Seus dedos percorrem os fios negros longos e sedosos, enquanto degusta o doce gosto de seus lábios, que se movimentam calmamente enquanto em contato com os seus próprios.

Há anos Freddie Benson não se sente tão bem com uma mulher.

Pode-se dizer o mesmo de Carly Shay, embora a situação não lhe seja apropriadamente do agrado.

Os dois amantes se separam.

“Já falou com a Sam?”

“Er... não...”

“Freddie... por favor...” Carly encosta sua cabeça no ombro do rapaz.

“Carls... entenda, por favor... a Sam depende muito de mim, é uma situação difícil...”

“Eu entendo, mas, se precisar, eu ajudo... você também precisa entender meu lado.”

“Tudo bem. Eu vou falar com a Sam...”

A morena sorri e aproxima seus lábios dele novamente, para continuarem se beijando, ao menos por mais alguns minutos.

…

No começo da noite, Freddie chega em sua casa, abrindo a porta e automaticamente relaxando a gravata.

“Sam? Cheguei...”

Quase que imediatamente a loira surge, dando um beijo e um abraço apertado no marido.

“Own, Fredonho... que saudades...”

Ao mesmo tempo, ela cheira a camisa dele e sente um perfume doce de mulher, do mesmo tipo que Carly gostava de usar quando eram amigas na adolescência. Isso apenas ratificava ainda mais o que ela já sabia.

Com suas mãos posicionadas sobre os ombros dela, Freddie a fita com estranheza.

“Ei, o que aconteceu? Você nunca me trata assim...”

“Eu decidi mudar algumas coisas entre nós, sinto que nossa conexão está diminuindo.”

“Mas...”

Ela o cala com um beijo de língua. Vários segundos depois ela quebra o beijo.

“Mamãe fez um belo jantar pra você de novo, nerd...”

Freddie a olha de cima a baixo. Vestia um shortinho bastante curto, com uma camiseta regata dobrada, que deixava à mostra a sua barriga. Freddie faz um bico com seus lábios, há muito tempo não via sua esposa tão sensual, geralmente ela andava em casa com um moletom e uma camiseta larga. Também não era muito comum ela cozinhar alguma refeição: geralmente eles esquentavam alguma coisa comida pronta no microondas ou saíam para comer fora, com o que Freddie não concordava, pois sabia que Sam cozinhava bem.

O cheiro da comida estava delicioso.

“Risoto, carne assada, vinho... viu só, preparei tudo o que você gosta, amor.”

Freddie olha para a face da loira, ela estava com um belo sorriso estampado em seus lábios. Agisse assim todos os dias, talvez ele nem quisesse ter um caso com outra mulher. Se bem que com a Carly... ele não tinha certeza. O sorriso dela é tão sincero que faz Freddie ficar com um peso na consciência terrível.

“Agora, por que você não vai vestir algo mais confortável?”

Ele acaba por obedecer, indo ao quarto, onde se veste com uma camiseta e uma bermuda.

O casal janta ao som de rocks clássicos que Freddie adora. Ambos conversam animadamente e Freddie fica estarrecido em ver como Sam está agindo. Teria ela descoberto seu caso? Não, ou já estaria morto. Talvez a terapia que ela dizia estar fazendo às tardes estivesse resolvendo o problema de agressividade da mulher.

Ao fim, ela o ajuda novamente a lavar a louça e, finalizada a tarefa, ambos se sentam no sofá para assistir TV.

Freddie pensa um pouco e decide ser melhor não falar nada nesta noite, tudo estava tão agradável que ele não queria arruinar o clima.

Sam se aproxima dele e começa a beijar seu pescoço.

Freddie tenta resistir, mas não havia como negar que ele ainda sentia muita atração física pela loira, que tinha um corpo monumental.

Por fim, ele começa a retribuir o carinho, e uma estranha sensação de que estaria traindo Carly lhe toma a mente.

Sam tira a camiseta dele e começa lhe distribuir beijos pelo peito, que o fazem ficar louco de desejo.

Não demora muito e ambos estão rumando até o quarto; logo que entram, Sam para por um instante.

“Amor, não se esqueça da camisinha... não queremos surpresas, né?”

Ele acena com a cabeça e abre a gaveta do criado mudo, apanhando logo em seguida o pacote de preservativos que eles deixavam ali.

Sam abraça Freddie, com um sorriso nos lábios.

“Eu te amo tanto, Freddie...”