Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 17
Capítulo 14.


Notas iniciais do capítulo

Bah, nunca reclamo da falta de reviews pq acho que isso não é justo. Escrevo pq gosto e escreveria mesmo que todos lêssem e não comentassem. MAS não posso negar que é triste ver o número de leitoras que deixam sua opinião nos capítulos cair. =(
Boa leitura. Mais uma vez, me perdoem pela demora.
Observação básica: Amei a frase do início desse capítulo. Parabéns, Shakespeare. ;)



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CAPÍTULO 14.

“APRENDI QUE NÃO POSSO EXIGIR O AMOR DE NINGUÉM. POSSO, APENAS, DAR BOAS RAZÕES PARA QUE GOSTEM DE MIM E TER A PACIÊNCIA PARA QUE A VIDA FAÇA O RESTO...” – William Shakespeare

PDV Isabella Swan

A família de Edward era ótima, ou pelo menos alguns deles. Emmett e Rosalie foram muito carinhosos e simpáticos comigo, mesmo depois de contar meu passado para eles. Eu estava curiosa para conhecer os outros, mas duvidava muito que isso fosse acontecer. Edward já havia dito que os outros membros da família eram contra nosso relacionamento, isso que eles só sabiam que éramos namorados... Imagina então se eles descobrem que eu era uma prostituta?! Iriam pirar e talvez até me afastar de Edward.

Ele foi muito carinhoso comigo na noite em que organizamos tudo no apartamento. Me mostrou todos os cômodos, explicou aonde se encontravam alguns produtos e outras coisas que talvez eu precisasse, e ainda abriu espaço em seu imenso closet para que eu pudesse guardar minhas roupas lá.

Não posso negar que uma imensa satisfação encheu meu peito quando terminei de guardar todas as minhas roupas e admirei o closet com nossas coisas juntas. Ri levemente ao entrar no banheiro depois de organizar tudo por ali também e ver como um toque feminino fazia diferença num ambiente. Não que Edward fosse desleixado ou desorganizado, mas tudo era prático e muito neutro. O banheiro agora tinha cores, aromas... O banheiro era nosso e prova maior disso eram as duas escovas de dente lado a lado no suporte em cima do balcão da pia.

- Vai admirar muito esse banheiro ainda? – ele dissera ao me abraçar por trás.

- Ficou bonito, né?! – falei toda contente e o olhei – Diz que gostou e que não se importa com as minhas coisas soltas por aqui.

- Eu gostei muito de ver suas coisas misturadas às minhas, Bella. – beijou meu ombro – Não me importo com isso, eu quis isso pra nós dois.

- Eu te amo.

Virei-me para poder beijá-lo e ele automaticamente enlaçou meu corpo em seus braços fortes. Esqueci do resto ali nos braços dele. Era sempre assim. A noite se passou como um borrão em meio ao turbilhão de sentimentos que compartilhávamos.

Na manhã seguinte, eu poderia ficar dormindo mais um pouquinho já que teria que ir até a faculdade somente depois do almoço, mas tive que levantar e preparar um café gostoso para tomar com Edward antes que ele fosse trabalhar. Não me perdoaria se o deixasse fazer isso sozinho.

- Amor... – o chamei – Levanta, hoje é segunda.

- Não me diz que é segunda. – murmurou – Você acabou comigo ontem, preciso dormir mais um pouco.

- Por mim, você pode dormir mais, mas vai acabar se atrasando, meu bem. – beijei sua testa – Vou preparar um café pra nós e você pode ir tomando um banho enquanto isso.

- Ok, já vou.

Deixei-o no quarto e fui colocar a água ferver para o café e arrumar a mesa. A cozinha de Edward era fantástica, tinha todos os eletrodomésticos que uma mulher poderia desejar e ele tinha tudo o que fosse preciso para um café gostoso e saudável.

Quando pensei em voltar ao quarto para chamá-lo, ele apareceu na cozinha já vestido com seu terno cinza escuro. Extremamente lindo.

- Bom dia. – ele disse sorridente e aproximou-se para me beijar.

- Bom dia. – respondi assim que seus lábios se afastaram dos meus.

- Conseguiu achar tudo o que queria?

- Sim, não foi difícil.

- Ótimo. O banho estava muito bom, mas senti falta de você lá.

- Se eu fosse lá, você se atrasaria para o trabalho e teria que sair sem tomar café. Jamais me perdoaria por isso.

- É tão bom ter você aqui. – ele me abraçou e me arrastou com ele para a mesa – O que temos para o café, senhorita minha namorada?

- Preparei algumas torradas, waffles, suco, café e leite. Espero que goste.

- Tenho certeza que vou gostar. Agora vamos comer.

Eu até tentei sair dos braços dele para sentar na outra cadeira, mas ele me impediu. Segurou-me sentada em seu colo e volta e meia me dava um pedaço de waffle na boca. Era ótimo desfrutar de momentos assim com ele.

Quando terminamos fui colocar tudo na pia para lavar e ele se aproximou tirando o casaco.

- O que vai fazer? – questionei confusa.

- Vou te ajudar.

- Nem pensar. Você tem que trabalhar.

- ‘Nem pensar’ digo eu. – passou por mim e foi até a pia – Eu morava sozinho, esqueceu disso? A única coisa que eu quase não fazia era limpar o apartamento e lavar as roupas, o resto faço tudo. Por isso, nem pense em reclamar. Não vou me atrasar por te ajudar cinco minutos com a louça.

- Mas eu...

- Bella, - ele disse firme – eu lavo e você seca. E está resolvido.

- Ok.

De beiço torto fiz o que ele disse, sequei a louça conforme ele foi lavando. Cinco minutos depois ele voltou a vestir o casaco, correu para o quarto e voltou com uma pasta nas mãos. Aproximou-se de mim e me beijou carinhosamente.

- Os telefones de emergência e da minha família estão na agenda lá da sala. Pode usar o computador, assistir televisão, fazer ligações, o que você quiser.

- Estou me sentindo uma criança.

- Criança eu tenho certeza que você não é, graças a Deus. – sorriu malicioso e eu entendi o recado – Na agenda tem o número do meu celular e o número lá da empresa, ligue se precisar.

- Certo. Bom trabalho.

- Vai ficar em casa hoje?

- Vou sair depois do almoço, preciso passar na faculdade.

- Quer que te leve?

- Não precisa, posso ir sozinha.

- Eu infelizmente não vou poder vir almoçar com você hoje, tenho uma reunião grande e não faço idéia de que hora irá acabar.

- Tudo bem, eu me viro sozinha. Mas coma alguma coisa na empresa, não fique sem almoçar.

- Aham. – ele sorriu e me roubou um beijo.

O acompanhei até a sala e despedi-me dele na porta. Antes de se afastar de mim, ele me abraçou demoradamente e inalou o perfume dos meus cabelos. Tive que rir discretamente dessa mania que ele tinha de estar sempre cheirando meu pescoço ou meus cabelos.

- Quase esqueci! – ele disse e afastou-se para buscar alguma coisa em uma das gavetas do móvel na sala e voltou correndo até mim – As suas chaves.

- Tem certeza disso?

- Como poderia não ter, Bella? Vamos morar juntos, você é minha namorada, nada mais justo do que você ter uma chave para entrar e sair daqui a hora que quiser.

- Obrigada. – aceitei as chaves.

- De nada. Agora preciso ir. Tchau, amor. – beijou-me mais uma vez.

- Tchau. Bom trabalho. Vejo você à noite.

Esperei ele sair e desaparecer no elevador para então fechar a porta e voltar ao apartamento. Iria ajeitar algumas coisinhas no quarto e separar os papéis que eu precisaria levar na faculdade.

...

Quando retornei da faculdade, abri a porta do apartamento e dei de cara com Edward andando só com uma toalha em volta da cintura.

- Pornografia gratuita agora? – perguntei e ele me olhou sorrindo, abriu os braços despreocupado.

- Se você quiser, pode ser. – piscou o olho e veio até mim – Por onde andou até essa hora?

- Demorei na faculdade, tinha um monte de papéis para tirar cópias e outro monte de formulários para terminar de preencher e revisar.

- Hum. E deu tudo certo?

- Sim. – eu sorri satisfeita – Tudo certo, começo minha aula amanhã mesmo.

- Que bom. O que vai fazer agora?

- Vou tomar um banho e depois preparar algo para nós comermos.

- Se eu já não tivesse tomado banho, te acompanharia agora. – sorriu – Mas enquanto você toma o seu banho, deixa que eu faço alguma coisa pra nós.

- Tem certeza? Eu faço, não me importo de cozinhar.

- Nem eu. – ele deu de ombros e beijou minha testa – Vai lá, te espero na cozinha.

Fui para o quarto e tirei minhas roupas para poder tomar um banho revigorante. Tudo estava saindo melhor do que eu planejara e isso só estava acontecendo por causa de Edward. Ele era ótimo, não posso negar isso e nem reclamar de nada. Como diria Claire, ‘ganhei na loteria’.

Passamos uma noite agradável, jantamos na cozinha e depois nos aninhamos no imenso sofá da sala para assistir ao jornal e a um filme que começou. Nem vi as horas se passarem. Só lembro que em determinado momento do filme, adormeci ao lado de Edward.

...

A nossa rotina como casal estava mais do que estabelecida e funcionava muito bem. Levantávamos e tomávamos banho juntos na maioria das vezes; ou então, um ia para o banho e o outro ia arrumando o café da manhã. Quando possível almoçávamos juntos em casa ou em algum restaurante perto do trabalho dele. À tarde eu tinha aula até lá pelas seis ou sete horas da noite e geralmente Edward é quem me buscava na faculdade. Em casa, comíamos alguma coisa, eu preparava alguma coisa da faculdade para o dia seguinte e ele organizava alguma coisa da empresa; depois aproveitávamos o restante da noite para ficarmos juntos, namorando, conversando, nos amando.

Rosalie havia me ligado algumas vezes e havíamos conversado bastante. Me cobrou uma visita e eu prometi fazer isso em breve, só precisava organizar meus trabalhos da faculdade e ver quando Edward poderia ir até a casa deles.

Essa manhã, eu acordei um pouco indisposta e nem iria comer nada, mas enquanto Edward tomava um banho, resolvi arrumar o café dele. O telefone tocou na sala e eu corri para atendê-lo.

- Alô? – uma voz bonita e suave disse assim que eu atendi.

- Oi. Posso ajudar? – perguntei educadamente.

- Não sei. É da casa de Edward Cullen?

- Sim.

- E onde ele está?

- Quem está falando, por favor? – indaguei, pois não sairia dando informações para desconhecidos ou sei lá quem mais poderia ser.

- Aqui é a mãe dele. – ela disse irritada.

- Ah, me desculpe, senhora Cullen. – disse gentil e um pouco nervosa por estar falando com ela pela primeira vez – Edward está no banho, quer deixar um recado ou prefere que ele ligue depois?

- Diga para ele me ligar.

- Ok.

- E eu posso saber quem é você? – senti meus pêlos se arrepiando só de imaginar a fúria no rosto dela ao dizer isso.

- Sou Isabella.

- A faxineira dele? – desdenhou.

- Não, senhora. – engoli em seco antes de explicar – Sou a namorada dele.

Um minuto de silêncio, meu coração batia disparado no meu peito, minha mão tremia tanto que quase derrubei o telefone.

- Senhora Cullen? – a chamei.

- Namorada. – ela disse desacreditada – Então era verdade. Edward largou a querida e perfeita Tanya para ficar com você. Eu não acredito nisso. – ela suspirou – Você faz idéia do quanto estragou a vida do meu filho? Ele estava noivo de uma mulher da alta sociedade, uma mulher rica, de bons modos... Trocou tudo isso por você. Por sua culpa, ele deixou de me visitar, esqueceu que tem mãe.

- Bella. – Edward me chamou e eu o olhei com lágrimas escorrendo por meu rosto – Bella, o que foi?

Ele rapidamente se aproximou de mim e me abraçou, o telefone ainda na minha mão e colado ao meu ouvido. Edward viu que eu estava imóvel e chorando, então pegou o telefone da minha mão e passou a falar.

- Alô? – eu só ouvia as palavras dele, mas a conversa não parecia nada amistosa – Ela é minha namorada, mãe. Você não tinha o direito de dizer o que disse para ela. – ele ficou em silêncio e estreitou os olhos ao ouvir o que ela disse, aquilo pareceu enfurecê-lo mais ainda – Foi você quem disse que era para mim esquecer que tenho mãe e família! Eu não apareci mais na sua casa porque a senhora me mandou escolher, e eu escolhi a Bella.

- Edward, - eu sussurrei – não grita com a sua mãe.

- Eu te proíbo de ligar aqui pra ficar acusando e xingando Bella. – ele nem me deu atenção, ainda gritava furioso com a mãe – Não interessa o que você fez por mim até hoje; no dia em que você se negou a aceitar que quero ser feliz ao lado dela, a senhora anulou tudo o que já fez de bom!

Eu estava nervosa, senti meu estômago embrulhar... Estava me sentindo culpada por estarem brigando desse jeito. Por Deus, eles são mãe e filho, não podem brigar desse jeito! Me desvencilhei dos braços de Edward para tentar ir até a cozinha beber um copo d’água e pegar um pouco de ar na janela, mas minhas pernas estavam fracas demais... Meu estômago parecia estar sugando todos os outros órgãos existentes dentro de mim, me sentia vazia e estufada ao mesmo tempo, sentia tudo embrulhando e querendo sair de mim... Eu só ouvia a voz alta e irritada de Edward até que essa voz foi ficando cada vez mais longe e a escuridão tomou conta de mim...


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço saber o que a cabecinha de vcs tá pensando? *-* Pq a minha tá fervilhando aqui!!!
Bom fim de semana. Beijos p/ todas (e todos, se houver alguns boys aqui).