The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 40
Wake Me From This Bad Dream


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Bom aqui é a Bela ainda.Devo enormes desculpa por não ter postado antes sério mesmo.Longa história,mas enfim aqui está o ultimo capitulo que tenho para entregar a vocês.E adeus aqui me despeço de vocês.Tenham um 2012 maravilhoso e desculpa seilá qualquer coisa! E a pedido da Maria respondi todos os reviews do cap que postei.
A Maria volta dia 20! E assim como vocês vou ficar esperando o resto! Tchau. Beijos galera ♥ xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167783/chapter/40


– Miranda

Olhei meu reflexo no espelho, arrumando rapidamente meu cabelo com as mãos. Havia prendido meu cabelo em uma “maria-chiquinha” frouxa para esconder as marcas no meu pescoço. Passei os dedos pelas mesmas, lembrando-me daquela noite e abri um sorriso.

“Meu marido será o cara especial.”, eu disse alguma vez. Justin era esse cara especial. E aquela noite foi... Sei lá, a melhor noite da minha vida inteira.

Fiz uma careta e ri do meu reflexo, me sentindo uma boba. Uma boba apaixonada. Saí do banheiro da gravadora com os pensamentos longe. Fredo passou por mim e abriu um sorriso. Todos estavam na correria naquele dia; o ar estava cheio de expectativas. Faltavam poucos dias para a turnê recomeçar. Encontrei Scooter, enquanto eu vagava pelos corredores, meio entediada. Onde está meu namorado nessas horas?

– Gatinha, leve isso ao JB, ok? – Scooter pediu, entregando-me um embrulho e indo na direção contrária do corredor.

– Claro, Scott, de nada. – Falei, sarcástica e saí indo em direção à sala onde ele estava. Olhei o pacote, tentando adivinhar o que havia dentro, mas não obtive muito sucesso.

Sabe o que é ter um final de semana tumultuado, um início de semana estranho e cheio de revelações e depois... Bom, depois acontecer aquilo? Acho que, apesar dos contratempos, eu não poderia estar melhor.

Aquela manhã de sexta estava fria. O que era meio estranho, pois estávamos em pleno verão e ainda mais em cidade litorânea. Não havia nenhum motivo aparente para aquele dia ser especial, mas de alguma forma, ele era. Caminhei a passos curtos até a sala.

– Nós trabalhamos duro nisso, Justin, não pode desistir assim! – Ouvi Selena dizer. O que ela fazia ali?

– Eu sei, Selena, mas não acho que isso é certo. – Justin parecia cansado, pela voz.

– Você passou um mês com ela, Justin. Não é hora para sentir remorso. – A voz dela era dura e meio vazia. Eu queria saber mesmo o que ela estava fazendo ali, depois de segunda. Como ela tinha coragem?

Eu sabia que escutar era feio. Mas minha curiosidade falou mais alto, portanto permaneci lá, estática, enquanto o assunto deles era, aparentemente, eu.

– O que você está arriscando por ela, Justin? Você pode me responder?

– Um Grammy. – Respondeu baixo. Hein? Por mim?

– Exato! Um Grammy! Você me disse que ela era passado, me disse que não faria mal colocar ela nessa letra! Disse que não se importava e que queria aquele prêmio a qualquer custo! – Ela quase gritou. Levei minha mão à boca, sentindo meu coração palpitar rápido demais. Diz que é mentira, Justin, por favor! Implorava mentalmente.

– Sim! – Afirmou, cortante. – Eu disse...

– Espere! – Selena o cortou. Ouvi alguns passos e a porta foi aberta. – Sabia que tinha alguém aí na porta. – Sorriu com desprezo para mim.

– Miranda! – Justin me viu. Não respondi nada e saí andando, indo para a porta da gravadora. Não sei por que estava indo para lá, apenas estava. Minhas pernas não me obedeciam. – Ei, Miranda! – Me alcançou. Não liguei, eu não estava fugindo dele.

– Quando você ia me contar? – Perguntei, apenas, controlando minha voz para que não saísse alta demais.

– Bom... Nunca. – Ele coçou a cabeça. Assenti enquanto a raiva tomava conta de mim. Mas eu não ia me estressar, não ia perder tempo gritando com ele. Como eu fui idiota!

– Com essa são duas: você dormiu com a Victoria e só se aproximou de mim por interesse. Posso te dizer uma coisa? – Arrematei os fatos, categoricamente. Até eu estava surpresa com minha frieza.

– Diz. – Ele andava rápido para me acompanhar.

– Eu te odeio. – Falei, tirei e joguei a pulseira para cima, vendo Justin parar e pegar rapidamente. Estava tudo acabado, espero que ele tenha entendido.

– Miranda! Espera! – Correu mais um pouco. – Por favor, me perdoa. – Pediu, parando na minha frente. Ele só podia estar brincando, não é?

– Te perdoar? Por que eu deveria? Parece que toda vez que eu resolvo te dar uma chance, você a desperdiça no mesmo instante. – Ri, sarcástica. – E eu disse que aquela seria a última chance.

– Eu errei, tá legal! Mas eu descobri que eu continuo te amando, mesmo com todo esse tempo! Você é a única para mim, Miranda! – Tentou segurar minha mão, mas não deixei.

– Não vem com palavras fofas e apaixonadas, Justin. Elas só fazem parte da sua mentira! – Me descontrolei um pouco. Ele me achava o quê? Uma otária?

– Claro que não!

– Aquela garota sou eu? A problemática? Você se inspirou em mim? – Perguntei, de repente. Eu queria muitas explicações, mesmo sabendo que eu não gostaria do que fosse ouvir.

– É. – Admitiu, de cabeça baixa. Caramba, tudo se encaixou.

– Ah, claro. A garota que não tem pais, ela tem um coração partido... Você tem pena de mim Justin? O que eu deveria fazer? Virar aquela garota? É, eu acho que não é má ideia, talvez eu me dê bem nessa vida deixando de ser idiota. – Falei, irônica. Meu orgulho estava destroçado, àquela altura.

– Miranda! Era a chance da minha vida! – Justin argumentou. Não interessava, o que ele fez comigo, não se faz com ninguém.

– A chance da sua vida? De quê? De se passar pelo maior cretino do ano? – Tirei uma nota de um dólar do bolso, que eu nem sabia que tinha lá. Levantei na altura de seus olhos. – Isso aqui é muita coisa, Justin?

– Se você juntar...

– Responde a pergunta!

– Não! Não é muito!

– Pois foi por isso aqui, que não é muito, que você me vendeu. – Sibilei, jogando a nota em cima dele. – Você quer dinheiro, Justin Bieber? É isso o que você quer?

– Eu queria o Grammy!

– Um prêmio, Justin! Um prêmio! – Eu estava incrédula. – Vou chamar o Justin aqui para ele te dizer o quanto isso é desumano e... Ah não, espera, você matou o Justin Drew Bieber. Agora eu só vejo esse monstro aí. – Apontei para ele.

Ele não respondeu, parecia chocado demais com minhas palavras. Não liguei muito, ele merecia ouvir aquilo.

– Tem mais alguma coisa que eu deva fazer? Você por acaso vendeu minha alma para alguém? – Debochei. Não sei de onde eu tirei tanta marra, mas a raiva devia estar colaborando. Eu estava me sentindo tão burra, ingênua e infantil. Como eu pude acreditar nele? Como eu pude acreditar quando ele dizia que me amava? Era tudo faixada, claro. Tudo para conseguir se aproximar de mim. – Você me acha idiota, Justin? Achou que eu nunca fosse descobrir? Achou que poderia me enganar esse tempo todo? – Perguntei.

– Bom...

– Agora você entende, não entende? Por que eu disse que contos de fada não existem? Não existe final feliz, Justin. Porque sempre tem um imbecil que vai te enganar.

– Eu só não contei a verdade porque eu sabia que você não me perdoaria.

– A verdade? Ah sim, eu sei por que você não contou a verdade, desde o início, Justin. Porque a verdade faz todo o resto parecer mentira. Nosso namoro foi uma mentira, aquela noite... Aquela noite foi uma grande mentira! Não se esqueça de que eu te odeio, Bieber. – Falei as palavras com nojo. – E você está certo, eu não vou te perdoar.

Achei que ele fosse chorar. Bem que eu queria que ele chorasse. Estava na hora de inverter essa droga. Sempre era eu quem saía chorando dali. Saí dali, sorrindo com minha saída triunfal. Foi simplesmente perfeita e dramática.

– Você disse que me amava, Miranda. – Falou, quebrando meu momento.

– Você também! – Virei para ele e abri os braços. – Mas eu acho que um de nós estava com a cabeça em outro lugar. – Virei de novo e saí dali. Precisava de ar puro. Nem conseguia acreditar no que havia acabado de fazer. Eu não derramei uma lágrima.

Mas sabia que iria.

– Justin

Fiquei lá, parado vendo a garota que eu amo – e machuquei – se afastar. É, talvez ela tenha feito e dito a coisa certa. Talvez nada, ela estava coberta de razão. Quer dizer, eu sempre a fiz chorar. Eu merecia ouvir aquilo. Mas ainda assim seria bom não ter ouvido. O que eu fiz foi repugnante. Acho que eu realmente matei aquele Justin que havia dentro de mim. O que eu fiz? Algumas lágrimas caíram.

– Justin... – Ouvi a voz melosa de Selena e suas mãos massagearam meus ombros. – Esquece ela...

– Não. – Falei, baixinho.

– O quê?

– Foi isso mesmo que você ouviu. Esquece você que eu existo, Selena. Tudo o que você fez até aqui foi arruinar tudo o que eu mais amo. Como você pôde? Como ainda teve coragem de vir aqui depois de tudo aquilo que aconteceu naquele parque na segunda? Você só sabe estragar a vida dos outros.

– Está me culpando, Justin? – Ela tinha uma expressão indecifrável no rosto.

– Você tem parte disso...

– Mas você concordou. Não me coloque no meio disso. Você fez sua escolha. – Selena sorriu e saiu. Ah, legal, até a garota que ferrou tudo me dá lição de moral agora!

Vi a folha com a música em sua mão. Ah, vadia. O que ela ia fazer agora?

– Kenny? – Bati na porta do escritório do Scooter, onde meu segurança estava. Ainda bem que Scooter não estava lá.

– J? O que houve? – Perguntou, levantando-se preocupado. Agora eu chorava como um moleque de cinco anos que se perdeu da mãe.

– Eu estraguei tudo, Ken. Tudo. O que foi que eu fiz? – Balbuciei, enquanto ele me abraçava.

Contei a ele tudo. O que eu havia feito, por que havia feito, como havia feito. Ele não disse muita coisa, acho que nem sabia o que dizer. Eu só queria bater minha cabeça na parede algumas trinta vezes, sei lá. Queria tirar esse sentimento terrível de culpa e arrependimento.

Não, de novo não. De novo as coisas parecem bem demais e aí, eu estrago tudo. Não vou passar mais alguns meses longe dela para me dar conta de que tudo o que eu quero é ela, sem mentiras, sem enganos.

– Terminou de chorar? – Perguntou, quando me acalmei um pouco. Assenti. – Ótimo. Vou falar com o Scooter para reduzir a agenda de hoje, daí voltamos para o hotel e tentamos resolver, ok? – Kenny, sempre meu irmão mais velho.

Passamos mais algum tempo na gravadora e voltamos para o hotel. Miranda não estava lá conosco.

– JB? Sabe quem me ligou? – Scooter estava meio animado.

– Quem? – Perguntei, colocando animação na voz.

– O Carl. – Falou. Fiz uma cara de interrogação. – O cara da proposta. E sabe o que ele disse? – Perguntou de novo. Apenas esperei. – Ele adorou a música. Não sabia que havia enviado a ele.

Xinguei Selena de todos os nomes que conhecia. Não acredito que ela havia feito aquilo. Ótimo, agora minhas chances de ser perdoado por Miranda diminuíram. Eram de 0,1%. Agora era -100%. Logo mais a música estaria nas rádios, canais de clipes etc. Eu estava mais ferrado do que já estava.

Respirei fundo e entrei no quarto. Não havia ninguém lá, para minha sorte – ou não. Olhei em volta, sentindo falta de alguma coisa. Não vi as outras malas no quarto. Ah não.

Saí do quarto e corri para o elevador. Mas por essa ser uma opção demorada, disparei pelas escadas de incêndio, chegando quase morto no saguão.

– Gostaria de saber se tem uma pessoa no hotel. – Pedi ao recepcionista, enquanto ofegava como um cão.

– Quem?

– Miranda Stephen. – Falei, sentindo meu estômago dar um nó.

– Só um momento. – Digitou no computador e começou a clicar várias vezes, me deixando impaciente. – O sistema está lento hoje. – Desculpou-se. Apenas sorri, fraco. – Sim, ela está hospedada aqui.

– Jura? Onde? – Perguntei, deitando sobre o balcão para poder ver.

– O senhor é hóspede? – Desconfiou. Ele estava de brincadeira né? Eu sou o Justin Bieber e estou hospedado em seu hotel, ele devia saber!

– Sim, eu sou! Onde ela está? – Insisti, impaciente.

– No oitavo andar. – Respondeu e eu corri para pegar o elevador que estava aberto.

Ao chegar, me deparei com Scooter falando com ela, meio confuso.

– Gatinha, por que isso? – Perguntou a Miranda, que estava na porta.

– Scott, já disse. Acho que fico melhor sozinha num quarto. Mais privacidade. – Deu um sorriso forçado.

– O que foi? – Perguntei, chegando perto. O sorriso forçado de Miranda deu lugar a uma expressão dura.

– Ela quis mudar de quarto e nem me avisou! – Scott disse.

– Não avisei porque eu vou pagar pelo meu quarto. Achei que o problema seria dinheiro. – Deu de ombros.

– Claro que não é problema. – Scooter franziu o cenho. – Tem certeza disso?

– Tenho. – Sorriu. Scooter suspirou, não entendendo muita coisa. Virou-se e me olhou feio. Ah, está tão na cara assim que a culpa é minha?! Logo depois ele saiu dali.

– Miranda...

– Tchau, Justin. – Fechou a porta com força. Merda.

Como eu ia consertar isso? Justin seu imbecil, o que você fez?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

GOstaram? Porque eu amei. Deixem a nossa escritora divina feliz com reviews. Adeus gente :) Bela32