Mr. e Mrs. Jackson escrita por Beatriz Costa


Capítulo 14
Conflitos - parte 1


Notas iniciais do capítulo

É apenas a primeira parte.
Espero que gostem.



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PDV Percy
O jantar é ás sete? É só o que tem a dizer?
- Como sempre. resmunguei ao telefone, e desliguei.
O jantar é ás sete. Por favor! Fazia quatro anos que acertava o relógio pelo horário do malfadado jantar. Eu escovava os dentes ao lado dela, dividia o mesmo quarto, dormia ao lado dela, completamente indefeso e exposto! E durante todo esse tempo...
Ontem mesmo, tentou me APAGAR e tudo que consegue dizer é "0 jantar é às sete?!".
Mas essa mulher... Puxa, ela ainda me levaria à loucura.
Fui direto para o estacionamento onde havia deixado o carro.
Tinha uma perigosa missão a cumprir.
Ia jantar em casa.

PDV Annabeth
Pela primeira vez na vida, saí cedo do escritório. Contei uma mentirinha básica a Thalia, não me sentia bem, uma coisa assim.
Não acho que ela tenha acreditado, ela me conhece muito bem. Mas ainda não podia revelar a recente descoberta.
Quando cheguei a casa, tinha os dedos doloridos com a força que fiz no volante. Apenas pensava numa coisa.
O jantar é ás sete.
Planejei todo o menu detalhadamente. Queria que saísse tudo perfeito.
Uma última vez.

PDV Percy
Os faróis do meu carro iluminaram a fachada da casa, o jardim. Olhei aquela casa por um instante, com uma pergunta em mente:
O que é que a Annabeth fez para o jantar?
Isso soou estúpido, pensei enquanto saía do carro.
Quando me tentou matar, saberia que era eu? Seu marido? Ou terá pensado que era um inimigo?
Será que sabia sobre mim? Será que sabia que eu sabia sobre ela?
Olhei pela janela. Nem sinal da minha adorada mulher. (sacaram o tom sarcástico?).
Entrei em casa, que parecia ameaçadora. Numa das mãos levava minha maleta e a outra estava no bolso, onde tinha a minha arma.
Tirei o sobretudo que usava e pus junto maleta num canto qualquer
Olhei pra todo o lado, atento a qualquer movimento.
Quando me virei para a sala, Annabeth apareceu na minha com duas taças de martini na mão.
- Timing perfeito.
Ela me assustou pra caramba. Diabos, como ela consegue ser tão silenciosa?
- Como sempre.
Olhei o drinque que me estendia. Por instinto tirei a mão do bolso para pegar a taça. Do bolso onde estava a arma. Ela é mais esperta do que pensava.
- Que bela surpresa. ela não gostava quando eu bebia.
- Espero que sim. Voltaste mais cedo.
- Tive saudades suas.
- Também tive saudades. disse ela. Vamos? perguntou apontado para a sala de jantar.
- Sim.
Ela seguiu á minha frente. Meus olhos passeavam pelo corpo dela procurando alguma arma. Eu poderia ter aproveitado mais a paisagem porque, tenho que admitir, Annabeth tem um corpinhomas tinha receio que a qualquer minuto, ela estourasse meus miolos. Ao olhar para a bancada da cozinha, vi uma embalagem de detergente. Olhei para o drink em minha mão e tratei de o despejar num vaso. Fiquei com pena da plantinha.
Fiquei apreensivo (ainda mais) quando cheguei na sala de jantar. A mesa estava toda composta (mais que o costume). Parecia que íamos receber o Papa ou algo do género.
A minha consciência dizia algo tipo: CUIDADO COM A VADIA !!!
- Achei que fosse para ocasiões especiais.
- Mas é uma ocasião especial. disse ela enquanto me puxava a cadeira com um sorriso.
Sentei-me, sempre de olhos fixos nela. A vadia continuava a sorrir e foi em direção da cozinha.
Aproveitei o momento para esconder uma faca na parte interior do casaco, mesmo na hora em que Annabeth voltou com a carne assada, espetada com o garfo de duas pontas.
- Assado. Meu prato preferido.
A lâmina da faca cintilou quando Annabeth pegou nela para, supostamente, cortar a carne. Avisava também que sabia cortar bem mais do que carne.
Depressa me levantei agarrando seu pulso, a impedindo de qualquer movimento.
- Me permita, querida. Você trabalhou o dia inteiro.
- Obrigada. disse enquanto ia para o outro lado da mesa.
- É um prazer.
Comecei a cortar a carne, quando ela tira uma faca ainda maior do avental. Como raios ela enfiou ali a faca?
Olhou para mim sorrindo enquanto cortava o pão. Nos sentamos assim que acabamos nossas tarefas.
- Como vai o trabalho? perguntei casualmente.
- Tivemos problemas num serviço. disse enquanto nos servíamos.
- A sério?
- É. Duas empresas, o mesmo serviço. Feijão-verde? perguntou.
- Não, obrigado.
- Come lá um pouco. ela pôs umas coisas verdes em meu prato.
- Espero que tudo se tenha resolvido.
- Ainda não. Annabeth tirou o avental e se sentou. Mais vai ficar.
Olhei para o meu prato e parti um naco de carne.
- Assado, meu prato preferido. Querida, passas-me o sal? olhei em frente e lá estava o saleiro. Bem na minha frente.
Annabeth me olhava com atenção. Pus o pedaço na boca e mastiguei. Tinha um sabor diferente. Era impressão minha ou estava a ficar quente?
- Você pôs algum condimento novo?
Ela sorriu e acenou com a cabeça.
Continuei a mastigar e fingi engolir.
- Como foi em Atlanta?
Ao limpar a boca, cuspi o que lá tinha para o guardanapo e respondi.
- Também tive uns problemas. Problemas com números.
Me levantei.
- Coisa séria?
- De vida ou morte. Vinho?
Peguei a garrafa e enchi seu copo.
Gostei de ver o medo brotando subitamente em seus olhos.

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Notas finais do capítulo

Reviwes???



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