MURILO

Uma semana se passou no acampamento meio sangue, esta ultima semana no acampamento foi muito boa, eu fiquei muito amigo do pessoal do chalé de Hefesto, estou namorando uma filha de Afrodite, e tive varias ideias para o projetos que eu juro que deixaram Annabeth bem orgulhosa *-*, bem para mim aquela semana estava ótima. Mas como tudo o que é bom no acampamento meio sangue dura pouco.

Naquele dia todos nós estávamos no refeitório quando algo estranho começou a parecer envolta da Rachel, Rachel era uma mortal que conseguia ver através da

nevoa, e ela era o oraculo do acampamento... Mas isso é outra historia. Em fim, envolta da Rachel estava uma fumaça verde, que eu poderia jurar que era o espirito de Delpho, sempre que isso acontecia era porque ela ia dizer alguma profecia. Rachel olhou para mim, isso não era bom, ela ergueu a mão espontou em minha direção fazendo um gesto para eu me aproximar. Todos os olhares foram virados na minha direção, olhei para Manu e só com o olhar ela já entendeu, era para eu ir para a Casa Grande e como todo bom amigo faria, ela me acompanhou na correria. EU não estava acreditando, estava recebendo a minha primeira profecia e eu estava lá há menos de uma semana e meia, eu estava pronto? Tinha que estar. O nervosismo tomou conta de mim, eu adentrei o porão em passos curtos com o coração na mão, Ray começou a falar. EU não sei bem como os nervos da minha amiga ficou me esperando lá fora, mas quando voltei só faltava estar um buraco por onde ela ficou andando e um lado para o outro. Corri até ela, logo sua voz soou no ar.

-Murilo! Conte! Conte! E aí?

Ela perguntou com os olhos brilhando, respirei fundo focando minha coragem.

-Ainda não. –Falei. –Mas espere, acho que vou precisar de você.

-Como ainda não?!

Ela pulou parecendo uma pulga, eu conhecia bem quando ficava ansiosa, como na semana passada quando havíamos chegado, eu juro que só faltava ela desmaiar... mais uma vez, eu estava decidido a não contar, mas ela usou meu ponto fraco, a expressão “cachorrinho que caiu da mudança”.

-Okay. Eu falo.

-Isso!

Ela pulou uma vez, mas logo parou ficando quieta para ouvir oque eu tinha a dizer. Respirei fundo mais uma vez.

- Um filho de Atena lidera

 Junto com filhos do deus do mar ele ira.

Encontrar Hefesto todos irão.

Ajudar o Deus da forja a

Recuperar sua forja perdida

E no final a decisão final descansará nas mãos de um semideus da agua.

Um calafrio atravessou meu corpo e Manu me observou com a mesma expressão, assim que terminei de falar ouvi um som de um homem limpando a garganta e logo me virei a tempo de ver Quiron parado atrás de mim, ele nos observava cuidadosamente e cautelosamente, como se decidisse em nos impedir de ir ou não, mas seja qual foi sua decisão ficou escondida quando disse:

-Acho que temos sua primeira missão, Murilo. –Ele tocou minhas costas e deu alguns passos. –Vamos, precisamos de uma reunião dos chalés. Lá você dirá quem poderá levar.

-C... Certo.

Foi tudo o que saiu de mim enquanto deixava Manu para trás caminhando até a casa grande. Aquilo tudo era novidade para mim, mas eu sentia como se já tivesse feito aquilo antes, na verdade eu suspeitava que meu destino era aquele desde o inicio. Há alguns dias Annabeth havia me contado sobre a missão que ela liderou no labirinto e isso simplesmente me enlouqueceu, eu me imaginava em seu lugar, era tão perfeito, mas agora vivendo na pele não me parecia perfeito assim. Em pouco tempo, algumas pessoas estavam reunidas, eu conseguia reconhecer algumas, mas não todas. Havia um representante de cada chalé, todos estavam aflitos me observando, eu me sentia importante. Quiron conseguiu atenção de tosos ao bater um bastão no chão.

-Bom dia, começaremos com mais uma reunião do conselho. Murilo, será que você pode repetir a profecia?

-Ok... –Falei. Limpei a garganta me preparando. - Um filho de Atena lidera

 Junto com filhos do deus do mar ele ira.

Encontrar Hefesto todos irão.

Ajudar o Deus da forja a

Recuperar sua forja perdida

E no final a decisão final descansará nas mãos de um semideus da agua.

Assim que terminei, as conversas começaram, começaram e não cessaram, Quiron chamou a atenção umas três vezes, mas não funcionava, estavam todos aflitos, até que ele bateu na mesa.

-Silêncio!

Todos ficaram imediatamente calados, arregalei os olhos, a verdade é que agora eu estava me sentindo nervoso, frito, ferrado, tudo menos orgulhoso de mim mesmo. Quiron prosseguiu olhando para mim e fazendo a pergunta desastre:

-Está bem claro, mas Murilo, quem lhe acompanhará na missão?

Olhei para os lados e suspirei, eu não queria leva-los, mas eu não tinha opção se não arriscar a vida dos meus próprios amigos.

-Eu vou levar comigo Percy e Manu.

Quiron assentiu.

-Formidável, porem como é uma missão complicada eu abrirei uma exceção. Sei que três é o número sagrado, mas deixarei que leve outro semideus, assim levando quatro semideuses de três deuses.

-Certo... –Olhei para o lado pensativo. –Eu gostaria de levar Nico Di Angelo.

Novamente as conversas histéricas soaram pela sala, todos estavam discutindo, eu podia ouvir alguns semideuses dizendo “estão ferrados”, “levem Clarisse”, “esses já eram”, e quer saber? Isso não é reconfortante! Quiron olhou para mim e franziu a testa.

-Nico acabou de retornar de uma missão, por isso não tenho certeza se ele tem condições, mas falarei com ele.

Concordei.

-Tudo bem, mas se Nico puder... Quando sairemos em missão?

-Amanhã de manhã.

Percy disse no lugar de Quiron, eu na verdade me sentia confortável em leva-lo já que tinha experiência em missões, fora que quando chamei seu nome ele pareceu estranhamente aliviado, o que me preocupava mesmo era o final da profecia, fora que eu sabia que sempre que partiam quatro semideuses retornavam três, mas eu precisava de todos eles, eu teria que correr o risco. Quiron suspirou e assentiu comigo batendo na mesa mais uma vez.

-Eu considero essa reunião encerrada.

Então assim, todos se retiraram da sala. Eu estava pronto para sair, quando Quiron me parou.

-Murilo, você é um campista novato, eu preciso que saiba que atrás daqueles portões, você estará por si só, então não se esqueça que sua sabedoria será essencial do lado de fora, nunca, mas nunca baixe a guarda.

Respirei fundo tentando não desmaiar como Manu havia feito na primeira conversa com Quiron.

-Pode deixar.

-Ótimo, te vejo pela manhã e boa sorte.

Ok, eu tinha um dia para me preparar, sem problemas, eu poderia contar com Annabeth para bolar os planos de viagem comigo, eu conseguia, eu sabia daquilo.

-Percy.

O chamei, ele parou de andar e se virou para mim.

-Nervoso?

-Um pouco.

Admiti, ele abriu um sorrisinho.

-Fique tranquilo, cara. É só... Tomar cuidado e saber usar uma arma.

-... Certo.

Respirei fundo. Percy olhou para mim por um momento e em seguida abriu um sorriso.

-Falando nisso venha comigo.

Segui Percy sem discutir, e descendo a colina paramos em frente a uma pequena cabana de madeira, onde ficava atrás da casa grande. Percy abriu a porta que rangeu e logo em seguida adentrei o lugar, quase caí de costas. Haviam armas de todos os estilos e tamanhos lá dentro, era o maior arsenal que havia visto em toda a minha vida.

-Escolha a que se sentir mais confortável.

Percy falou enquanto se apoiava na porta, adentrei o lugar olhando em volta viajando completamente em tudo aquilo que tinha lá dentro, era tudo tão.... Fascinante. Percy olhou para fora e vi o que ele observava, Manu estava descendo a colina conversando com os garotos do chalé de Hermes, quando a chamei. Ela veio correndo em nossa direção.

-Uau que lugar é esse?

Ela boiou lá dentro, Percy sorriu como nos divertíamos dentro de arsenal, mas virei para ele e suspirei.

-Acho que não vou precisar, eu tenho essa. Os garotos de Hefesto fizeram. É leve, boa... Não é uma contracorrente, mas ajuda.

Sorri, Percy devolveu o sorriso e pegou minha espada.

-Muito boa para treinos, mas não acho que vá ajudar lá fora... Muito leve. Tem armas melhores aqui, Murilo. Mas como disse é escolha sua.

- Mas e porque esta em modo de treino, essa espada da para treinar com alguém e não machucar a pessoa, mas quando ela ativa, ela fica mais afiada podendo cortar qualquer coisa... Mas ainda vou dar uma olhada aqui mais tarde.

Falei, Percy deu de ombros.

-Você que sabe cara.

-Meu deus!

Olhei para o lado ao ver Manu segurando uma espada enorme, ela era detalhada na lâmina e brilhava com a luz, ela era na cor de metal e incrivelmente bonita. Percy ficou sério ao olhar para ela.

-Por que essa?

Ele pareceu curioso. Manu olhou para a espada por um momento e deu de ombros fazendo um movimento.

-Eu não sei... Parece ser boa.

Percy destampou contracorrente, franzi a testa. Eu não sabia bem o que ele queria com isso. Ele a chamou e ela foi até ele para fora do arsenal, em seguida ele lhe ergueu a espada. Percy investiu um golpe contra a irmã que o defendeu com a espada com perfeição, em seguida tentou girar e acerta-lo, mas ele parou o golpe, ele enroscou a ponta das lâminas, mas não conseguiu arranca-la das mãos de Manu como queria, ela tentou forçar mais o golpe, mas ele defendeu e quando ele foi tentar ataca-la ela desviou parando com a lâmina em sua nuca. Percy pareceu surpreso.

-É o primeiro campista que se deu bem com ela depois de seu ultimo dono.

Ele falou para ela, Manu franziu a testa observando a lâmina.

-O que tem demais?

Perguntei, Percy deu de ombros.

-Achamos uma nova dona para Mordecostas.