Estavam todos na sala, alguns de dedos cruzados, outros apenas sorrindo com a situação. Outros com olhos arregalados ao que estava preste de acontecer.

- E-então... V-você aceita? – Pergunta Cebola nervoso.

- Eu...

VOLTANDO A FITA....

- Então careca, tem certeza de que é isso que você quer?

- Sim, Cascão, de hoje não passa... estou mais certo do que nunca que ela é mulher da minha vida...

- Se você diz...

Cascão e Cebola estavam no caminho da escola. Depois de semanas e semanas de treinamento Cebola finalmente perde o medo e decide se declarar para Mônica na frente de todos da classe. Seu amigo, sujinho, duvidava que ele iria conseguir, afinal eram anos de tentativa, e Cebola sempre travava no final. Ou simplesmente dava um jeito de sumir do mapa. Para Cascão aquilo era mas uma promessa, daquelas que não iriam ser compridas até o final da aula.

Mas ele poderia estar errado. Cebola estava totalmente decidido que iria falar com Mônica, custe o que custar.  E daquele dia não iria passar, fizesse chuva ou fizesse sol.

Chegando na escola o nervosismo de Cebola só aumenta. Ele entra na sala acompanhado por Cascão e logo se senta em sua cadeira e fica tamborilando seu dedo na mesa...

- Relaxa cara... – Cascão aparece e coloca a mão no seu ombro.

- E-eu to bem... eu to bem...

Logo depois aparece Mônica e Magali na sala, rindo de alguma coisa. Cebola ao vê-lá, seu coração dispara na hora. que seu nervosismo aumenta, Cascão percebe e vai até elas. Ele abraça as duas e chega perto do ouvido de Mônica.

- Aí... o careca tem uma coisa pra te perguntar..

- Tem?

Ele afirma com a cabeça e aponta para Cebola, ela vê que ele tava olhando pra ela, suando frio.

- O que ele tem? – Pergunta ela de novo no ouvido dele.

- O que ele NÃO tem na verdade... Coragem o suficiente pra tomar uma atitude, então você vai ter que dá uma forcinha...

- Eu? Como assim? Dá força pra que?

- Vem comigo...

Cascão puxa Mônica até Cebola, e ambos não entende nada. Tanto Mônica quanto Cebola ficam olhando para Cascão com uma interrogação enorme em cima da cabeça.

- Bom, vou deixar vocês conversando... – Cascão abre um sorriso e sai.

Ele vai até a cadeira e senta, Magali que estava atrás dele pergunta sem tirar os olhos dos dois.

- O que foi agora?

- É só assistir...  – Diz ele cruzando os braços.

- Então Cebola... O que você quer me perguntar...? – Pergunta Mônica um pouco nervosa.

- P-perguntar...?

- É, o Cascão me falou que você tinha uma coisa pra me falar...

Cebola olha para Cascão com fúria, e ele só acena. Cebola volta a olhar pra Mônica e seu nervosismo aumenta ainda mais.

- Fala Cebola! – Diz Mônica quase já sem paciência.

Cebola fica um tempo parado, como uma estatua. Cascão vendo a situação apenas dá risada e balança a cabeça. Mônica levanta uma sombracelha, esperando pra ver se ele ia falar ou não. Cebola olha para os dois lados e vê que quase toda a sala está olhando fixamente para ele.  Ele então se levanta em um salto e olha para Mônica.

- Mônica, durante todos esses anos... eu sempre guardei por você um carinho muito especial, você sempre foi a minha melhor e única amiga.

Neste exato momento Magali levanta as duas sobrancelhas.

- Hein?

- Você também, Magali... – Diz Cebola pra ela e volta a se virar para Mônica pegando as suas duas mãos. – E mesmo sempre implicando com você... Meu coração batia mais forte quando eu tava com você... nenhuma garota nesses últimos anos me deixou assim,  a não ser você.

- A-assim como? – Perguntou ela vermelha.

- Tão apaixonado...

As meninas fazem “Ownn” e os meninos dão risada.

Mônica engole em seco já imaginando com que estava por vim.

- Por isso eu estou aqui hoje, em frente todas essas pessoas... Pra te pedir... – Ele se ajoelha no chão. – Namora comigo? – Ele faz uma carinha tão fofa que as meninas se derretem.

Mônica estava com a voz tremula e mal conseguia responder.

- E então... aceita? – Pergunta ele esperançoso.

- Eu... Eu...  – Mônica olha pra Magali que só afirma com a cabeça um sorriso largo. Ela olha pra Cebola e em seguida sorri. – Eu aceito...

Ele no começo não acredita mas ao ver ela com aquele seu sorriso, viu que ela tava falando sério. Se levantou e a rodou no ar. E em seguida a beijou enquanto todos gritavam e aplaudiam aquela cena.

No fundo da sala, havia mas uma pessoa que tinha assistido tudo, estava aplaudindo feliz, e ao mesmo tempo um pouco chateada mas não sabia o motivo.