Ω Percy Jackson – Apresentando o Acampamento aos Mediadores. (Parte 1)

Entramos na van e fomos direto pra a Colina.

– Vamos, precisamos pedir permissão para deixar vocês entrarem. – eu disse, afinal de contas, eles podiam ser muito estranhos vendo fantasmas e tal, mas ainda assim eram simples mortais.

– Ahan, tá bom. Por que você acha que nós não podemos passar sem pedir permissão? Não há nada lá, só um pinheiro.

– Olha de novo. – disse Nico. – Olhem para o lado da árvore. Aquela coisa gigante se movendo. – e apontou para Peleu, o dragão guardião das barreiras mágicas.

– Tá, tudo bem. Aquilo. É. Um. Dragão. De. Verdade! Não surta Suzannah Simon, não surta! – Suzannah disse, falando sozinha.

– Relaxa Simon, ele não vai fazer nada se nos seguirem. – eu falei, zoando com a cara dela. A mesma se virou e mandou um olhar mortal. Será que ela treinou olhar pras pessoas desse jeito com Thalia?

– Cale-se Jackson! Nunca precisei de sua ajuda, Cabeça-de-Alga! – e começou a correr até o pinheiro. Até Peleu. Ela não iria passar pelas fronteiras mágicas então o dragão iria cercá-la.

Todos nós saímos em disparada atrás da garota. Quando ela estava na frente da arvore, fez uma coisa que me surpreendeu: deu um passo pra frente e passou pelas barreiras. Simples assim. Sem nenhum outro trabalho a não ser andar.

– Não falei que não precisava de você? – disse ela dando de ombros.

Jesse e Paul não tiveram a mesma facilidade que Suze ao passar pelas barreiras. Annabeth e Grover tiveram que dar uma permissão para eles passarem. Quíron chegou e deu as boas vindas aos mediadores, mostrou a sala de vídeos e colocou aquele vídeo de explicação de: não estamos a sós no mundo: os deuses olimpianos ainda existem e inda estão todos vivos da Silva.

– Quíron, você deu permissão para Suze passar pelas barreiras? – perguntou Rachel. Pelo visto não era só eu que estava intrigado com a situação.

– Não, garota. Só senti uma energia muito forte no ar e quando cheguei ao pinheiro, encontrei vocês. Por quê? O que Suzannah fez de tão surpreendente assim?

– Ela passou pelas barreiras sem ninguém deixar. Foi simplesmente entrando. – Nico falou.

– Bem, vocês terão uma missão pela frente. Tem muito tempo para descobrir o porquê disso tudo.

Os três voltaram e não mostraram nenhum espanto. Paul se virou e disse:

– Eu vejo fantasmas. Acredito em qualquer coisa. – e deu de ombros. Será que ele tá bem louco?! Ele não fez nenhuma pergunta, nem do tipo: eles estão por ai mesmo? Ou, vocês são semideuses? Não. Nenhuma pergunta. Seria bom se todos os que viessem para cá ficassem calados e desencanados como eles.

– Bem, vocês têm alguma pergunta? – Rachel disse.

– Será que eu posso experimentar o vinho de Dionísio? O vinho deve ser mesmo muito bom. – Paul perguntou. Suzannah o mandou ficar quieto e ele não ligou.

– Bem... Na verdade Dionísio é nosso diretor de acampamento e eu acho que ele não gostaria de ver um adolescente bêbado por causa de seus vinhos. – nesse exato momento Senhor D. apareceu onde nós estávamos e falou:

– Quem quer se embebedar aqui? Eu to dentro! Ah, campistas novos, que coisa mais!... Chata. Vocês ai, quero nomes e idade. – e apontou para os três mediadores.

– Paul Slater, 17 anos.

– Jesse de Silva, 20 anos.

– Suzannah Simon, 17 blábláblá... Eu sei que você não quer saber meu nome mesmo, você sempre vai nos chamar pelos nomes errados.

Franzi a testa com uma expressão de duvida, espanto e curiosidade. Como ela sabia de tudo isso? Ela nunca pisou nesse lugar e já sabe sobre isso. É, acho que temos muito a descobrir sobre Suzannah Simon.

– Vamos contar toda a história pra vocês, de uma maneira bem resumida. Hm, sabem que antes dos deuses havia os titãs certo? Então, bem, Cronos era o “cara” dos titãs. Ele era mau e não queria que os deuses tomassem o poder, então comeu os filhos. Mas a mãe dos deuses não gostava nem um pouco disso e então escondeu Zeus que pouco tempo depois acabou com o pai libertando os deuses aprisionados. Eles governam o mundo desde então, acompanham o coração do mundo ocidental, que nesse exato momento fica aqui nos EUA. O Olimpo fica em NY, mas o mundo dos mortos fica na Califórnia, mais ou menos São Francisco. – Grover explicou.

– Tá e o que nós temos a ver com tudo isso? – perguntou Jesse.

– Vocês vêem fantasmas porque já estiveram na Terra das sombras. O território de Hades, deus dos mortos e do Mundo Inferior. E estão de volta vivos na Terra porque reencarnaram. Tentando alcançar a Ilha dos Abençoados, a terra de descanso para quem realmente foi bom. – Nico completou. Aliás, ele entende dos mortos muito melhor do que nós.

– E agora, vocês mais poderosos podem voltar no tempo e mudar o passado. As mortes desnecessárias, todo o derramamento de sangue. Tudo. E também podem voltar no tempo a favor de Cronos para salvá-lo e garantir sua vitariia na ultima batalha. – Annabeth explicou. – Então fomos ao Olimpo e nos disseram que vocês tem o poder de fechar as portas do Tártaro, onde todos os mais perigosos monstros e criaturas estão. São três portas, uma para cada um de vocês e terão muitos obstáculos e problemas para passar. Mas pela profecia tudo diz que todos nós voltaremos bem.

Rachel respirou e disse:

– Eu abrigo o Espírito de Delfos, que nos fala das profecias. Nosso último sinal que tudo daria certo foi... – e recitou e profecia novamente.

Thalia respirou e disse:

– Precisamos ir para a Califórnia e entrar no andar de baixo. Somos em 9, quem seria do décimo integrante da missão? Poderíamos chamar alguém do chalé de Ares, como a Clarisse ou então o Sto... – e foi interrompida por Suzannah.

– Não.

– O que você quer dizer com não? – perguntei.

– Eu sei quem é nosso ultimo e não menos importante integrante. Luke Castellan. E depois que ele aparecer vamos procurar essa tal de ilha de sei lá o que.

– Como assim? Luke não pode sair do mundo inferior! – Thalia disse.

– Como assim não posso sair do Mundo Inferior? Quem vocês acham que eu sou? O monstro do Lago Ness? – Luke apareceu. Ele estava bem, aparentemente. Todos nós estávamos muito surpresos com o seu aparecimento. Por que ele não veio antes? Nos avisar sobre os problemas do andar lá em baixo?

– Oi Luke, não aparece nem pra dar um oi não é? Que falta de consideração. Magoou sério, magoou. – disse Thalia enquanto o resto das pessoas assentia.

– Oi Luke muito prazer. Eu sou Rachel Elizabeth Dare, não sei se você vai se lembrar de mim, mas... Fui eu que te acertei com uma escova de cabelo azul enquanto você estava sendo hmm... Como posso dizer...

– Possuído? – ele deu um palpite.

– Bem, pode se dizer que sim. E ai, você se lembra de mim? –ela perguntou corando. Luke consegue fazer isso com as garotas mesmo depois de estar morto e isso continuava a me irritar.

– Claro que sim, você foi a única pessoa a fazer isso enquanto eu estava fora do controle. Rachel, o Oráculo certo? Ouvi falar algo do tipo no Mundo Inferior. Disseram que uma garota muito bonita era o oráculo. Eu não acreditei. Mas agora sei que é verdade. – ele disse mostrando seus dentes num sorriso espontâneo.

– Ah, cara! Você devia parar de fazer isso. Ela é o Oráculo. Não pode namorar. Desiste. – Nico disse, com suas idéias pessimistas. – E nem vem me falar que eu estou errado, porque eu te conheço muito bem.

– Hm, Nico... Você nunca conheceu Luke. Não quando estava normal. Você só o conheceu possuído. – Grover disse.

– Haha! É ai que você se engana meu caro Grover. Quem você acha que sai pra night com o Luke? Você acha que ele poderia sair se ninguém deixasse? Nós conversávamos quando eu estava na Terra de Hades. E então, eu o ajudei a encontrar eles: os mediadores. – ele disse enquanto todos nós pensávamos a respeito disso.

– Então, quer dizer que você que juntou os mediadores com os semideuses? – Annabeth perguntou abismada. Nico apenas deu de ombros.

– Eu não juntei ninguém a nada. Luke me falou que precisava de ajuda para voltar a terra. Ele jurou pelo Estige que não iria fazer nada de ruim. E ai eu dei 5 horas na terra para falar com quem ele tinha que falar e fazer o que ele tinha que fazer. Quando acabou o tempo, eu avisei e o trouxe de volta pra “O Mundo Olimpiano”. Você sabe como são esses fantasmas sabem de muitas coisas, porque são todos um bando de fofoqueiros. Não tem mais nada pra fazer e ficam comendo bombons e fofocando da vida dos outros.

– Hey! Nós não fofocamos da vida de ninguém. Nós, meio que sentimos as sensações das coisas que estão por vir. Foi por isso que pedi para falar com eles. – e apontou para os mediadores.

– Muito bem. Chega de conversa que eu já estou cansada disso. Vamos apresentar logo o Acampamento antes que escureça e as harpias venham nos devorar. – Rachel disse, virando as costas para nós. – Venham, vamos mostrar tudo o que pudermos.

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