Tratamento Especial escrita por Creatività


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sara se ofereceu para levar Grissom para casa.
Amor ou amizade?



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_Catherine, eu acho que realmente o Grissom não esta bem, faz tempo que ele entrou no carro, trancou as portas e ficou lá sozinho.

_Geralmente , sou eu quem o forço a ir pra casa. Mas, havia uma certa malicia na voz da loira, acho que você consegue fazer melhor que eu Sara. Vou assumir aqui, veja o que você pode fazer por ele por favor.

 “Como se fosse necessário pedir querida.” Foi o que ela pensou em resposta.

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Grissom sentou no banco da frente, visivelmente atordoado. Durante o caminho eles não conversaram. Meia hora depois Sara chamava:

_Grissom, chegamos.

_Já, você sabe o caminho.

_Surpreso?

_Na verdade sim.

 “Cara, você pode não me notar, mas eu reparo em você sempre. Em tudo.”

Ele desceu do carro, o dia já estava amanhecendo e a pouca claridade o fez semicerrar os olhos, sequer sabia onde estavam suas chaves.

_Espera, Catherine me deu suas chaves, ela percebeu que você as esqueceu no looker.

_Um dia vou agradecê-la por isso. Quer entrar um pouco?

_Vamos, vou ver o que posso fazer por você.

Ela deu espaço para que ele entrasse na frente e o seguiu após fechar a porta, ele deitou se no sofá colocando as mãos nos olhos por causa da claridade que já entrava pelas janelas. Sara preocupou-se e fechou as cortinas deixando o ambiente na penumbra, foi até o cozinha, abriu o armário e retirou alguns ingredientes de dentro, retornou a sala para perguntar sobre onde ele guardava os remédios. Minutos depois retornou com um copo d’água e uns comprimidos.

_Griss, você está pálido.

_É falta de iluminação.

_Não é não. Tem certeza que não quer ir para o hospital?

_Vou ficar bem, já tomei os remédios.

_Se automedicar nunca foi a melhor solução.

Ele tentou se levantar do sofá mas uma vertigem o fez tombar novamente no sofá assustando Sara. Ele estava se sentindo derrotado, Sara estava na casa dele, podia se dizer cuidando dele e, ele, invalido naquele sofá sem conseguir ao menos levantar para ir ao banheiro.

_Não vou escutar você, vou chamar um medico.

Ela pegou a agenda do lado do telefone e discou o numero indicado do medico particular dele. Já sabendo o histórico medico de seu paciente, o doutor chegou em 15 minutos.

Após a consulta ele chamou Sara e não escondeu a preocupação.

_Ele não esta bem, acho que essa é uma piores crises que já acompanhei. Não tenho certeza se ele vai melhorar.

_Mas o que eu posso fazer?

_Ele vive sozinho, vai ser difícil saber se a crise vai piorar, você sabe que ele não vai me chamar. Você poderia ficar aqui um pouco e observar o quadro de evolução da crise?

_Claro, me oriente e eu o farei.

Grissom estava no sofá com uma mascara de dormir nos olhos, Sara havia colocado mentol e canfora dentro para aliviar, o medico aumentou a dosagem do remédio mas não aplicou nenhum sedativo. Ele ouvia tudo, não sabia se sentia feliz ou deprimido por Sara ter que ficar com ele em casa. A dor de cabeça estava insuportável, mas também havia outra dor que estava machucando agora, o amor que sentia por ela...uma amor que capaz de resistir ao tempo, à todas as rejeições, a todos os nãos que ele tinha de dizer, ao muro de pedra que ele construiu ao redor de si.

Sara sentou no outro lado da sala escura, observando o corpo largado de Grissom no sofá. Sentiu o medo invadir seu coração, medo de perder algo que não tinha: o amor daquele homem. Ter ele assim tão perto e tão inacessível era angustiante, ver a dor e não poder fazer nada alem de sentar e olhar. Ficou de pé na frente do sofá lutando contra o desejo de tocar o rosto pálido. O coração venceu a razão e ela baixou-se tocando os cabelos macios e acinzentados.

Ele sentiu um toque suave na cabeça, pensou que a morte o tinha levado  e agora estava sendo tocado por um anjo, por um instante a dor desapareceu, sentiu seu corpo arrepiar quando ouviu a doce voz murmurar seu nome.

_Griss, acho melhor você ir para a cama. La deve ser mais confortável.

No momento em que ela retirou a mão ele sentiu a dor voltar violentamente. Devagar ele sentou no sofá, a cabeça parecia pesar uma tonelada. Ficou de pé e os dedos dela tocaram gentilmente as mãos dele, caminharam até o quarto. Ele deitou-se na cama.

_Eu vou ficar no sofá, se você precisar de mim é só chamar.


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Notas finais do capítulo

Isso é amor!



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