The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 14
Here We Go Again - Final


Notas iniciais do capítulo

EEEEEI, vamos lá. Obrigada pela recomendação NathaliaSwag tu é uma linda... Quem quiser seguir o exemplo dela HSUAHSUAH :3 Bom, obrigada pelos reviews, gente. Vocês são muito divas! Boa leitura!



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- Miranda

     Saí do twitter e fiquei encarando a parede branca à minha frente. Havia um quadro nela e parecia que meu salto estava pisando bem na cara da moça que estava pintada lá. Tirei uma foto, me divertindo com a situação.

     Descruzei as pernas e levantei-me do pequeno sofá que havia naquele quarto. Sim, um quarto. Arrumei rapidamente o vestido enquanto me olhava no grande espelho que lá havia. Assim que abri a porta, um casal aos beijos – e mais que beijos – entrou, desesperadamente, meio que sem perceber que eu estava ali. Parecia que muitos estavam tendo mais diversão que eu naquela festa. Fechei a porta e segui em direção à escada.

     Eu havia passado tanto tempo trancada naquele quarto que a festa já deveria estar acabando. Errado. A bebida havia sido liberada, aparentemente. A bebida também já estava fazendo efeito. Eu me sentia dentro duma enorme orgia.

     Os caras me olhavam como se eu fosse um pedaço de carne. Agarrei a barra do vestido e puxei-o para baixo, me sentindo incomodada. Ok, talvez fosse essa a minha deixa para ir embora e...

     - Oh, desculpe. Irc! – Uma voz masculina falou... E soluçou.

     - Está tudo... Justin?! – Gritei, quando olhei para o garoto. Meu Deus, o que aconteceu?

     - Ah, você. Sua... Vadia! – Ele apontou o dedo para mim. Hein? Arregalei os olhos, confusa com a situação.

     - Oi? Desculpa... Hein? – Questionei, meio atordoada.

     - Não estava lá no quarto, se esfregando noutro cara?! – Gritava.

     - Você está bem? – Aproximei-me, mas logo recuei quando senti o cheiro de álcool.

     - Melhor impossível! – Soluçou de novo. Senti um pingo de compaixão por aquela pobre alma e o levei para um canto.

     - Espera aqui. – Ordenei. Ele reclamou um pouco, mas ficou. Que diabo aconteceu com ele? Eu me perguntava enquanto voltava para a mesa da Selena. Falando nela, eu a vi dançando que nem uma louca na pista de dança. Álcool e seus efeitos colaterais. Avistei Fredo perto da mesa, com uma cara nada boa. – Fredo! Preciso de um favor!

     - Onde a senhorita estava? – Ele parecia meu pai falando daquele jeito. – Eu só te procurei pela boate toda!

     - Eu estava... No banheiro. – Sorri, como se aquilo fosse óbvio. Se tivesse me procurado direito, teria me achado no quarto em que eu me tranquei.

     - Esse tempo todo? – Desconfiou.

     - Sim! – Gritei. – Vai me ajudar ou não? – Pressionei.

     - Tá, o que é?

     - Preciso da chave do seu carro. – Pedi, cruzando os dedos para que ele me desse.

     - Para...?

     - Quero voltar para o hotel. Não estou me sentindo bem. – Menti, fazendo cara de coitada.

     - Eu te levo...

     - Não! – Gritei, desesperada. Pigarreei. – Quero dizer, fica aqui. Já viu o estado que a Selena está? Fica e ajuda o pessoal a contê-la... Aqueles caras lá fora estão esperando por uma gafe dela!

     - É... – Ele pareceu pensar por um segundo. – Você está certa. Tem certeza de que consegue chegar bem?

     - Claro. – Sorri e ele estendeu a chave para mim. – Obrigada! – Dei um beijo em sua bochecha e saí dali, indo em direção ao lugar em que eu deixei o Bieber.

     - Valeu, cara! Tu é bro! – Ele sorriu quando um garçom colocou a bebida na sua frente.

     - Ah, não, não, não, não! – Tirei o copo da mão dele. – Não senhor. Vamos, para o hotel. – Anunciei. Ele reclamou de novo.

     Passei seu braço pelo meu ombro e fomos para as portas dos fundos. Tive que ensiná-lo a andar de novo para conseguirmos chegar ao carro. Minha paciência foi testada ao máximo ali.

     - Justin, coloca o cinto. – Pedi, fechando a porta do banco do motorista e colocando a chave na ignição.

     - Não precisa. Estou bem.

     - Bem bêbado, isso sim. – Liguei o carro e o manobrei para sair do estacionamento. Graças aos céus, o manobrista estacionou bem longe da entrada da boate, assim não seríamos vistos por aquele monte de fotógrafos doidos.

     - Para onde está me levando? – Ele estava quase dormindo.

     - Se tudo der certo e eu não errar o caminho, vamos para o hotel. – Sorri fraco. Liguei o GPS e comecei a conversar com o navegador. Senti algo deslizando suavemente por minha perna. Ousei olhar para baixo e bufei. – Justin! – Ele riu e tirou a mão. Insuportável!

     - Rua Justin Bieber, no Canadá. Você está a mais de 3 mil quilômetros de distância de lá, qual a rota a ser escolhida? – O navegador reconheceu o lugar. Segurei a vontade de rir, por puro escárnio.

     - Você tem uma rua?! – Perguntei, incrédula.

     - Tenho.

     - Uau. – Falei, sorrindo. – Voltar para L.A, por favor. – Pedi ao navegador e ele me mostrou o caminho até o hotel.

     Estacionei o carro e corri para tirá-lo dali. Um dos porteiros me viu e veio me ajudar. Levamos Justin para dentro do hotel.

     - Eu sigo daqui, obrigada. – Agradeci ao porteiro, que assentiu e sorriu, depois voltou ao seu posto. Sentei Justin no sofá e corri até a recepção, onde uma recepcionista nos observava. – Nada de publicidade sobre, ok?

     - Mas...

     - O que é necessário para que isso não saia daqui? – Perguntei, pressionando. – Preciso que você me garanta que isso não vai virar uma notícia amanhã.

     - Já que você ofereceu... Ele pode autografar algo para minha filha? – Ela sorriu amarelo.

     - Pode ser amanhã? – Respondi, aliviada com o fato dela ter aceitado.

     - Claro. E isso não sai daqui, eu garanto. – Prometeu.

     - Estou confiando em você. – Lembrei-a e saí. – Vamos, Bieber. Você precisa dormir. – Ajudei-o a levantar e fomos para o elevador.

     A porta fechou e senti a pressão de seu braço se fechando à minha volta.

     - O que foi? – Perguntei, sem paciência.

     - Não gosto de elevadores. – Confessou, num sussurro. Ok, ele estava muito bêbado, afinal de contas.

     - Certo, olha, já chegamos. – Foi rápido, até. Ele soltou-se lentamente de mim e saiu rapidamente quando a porta abriu.

     Viramos à direita para irmos ao seu quarto e ele protestou, dando meia volta, quase caindo.

     - Se eu dormir lá, Scooter vai me matar quando me vir assim. – Foi até a porta do meu e tentou abrir o quarto. Suspirei e peguei o cartão da porta de dentro da bolsinha.

     Abri a porta e ele entrou, olhando o lugar. Desabou na cama e fechou os olhos.

     - Justin, Justin! Não dorme! – Pedi, enquanto pedia um café forte pelo serviço de quarto. – Ei, olha para mim. Não dorme. Vamos conversar, me conta, como foi... Como foi que você e a Selena se conheceram? – Perguntei, tentando puxar assunto. O importante era não deixa-lo dormir.

     - Hm... – Ele abriu os olhos lentamente, pensando. Estava dando certo. Sentei ao seu lado, na cama. – Tem muito tempo. – Suas sobrancelhas se uniram, como se estivesse se concentrando muito para pensar.

     - Quantos drinks você tomou hoje, Bieber?

     - Hm... – Estava quase dormindo.

     - Vou pegar água para jogar na sua cara. – Pulei para ir ao banheiro, mas sua mão me impediu. Ele segurou meu rosto bem em frente ao dele.

     - Estou acordado, está vendo? – Ele disse, sua respiração batia em meu nariz. A proximidade me provocava arrepios e meu coração estava descompassado.

     - Sim, estou vendo. Pode me soltar agora? – Pedi e ele obedeceu automaticamente, colocando as mãos no bolso.

     - Serviço de quarto! – Ouvi um homem gritar do outro lado da porta. Levantei-me e abri a porta. – Aqui está. – Deixou uma xícara branca cheia de café em cima da mesinha e saiu do quarto.

     - Toma. – Peguei a xícara e dei a ele. – É isso ou a água.

     Ele bebericou, no começo. Logo mais a xícara estava vazia. Ele deitou de volta na cama e adormeceu, parecendo um bebê.

     Troquei de roupa e sentei no sofá, observando o anjo que dormia na cama do meu quarto de hotel. Ainda bem que eu havia o achado antes que outra pessoa. Vai saber onde ele estaria agora. Suspirei alto, sentindo meu coração palpitar rápido. Eu já deveria ter superado aquilo. Mas porque ainda não? Vai saber.

I tell everyone we are through

Cause I'm so much better without you

But it's just another pretty lie

'Cause I break down

Everytime you come around

Oh, Oh

So how did you get here

Under my skin

Swore that I'd never

Let you back in

Should have known better

Than trying to let you go

'Cause here we go, go, go again

- Justin

     A luz do sol chegou até os meus olhos, me despertando. Tentei abrir os olhos, mas a claridade fazia minha cabeça doer. Doía o inferno. Onde eu estava? O lençol onde estava deitado tinha um cheiro bom, feminino, meio floral e natural ao mesmo tempo. Aquele cheiro me dava certa nostalgia.

     Criei coragem para abrir os olhos e percebi que não estava no meu quarto. Sentei rapidamente, o que fez minha cabeça latejar e girar. Esperei um pouco para deixar que meu cérebro voltasse a si e olhei em volta.

     Com um susto, vi uma garota meio deitada no sofá, dormindo. Reconheci Miranda e tudo voltou à minha mente como uma explosão. Já eram dez da manhã, eu precisava voltar para o meu quarto e não levantar suspeitas. Minha cabeça doía muito. Ia passar um longo dia de ressaca.

     Levantei-me da cama e lavei o rosto no banheiro. Depois, delicadamente, peguei Miranda do sofá e a coloquei na cama. Ela havia cuidado de mim ontem, tão paciente. Aposto que eu fico insuportável quando estou bêbado. Tirei o cabelo de seu rosto e sorri. Ela era tão linda.

     - Minha baixinha. – Aquilo escapou de mim, num sussurro. Fiz uma careta, censurando-me e fui para a porta do quarto rapidamente.

     Esbarrei numa bolsa que estava apoiada quase na beirada da mesinha. Ela caiu no chão, espalhando as coisas. Xinguei e me abaixei para catar tudo. Terminei de catar e joguei a bolsa de volta na mesa. Uma coisinha brilhante chamou minha atenção. Eu não havia catado tudo. Agachei e peguei o objeto. Reconheci quase que de imediato o pequeno pingente, em formato de uma câmera, dourada, brilhante. Olhei para trás, fitando a garota que dormia.

     Abri a porta do meu quarto no maior silêncio que eu consegui. Fechei a porta atrás de mim e suspirei. Selena estava dormindo na minha cama, serena, bem diferente do estado de ontem. Droga, xinguei por dentro. Alguém havia sentido minha falta então, já que Selena não entraria nesse quarto sozinha, depois da noitada.

     Tomei um banho. Vesti uma bermuda, uma blusa gola V branca e vans. Quando voltei do banheiro, sem querer, chutei uma cadeira. Selena se remexeu na cama. Suspirei, aliviado.

     - Jus? – Ouvi. Merda. – Onde você estava?

     - Eu? Ahn...

     - Dormiu em outro quarto? – Ela sentou, colocando a mão na cabeça. Coitada, sua ressaca seria pior que a minha.

     - É... Mais ou menos. Dormi no quarto da... Miranda. – Resolvi contar de uma vez.

     - Como?! – Ela se levantou num salto. – O que vocês fizeram, Justin Drew Bieber?

     - A gente? Nada! Ela só me deixou dormir lá, porque sabia que ia ter confusão se eu fosse encontrado no estado que estava. – Defendi-me.

     - E pelo visto você tem confusão aqui e agora! – Ela gritou.

     - Eu só fui legal com ela, tá?

     - Justin! Eu pedi que você se reaproximasse dela e não que a fizesse gostar de você de novo! Coitada da menina! – Ela falou mais baixo.

     - Não estou fazendo nada! Aliás, ela superou tudo, Sel! – Garanti, de repente me lembrando dos gemidos no quarto da boate.

     - Jura? Tudo bem, Justin, mas e você? Você superou? Por que... Você anda muito diferente desde que ela voltou.

     - Isso é besteira e você sabe disso! Se eu ainda gostasse dela, já teria terminado com você e ficaria com ela. Mas eu fiz isso? Não, então me dê algum crédito, ok?

     - Justin, olha... Ok, tudo bem. Mas só lembre-se de que isso aqui é puramente profissional. Você quer ou não quer aquele Grammy? Então faça isso direito! – Agora a gente só cochichava um para o outro.

     - Não vou esquecer, Selly. Pode deixar. Eu estarei focado no trabalho. – Bati continência. Ela sorriu fraco e passou por mim, indo até a porta. – Onde vai?

     - Não posso sair do hotel assim. Vou ver se Miranda pode me emprestar algo. – Ela explicou e saiu. Arqueei uma sobrancelha, surpreso com seu tom categórico. Aquilo soava como falsidade, mas ignorei.

     Peguei meu celular e entrei no Twitter. Por pura curiosidade, fui ver como estava o twitter da Miranda. Sorri ao ver que ela já havia conversado com muita gente e toda essa gente parecia adorá-la.

     - Ei, JB. Acorde. – Kenny bateu na porta, falando alto. – Nossa, achei que você ainda estaria dormindo. Com quem você foi embora da festa, mocinho?

     - Um amigo me trouxe, eu não estava bem. – Menti.

     - Ah, ok. Vamos comer. – Ele me chamou.

     Descemos e entramos no restaurante do hotel. Fiquei meio paralisado ao ver Miranda comendo, com todos os outros. O que estava acontecendo comigo, afinal?

     - Bom dia. – Ela nos cumprimentou com um lindo sorriso.

     - Bom dia, pequena. – Kenny beijou o alto de sua cabeça e sentou-se. Puxei uma cadeira e me sentei também.

     Miranda se levantou e saiu do restaurante, com o celular no ouvido. Levantei e avisei que ia ao banheiro. 

     - Ei, Miranda! – Chamei e ela virou na mesma hora, me olhando com uma cara engraçada. – Ér, obrigado por ter... Me ajudado, ontem.

     - Que isso, você faria o mesmo por mim... Aliás, você fez. – Ela sorriu para mim. Encarei seu sorriso por um ou dois segundos e voltei a mim.

     - É... Bom... – Cocei a nuca.

     - O que foi?

     - Eu estava pensando... Bom, quem era aquele cara que estava com você ontem? – Perguntei, me sentindo um imbecil.

     - Ah... Nem sei o nome dele. – Ela respondeu, enquanto via algo em seu celular. Celulares eram tão irritantes assim? Porque eu já estava muito irritado com o celular dela. Queria ela olhando para mim.

     - Se esfregou no cara e nem sabe o nome dele, uau. – Comentei, mais para mim mesmo que para ela.

     - Desculpa? – Ela parou de fazer o que quer que estivesse fazendo no celular.

     - Ontem, quando você sumiu, estava com ele, não era?

     - Não. – Ela riu pelo nariz, fazendo careta.

     - Ah, claro que não.

     - De novo com essa história de que eu dormi com um cara que eu nem conheço direito? Muda a fita, Bieber. – Ela me esnobou? Como assim ela me esnobou? Quem ela pensa que é? Bom, se ela quis esnobar, eu não sei, mas eu estou me sentindo esnobado. Tá, chega da palavra esnobe.

     - Vai me dizer que você não ficou com ele? – Pressionei. Acho muito justo ela me dar um tapa de repente.

     - Não. Eu não fiquei. Quer que eu desenhe? – Ela tentava manter a calma.

     - Não acredito em você.

     - Eu estava trancada num quarto. – Disse ela. Abri a boca para contestar, mas ela levantou um dedo e prosseguiu. – E estava no Twitter, conhecendo suas fãs, que por sinal são umas lindas.

     - Ah... – Ela me deixou sem palavras. Sou um imbecil, claro ou com certeza?

     - Obrigada por se preocupar. – Ela sorriu, irônica. E deu meia volta para sair dali.

     - Ei, eu estou te devendo essa. Que tal um jantar? – Perguntei, arriscando toda a minha cara de pau ali.

     Ela riu fraco e mordeu o lábio inferior.

     - Eu acho que é um ótimo programa para fazer com sua namorada. – Sua voz era divertida.

     - Você entendeu.

     - A gente pode jantar, mas eu quero jantar em Nárnia. – Ela fez uma carinha decepcionada. Que fora eu acabei de levar. Miranda riu da minha cara e voltou para o restaurante.

     Isso agora era pessoal. Não era mais um desafio. Agora eu queria, de verdade. Essa garota ia voltar a me tratar como antes. Pode anotar. E eu já posso até ver o meu Grammy na minha prateleira de prêmios. 


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Notas finais do capítulo

E então, a Miranda não fez nadaaaa! Vocês que ficam julgando a bichinha :c Bom, gostaram? Reviews? Amo vocês, shawtys, muito ♥



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