Bonecos Também Amam escrita por LadyPsicótica


Capítulo 6
05 - No Caminho Dos Teus Olhos...


Notas iniciais do capítulo

"No Caminho Dos Teus Olhos... Eu Descobri O que é Amar"
- To começando a achar que os nomes pros capítulos que a Tami-chan fez estão ficando muito clichés. '-'
EHUEHEUHUHEU'
- Vou ficar fora até o dia 16 gente, o próximo capítulo é o último e o 7 vai ser um extra, que não deu pra encaixar nos capítulos decorrentes.
- Enjoy :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/170710/chapter/6

O sinal bateu para o recreio o sentiele diminuir ficando na forma de um boneco, olhei para ele e dei um sorriso forçado o que ele percebeu e ficou serio, sua pequena mão foi em meu rosto limpando minha lagrima. Por que não conseguia ser forte? Por que agora perto dele me sinto melhor?

- Não chore... – fala ele sério 

- Obrigada... - sussurro

- Ei Inoue, eu vi a garota indo para o jardim sozinha, é o momento perfeito para você entregar este boneco pra ela..- fala Keigo no corredor

- Finalmente... - falo sorrindo sem graça

- Você estava chorando? – pergunta ele me olhando

- Não foi nada... – falo - Tenho que ir antes que ela suma...

Sai correndo com o Ulquiorra no colo, não pensava em mais nada alem de devolver ele para sua dona e ser feliz com ela, mas por um momento parei de correr quando senti um aperto no coração de estar devolvendo ele para a garota e comecei a andar lentamente. Por que não me sinto triste com a cena que vi não banheiro, mas sim na cena que verei quando entregar o Ulquiorra para a garota?

Não podia parar, precisava entregá-lo talvez esta fosse a vontade dele também, olhei para ele e ele apenas desviou o olhar para baixo, quando cheguei ao jardim vi a garota sentada no banco sozinha com um livro em seu colo enquanto uma das mãos estava enfaixada. Respirei fundo e olhei para Ulquiorra.

- Por que está hesitando? – pergunta ele - Me entregue a ela, não é isto que quer?

- Sim, mas... – falo olhando para ele, dando um sorriso com uma lagrima o colocando no chão - Vou sentir saudades Ulquiorra...

- Saudades de um monstro como eu? Sou apenas um brinquedo... Um brinquedo sanguinário temido por todos... - fala ele - Você sabe muito bem que eu ataquei aquele humano e também que ataquei minha dona...

- Não é isto que eu acho que você... – falo - Não me sinto tão triste por ter visto o garoto que eu amo beijando outra... Mas, me sinto triste por ter que devolvê-lo!

- Livre-se de mim, como todos fazem... Apenas lhe trouxe medo, frustração e sofrimento... Você deixava bem claro que iria me devolver... Não estou surpreso com isto...  – fala ele - Tire este fardo de seu peito...

Eu o peguei no colo novamente e comecei ter vontade de chorar, mas me segurei, à medida que eu fui me aproximando da garota sentia uma pontada em meu coração, quando me aproximava dele eu apertava mais e mais Ulquiorra em meu colo como se estivesse tentando ter forças para dar um adeus a ele.

Desde a morte do meu irmão, ele foi algo que preencheu aquele vazio que tinha em minha casa, acho que nunca devia ter dito a ele que iria devolvê-lo e nem que deveria estar aqui prestes a devolvê-lo, olhei para ele uma ultima vez e antes que eu me aproximasse mais ainda da garota meu corpo de repente parou, parou de andar, parou de sentir, parou de seguir o que minha mente dizia para fazer.

Ele me olhou surpreso então eu o abracei fortemente contra meu corpo e comecei a correr para longe da garota, longe do jardim e longe do pátio, apenas chorava enquanto meus pés me guiavam até para qualquer lugar... Quando dei por mim estava na enfermaria, não havia ninguém lá, eu o sentei na maca.

- O que esta fazendo? – pergunta ele com uma voz séria

- Eu... - falo caindo de joelhos no chão enquanto chorava

Minhas penas não agüentavam com o meu peso naquele momento, apenas chorava por ter feito aquilo, com certeza estava impedindo dele ser feliz novamente com sua verdadeira dona, comecei a me sentir um monstro por estar fazendo isso. Senti no chão enquanto minhas mãos limpavam meus olhos.

O cheiro de lavanda entrou em meu nariz e logo depois senti minha cabeça ser erguida, ele estava na forma humana, agachado diante de mim, seus olhos me fitavam seriamente, enquanto deles não transmitiam mais medo, mas algo a mais que isto, ele estava com a mão em meu rosto limpando minhas lagrimas. 

- Obrigado... - sussurra ele   - Obrigado por não desistir de mim, como todo os outros...

Um abraço, um abraço carinhoso e completamente diferente daquele que havia dado nele, ficamos abraçados ali por vários minutos, eu chorava em seu ombro enquanto ele me abraçava com a mão em minha cabeça.

- Eu te amo, Orihime... – Sussurra ele fechando os olhos, ambos aproximaram os lábios, se beijando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!