The Mistletoe escrita por Marcelle Ferreira


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero receber bastantes reviews e não ter nenhuma leitora ou nenhum leitor fantasma.
Curtam a história, beeijos.



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Samantha, esse é meu nome. Tenho 15 anos, moro no Rio de Janeiro, aqui em Copacabana. Sou adotada, meu irmão adotivo se chama Cauã e tem 17 anos, meus pais adotivos se chamam Charlie e Cássia... Bom meu pai adotivo é americano, eles me adotaram lá no EUA. Resumindo: sou uma americana.

Nunca soube sobre meus pais verdadeiros. Sofro bullying na escola desde pequena, por ser magra, usar aparelho e óculos... Também por ser meia nerd... Ta, totalmente inteligente !  Mas o que posso fazer ? Nasci com esse dom !

Samantha... acorde – minha mãe me cutucava

Oi ? – falei coçando os olhos

Hora de se arrumar pra ir a escola – ela sorriu e saiu do meu quarto

Ah, que legal... mas um dia de guerra naquele colégio. Me levantei, fui direto pro banheiro e tomei um banho, me enrolei na toalha e voltei pro meu quarto.

Vesti meu uniforme ridículo, aquela saia azul marinho até o joelho, aquela blusa branca de manga até o pulso e uma outra blusa azul por cima, mas não tinha manga nenhuma. Peguei meu meião e minha sapatilha e as coloquei nos meus pés.

Voltei ao banheiro para escovar o dente, e voltei para o quarto para pentear meu cabelo rebelde e colocar meu óculos. Peguei minha mochila e desci.

Bom dia – meu pai abriu os braços para eu abraçá-lo

Bom dia – disse sem ânimo algum e o abracei

Ih, ta de mau humor ? – perguntou meu irmão

Sempre estou de mau humor, e isso não é novidade pra ninguém – falei me sentando na cadeira para tomar meu café da manhã

Minha querida, amanhã vamos nos mudar Atlanta... Logo, logo tudo isso vai mudar – minha mãe me serviu o nescau

Será ? Eu sou um bicho perto das meninas americanas... até das meninas daqui eu sou um bicho perto delas – falei revirando os olhos e tomando o Nescau

É só fazer uma plástica – Cauã riu e minha mãe o olhou séria

Cauã, isso não é brincadeira que se faça com sua irmã – meu pai deu um tapa na cabeça dele

Pronto mãe, acabei – falei deixando o copo de Nescau em cima da mesa

Já ? Mas não vai comer um pão não ? – minha mãe perguntou

Não, estou sem fome – falei

Está ai o motivo pra mim ser magra!

Vamos logo antes que vocês se atrasem – meu pai pegou a chave do carro e eu e Cauã seguimos meu pai até o carro

Cauã abriu a porta do carro e logo depois eu entrei atrás dele, fechando a porta do carro. Meu pai entrou por último e acelerou o carro.

(  .  .  .  )

Chegamos – meu pai parou o carro no meio daqueles jovens idiotas .-.

Sai você primeiro Cauã – falei o empurrando

Cara, não liga pra eles – ele disse

Pare de falar essa frase todo santo dia, por favor ? – falei revirando os olhos

Ta bom – ele saiu do carro

Tchau pai – falei com uma cara triste, já sabia que ia sofrer as mesmas coisas de sempre

Filha, logo isso irá mudar... – ele sorriu

Tomara – falei e sai do carro encarando todos que agora riam pra mim

Quando dei um passo, meu pai saiu disparado com o carro – ótimo – Fui andando e olhando pra todos que agora apontavam e riam de mim.

Olha gente, a magrela nerd quatro olhos do dente metálico – um idiota falou e todos riram

Ai que raiva – murmurei pra mim mesma e fui andando e olhando pra baixo

Olha como ela é cafona gente – uma menina disse – Ainda bem que eu não tenho uma irmã assim

Cadê meu irmão nesses horas ? Não sei... ele sempre some assim do nada!

Magricelaaaa – um garoto passou correndo e me empurrou fazendo eu cair no chão e todos rirem de mim

Iaaaaa, a magricela é frágil e fraca – outro idiota disse e eu comecei a deixar as lágrimas escaparem

Me levantei e sai correndo pro banheiro feminino, me tranquei no banheiro e me olhei no espelho.

Caramba, por que eu sou tão feia ? Por que isso tinha que acontecer logo comigo ? Eu sou uma menina normal, eles tinham que me aceitar do jeito que eu sou ! – falei chorando e me olhando no espelho

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

Hora de ir pra sala de aula – falei pra mim mesma.

Molhei meu rosto na pia, peguei 2 folhas de secar o rosto e sequei.

Lá vou eu – falei para mim mesma e sai do banheiro

Fui andando até a sala de aula e já estavam todos lá... menos eu!

Bom dia Samantha – o professor de biologia falou

Bom dia professor – falei baixo e fui andando até meu assento ignorando os olhares de zoação.

Abrem o livro na página 159 – ele disse pegando o livro

Tirei meu livro da mochila e cutucaram meu ombro, olhei pra trás e uma menina estendeu um papel dobrado e riu.

Eu peguei o papel e abri, tinha um desenho de uma menina toda deformada feliz e do lado uma menina deformada morta, ai tinha uma seta que apontava pra frase assim: É assim que você vai ficar quando acabar a aula.

Engoli em seco e comecei a chorar, os garotos e garotas começaram a rir.

O que aconteceu Samantha ? – meu professor perguntou e olhou pro papel – Me dá esse papel.

Dei o papel pra ele e ele com uma cara furiosa olhou pra turma.

Quem foi que desenhou essa baboseira ? – ele olhou pra turma – Pra zoar a pessoa se acha o máximo, agora pra assumir fica no seu casco... Anda quem foi ? – o professor perguntou

Fui eu professor – o Paulo levantou a mão – Mas eu estava só brincando, eu não ia fazer isso... não sou nenhum assassino – ele sorriu

Mas isso não é brincadeira que se faça – ele disse alto – Será que é possível vocês pararem de fazer isso com ela ? – ele olhou pra turma – Isso não é legal, e a colega se sente ofendida... Sabe qual é o nome disso ? Bullying, e bullying é crime – ele gritou

Professor, pode deixar... já estou acostumada com isso – falei

Não, não vou deixar... não aceito essas brincadeiras na minha sala de aula – ele disse – Paulo já pra fora, vai direto pra diretoria

Mas professor... – o professor o interrompeu

Não quero saber, na hora de zoar ninguém pensa nas conseqüências não é ? Então, já pra diretoria Paulo – falou mais alto

Paulo se levantou e saiu de sala.

Quem vai ser o próximo agora ? – o professor perguntou – Quem eu ver mexendo com a colega vai sair de sala – pausa – Voltando ao livro

(  .  .  .  )

Já era a hora da saída e eu e Cauã estávamos esperando meu pai chegar.

E ai, como foi seu dia hoje ? – Cauã me perguntou sorridente

Horrível, terrível, chato, entediante aaahr, odeio minha vida – falei olhando pra rua

Hey, não fale isso... Tanta gente lutando pra ter uma vida e você falando que odeia sua vida – ele disse sério – Pense antes de falar

É... você tem razão – falei – Mas lutariam pra ter uma vida legal, e não perturbada como a minha – falei apoiando minha cabeça em minhas mãos

Pare com esse pensamento irmã – ele disse

Você fala isso porque você é lindo – olhei pra ele – Eu sou horrível

Cara, olha... eu acho você linda sim ta ? – pausa – Você só é estranha por causa do seu visual... e se você comesse mais, ficaria mais bonita – ele sorriu

Olha, eu como ta ? – falei

Come, você só tomou Nescau hoje de manhã – ele riu – Mas é sério, seu corpo não é TÃO feio assim não – ele sorriu – Sabe como é aqui no Brasil né ? Os garotos só olham pra bunda da garota

Ai ai... vida legal a minha – revirei os olhos

Bíííííí bííííí

Meu pai buzinou e minha mãe estava junto com ele. Eu e Cauã fomos andando até o carro e entramos.

Vamos ir pro Aeroporto. – ela sorriu

Mas não ia ser amanhã ? – Cauã perguntou

Mudanças de plano – minha mãe sorriu

Mas mãe, eu tenho que tomar um banho, essa roupa está ridícula – falei

Mas ninguém vai te reparar... quer dizer, ninguém vai ligar pra isso – ela disse e meu pai pigarreio

Vamos logo – meu pai disse e fomos para o aeroporto

(  .  .  .  )

Me esperem aqui, vou em casa deixar o carro e volto de táxi... O vôo não vai sair agora mesmo – meu pai disse e voltou com o carro

Me sentei no banco pra esperar e fiquei fitando o garoto lindo que brincava com sua irmã. Quando ele me olhou fez uma cara estranha e voltou a brincar com sua irmã.

Já sabia que ele ia fazer essa cara pra mim – falei baixo revirando os olhos

Depois de 35 minutos, meu pai chega e a mulher anuncia o vôo.

Vôo 456, destino Atlanta – ela disse

Eu apressada fui correndo para a porta de embarque e deixei as minhas malas, para meu pai e meu irmão carregarem. Passei pela porta e entrei no avião. Me sentei no lugar marcado, perto da janela. Eu estava tão distraída olhando a janela, que nem percebi um ser se sentando ao meu lado. Quando eu olhei para o lado e vi que era o menino que me ignorou, eu me arrepiei toda. Olhei disfarçadamente pra ele, e ele olhou pra minha cara com uma cara nada satisfeita, rapidamente eu olhei pra janela com vergonha de mim mesma.

Oi... – ele disse puxando papo

Oi – dei um oi fraco

Tudo bem ? – perguntou

Não e você ? – perguntei

Estou... ótimo – ele sorriu – Vai viajar pra onde ?

Atlanta – falei colocando a mecha do meu cabelo pra trás da orelha

Eu também – ele sorriu

Que legal – falei 


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso.
Beijos & Boa Noite ;*



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