Love, Simply Love. escrita por Jajabarnes


Capítulo 18
Vila


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpem a demora, de verdade, não me matem nem me abandonem, sim? *.*



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-Para onde está me levando? - eu estava receoso com o fato de estarmos no bosque narniano, era o último lugar em que eu esperava ser bem recebido. - Não sei se isso é uma boa ideia. - falei.

-Está tudo bem, Caspian, você vai ver como vai ser bom. - disse ela, confiante. Susana parou e olhou em volta até parar os olhos em mim com um sorriso. - E então, esse lugar se parece com o que os telmarinos relatam? - perguntou ela.

-Er... Sim. Parece. - respondi sincero, para minha surpresa, ela não me encarou nem ficou zangada.

-Foi o que eu pensei, agora venha. - ele segurou minha mão e puxou-me para mais fundo no bosque.

Alcançamos uma pequena clareira, iluminada pelos raios do sol que conseguiram atravessar as copas das árvores frondosas.

-Ainda não entendo por que me trouxe aqui. - falei.

-Esse bosque parece abrigar seres horrendos e sanguinários? - perguntou Susana. Olhei em volta e fiquei algum tempo em silêncio.

-Não. - respondi sincero. Susana abriu um sorriso largo. Foi quando ouvimos vozes femininas, elas riam. Susana segurou-me pela mão e me levou até alguns arbustos, e lá ficamos escondidos.

-Shhhh... - pediu ela, em seguida apontando para a clareira. Olhamos por cima dos arbustos ainda escondidos. Pelo lugar onde estávamos, passaram três belíssimas moças, andando descalças, com vestidos longos e leves, os cabelos eram longos e elas riam animadamente. Nem deram por nossa presença. - São dríades. - sussurrou Susana.

-Olhem! Olhem! - disseram elas, apontando para algum ponto. Nós olhamos e por elas, bem perto de nós, passaram três centauros, a galope, fazendo arbustos balançarem.

Logo em seguida, ouvimos o som de um pássaro que plainou logo acima de nós pousando a nossa frente. Não era bem um pássaro, pelo que pude identificar e lembrar, seu nome era grifo. Enorme. Ele chamou a tenção das ninfas e dos centauros quando pousou, e eles logo nos rodearam.

-Posso ajudá-los? - perguntou gentilmente.

-Ham... - falou Susana, quando nos pusemos de pé.

-Sagaz, o que está acontecendo? - perguntou uma das ninfas que paralisou ao mesmo tempo em que nos viu. - Oh, Majestade! - ela tratou logo de fazer uma reverência à Susana.

-Majestade? - indagou Sagaz. - Oh, claro! Perdoe-me, Majestade. - ele abaixou a cabeça.

-Sagaz, não é? - Susana se aproximou dele que desfez a reverência assim como as ninfas e os centauros.

-Sim, senhora. - concordou ele com um semblante contente.

-Se é que posso perguntar... - uma das ninfas deu um passo a frente timidamente. - O que faz por aqui, Majestade, não devia estar na fortaleza junto com seus reais irmãos?

-Hm... Só estamos dando uma volta. - ela me lançou um olhar rápido.

-E o senhor é...? - perguntou um dos centauros com sua voz grave que parecia estar dando uma bronca.

-Um amigo... - falei tão naturalmente que fiquei surpreso.

-Saibam que é uma grande honra vê-los por aqui, Majestade. - Sagaz voltou a falar.

-Também é uma honra para mim conhecê-los. - ela sorriu.

-Para mim também. - tomei a liberdade de acrescentar. Os olhos de Sagaz adquiriram ar de riso.

-Me permite, Majestade, convidá-la para nos acompanhar? Hoje a noite haverá uma festa em nossa vila em comemoração ao aniversário de Simon, e seria de estima sua presença.

-Claro! - concordou Susana. - Seria um prazer!

-Venha, nós a guiamos até lá! - disse uma das ninfas, enfiando o braço no de Susana e conduzindo-a para noroeste, sendo logo cercada pelas outras ninfas. - Seu amigo também pode vir! - acrescentou e, acompanhando as criaturas magníficas que eram os centauros, segui as ninfas enquanto Sagaz ia pelo céu ainda claro.

[…]

Chegamos a pequena vila perto do pôr do sol. Era uma vila pequena com casas simples de pedra, dispostas irregularmente dos dois lados da estrada estreita de terra que ia numa descida até o Grande Rio, ao fundo. Havia bastante movimentação de ninfas carregando cestas de frutas, faunos carregando lenhas e belos animais passeando tranquilamente.

Sagaz nos guiou pela rua única de descida falando alguma coisa como desculpas pela bagunça e alvoroço, mas que o aniversariante era muito querido por todos então eles queriam fazer uma grande festa para comemorar seus 95 anos.

-Vou levá-los até uma casa, Majestade, onde a senhora e seu amigo poderão descansar e se preparar para a festa mais tarde, além de comer, claro! - dizia ele, animadamente.

-Oh, não, não queremos incomodar na casa de ninguém. - disse Susana gentilmente. Só ela falava, eu preferi ficar quieto e deixar tudo nas mãos dela, além do fato de que estava disperso demais, encantado com tudo, para falar qualquer coisa.

-Oh, Majestade, não se preocupe, quase nunca recebemos visitas, e receber uma de nossas Rainhas é um grande privilégio para nós. Além disso, temos casas de sobre para hóspedes! - disse ele.

Susana olhou para mim como se fizesse uma pergunta. Eu entendi qual era a sua dúvida e dei de ombros. Assim continuamos seguindo Sagaz. Ele nos levou até uma casa pequena de pedra, um estilo rústico, mas aconchegante. Sagaz nos informou que podíamos ficar a vontade, que aquela casa era nossa no tempo que ficaríamos ali. Logo atrás dele veio uma ninfa, ainda menina, trazendo roupas para nós usarmos hoje a noite e dizendo que a comemoração começaria logo após o pôr-do-sol, tínhamos uma hora, mais ou menos.

-Se sumirmos por muito tempo os Lordes vão mandar nos procurar... - falei, quando Susana e eu ficamos sozinhos.

-Não vão, não. - Susana sorriu. - Eu avisei Mia que sairíamos sem hora para voltar. Estreitei os olhos para ela.

-Sabia que um Rei não pode sumir assim? - perguntei calmamente.

-Também não pode viver dentro das paredes do castelo. Além disso, avisamos que você sairia, então, tecnicamente, você não sumiu.

Eu ri levemente. Ela pegou o vestido que trouxera.

-O que vai fazer? - perguntei.

-Me preparar para a festa. - disse, indo em direção as escadas. Ela parou. - Caspian...?

-Sim?

Ela mordeu o lábio inferior, hesitando, mas por fim deu passos em minha direção. Colocou-se na ponta dos pés, apoiando-se em meu ombro para falar em meu ouvido. Ela cochichou bem perto, com a voz um pouco tímida. Sorri com aquelas palavras e pus minhas mãos em sua cintura, deixando minha resposta sussurrada bem perto de sua orelha. Senti-a estremecer levemente. Levei meus lábios até os seus e os beijei. Susana os beijou de volta, duas vezes e me puxou para cima.

Lá, tomamos banho juntos tendo um breve momento de amor na banheira. Depois roubei-lhe um beijo, enquanto ela se secava, deslizando minhas mãos por suas costas nuas. Já era pôr do sol. Nos vestimos e logo Sagaz retornou, agora com uma corrente de ouro no pescoço e um semblante feliz no rosto.

-Prontos? - perguntou. Nós o seguimos para fora.

A cidade estava iluminada e decorada; as pessoas estavam com suas roupas de festa, as mulheres (ninfas) usavam enfeites no cabelo e alguns dos homens (faunos e centauros) carregavam alguns instrumentos como flauta e tambores. Todos caminhavam descendo a única rua, em direção ao rio.


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Notas finais do capítulo

Entãaaaoo?! Que tal? Não perdi a prática, né? Esperando seus reviews!!
Beijokas!!



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