Changed escrita por Shiroyuki


Capítulo 8
Capítulo 8 - Eu não sei andar de bicicleta


Notas iniciais do capítulo

Yoo, minha-san o/
*desvia das tomatadas e pedradas*
Ah, eu sei que é muita cara de pau da minha parte aparecer depois de tanto tempo sem postar... mas por favor, não me matem! E, principalmente, não abandonem a fic T^T. Antes que qualquer um queira me chamar de preguiçosa, o que de certa forma não deixa de ser verdade, saibam que esse foi meu primeiro ano na faculdade, e eu acabo de encerrar o primeiro semestre. Esse foi o principal motivo da minha pausa nas fics em geral.
Mas agora, eu estou retornando o/ Não prometo regularidade ._. Mas vou vir tirar as teias de aranha dessas fics, todas elas, vou sim u_u
Antes de mais nada, saibam todas vocês, que há uma culpada por eu aparecer assim, repentinamente, com capítulos novos. A Teffy-chan, minha senpai. Ela foi a mente maligna, me chantageando cruelmente, para que eu voltasse a postar as fics com regularidade. Agradeçam a ela /ounão
Então~ vamos lá~



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— Anda logo, Kukai, anda logo!!! – Utau dava pequenos pulinhos de excitação, enquanto Kukai tentava tirar a bicicleta de dentro do depósito dos fundos – Ah, eu nem acredito! O Ikuto tá mesmo vindo para cá! Vai mais rápido, sua lesma! Ele está esperando por nós na estação!

— Ele não vai fugir, se acalma. Agora, como eu vou saber quem ele é? Aliás... nem ele sabe quem eu sou... como você espera que a gente se encontre? – Kukai voltou a perguntar, ainda atordoado pela repentina e surpreendente demonstração de empolgação da sua ‘irmã’. Ela parecia ter esquecido completamente a sua irritação anterior, que o garoto nem sabia de onde tinha surgido, na verdade. – Você não prefere ir pessoalmente, já que está com tanta saudade do seu “Ikuto-nii-chan”? – ele imitou a voz de Utau de uma maneira absolutamente desdenhosa e caricata, e ainda adicionou o olhar sonhador e uma perninha levantada no ar, mas ela nem pareceu se incomodar.

— Isso... não seria possível... – ela disse apenas, cruzando os braços.

— E por que?

— Por que eu não sei andar de bicicleta! – ela admitiu por fim, corando de leve e desviando o olhar. Kukai não teve tempo de rir ou fazer alguma piada, pois assim que ela disse isso, sua mãe, seguida de perto pelo pequeno loiro que ele conhecera há poucos minutos, Hotori Tadase, surgiram no quintal.

— Você tem que se apressar, Kukai-chan! Daqui a pouco será noite, e ficará difícil para vocês voltarem no escuro. – ela recomendou – Ah, é uma pena que o Tohru-kun não esteja aqui, seria tão mais fácil com o carro...

— Está tudo bem, mãe – Kukai disse, e Utau rangeu os dentes com aquela referência tão casual à sua mãe – Vamos logo, Utau!

— Vamos? – ela estranhou o uso do plural – Como assim? Você ouviu a parte constrangedora em que eu, uma japonesa nativa, admiti que não sei andar de bicicleta?

— Ninguém disse que você precisa saber pedalar para ir na carona! Anda, você não quer ver seu precioso irmão mais velho logo? Apenas suba! – Kukai disse, montando na bicicleta e apontando para o lugar atrás de si.

— E... como eu faço isso, exatamente? – Utau indagou, percebendo imediatamente o quão próxima ela ficaria de Kukai quando fizesse o que ele sugeria.

— Apenas senta aqui atrás, e me abraça, pra não cair – ele disse com naturalidade, segurando ambos os guidons com as mãos e colocando os pés nos pedais.

— Tá certo... - Utau engoliu em seco, e aproximou-se nervosamente, um passo de cada vez.

Kukai parecia de certa forma impaciente, e ela se impulsionou a ir mais rápido, finalmente chegando ao lado dele. Respirando bem fundo uma única vez, como se esse ato simples fosse livrá-la de respirar durante o todo percurso, para talvez assim evitar sentir o cheiro daquele garoto, o que seria obviamente desastroso para a sua bem formada conduta, ela sentou no banco de trás da bicicleta, com as duas pernas para o mesmo lado, como uma dama da Inglaterra vitoriana em seu cavalo de raça.

— Se segura bem firme – Kukai alertou, e Utau, sem conseguir disfarçar o seu tremor, segurou com a ponta dos dedos uma parte ínfima da camiseta cinza que o garoto usava – Ah, fala sério! Assim você vai cair estatelada na calçada assim que eu começar a andar! – ele riu alto, e Utau se sobressaltou, sentindo a risada dele reverberar através dela – Segura com força! – ele colocou ambas as mãos para trás, equilibrando-se com os pés, e segurou as mãos de Utau, enlaçando-as em seu próprio corpo. Ela arfou, corando furiosamente ao sentir seu rosto afundar nas costas dele, com o puxão. As mãos dela encontraram-se do outro lado, e ele pousou-as com cuidado sobre seu abdômen, voltando a se preparar para pedalar – Vamos lá, está preparada?

— Não! – ela gritou em resposta, e logo depois, Kukai começou a pedalar com toda a força.

— Iterashai! – Souko gritou, abanando com um grande sorriso no rosto.

— Vão com cuidado. – Tadase completou, acenando também.

Utau fechou os olhos com força, assim que sentiu Kukai dar uma guinada brusca. O vento bagunçava seu cabelo, e a curiosidade a obrigou a abrir novamente os olhos. Estavam virando a esquina na rua da sua casa. A estação de trem ficava fora da cidade, além dos campos de arroz, mas era relativamente perto, considerando as distâncias de cidades como Tókio.

Ela estava com as mãos encostadas ao tórax dele, e apertava sua camisa com força. Apoiou a bochecha na superfície lisa e quente que eram as costas dele. Não custava nada aproveitar a situação, já que estava assim. Aspirou o cheiro amadeirado, misturado com a colônia masculina, e sorriu para si mesma. Ele sempre cheirava bem. Devia ser por isso que fazia tanto sucesso com as garotas. Anotou mentalmente que deveria esconder o frasco de perfume dele, na primeira oportunidade, e talvez o enxame de garotas sem noção que o rondavam se esvaísse um pouco.

— Você deveria se segurar com mais força – Kukai anunciou, e Utau ouviu a voz dele ecoando pelos seus ouvidos, a partir das costas – Me abrace como se... como se eu fosse o garoto de quem você gosta – ele sugeriu, e logo depois deu uma grande gargalhada.

Utau corou, agradecendo por ele estar de costas e não poder vê-la.

— Como se eu fosse capaz de gostar de alguém tão baka como você – ela rebateu, irritada com ele, e consigo mesma. Ainda assim, abraçou-o com mais força, apertando os dedos contra o seu peito. Sentiu de eleve a musculatura dele por baixo do tecido, e o bater ritmado do seu coração. Estava acelerado, devido ao exercício. Ouvindo esse som, ela voltou a deitar a cabeça nele. Poderia dormir, se continuasse dessa maneira.

Kukai acelerou, pedalando com mais afinco, na direção onde as casas começavam a ficar mais escasseadas. Utau soltou uma pequena exclamação de susto, apertando seus braços ao redor dele, e sentindo suas pernas tremerem. Kukai riu, e aumentou a velocidade.

— O que foi? Além de altura, você também teme a velocidade. Onee-san? – ele perguntou em voz alta, deixando a bicicleta descer sozinha pela ladeira abaixo. Utau estava ocupada, mordendo os lábios para não deixar o grito de pavor escapar, e não pode responder.

Logo o cenário de casas foi substituído pelos vastos campos verdes, lisos e brilhantes. Eles pareciam, vistos de longe, grandes pedaços de veludo verde, acariciados pelo vento. Utau tinha que admitir, embora relutante, que esse cenário era mais bonito do que o da sua antiga casa. Ou talvez, fosse o contato direto com Kukai que a fizesse ter essa impressão. Ele sempre deixava seus sentidos confusos.

— Olha lá! – ele apontou – Não é bonito?

— Seu louco! Não solte a bicicleta! – Utau gritou, alarmada, prestes a pular e tomar o controle do veículo num surto de pânico. Kukai riu. Estava adorando o desespero dela. – Eu não quero morrer esmagada por uma ameba de brinco, usando esse uniforme amarelo horrível, não mesmo!

— Fica calma – ele riu, voltando a segurar a bicicleta com as duas mãos – eu estou dizendo para você olhar para lá! – ele sorriu brilhantemente, e relutante, Utau desviou o olhar do seu sorriso para ver o que ele apontava. Além dos campos de arroz, o céu tocava a terra, espalhando pelo verde os tons de vermelho, laranja, rosa e roxo. As nuvens se juntavam todas na direção do sol poente, como grandes extensões de algodão colorido, refletindo a luz e espalhando-se pelo céu.

Tudo o que Utau foi capaz de fazer foi abrir a boca, deslumbrada. Era mesmo lindo... talvez a imagem mais linda que ela já havia presenciado. Competia em igualdade com o cometa que ela vira no céu, há tantas semanas atrás. Era incrível que suas melhores memórias, ou pelo menos as que ela mais gostaria de manter, tivessem sido criadas a partir da presença daquele garoto, que agora pedalava lentamente, deixando que ela apreciasse com cuidado a doce paisagem que se desdobrava diante dos seus olhos. Sem querer, ela sorriu. Tirou os olhos, que brilhavam refletindo o brilho alaranjado, e colocou-os na direção do garoto, querendo observá-lo por tanto tempo quanto fosse possível, iluminado por aquela mesma luz.

Sua surpresa foi evidente, quando ela percebeu que ele também tinha tido o mesmo impulso, e a fitava diretamente, virado para trás, sorrindo enquanto via as emoções que perpassavam pelos olhos lilases. Os dois ficaram assim, olhando um para o outro, enquanto a claridade tênue ofuscava, deixando tudo com um ar etéreo. Utau nem mesmo conseguia raciocinar, diante desse fato. Seu coração estava acelerando ameaçadoramente rápido, e ela perdeu completamente a razão. Seus pensamentos caminhavam indistintos para uma mesma direção: o mar verde que eram os olhos de Kukai.

— Ku... kai... – ela balbuciou com voz suave, hipnotizada pelo sorriso gentil e pelos olhos faiscantes.  Tudo nele parecia cintilar. Ela devia estar completamente louca, iludida pela luz poente e irreal, pelos seus próprios sentidos bagunçados e pela influência prejudicial, inebriante e fascinante daquele idiota. Mas, simplesmente... não podia deixar de olhar para ele, ao mesmo tempo em que sentia seu toque, seu batimento acelerado e sua respiração cadenciada nas mãos. Antes que pudesse, porém, completar sua frase que se consistia de um único nome, ou então ter alguma resposta, ela viu seu mundo girar, vacilante e sem equilíbrio. Logo depois, um baque, uma dor lancinante na perna, algo esfolando sua pele na lateral, e um peso sobre seu corpo, de duas maneiras diferentes, uma causando dor, e outra, conforto.

Por um breve momento, Utau achou que tinha morrido. Breve, bem breve mesmo, por que logo depois, uma respiração quente em seu pescoço, causando arrepios que ela classificou como sendo “agradável”, a fez acordar de vez, atordoada. Demorou alguns poucos segundos para notar que estava caída, esparramada no asfalto como uma omelete na frigideira. E mais alguns para reparar que a bicicleta estava esmagando sua perna. E ainda mais, para perceber que Kukai havia rolado para cima dela, e agora estava abraçado à Utau, da maneira mais constrangedora que se possa imaginar, com o rosto no espaço entre seu ombro e o pescoço.

— Você tem um cheiro bom, Utau – Kukai comentou, como quem nota o tempo.

Utau gritou alguma coisa ininteligível, e empurrando o garoto para longe. Ficou de pé, em um pulo, e com o rosto num tom escarlate berrante. O movimento repentino fez sua perna latejar. Kukai a encarava com semblante confuso, e ela teve vontade de bater nele até que aquela cara de cachorro perdido ficasse irreconhecível.

— Seu idiota, olha só o que você fez!!! – ela gritou, e avançou contra Kukai, pronta para por em prática seu plano de desfigurar o garoto, mas antes que pudesse fazer isso, sua perna protestou, e ela quase perdeu o equilíbrio, aturdida pela dor aguda e pelo constrangimento. Kukai se aproximou, com cara de culpado, e sem nenhuma reserva, tocou a perna de Utau, displicentemente – I-idiota... nã-não toque aí! – ela resmungou, corando ainda mais.

— Olha só para isso, você está toda machucada... está até saindo sangue... você não quer que eu te leve de volta para casa, e eu venha sozinho? Eu acho que posso encontrar seu irmão, mesmo sem ajuda...

— De jeito nenhum! Nós já viemos até aqui, vamos até o final agora! – ela rebateu, tentando não demonstrar o quanto sua perna doía. Tirou o pó da saia amarela, disfarçadamente.

— Espera um pouco… – ele remexeu nos bolsos da bermuda que usava, e tirou de lá um pequeno pedaço de algo que lembrava papel – Eu sempre tenho disso aos montes, é necessário no futebol... – ele explicou, enquanto mostrava o que tinha em mãos. Era um curativo. Ele retirou o plástico de proteção e se preparou para colocá-lo no joelho esfolado de Utau, cuidadosamente. Ela sentiu uma leve ardência no local, que logo foi substituída pelo toque quente e gentil de Kukai. Era surpreendentemente leve e carinhoso.

— Obrigada... – ele sussurrou, estendendo a mão para ajuda-lo a se erguer. Era o mínimo que poderia fazer.

— As suas mãos... – Kukai segurou a mão de Utau, levantando-se – Estão esfoladas... – ele acariciou de leve, e Utau sentiu algo se agitar em seu interior, que nada tinha a ver com o ardor do machucado – Me desculpe, Utau, é tudo culpa minha... você tem razão, eu sou mesmo um idiota, não sei nem andar de bicicleta direito.

— Pare de falar essas coisas! – ela exasperou-se, irritada – Não está nem doendo! Eu estou bem! Agora anda, vamos lá procurar pelo Ikuto...

— Tudo bem – Kukai assentiu, levantando a bicicleta do chão e montando nela. Utau tomou seu lugar no banco de trás, e apertou o braço ao redor de Kukai, dessa vez sentindo seu braço doendo um pouco no lugar onde bateu no chão.

— Você... se machucou? – ela perguntou receosamente, depois que ele começou a pedalar, bem devagar.

— Não, eu to bem! – ele sorriu, convencido da sua habilidade inata de passar ileso por situações desse tipo – Caí em cima de algo macio...

— Imbecil! – Utau berrou, batendo nas costas dele com a mão, e se arrependendo logo depois, ao senti-la latejar dolorosamente. Kukai riu.

Os dois seguiram assim, devagar pelo caminho da estrada, entre as plantações de arroz. Utau, cada vez mais acostumada ao calor do corpo de Kukai, aconchegou-se em seu abraço, muito à vontade. Kukai também se acostumou com os braços dela ao seu redor, e pedalava lentamente e com calma, de uma maneira que não fazia muito o seu estilo. Logo, os dois puderam ver ao longe a linha de trem, e a pequena estação, que nada mais era que um pequeno e baixo prédio branco no meio do nada, com as linhas de trem atrás de si. Ambos lamentaram o fim da viagem, intimamente.

Utau desceu, num passo desajeitado, e Kukai estacionou a bicicleta. Os dois entraram juntos na pequena estação olhando ao redor. Não precisaram procurar muito, e Kukai, mesmo que não soubesse quem era Ikuto, soube facilmente identifica-lo entre as poucas pessoas que passavam pelo lugar no momento. Sentado em um dos bancos de madeira, um garoto, alto, de cabelos azul-escuros e aparência ferina, parecia dormir sentado. Lembrava ligeiramente um daqueles modelos de revista. Ao seu redor, algumas malas estavam espalhadas. Mesmo adormecido, ele soube detectar o movimento ao seu redor. Abriu os olhos, repentinamente, e os focou na direção dos dois. Utau abriu um grande sorriso, maior do que qualquer um que Kukai já tivesse visto, e esqueceu da dor e de tudo o mais, saindo correndo na direção do garoto.

Ikuto levantou-se lentamente, e abriu os braços, sorrindo de canto. Utau pulou em seus braços, com precisão, enlaçando o garoto por inteiro e o apertando com força.

— Ikuto!!! Eu senti tanto a sua falta!!! Taaaanto!!! Aaah, por que você não veio antes?! Eu estava com saudades!!! – ela gritava, eufórica, com a voz abafada pelo abraço de Ikuto e também parecendo prestes a chorar.

— Que exagero! Nem faz tanto tempo assim. Mas vamos lá, me conta tudo. Como está a sua vida de suburbana, imouto?

— Ah, em resumo, um tédio. – Utau pronunciou, finalmente soltando Ikuto – Eu vou te contar tudo!

— Eu sei que vai... – Ikuto sorriu de volta, sabendo que passaria pelo menos os dois primeiros dias só ouvindo as narrativas da irmã, sem parar – E então, esse é o meu irmãozinho? – ele perguntou, apontando para Kukai, que assistia a tudo em silêncio, sentindo-se incomodamente intruso em uma cena de reencontro da qual não fazia parte.

Só então Utau pareceu lembrar-se da existência de Kukai, e virou-se na direção dele.

— Esse é Souma Kukai, nosso novo irmão mais novo. – ela introduziu, sem muito entusiasmo – Ele é um péssimo motorista, tem problemas em usar camiseta, tem uma penca de fãs idiotas e o péssimo costume de subir em telhados para depois não saber descer.

— Muito prazer – Kukai curvou-se ligeiramente, e depois, formou um sorriso simpático – Espero que possamos nos dar bem.

— Sem dúvidas! – Ikuto avançou contra Kukai, prendendo-o no pescoço e deixando-o sem reação. Começou a bagunçar os cabelos ruivos, com força – Eu sempre quis um otouto!! Teremos muito de diversão masculina a partir de agora!!

— Anh... h-hai... – Kukai mal conseguia respirar, balbuciou indistinto – Vamos para casa, logo será noite...

— A mamãe está te esperando, e você nem vai acreditar em quem está aqui também... Sabe o Tadase?

— Aquele com cara de pamonha? – Ikuto indagou de volta, começando a andar ao lado dos dois, com uma das malas na mão, e Kukai pegou a outra.

— Esse mesmo!

— Me diz uma coisa... – Ikuto a interrompeu antes que ela começasse a tagarelar novamente. Chegaram perto de onde a bicicleta estava, e de acordo com o arranjo, Utau começou a empurrá-la com as mãos, enquanto Kukai levava uma mala e Ikuto a outra – Onde você arrumou todos esses machucados? – Ikuto apontou para as pernas contundidas de Utau, curioso. Desde que se lembrava, ela sempre havia sido muito ágil e precisa, era raro vê-la cair ou tropeçar.

— Bem... como eu disse, o Kukai é um péssimo motorista – ela respondeu precisamente, arrastando com dificuldade a bicicleta ao seu lado.

— Não é minha culpa se a bicicleta não conseguiu aguentar o seu peso – Kukai deixou escapar, antes que pudesse controlar a sua língua. Ikuto gargalhou sonoramente. Utau apenas mostrou a língua, ofendida, e poupou seus esforços em pensar em uma resposta boa o bastante.

E assim, eles continuaram o caminho até em casa. Em todo o percurso, Ikuto pensou o quanto essa nova família parecia ser divertida. Ele tinha feito certo em se mudar para essa cidade, pelo jeito...


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Notas finais do capítulo

Eu sei que não to merecendo... mas não custa nada deixar um reviewzinho, nee? *u*