Love, Simply Love. escrita por Jajabarnes


Capítulo 20
Eles Querem Guerra.


Notas iniciais do capítulo

Sim, Love, Simply Love está de volta! E com força total! Confesso que quando comecei a escrever esse capítulo, não tinha ideias com um futuro muito bom, mas de repente vieram umas ideias ótimas! Mas vamos parar de papo, divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168891/chapter/20

–Sim... Claro... - ele não parecia totalmente convencido. Mas Susana tratou logo de puxar assunto para quebrar o silêncio.

Simon conversou alegremente com Susana, mas não deixou de lançar-me olhares furtivos. Permaneci quieto, apenas ouvindo e observando, desconfortável com a suspeita de que Simon soubesse quem eu era e, sinceramente, estranhei o fato de ninguém ter me reconhecido, já que minha “fama” se espalhara pelo mundo. E não era uma fama muito boa.

–Diga, Majestade, o que faz por essas bandas? - perguntou ele à Susana.

–Bem, é uma longa história... – começou Susana.

–Sabe, fico aqui me perguntando o que levara Vossa Majestade vir parar aqui acompanhada pelo Rei Telmarino. - comentou ele sem medo, sem meias palavras, simplesmente curioso. Senti meu um frio nas veias, afinal, ali, eu estava em extrema desvantagem.

–E-eu... Bem... - gaguejou Susana, olhando rapidamente para mim, como se quisesse que eu falasse o que devia dizer, mas eu também estava surpreso demais para isso. - Meus irmãos e eu regressamos à Nárnia para combater a opressão telmarina, mas a guerra nunca é uma boa opção. Fui capturada por soldados telmarinos e uma vez dentro do castelo, descobri que Caspian não é uma pessoa má. - disse ela, doce, olhando-me por fim.

–Má? - perguntou Simon. - Telmarinos são cruéis. Se soubesse de todos os casos que presenciei, Masjestade, não os elogiaria como um povo mau.

–Se permite que me posicionei, senhor, devo concordar as muitas crueldades de meu povo, não só a crueldade, mas a arrogância de nos considerarmos superiores. Admito que nunca houve um interesse telmarino em tentar compreender e aprender com os narnianos, mas esse foi um erro cometido por nossos antepassados, principalmente. Hoje, agimos de acordo com o que nos ensinaram, de acordo com o que nossos pais nos ensinaram, e eles de acordo com o que os pais deles ensinaram a eles, como poderíamos desconfiar de nossos pais? - me pronunciei. - Hoje, não passamos de resultados de uma criação errada. Porém, agora eu vejo o quanto nos enganamos a respeito de todos vocês. Sei que não dá para esquecer tudo o que houve, mas dá para mudar o futuro. Apenas pedir perdão obviamente não é suficiente, mas pretendo começar devolvendo seu reino.

Susana olhava-me com os olhos brilhantes e um sorriso orgulhoso nos lábios. Simon, por sua vez, não parecia de todo confiante em mim. Ele olhou para Susana.

–Majestade, com certeza falo por todos quando digo que nossa fidelidade está com você, seus irmãos e Aslam, então, se diz que confia nele, nós também confiaremos. - disse. Susana e eu sorrimos.

[…]

A festa se alongou pela madrugada, mas Susana e eu nos retiramos pouco depois da meia-noite. Voltamos à casa onde estávamos hospedados para nos prepararmos para a viagem que teríamos que fazer de volta ao castelo. Nos despedimos de Simon e Sagaz nos acompanhou até o fim do bosque. Agradecemos a ele que, assim como Simon, simpatizara comigo ao saber que Susana estava ao meu lado.

Chegamos ao castelo quando o sol quase nascia, por sorte não encontramos com ninguém. Esperava esbarrar com Prunaprismia e seu sermão, mas nem isso. Ela provavelmente teria cansado de me esperar e de inventar desculpas aos lordes. Despedi-me de Susana com um beijo, em frente ao seu quarto.

–Boa noite. - Falei.

–Boa noite. - ela respondeu sorrindo.

Parti em direção ao meu quarto, mas quando estava prestes a dobrar no corredor, parei ao ouvi-la chamar-me.

–Caspian?

–Sim? - virei para ela e a encontrei sorrindo largamente.

–Estou muito orgulhosa de você.

Não pude deixar de sorrir.

POV. Edmundo.

A coisa estava realmente feia. Pedro estava por um fio e todos estavam com medo até de chagar perto dele. Meu irmão andava muito irritado, com razão, e sua expressão piorava a cada dia. Como eu disse, estava botando medo em todo mundo.

Tanto tempo sem notícias de Susana estava sendo difícil de enfrentar, principalmente para Pedro, que se culpava veementemente por ter falhado na sua responsabilidade de proteger a todos nós, e nada do que Lúcia e eu disséssemos fazia efeito.

Eu não tirava sua razão, mas tinha um ponto de vista diferente. Eu conversara com Susana, e, enquanto Pedro quer arrancar a cabeça de Caspian assim que puser os olhos nele, eu preferia acreditar que Susana tinha alguma razão. Lúcia também pendia para esse lado, mas ela é suspeita para falar por causa da sua fé nas pessoas, etc e tal.

O maior problema, no entanto, era os planos desesperados que Pedro começava a bolar contra Telmar. E, ao vê-lo descrever aquelas coisas absurdas que ele dizia dar certo, Lúcia e eu nos olhávamos e tínhamos cada vez mais certeza de que ele não estava bem.

–Pedro, por favor, acalme-se! Está se ouvindo? Isso é loucura! Você tem que se manter frio, está agindo de acordo com as emoções e não é hora para isso! - falei, quase gritando, para trazê-lo de volta a si.

Todos pararam e olharam assustados para mim, ao mesmo tempo em que me alertavam, com os olhos, de que era meu fim. Mas, mesmo com o olhar fulminante de Pedro, permaneci firme. Já era hora de colocar juízo na cabeça dele.

–Nossa irmã está correndo risco de vida! - disse ele, pausadamente. - Se bobear Susana já está morta! Temos que trazê-la para perto de nós, só assim ela estará segura!

–É loucura invadir o castelo! Além disso, ela mesma disse que não queria uma batalha por causa dela, disse que tinha chances, que podia fazer alguma coisa. Eu não sei você, mas eu acredito nela!

–Aliás – apoiou Lúcia. - Se ele fosse matá-la já teria feito isso logo que a capturou.

–Como podem saber que ele não estava obrigando-a a mentir? A dizer que estava tudo bem, quando na verdade não estava?! - argumentou ele.

–Por que eu sei quando Susana está sendo sincera. - falei. - Ela estava, Pedro, por favor, vamos dar uma chance a ela. Se ainda não mandou notícias é por que ainda não teve a oportunidade.

Finalmente, Pedro pareceu pensar.

[…]

Pov. Susana.

–Foi difícil me explicar. - disse Caspian.

–E como você os convenceu? - perguntei.

–Disse a eles que tinha tudo sobre controle, que os narnianos não me fizeram mau e sobre meus planos... Eles estão furiosos. - soltou com ar, sentando na cama ao meu lado, apoiando as costas nos travesseiros como eu.

–Por você ter saído por aí como se não tivesse um reino a cuidar? - rimos. Caspian brincou com minha mão.

–Não exatamente... Reagiram contrário às minhas decisões. - falou.

–Que decisões?

Caspian se moveu, apoiando-se no cotovelo, deitando-se de lado para olhar para mim.

–O que eu disse à Simon é verdade, Su. Eu não quero guerra nem sofrimento no meu reino – afagou meu rosto, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. - Tenho intenção de entrar em acordo com os narnianos, devolvendo suas terras. - meu coração acelerou. Ele estava sendo sincero, por Aslam, mal pude acreditar...! Porém, Caspian não sorriu, prosseguiu sério. - Mas o Conselho não é a favor da minha decisão. Eles querem guerra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo novo com direito a capa nova também, de autoria da Barw! Desculpe mesmo a demora, mas estava sem ideias e não queria escrever a fanfic de qualquer jeito. Espero que tenham gostado! Vany, esse capítulo é pra você e, como eu disse, bem-vinda de volta!
Reviews!
Beijokas!!