The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 35
Awkward - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Yaaaay, boa tarde meus chuchus :3
Então, o título desse capítulo é tipo: Coisas desconcertantes, episódio 2. Porque esse capítulo é constrangedor HSUAHS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167783/chapter/35

- Miranda

     - Miranda? Tem gente lá embaixo querendo te ver. – Sam passou pela porta do meu quarto, indo em direção ao quarto de Norah. Tirei os olhos do meu livro e fiquei olhando a porta por um segundo.

     - Bom dia. – Foi o que Justin me disse quando desci e o encontrei na sala. Sorri e fui direto para a cozinha, sendo seguida.

     - Bom. – Respondi, pegando um iogurte na geladeira, pão e pasta de amendoim; eu havia perdido o café da manhã.

     - Ainda não comeu? – Perguntou, sentando-se na banqueta do balcão.

     - Não. – Sorri enquanto preparava tudo.

     - Acordou agora? – Fez mais uma pergunta, me olhando de cima a baixo. Eu ainda estava de pijama.

     - Não.

     - Não vai dar detalhes?

     - Não. – Respondi. Ele riu pelo nariz. – Eu acordei muito cedo. Comecei a ler um livro e não parei até agora. Mas você me interrompeu, terá que pagar as consequências.

     - Oh, mil perdões, devoradora de livros. – Ele revirou os olhos.

     - Por alguma razão, acordei sentindo vontade de ler Um Amor Para Recordar. – Falei, olhando o teto com cara de pensativa.

     - É porque você está apaixonada.

     - Você acha? Hm, eu acho que não. – Sorri, meio discordante.

     - Por que está assim hoje?

     - Não sei... Só estou de bom humor.

     - Hm... – Ele começou a brincar com o saleiro. Havia algo para dizer, só não queria ou sabia como. Esperei que falasse. – Posso te fazer uma pergunta? – Perguntou, eu sabia!

     - Faz.

     - Você e o Tyler... Vocês chegaram... A... Bom... – Ele se embolou com as palavras e decidiu não terminar. Me olhou, esperando que eu tivesse entendido a pergunta.

     - Bom. – Eu entendi. – Não. – Respondi, apenas.

     - Sério? Eu achei que do jeito que ele é, já tinha te... – Calou-se quando olhei para ele, censurando-o. – Você entendeu.

     - Entendi. Nós nunca fizemos nada. – Garanti, olhei para ele, que me fitava com curiosidade. Queria saber o que se passava em sua mente.

     - Por que não?

     - Bom... – Não queria falar sobre aquilo com ele, mas um dia teríamos de conversar sobre, não? – Eu e Tyler sempre crescemos ouvindo aquilo de “só depois do casamento”. – Respondi, vendo um sorrisinho brotar em seus lábios.

     - Quer dizer então que você é das antigas?

     - Quer dizer que eu tenho meus valores e princípios, portanto, eu os sigo.

     - Então eu não tenho uma chance? – Fez um biquinho.

     - Não. Só depois que eu casar, JB. – Terminei meu iogurte. Agora o pão.

     - Ah... – Ele pareceu pensar. – Que diferença vai fazer se fizermos antes ou depois da gente se casar? – Franziu o cenho.

     Não respondi. “Da gente se casar.”, abri um sorriso involuntário. Será que ele notou o que disse? Acho que não.

     Norah entrou na cozinha, nos olhando com curiosidade.

     - Sobre o que estão falando? – Perguntou, pegando algo na geladeira.

     - Casamento. – Falei rapidamente.

     - Sexo. – Justin respondeu, sorrindo para mim. Olhei para ele, esperando que entendesse que eu iria matar ele depois daquilo.

     - É um bom assunto. – Norah riu, maliciosa.

     - Você não conta, Norah. – Falei, ainda olhando Justin, que tinha um sorriso que só aumentava mais e mais. O que ele achava que era? Uma competição de quem iria me convencer sobre aquilo?

     - Por que não? Porque eu estou carregando seu sobrinho agora? Eu tenho uma dica: camisinha. – Falou ela, ficando ao lado de Justin. Bufei. Não acredito que estou falando daquilo com meu namorado e minha irmã! Norah é louca!

     - Viu? – Justin sorria, vitorioso.

     - Sim, e o que tem demais?

     - Ah. – Norah interveio novamente, piscando para o Justin. – Entendi. Boa sorte.

     - Obrigado. – Bufou ele.

     - Espera, boa sorte? O quê? – Perguntei, sem entender muita coisa. Norah riu alto e saiu da cozinha. – Norah! Volte aqui!

     Justin riu alto. Lancei um olhar homicida a ele, que logo se calou. Comecei a comer meu sanduíche.

     - Ei, não está com raiva, está? – Perguntou, tirando uma mecha do meu cabelo do meu rosto.

     - Não... Imagina.

     - Ah, Miranda. – Reclamou.

     - Por que tocou nesse assunto? Só para brincar com a minha cara? Olha, eu sei que eu sou certinha e tudo mais. Sei também que você já experimentou as mil e uma maravilhas de uma relação... Sexual. Mas é algo pessoal, que eu quero guardar para alguém e um momento especial. – Falei tudo de uma vez.

     - Então eu não sou alguém especial? – Perguntou, meio cabisbaixo.

     - Não! Não foi isso que eu quis dizer, Jus! Meu marido, essa pessoa será especial, certo? – Tentei corrigir. Ele assentiu, meio para baixo. – Ah, Jus, não fica assim, por favor! Viu? Para quê você foi tocar nesse assunto?

     Perdi a fome. Joguei o resto do meu sanduíche no lixo, enquanto Justin ficava lá, calado. Abracei-o por trás, passando meus braços por seu pescoço.

     - Eu te amo, tá? – Depositei um beijinho em seu pescoço. – Você é tão cheiroso. – Ri fraco. Ele não respondeu. – Ah, Jus, qual é? O que eu preciso fazer para consertar isso?

     - Já que você perguntou... – Ele sorriu, malicioso.

     - Fora esse tipo de coisa. – Cortei, rapidamente.

     - Ah... – O sorrisinho se desfez. – A gente podia... Sei lá, ir para a minha casa e ficar o dia todo no meu quarto, só para... Ficar junto. – Ele deu de ombros.

     - Não vou sair da minha casa para ir para outro quarto. – Argumentei.

     - Achei que faria qualquer coisa.

     - Tudo bem, Justin. Vamos para a sua casa. – Falei. Ele levantou num pulo e me puxou para fora de casa.

     - Oi mãe. – Justin cumprimentou a mãe, que parou na porta.

     - Oi filhote. Oi meu amor! – Referiu-se a mim, apenas sorri, calorosa. – Ah, isso aqui estava na porta, está com seu nome, Miranda.

     Levantei da cama e fui pegar de sua mão. A caixa era meio grande tinha um cheiro forte, meio estranho. Voltei para a cama, quando Pattie sorriu e se dirigiu para algum outro canto da casa.

     - Um presente? – Justin quis saber. Achei aquilo estranho, eu deveria receber isso em casa e não aqui.

     - Sei lá... É estranho. – Falei, examinando a caixa. Não tinha nome, endereço, remetente, nada. Só meu nome em uma etiqueta pendurada.

     Abri a caixa e o cheiro forte de pimenta veio todo no meu rosto. Tossi um pouco. Havia um bilhete. A caixa era horrível, pelo menos para mim, pois havia muita pimenta lá, de vários tipos: em pó; o próprio vegetal; líquida.

     O papelzinho estava no fundo da caixa. Enfiei a mão para pegar e me cortei com alguma coisa, caindo um pouco de pimenta líquida logo em cima do machucado. Tirei a mão rapidamente, com o papel que eu havia conseguido pegar. O bilhete dizia: Para você! Em uma caligrafia elegante e impressa. Estava começando a ficar enjoada.

     - Machucou? – Justin viu o sangue em meu dedo.

     - Isso é uma brincadeira de mau gosto, não é? – Perguntei a Justin, virando o bilhete em minha mão. Pressionei o dedo cortado no meu jeans. Estava latejando por causa da pimenta.

     - Não sei o que é, mas... – Justin começou a falar, mas logo se calou quando eu agarrei sua camisa, com força. – Você está bem?

     - Não... Não consigo... Respirar. – A náusea estava tomando conta de mim. Buscava o ar com mais força e o pânico era automático. Justin tirou a caixa da minha frente.

     - Mãe! – Justin gritou. – Mãe! – Dessa vez mais alto.

     - O quê... Ai meu Deus, o que houve? O que é isso? – Patt apareceu na porta.

     - Ela é alérgica. – Justin falou rapidamente, me pegando no colo.

     - Mas quem mandou isso? Que brincadeira mais...

     - Agora não, mãe! Temos que leva-la a um hospital. – Foi a última coisa que ouvi. Senti um choque passar por todo meu corpo e eu apaguei.

XXXX

     A essa altura Miranda já deve estar no hospital, pensou Selena, maldosa.

     A façanha da pimenta foi ridícula, mas de repente uma crise alérgica poderia ser fatal e discreta. Ninguém saberia quem mandou, os laudos apontariam apenas o tempero como causa da morte. Sem sangue, sem crime.

     Como assim eles já estavam namorando? Selena podia jurar que Justin lhe convencera com um eu te amo. Mas a ex-namorada ainda tinha cartas nas mangas. Aquele Grammy ainda lhe renderia muita vingança.

     Miranda, coitada, seria a mais machucada ali. Justin se fazia de forte, fingia que não sentia quando as coisas não aconteciam como ele queria, mas no fundo ele sofria. Chorar na frente do Justin nunca fora seu estilo. Selena o conhecia bem.

     Seu celular tocou, interrompendo bruscamente seus devaneios.

     - Alô? – Levou o aparelho à orelha.

     - Você sabe que seu tempo está se acabando. – A voz do outro lado da linha disse, calmamente.

     - Você? Por que está me ligando? Por que está me incomodando? Me deixa em paz! – Gritou as últimas palavras e desligou.

XXXX

     - Ela vai ficar bem. – Ouvi um cara de voz grossa dizer. – O nível de histamina no corpo dela foi maior do que a substância alérgena. Olhe só, ela já está acordando.

     Eu via tudo embaçado. Nada parava quieto em seu lugar. Senti um par de lábios macios e rodeados por uma fina barba tocarem minha testa. Pude reconhecer minha mãe suspirando de alívio. Mas o que aconteceu?

     - Que bom que acordou, meu amor. – Ouvi a voz de meu pai. Um segundo depois eu pude ver seu rosto com clareza.

     - O que houve?

     - Você teve uma reação alérgica. Foi isso. – Minha mãe entrou em meu campo de visão.

     O médico entrou na pequena sala, demarcada por cortinas, com alguns papéis em mãos. Chamou meu pai e saíram os dois.

     - Onde está o Justin? – Perguntei, me lembrando de algumas coisas, de repente.

     - Aqui. – O próprio entrou. Ele estava de capuz e com óculos de sol, parecia uma mosca. – Desculpe, mas eu não podia aparecer aqui e pedir atendimento para a namorada do Justin Bieber. – Sorriu fraco. – Você está melhor? Você me deu um susto, meu amor.

     - Estou bem. – Sorri, sentando-me devagar. – Podemos sair daqui? Não gosto de hospitais.

     - Claro, vamos só esperar seu pai. – Minha mãe alisou meu cabelo. Assenti e fiquei encarando o teto até meu pai voltar de sua conversinha com o doutor. Antes de sair com eles, dei um rápido beijo no Justin e abracei Pattie, que estava ali, quietinha.

     - Nosso voo sai às 03h30min, esteja lá. – Falou, rapidamente, pois meu pai já estava me chamando. É, meu final de semana com minha família havia acabado.

     Ao chegar em casa, fui direto para o quarto, arrumar minhas coisas. Norah e Albert insistiram para me levar ao aeroporto, por isso aceitei. Tentei dormir um pouco, pois estava exausta.

     Logo mais, lá estava eu, dentro de um avião indo para Los Angeles. E para voltar ao posto de fotógrafa com chave de ouro, tirei uma foto do Justin dormindo e postei no meu twitter. My Little Dreamer. E ainda postei que estávamos voltando para Los Angeles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí? Gostaram? Cara, estou tão feliz com meus reviews!!!1
AAAH, o próximo capítulo vai ser O capítulo, por isso ele vai demorar um pouco para sair, ok? Mas eu posto antes de viajar. É, eu vou viajar e vou ficar fora por um mês. E lá não tem internet sem fio. Daí só se minha família for tão maravilhosos e me deixarem ficar o dia todo no pc, o que eu acho que não rola. Enfim, beijos, amo vocês :3