Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

E sem mais demora, aqui esta o capitulo 5. o meu maior até agora... entao tentem nao devora-lo de uma vez só, ja que só postarei de novo amanha, ou quinta...
Enfim, esse é todoooo do Sean. entao preparem seus corações para saber o que nosso garotão apronta tanto kkkkk



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Aquela terça não estava estranha apenas para Leah. Os sentimentos ruins e as impressões estranhas também enchiam a cabeça de Sean com duvidas. Ele não fora para a escola aquela manhã. O garoto preferiu ficar em casa, acompanhando os jornais, vendo tudo o que saia sobre o escandaloso acidente no The Club.

Sentado no balcão de sua cozinha, Sean levava a boca uma xícara de café quente alternando sua atenção entre o computador e a televisão. Sua irmã havia chego na noite anterior de viagem, vinda de Paris.

A menina mal havia chego e já tinha ido para a escola. Ela queria começar e acabar logo com seu projeto. Um ano mais nova que ele, Megan era igualzinha a Sean na forma de pensar. Só que totalmente o oposto na forma de agir, os dois não tinham as atitudes parecidas.

Sean era calmo, misterioso e totalmente reservado. Já Megan era animada, impaciente e aberta. Os dois compartilhavam o gosto por festas como uma forma de se divertir.

Só havia uma coisa que os dois gostavam mais... Matar.

Parecia estranho, no começo, mas os dois já haviam se acostumado. Megan e Sean faziam parte de uma das organizações mais bem sucedidas, poderosas e secretas da cidade de Los Angeles.

Comandada por seus pais a Black Blood, era uma organização poderosa. Que visava proteger seus mais recentes interesses. Apesar do nome maldoso e sombrio, a Black Blood não era qualquer organização, que chegava matando qualquer inocente.

Nos dias de hoje a organização visava tirar das ruas traficantes poderosos de drogas, ou pessoas viciadas demais que já haviam feito muita besteira e mereciam um fim digno e rápido. Era isso que Sean havia feito na noite anterior.

O dono do bar, o garoto que Leah havia visto. Era Alejandro, um famoso vendedor de drogas, e o garoto vivo, era um importador e receptor de drogas da região.

Sean nem imaginava o quanto Leah estava certa quanto aos seus pressentimentos. Sean estava mesmo ao lado do garoto naquela manhã, ele precisava acabar o serviço.

O tenente, dentro do clube naquele momento, só ele sabia da organização. E fora ele quem tinha encoberto o garoto enquanto ele estava por lá. Eles sabiam de suas intenções, de seus fins, e os apoiava de certo modo. Já que fazia bem a cidade... De certo modo.

Sean conferiu as horas em seu rolex, vendo que estava a ponto de ficar atrasado. Vestindo uma calça jeans, uma camisa social preta e seu terno, Sean pegou seu carro e dirigiu pela cidade. Ele se dirigia para a pista de cavalos, ao sul da cidade.

Sean teria um compromisso naquela manhã, ele se encontraria com seu pai e chefe, Lucius. Os dois gostavam de apostar em cavalos, desde que Sean era pequeno. Era algo que ainda deixava os dois unidos.

O lugar era bonito, ninguém podia negar. O casarão rústico dava ao lugar um clima agradável e confortável. Sean estacionou seu carro na entrada, dando as chaves ao manobrista. Ele entrou, cumprimentando o segurança na entrada e encontrando seu pai no camarote da família.

Lucius cumprimentou o filho de um jeito formal, apenas com um aceno de cabeça. Para Sean aquilo já era muito. Ele se sentou ao lado do pai, que estava particularmente mais elegante hoje.

Lucius usava um conjunto de terno preto liso, mas muito chique. Seu cabelo era da mesma cor do de Sean e Megan, só que com as entradas perto da orelha em um tom grisalho. Mesmo assim era um homem bonito.

Os páreos estavam altos naquele dia, o cavalo em quem Sean sempre apostava Fúria Selvagem, estava ganhando praticamente todas as corridas, ficando empatado apenas com o cavalo de seu pai, Tempestade de Inverno.

- Então, como vão os negócios? – perguntou Lucius, depois dos dois já terem feito suas apostas.

- Ótimos, o clube esta melhor do que nunca e o The Club não nos dará mais problemas. – Sean disse.

- Fiquei sabendo que Megan chegou de viagem essa madrugada, e essa manhã já foi para a escola. – Lucius comentou.

- Você sabe como ela é, não queria perder tempo. – Sean disse, bebendo um pouco de cidra. – Ainda não entendo qual é o interesse da organização nessa garota...

- Os pais dela, tinham interesses em particular com a organização. Foi uma grande perda... – Lucius comentou.

- O que temos a ver com isso? Não podemos simplesmente mandar umas flores para ela e deixar que sofra tentando recordar o que aconteceu sozinha? – Sean perguntou, sendo frio e rude. Seu pai não se importou, era essa atitude que ele havia ensinado ao filho desde pequeno, não lhe era uma surpresa.

- A garota ainda não se lembra, mas escreva o que digo Sean. Ela terá muita magoa e raiva quando se lembrar. São dois sentimentos que usaremos para nossas artimanhas. Ainda mais quando treiná-la. – seu pai respondeu calmamente.

- Eu sabia que o fardo de treiná-la caberia para mim. A garota não deve ter o mínimo de interesse ou conhecimento sobre o assunto. – a voz de Sean saiu rabugenta e um pouco desequilibrada, ele odiava treinar novatos.

- A garota tem um dom natural, seus pais eram nossos melhores espiões em Nova York. – Lucius disse, Sean fechou a cara. – Que isso Sean, vai ficar com pena de usar os sentimentos da garota? Nós usamos o seu, por que os dela seriam diferentes?

Sean desviou os olhos de seu pai, ele estava certo. A organização tinha feito seu trabalho com Sean, um bom trabalho. Apesar de ainda ter magoas e saudade guardadas bem profundas em seu interior, o garoto agora era um matador frio e impiedoso.

Seu jeito durão no dia a dia, não era bem seu jeito de ser. Sean era um garoto festeiro, antes do grande incidente que mudou sua vida. Infelizmente, ele teve que mudar. Teve que se fechar para os outros, teve que aprender a ser frio, fechado, rude. Para que ninguém mais pudesse machucá-lo ou marcá-lo com cicatrizes.

- Ela não é diferente. – Sean disse. – Você tem razão pai, vou começar meu trabalho amanhã.

Dito isso, Sean pediu licença ao pai, alegando ter se esquecido de outro compromisso. Muito importante por sinal. Pediu a Lucius que não roubasse seu dinheiro das apostas e que lhe contasse o resultado mais tarde.

Sean saiu da grande mansão, se dirigindo até seu carro. O garoto dirigiu sem rumo pela cidade apenas dando voltas, esperando que desse o horário de saída da escola.

Enquanto aumentava a velocidade em seu carro, Sean pensava se o que seu pai havia dito era realmente verdade. Se aproveitar da solidão da garota agora lhe parecia uma coisa muito mais triste e fria do que era antes. Não que lhe fizesse diferença, para ele era apenas mais uma missão que teria que cumprir.

Não, ele estava enganado. Essa não era apenas mais uma missão. Essa era A missão. Sean só precisava daquilo, do sucesso desse pequeno projeto de seu pai e estaria livre.

Não completamente, mas por alguns meses. Era esse seu acordo com seu pai, ele terminaria o serviço com a garota loira, mas em troca ele queria férias.

Férias de tudo aquilo, das festas, das corridas, do sangue, da morte, das armas e das coisas ilegais que tanto lhe pareciam estranhas. Quanto mais confraternizasse, quanto mais ficasse perto daquilo, quanto mais tentasse se acostumar... Ele simplesmente não conseguia.

Não conseguia esquecer aquele rosto, não conseguia para de sentir a grande falta que ela fazia. Ela era única na vida dele, ela era tudo. A única que estava ao seu lado, quando Lucius exagerava. A única que conseguia acalmá-lo.

Sean prometera a si mesmo que se conseguisse férias, iria visitar o lugar onde ela morrera. Iria pedir desculpas ao seu espírito, a sua essência por tudo o que ele fizera. Ele iria implorar que ela o perdoasse pela sua sede de vingança, por ter matado os homens que a tiraram dele. Mesmo ele achando que foi certo na época. Ele iria se desculpar por seguir seus maldosos passos, aqueles que ela não queira para ele.

Só que enquanto ele não conseguia aquilo, não conseguia aquela paz que ele ansiava tão desesperadamente, ele teria que aguentar. Teria que usar seu charme, teria que parar de sentir algo estranho, algo piedoso sobre a garota. Algo que com certeza eles tinham em comum. E teria que fazer seu trabalho, nada além disso.

Sean avistou Megan e Ryan na frente da escola. Megan conversava com a garota, seu nome era Leah. Para o desgosto de Sean, ela estava tão linda quanto no primeiro dia de aula. Seu rosto se curvou em uma careta, que logo tratou de se dissolver, quando parou o carro na frente dos três.

- Ah, meu irmão chegou. – disse Megan, respirando fundo. Para se recuperar de uma longa explicação sobre como Leah deveria se vestir na noite de sexta.

Enquanto Megan se despedia de Leah, Ryan entrou no carro. Sentando-se no banco ao lado de Sean, observando a expressão do amigo.

- Megan, se você não entrar nesse carro nos próximos 10 segundos eu deixarei você aqui. – Sean ralhou, com a janela aberta.

Sua irmã revirou os olhos, Leah apenas observou o rosto do garoto. Sem demonstrar emoção alguma. “Surpresa talvez?” Perguntou-se Sean.

Só que não era isso, não só isso. Era algo mais, escondido naqueles olhos cinza tempestuosos. Algo que deixava Sean irritantemente curioso.

Megan riu.

- Bom, Leah, estou indo. – Megan disse, animadamente. – Siga meus conselhos garota, e você se sairá bem.

Leah sorriu.

- Pode deixar. – sua voz doce disse, observando Megan entrar no carro.

A loira se virou, indo em direção ao seu próprio carro. Enquanto Sean dava a partida no seu e corria pelas ruas o mais depressa que podia.

Megan colocou o cinto, virando seu corpo junto com o carro em todas as curvas. Ela mandava mensagens com seu celular e tentava não derramar nenhuma gota de seu café recentemente comprado.

- Então, irmão. Vai me dizer o motivo de ter ficado tão estressadinho agora na hora da saída? – Megan perguntou displicente.

- Nada a declarar. – Sean disse. Emburrado.

Ryan revirou os olhos, como se ele acreditasse no amigo.

- Que seja Sean. Deixe-me no shopping e tudo bem. – Megan disse.

E foi exatamente isso que seu irmão fez. A deixou em meio às lojas, para se distrair e dirigiu até sua casa com Ryan quieto o caminho todo.

Sean já sabia que Ryan suspeitava de sua condição naquele momento. Só que também sabia que seu amigo não lhe diria absolutamente nada ou não comentaria absolutamente nada. Não era algo com que Ryan gostasse de lidar. Na verdade ele preferia ficar em silêncio a dizer algo que prejudicasse Sean.

- Convidei a garota para o baile. – Ryan disse.

Sean o olhou por alguns minutos, se esquecendo momentaneamente do trânsito a sua frente. O garoto quase bateu o carro. Aquela condição era perfeita para seu plano, mas péssima para sua cabeça. 


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Notas finais do capítulo

Espero que não queiram me matar pelo final... Vocês devem estar se perguntando quem são as garotas misteriosas na vida do Sean, pois é elas podem ou não ser muitas... (eu gosto de aumentar o mistério e deixar todos ansiosos, então sem pistas por aqui kkk, no próximo capitulo teremos algumas revelações sobre Leah



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