Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Bom, peço imensassss desculpas pela grande demora desse capitulo, fiquei o dia todo fora e só consegui aparecer na frente do pc agora...



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A garota saiu de seu quarto sentindo sua barriga roncar levemente. Parecia que matar alguém abria mesmo o apetite. Sorrindo com os próprios pensamentos, a loira caçou o papel do serviço de quarto, passando os olhos meticulosamente pelo cardápio. Parando por um momento, Leah percebeu que seu normalmente faminto parceiro não estava em nenhum lugar visível naquele instante.

A loira enrugou a testa, ela sabia que ele não tinha saído do quarto do hotel, porque não ouvira o bater da porta ou nada do tipo. Então em uma súbita e repentina ideia, a garota andou até os aposentos do moreno, ainda com o papel em mãos, para ter uma desculpa para ver se ele estava bem.

 Leah bateu na porta, antes de abri-la, com os olhos no papel e uma expressão calma e disciplinada no rosto delicado.

- Ei, Sean, vou pedir alguma coisa no serviço de quarto. Você quer...? – a garota parou no meio da pergunta, ao olhar para ele. – O que você esta fazendo?

- O que parece que eu estou fazendo, Leah? Estou arrumando as malas. – o moreno disse, atravessando o quarto para pegar mais algumas camisetas que estavam no armário. Ele tinha tirado poucas coisas de sua mala, já que sabia que a viagem seria curta. Mesmo assim ele tentava arrumá-la de novo no menor tempo possível. – Partiremos pela manhã.

- O que te faz pensar que eu quero partir pela manhã? – Leah perguntou.

- Não preciso consultar você para marcar nossa viagem de volta com o piloto. – Sean respondeu, parando o que estava fazendo para encará-la.

- Que eu saiba, essa missão é minha. Eu deveria decidir quando iremos embora. – a loira disse. – Eu ainda tenho assuntos para resolver por aqui.

- Tipo o que? Passear pelas lojas e ver a decoração de natal daqui? – o moreno perguntou, usando o tom rude que deixava a garota tão nervosa.

- E se eu quiser ver as decorações? Não pode me obrigar a ir embora com você! – a loira gritou.

O moreno sorriu, perdendo rapidamente sua paciência.

- Essa missão pode ser sua, mas quem decide quando vamos embora sou eu! Afinal você não tem a maturidade necessária para entender que sua vida não esta mais aqui! – Sean falou, perdendo seu controle.

- Falou o garoto que esta fugindo da própria família e dos próprios problemas há semanas! – Leah gritou, sem pensar.

- O que? – perguntou o moreno não acreditando que a garota tinha proferido tais palavras.

Ele se aproximou perigosamente dela, mas a loira não se deixou fraquejar mantendo o queixo alto e os olhos no dele.

- Eu sei que você também tem um serviço por aqui, e eu sei que você ainda não o cumpriu. Porque sua arma não foi nem usada nesses dias. Você deu seu pente de balas para mim, antes de sairmos daqui para caçá-los, e ele estava cheio. Você não gastou uma bala por aqui! E agora me diz que quer ir embora?! Que quer voltar para Nova York, e que eu não tenho maturidade para saber quando é à hora certa de partir?! – Leah disse. – Talvez o que você tenha que fazer seja doloroso, mas você é infantil achando que pode voltar e deixar quem quer que seja seu alvo vivo!

O moreno a olhou com ódio. Ela era uma garota esperta, e tinha entendido antes mesmo do garoto perceber. O problema é que talvez, ela estivesse realmente certa. E talvez ele estivesse fugindo de Amélia, por ser difícil demais matá-la.

Não era realmente a hora de partir, e seus movimentos tinham sido mal calculados e precipitados. Sean sabia que não poderia voltar para casa sem provas de que Amélia estivesse morta, mas de qualquer forma o garoto não planejava realmente voltar para casa.

Ele iria para outro lugar, qualquer outro lugar, menos sua casa. Parecia muito errado fugir de uma organização que por muitas vezes foi um lar e uma família para ele. No entanto parecia mais errado ainda ficar por ali e ter que obedecer sem dizer absolutamente nada.

Depois do que Isobel disse a Sean, fugir parecia uma ótima ideia. Mas perante Leah, essa ideia se tornava covarde e insolente.

Os dois estavam próximo um do outro, por isso foi fácil para Sean segurar o braço de Leah quando ela tentou sair do quarto.

Ela o encarou friamente, sabendo o que viria a seguir. Ou pelo menos tentando descobrir o que o dono daquela expressão perturbada poderia fazer.

- Você esta certa. – ele murmurou com mau gosto.

A garota arqueou as sobrancelhas, com um sorriso maroto querendo brincar em seus lábios.

- Como é? – ela perguntou, querendo que ele repetisse aquelas palavras que faziam tão bem ao seu ego.

- Você esta certa. Estou tentando fugir de uma coisa que não controlo mais. – o moreno disse, contra a sua vontade.

- Isso é realmente uma surpresa. Levando em conta tudo o que você já fez, me parece um tanto quanto exagerado sua fuga. – ela comentou.

- Eu sei, mas quando começam a mexer com as pessoas que restam de sua família... O melhor parece ser fugir, do que encarar tais fatos.

- Você sempre foi forte, Sean. Ensinou metade da organização o que eles sabem, me ensinou metade do que eu sei. Se alguém pode matar alguém tão ruim como seu alvo, essa pessoa é você. – a loira murmurou, não encarando os olhos negros que procuraram pelos dela.

O moreno sorriu, perante o evidente rubor no rosto da garota. Ela havia ficado envergonhada, por ter dito uma parte do que pensava sobre ele.

Sean se aproximou mais da garota, colando rapidamente seus corpos. Leah o encarou nos olhos, vendo a expressão tão desconhecida e bela no rosto dele. O moreno passou o braço pela cintura dela, mantendo-a onde estava.

Seus olhos não se separavam, e o perfume da garota invadiu o moreno. Ele adorava quando os cabelos dela estavam molhados, ela ficava totalmente sexy quando eles estavam assim. Adorava quando o rosto dela ficava corado, e quando ela sentia vergonha de dizer algo que pensava. Percebia então que ela não gostava de se expor daquele jeito. O moreno gostava também das duas garotas que ele havia conhecido, a boazinha e inocente que a organização tinha aceitado. E da garota durona e fria que estava começando a aparecer, ali perante seus olhos.

Leah por outro, se controlava para não desmaiar nos braços do garoto. O perfume dele era hipnotizante, e a deixava completamente sem ar, precisando todas às vezes respirar mais profundamente para conseguir sobreviver. Parecia estranho o quanto ela gostava de quando aquele garoto era rude e frio. Para ser sincera, aquele não era o tipo de garoto com que ela se relacionava. Talvez por isso ela tivesse tido uma tentadora e misteriosa atração por ele. Nenhum dos dois sabia de onde aquilo vinha, só existia. A loira não reclamava daquilo, muito pelo contrario, ela agradecia a quem quer que fosse o dono daquela tensão entre os dois que sempre a fez suspirar.

Sem ao menos perceber, os dois já tinham seus rostos a centímetros um do outro. Os olhos ainda pregados um no outro, as bocas ansiando uma pela outra. As borboletas dançando no estômago dos jovens e as mentes em total combustão devido ao desejo que existia ali.

Foi Sean quem quebrou a fina barreira de ar entre os dois, dando a eles o que tanto queriam.

Os lábios selados, pareceram se encaixar perfeitamente um no outro. O filete de ar que existia entre eles não parecia fazer falta alguma, e o calor que transbordava pela pele dos dois parecia ser cada vez mais normal.

O beijo foi intenso, urgente, quente. As mãos de Sean se alternavam entre a nuca e os cabelos de Leah, suas costas, sua cintura. Já a garota, explorava os músculos de Sean. Era o que eles tanto ansiavam desde que se viram pela primeira vez, naquele primeiro dia de aula. Era o que Sean desejava desde a primeira festa do ano.

A mente dos dois pareceu pela primeira vez, silenciosa. Nenhum dos dois conseguia pensar nada alem do quanto aquele momento estava sendo perfeito, talvez pelo tempo que eles demoraram para deixá-lo chegar.

Sean queria Leah para ele, e agora a tinha bem ali. Já Leah só precisava desesperadamente do garoto desde que ele se mostrara tão perfeito para ela e aceitaria sem pensar duas vezes quando ele a quisesse para si.

Os dois foram diminuindo a velocidade com que seus lábios se moviam, até que suas testas estivessem encostadas uma a outra e suas respirações estivessem igualmente aceleradas. Seus corpos ainda unidos, em um abraço caloroso, em que nenhum dos dois queria sair.

Pelo menos não até o celular de Sean tocar, em seu bolso. Leah gemeu, ela sabia que era algo do trabalho, se não eles nunca seriam interrompidos.

O moreno caçou seu celular no bolso do jeans e olhou uma mensagem em espera. Seus olhos perderam a vivacidade e o calor que há segundos tinham. Seu corpo se separando do de Leah, enquanto ele andava pelo quarto. Pegando sua arma, e a colocando na cintura.

Antes que fizesse qualquer coisa, ele congelou por um momento, e se aproximou outra vez da garota. Sussurrou-lhe algo no ouvido, e depositou um leve beijo nos lábios inchados e vermelhos dela.

Sean saiu do quarto rapidamente, correndo para que saísse do hotel sem perder um segundo de seu tempo. Ele pegou o carro na garagem, sem se importar se seria reconhecido posteriormente ou não.

O moreno dirigiu feito louco pelas ruas, naquela madrugada enquanto uma leve chuva cobria a cidade. Ele tinha um lugar em mente e não poderia perder nenhum minuto de seu tempo para chegar lá.

O central park se ergueu logo a sua frente, com suas majestosas arvores escurecendo o caminho do moreno enquanto ele corria pelas pistas entre o parque.

Ele chegou em uma clareira entre as arvores, onde muitos dos postes de luz estavam apagados. Sean esperou, para que o seu alvo aparecesse a qualquer momento, ele sabia que a hora estava chegando.

- Diga-me onde errei! – a garota de longos cabelos loiros gritou desesperada.

A chuva caia forte, molhando suas roupas e seu cabelo recém lavado. Ela tinha seguido o moreno, não conseguindo deixá-lo sair daquele jeito.

De costas para ela, com o olhar frio como a neve que se formava nas nuvens pesadas acima da cidade, um garoto de cabelos pretos. Seu jeito decidido, mas misterioso de ser sempre a intrigara. Mas mesmo assim ela havia se arriscado, ela havia se aproximado. Já agora, ela não tinha tanta certeza se tinha feito a coisa certa, se tinha feito o bastante.

- Por que você não pode me amar?! – ela gritou inconseqüente.

- Talvez porque seja melhor para você assim. – ele disse.

O garoto se virou tão rápido quanto havia mudado de opinião. Ele mostrou a mão, revelando uma arma de cano longo, com um silenciador na ponta, apontado para a garota.

Ela recuou, apavorada. Ela ainda o amava.

Então ele atirou e a bala rasgou o ar, cortando as gotas de chuva, criando uma onda de som. Um caminho pelas gotas espessas da tempestade. Atingindo seu alvo a quilômetros de distância. Perfurando a carne, a pele, deixando cair o sangue, da pessoa mais próxima a ele.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado...
até o final da noite eu posto algumas informações sobre a segunda temporada, e talvez até o primeiro capitulo já... ok?
bjs



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