minha cabeça! Ele não deve porque não vai acontecer de novo.
- POR QUE NÃO?
- PARA DE GRITAR! Porque eu não quero e pronto porra.
Ela dez uma cara estranha e torceu os lábios - Ele beija mal é?
- Não. Beija bem…
- ENTÃO POR QUE?
- QUE MERDA! SE VOCÊ GRITAR DE NOVO TE COLOCO PRA FORA A VASSOURADAS!
- Ai tá bom, tá bom! Mas você é uma idiota ou o que?
- Só não quero! Que merda!
- Knox?
- Não! Gates! Eu não quero aquele cara por mais que você e todo mundo tenham tanta certeza que sim.
- Você é uma idiota.
- E você…? O que aconteceu de interessante ontem pra você?
- Ah sim… Sabe que o Matt e a Valary brigaram?
- Sei.
- Bom, noite passada eles terminaram.
- E você usou toda a sua magia negra pra tentar pegar ele?
- Basicamente isso.
- E funcionou?
- Por um tempo. - Ela disse e torceu os lábios - Depois ele viu a Michelle estressada e pensou que tinha acontecido alguma coisa com a vadia, acabou que ele foi atrás dela e não o vi mais.
- Uh, nossa se ferrou. Foi trocada pelas clones.
- Melhor que você eu estou.
- Como? Você quer o Matt e ele te largou, eu não quero o Gates e ele correu atrás de mim a noite toda. - Eu disse sorrindo cínica
- Sim, mas eu não irritei o ego de ninguém.
- Eu não quero aquele idiota, então foda-se se ele desistiu de mim. Aliás, isso é ótimo.
- Espere e verá.
- Pare de me agourar sua tosca.
Ela gargalhou e me chutou - Eu sou uma bruxa, nem pense em mexer comigo.
- Bruxos não matam vampiros.
- Vamos ver se não.
Rolei os olhos e joguei-a do sofá - Um a zero pra mim. - Disse sorrindo e ela fechou a cara.


Na segunda, cheguei a escola atrasada, quando parei perto do meu armário, encontrei Knox.
- Hey baby, eu estava te procurando.
- Para?
- Conversar.
- Olha Knox…
- Jade a gente ficou junto muito tempo pra você acabar tudo por causa de uma briga idiota.
- Não foi uma briga Knox… Foram várias!
- E quem começou a maioria delas?
- Isso não vem ao caso!
- É claro que vem… Percebe que quem sempre briga é você?
- Knox…
- E quem sempre vem pedir desculpas?
- Knox isso…
- Sou sempre eu Jade…
- Mas Knox isso não…
- Eu sei que você sente minha falta Jade. - Ele disse chegando muito perto - E você sabe disso também.
Antes de eu responder, senti sua boca na minha e não pude empurrá-lo, não pude porque era Knox, entende meu raciocínio?
Simplesmente por ser todo o meu passado e minhas lembranças boas…
Me separei dele e dei um passo pra trás. - Tenho que ir pra aula.

Girei nos calcanhares e a primeira coisa que vi, foi Gates há poucos passos de distância, ele me olhou estranho, ou acho que olhou, estava de óculos escuros.
- Eu… - Comecei, mas ele simplesmente saiu andando.
- Disse alguma coisa Jade? - Knox perguntou se virando pra mim.
- Nada.
Ele sorriu e eu saí andando pra aula de química.
- Está atrasada Jade. - O professor disse
- Desculpe.
- Sente-se.
Caminhei de cabeça baixa e Jimmy e Matt me olharam de um jeito estranho, sentei na cadeira e não olhei pro lado nem por um segundo, meus olhos ficaram no professor e no meu caderno apenas.
O sinal bateu e com ele veio o enjoo e a hesitação… Ó droga, aula de espanhol.
Caminhei ao lado de Matt, ele falou sobre coisas inúteis que eu não prestei atenção, pois estava muito ocupada pensando na tortura que seria minha aula de espanhol.

Entrei na sala e vi Gates afundado na carteira, ainda de óculos escuros.
Matt colocou as coisas dele no lugar e saiu da sala de novo, andei até minha mesa e me sentei.
- Hm… Bom dia? - Mais perguntei do que tudo
- Bom dia. - Ele disse frio e eu mordi os lábios
- Você está com raiva? - Perguntei sem olhá-lo
- Deveria estar?
- Não. Acho que não.
- Então não estou.
Controlei pra não bufar e fiquei encarando as unhas até o professor chegar, percebi que nem Matt nem Valary voltaram pra aula, que se passou normal, quero dizer, sem contar a super tensão entre eu e Gates.

Depois do almoço na aula de trigonometria, Jimmy me perturbou pra saber o que tinha acontecido entre mim e Gates, porque ele estava estranho.
- Nada Jimmy!
- Eu vou descobrir Vamps, é mais fácil se você me contar.
Bati a cabeça na mesa e depois olhei pra ele.
- Quer saber? Falei a verdade pra ele.
- Qual verdade? - Perguntou surpreso
- Que só fiquei com ele porque a Michelle me desafiou.
A expressão de Jimmy foi um tanto quanto surpresa, mas principalmente decepcionada - Como?
- Isso aí Jimmy. Foi isso ai que você ouviu! E tem mais, essa manhã ele me viu com o Knox.
- Vocês voltaram?
- Não! Não sei…
- Achei que vocês estavam se entendendo.
- E nós estávamos! Até ele resolver colar em mim naquela festa e a Michelle me irritar.
- Vampira…
- A culpa é dele de ficar achando que significou alguma coisa!
- Você não acha que pode ter significado?
- Não! Ele é só um irritante, talvez fosse meu amigo, mas ele não consegue deixar de tentar alguma coisa com qualquer garota do mundo.
- Não é qualquer garota do mundo.
- Ah qual é Jimmy!
- Eu sei que ele dá em cima de muita gente Vamps, mas…
- Mas nada! - Disse irritada quando o sinal tocou - Tchau Jimmy.
Ele suspirou - Tchau Vamps.

Andei irritada pelo corredor e trombei em Matt.
- Desculpa Vampira.
- Que foi que deu em você?
- Estou distraído hoje.
- Matou a aula de espanhol.
- Depois eu pego a matéria com o Syn.
Respirei fundo - É a Val?
- É…
Puxei Matt para o armário do zelador e ele me olhou confuso.
- Quer conversar?
Ele franziu a testa e sorriu, então passou os braços por mim e beijou meu rosto.
- Você pode ser tudo de ruim Vamps, mas é uma ótima amiga.
Sorri - Obrigada Shadows.
Ele gargalhou e bagunçou meus cabelos. - Eu estou bem ok? Vai pra sua aula.
- Ok. Fica legal Shadz.
Ele gargalhou de novo e eu saí do armário.
- Syn! - Ouvi o grito de Jimmy e olhei na direção da voz
- Que é? - Gates respondeu e eu percebi que ele estava do meu lado
Arregalei os olhos e dei dois passos pra trás.
- Que foi Vampira? - Matt perguntou quando eu bati nele
A voz de Matt atraiu os olhares de Gates e Jimmy, o primeiro simplesmente desencostou da parede e saiu andando, já o segundo nos olhou estranho e saiu andando atrás do amigo.
- Droga. - Grunhi
- Fica tranquila…
- Até parece que eu ligo pra ele.
- Então praguejou por que?
- Porque… Perdi meu estilete. - Eu disse e sorri amarelo - Vou procurar… Falou Matt.
Ele riu enquanto me assistia sair pelo corredor.

A última aula era inglês, eu teria com Fernanda, mas a mesma não apareceu, quando a aula acabou, saí pro estacionamento e a encontrei encostada no meu carro.
- Que foi bruxa?
- O que você fez com ele?
- Ele quem?
- Ele quem… - Ela repetiu e fechou a cara - Ele Syn!
- Ai santo… Nada, você sabe!
Ela semicerrou os olhos - Ele está simplesmente um saco hoje, mais irritante que você.
- Não, é porque ele percebeu que você é uma irritante.
- Achei que você já tinha aceitado que é minha amiga.
Ignorei-a e entrei no carro, ligando-o e saindo rápido daquele lugar.

Cheguei em casa batendo a porta com força, John me olhou confuso e eu passei por ele direto.
Fiquei vegetando no meu quarto por um tempo, até que eu fiquei insuportável pra mim mesma. Levantei e troquei de roupa e saí irritada pela rua.

Quando cheguei a praia a minha irritação oscilou entre muito maior e inexistente.
Vi Gates sair da água e se sentar na areia, caminhei até ele e mordi os lábios, eu tinha certeza que ele sabia que eu estava ali, mas nem se dignou a me olhar.
- Oi. - Eu disse torcendo os lábios
Ele virou o rosto pra mim - Oi.
Identifiquei uma das marcas de mordida em seu ombro e joguei os olhos pra cima. - Então… Por que você cortou o cabelo?
- Eu tive meus motivos.
- Ficou legal. - Eu disse tentando ser legal
- Era a intenção.
Fechei a cara, deixando a irritação atingir níveis altos. - Por que você está sendo tão idiota?
Ele se levantou e parou na minha frente sorrindo sacana - Tive a melhor professora. - Disse e piscou pra mim, antes de eu responder, ele se afastou de mim e enterrou as mãos nos cabelos olhando pra água, segui seu olhar e vi a clone velha, não confunda velha com grisalha ok?, andar até nós.
Rolei os olhos e saí andando, Gates é realmente burro e eu tenho pena dele.

Quando eu estava voltando para casa, vi que eles estavam se pegando na areia.
- Você mora perto, leva ela pro quarto. - Eu disse quando cheguei perto deles
- Jura que não vai ficar com ciúmes? - A voz dele era provocante e risonha
- Claro que não, eu sei que você é ruim de cama. - Eu disse sorrindo cínica, Michelle o olhou feio, mas ele nem viu.
- Bem que você queria saber…
- Sim, tanto que me atirei pra você, né?
- Eu tenho mordidas que provam que você chegou perto.
- E eu tenho uma velha pra te dizer porque eu beijei você, e ela está bem ai enrolada no seu pescoço.
Gates fechou a cara, eu pisquei pra ele e continuei meu caminho, engolindo toda a minha raiva.
Esse idiota estava diferente, não só pelo fato de ter cortado o cabelo, no jeito de agir comigo e, aparentemente, com todo o resto do mundo.

Cheguei em casa e me encarei no espelho, hora de mudar as mechas pra vermelho…