Percy Jackson :A Forja Perdida escrita por ManuelaCosta, muriloregis


Capítulo 1
Sou Resgatado Pelo Menino Bode- Murilo




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MURILO.


Faltava 1 dia para as ferias de verão, toda escola estava animada e por incrível que pareça, aquele ano eu não havia sido suspenso nenhuma vez, mas tudo pode acontecer em 1 dia, e acredite, vai.

Toda a sala estava uma bagunça, o professor tentando explicar a matéria, como se alguém fosse prestar atenção na matéria no ultimo dia! Eu por outro lado, enquanto eu tentava prestar atenção na explicação o ano todo, eu não conseguiria nem se quisesse por causa da minha dislexia, e nessa minha escola só tinha mais uma pessoa que entendia o meu problema já que sofríamos a mesma coisa, o nome dela era Manuela.

- Manu, sou só eu, ou a dislexia esta ficando pior ainda?

Eu falei percebendo que ela também estava com dificuldade para entender o que estava escrito na lousa. Ela me ergueu uma sobrancelha me observando com olhar desafiador e revirou os olhos.

-Eu nunca entendi droga nenhuma dessa aula, olha para ela! –Ela apontou para a professora que explicava a matéria. -Parece que ela está prestes a entrar em decomposição.

Eu dei uma risada, porque todas as minhas professoras eram desse jeito... Bem hoje faz sentido já que essa em particular se parecia uma múmia, mas essa é uma outra historia.

- Olha pelo lado bom. – Pensei em uma resposta legal, mas não consegui achar. - Ah só faltam 3 horas para acabar a escola.

-As três horas mais chatas da minha vida.

Ela resmungou desanimada.

-Olhe por esse lado, a próxima aula vai ser de mitologia grega. - Falei para ela animado, mitologia grega era minha matéria favorita de todas- O professor vai falar sobre Atena.

Falei isso com um sorriso no rosto, sempre me identifiquei com ela.

-Que tipo de escola ensina mitologia grega? –Ela falou dessa vez teimosa. -Aposto que quando for fazer uma entrevista de emprego meu patrão irá perguntar em primeiro lugar: Me diga quem é Zeus?

Ela revirou os olhos, ok, ela parecia aborrecida, mas não como sempre... Ela estava... Especialmente chata hoje.

-Você fala isso por que esta indo mal em mitologia grega.

Sempre tentava ignorar esses comentários sobre minha matéria favorita, e Manu parecia adorar falar mal dela só por saber disso, estávamos prestes a começar uma discussão quando o sinal tocou, Manuela pegou os livros e se levantou saindo andando.

-Não estou indo mal em mitologia. –Ela resmungou para mim. –Na verdade não tem como ir mal, mitologia é como história, só que não existe. –Ela torceu o nariz para mim. –Só mais uma matéria para encher o saco.

- Qual é, mitologia grega e de longe melhor que historia, português, matemática ou ciências...

Eu sempre fico tentando mostrar para ela de que como mitologia grega era legal, mas eu nunca consegui, nem sei por que ainda tento. Ela parou e segurou meu ombro e em seguida um olhar ameaçador foi dirigido para mim.

-Me diz uma coisa que não seja melhor do que essas matérias.

Dei uma risada, porque ela tinha razão, eu preferia fazer qualquer outra coisa do que estudar português. Caminhamos mais ou menos até o pátio onde ficavam as mesinhas onde Manuela se sentou apoiando a cabeça com as mãos e colocando seu fone de ouvido:

-Eu só quero que esse dia acabe logo, é pedir demais?

Ela falou suspirando enquanto mudava as músicas, mas nesse momento passou um supervisor e tirou o celular dela.

-Ou!

Eu tenho pena dele, quando alguém a deixa nervosa não tem nada que segure ela.

- E proibido o uso de qualquer dispositivo eletrônico na escola.

Eu já me afastei um pouco porque eu sabia que ia dar merda.

-Eu estou ouvindo MUSICA! Isso atrapalha alguém? EU estou em sala de aula por acaso?!

Foi quando o Luiz um amigo nosso chegou, ele era um tipo de freio na Manuela.

- Manu, não vale a pena.

Ele falou na esperança que ela o ouvisse, ela olhou feio para ele enquanto voltava a se sentar e assim que o supervisor se virou ela fez um gesto... Feio, mas pelo menos foi evitada a terceira guerra mundial

-Sabe Luis, você é um saco. Eles não podem tirar meu celular.

-Você sabe como e, escolas não fazem sentido. -Falou ele -Mas você não vai mais ver eles pelo menos por um bom tempo.

Continuou ele tentando faze-la esquecer, porque acredite quando ela esta com raiva, nada a segura, Manu suspirou fazendo um rabo nos cabelos vermelhos.

-Eu dou graças a Deus por isso.

- Sabe Luiz, você tem que me ensinar como você faz isso com ela.

Falei para ele, ele soltou uma risada, mas Manu me olhou feio e mostrou a língua em seguida suspirou.

-Onde vai passar as férias, "Murilin"? Porque eu vou ficar presa aqui.

Ela fez uma cara de desanimo completo

-Ah eu vou passar as ferias lá em.......

Fui interrompido por uma explosão.

- O que foi isso???????

Nós três olhamos para trás, todos com olhos arregalados, Manu foi a primeira a se levantar e encarar a poeira que se abaixava ao longe, mas mesmo assim Luis parecia o mais tranquilo de todos...

- Incrível, sempre no ultimo dia de aula.

Falou Luis, olhamos os dois para ele confusos, Manuela lhe deu um tapa no baço

-O que é sempre no ultimo dia de aula?

- ISSO! quer dizer...... eh..... -Falou ele tentando mudar de assunto rapidamente..... -Acho melhor vocês dois irem para alguma sala segura, eu tenho que ficar aqui.

Terminou ele, Manu abriu a boca e arregalou os olhos olhando indignada e irritada para Luis.

-Como assim você vai ficar aqui? E que sala segura? Por que você não precisa de segurança?

Então alguma forma começou a sair da poeira da explosão... A forma mais simples de explicar era que aquilo era um cão gigante, mas mesmo assim não era tão tranquilizador como parece.

- O que diabo e isso!!!!!!!

Gritei, Então me arrependi de ter gritado, porque o cão voltou o olhar para a gente, Luis me olhou feio e deu alguns pulos colocando a mão em minhas costas e nas de Manuela, então com o coração aos pulos gritou:

-É uma boa hora para correr

Nós nem esperamos, saímos correndo, mas para a nossa sorte, o cão que tinha o tamanho de um tigre começou a nos seguir, eu não sabia que estava correndo mais rápido dos três, só se que a adrenalina estava em cima

-O que é aquilo?

Manu gritou em um tom agudo, Luis nem se incomodou em discutir, só em nos ajudar a correr até que nos jogou para dentro de uma das salas, me fazendo bater de barriga em uma cadeira.

-Luis, você se importa em explicar o que diabos era aquilo????

Gritei querendo uma resposta, odiava não saber das coisas!

- Olha vocês dois fiquem aqui eu preciso ir lá fora.

Falou Luis, ele ate parecia saber oque fazer.

Não deu nem tempo para responder e ele já estava lá fora com aquele cão dos inferno, então do nada eu me lembrei de uma das aulas de mitologia grega, um mito sobre os cães infernais.

-Cão infernal. Falei para a Manuela

-Hãaa?

-Aquilo era um cão Infernal.

Ela me deu um tapa na cara.

-Pare de sonhar por um minuto!

- Sonhar? Aquela explosão não foi um sonho.

- Nos temos que ir ajudar o Luis.

-Como? TEM UM BICHO ASSASSINO LÁ FORA

- Você quer deixar ele morrer lá fora?

-Nos temos que ir ajudar.

Ela me olhou pensativa, mas não fiquei para saber sua resposta, a puxei pela mão e logo nós dois corríamos pelos corredores

Então do nada o Luis  veio voando e bateu de costas numa parede, e quando nos fomos lá para ajudar ele nos vimos uma coisa estranha nele da cintura para baixo. A primeira coisa que vi foi a garota ruiva correndo na minha frente em direção ao Luis, ela parecia tão chocada quanto eu, mas Luis tinha apagado e agora um enorme cão infernal rosnava para a gente, ótimo.

-Luis acorde!

Manu tentava faze-lo abrir os olhos, mas não estava funcionando

- Comida.

Ele falou bem baixinho,

O cão rosnou para a gente enquanto recuava alguns passos, o pátio estava destruído, algumas paredes estavam no chão e mesas de metal destruídas, e mesmo assim não me sentia feliz com a cena

O cão rosnou e recuei um passo, Manu correu até o meu lado encarando o cachorro.

-Luis vai ficar bem

Avisou enquanto parecia analisar o lugar, resolvi fazer o mesmo, então o cão infernal pulou na minha direção, a única coisa que eu podia fazer era manter a boca dele longe da minha cara. Eu estava totalmente preso embaixo daquele cão infernal.

Eu sentia nada a não ser seu bafo de carne, e não era nada agradável, olhei para o lado para pedir ajuda, mas Manuela não estava mais lá. Típico, ela havia fugido, estava a xingando em minha mente, mas nesse momento ouvi seu grito vindo de trás do cão e um pedaço de ferro de umas das mesas acertou a cabeça do cão que grunhiu e saiu de cima de mim, agradeci ela mentalmente, mas primeiro de tudo, não podia deixar que o cão conseguisse a pegar. Ela pulou em cima de algumas mesas desviando de dentadas que eu nem acreditava como ela ainda estava viva, mas ela parecia tão espantada quanto eu:

-Que tal você fazer alguma coisa?!

Ela gritou me acordando, eu tinha que bola alguma coisa. Eh...... Certo. Eu tinha que ter alguma arma, então foi quando eu pensei em ir na sala de mitologia grega, lá tinha varias armas gregas como espadas.

-Manu aguenta ai, estou indo na sala de mitologia grega.

-Acho que não tem como eu fazer outra coisa se não esperar!

Ela resmungou, mas fiz o favor de ignorar e sai correndo para lá, eu não tinha tempo de explicar meu plano para ela, além do mais ela tava se saindo bem. Quando eu cheguei lá eu peguei as duas espadas que estavam penduradas na parede e voltei o mais rápido que pude para ajudar a Manuela.

- Manu pega. Então joguei uma espada para ela.

-WOW!

Ela se assustou mais conseguiu pegar uma, então me olhou com espanto.

-ONDE ARANJOU ESPADAS, MENINO?

- Você quer mesmo fazer essa pergunta agora?????

Ela desviou de outra mordida, aceitei isso como um não então comecei a botar meu plano em pratica.

- Corra em direção ao estacionamento!

Gritei. Era obvio que ela não sabia o que fazer com uma espada e na verdade nem eu, mas ela fez um corte no nariz do cão que o atordoou e saiu correndo me obedecendo, então eu corri na frente e consegui me esconder do lado de uma arvore bem quando ela passou por mim junto com o cão infernal e com o máximo de impulso que consegui pulei nas costas do cão. A única coisa que eu pude fazer antes do cão me arremessar para longe foi fincar a espada nas suas costas, que em seguida foi se transformando em pó.

Manu correu até mim com os cabelos embaraçados e respirando fundo, logo em seguida Luis correu até nós com suas pernas peludas

-O... Que... Foi... Isso?

Ela perguntou cansada, Luis olhou para os lados

-Onde está ele? Onde está ele?

- Não sei ele só se transformou em pó. Falei um pouco assustado

Manu não parava de encara-lo de boca aberta e a cena era até um pouco engraçada, até que finalmente Luis pareceu perceber, ele corou no mesmo momento.

-Eu posso explicar

- Você e um sátiro. Eu falei me lembrando das aulas de mitologia grega

- Metade humano, metade bode.

Manu me fuzilou com o olhar e em seguida olhou para Luis

-É bom mesmo que saiba explicar, porque não vou a lugar nenhum até me dizerem oque está acontecendo

-Bem, eh..... Venham comigo e eu posso explicar.

Falou ele

- Ir para onde?

Falei curioso, Luis suspirou.

- Para um acampamento, Acampamento meio sangue. Falou Luis

Meus olhos brilharam, mas Manuela bateu o pé e cruzou os braços com uma expressão nitidamente teimosa.

-Não vou a lugar nenhum. Quero que me conte tudo. Sabe, fomos atacados por um cachorrão! Você é um bode! E isso não é xingamento! A escola está destruída! Eu estou exausta e ainda por cima quase virei churrasco de auau! Eu...

- Espere meio-sangue? meio sangue de que? Falei curioso

-Murilo, ninguém quer ouvir suas historias ridículas de mitologia! Isso aqui é vida real! Acorde!

- Você tem alguma teoria melhor Manu?

-Sim, algo que seja real, tipo um lobo que fugiu do zoológico ou sei lá!

- Ele esta certo Manu, toda aqueles mitos da Grécia, bem eles não são mitos.

Falou Luis esperando não levar um tapa por isso.

-Ou Ou Ou. Vocês estão querendo me convencer que toda aquela baboseira grega eh real?

- Eu falei.

-FALOU O QUE?

Manu perguntou sem paciência, dei de ombros.

-Que você deveria prestar atenção em mitologia grega.

Falei, quase esperando levar um soco no ombro por isso, ela parecia irritada e eu não sabia explicar o porque.

-Sabem o quanto isso soa ridículo?

Ela falou nos olhando de testa franzida, ignorei suas palavras me virando para Luis.

- Mas então Luis, meio-sangue?

Perguntei, ele assentiu somente.

- Sabe aquelas historias que deuses desciam na terra e tinha filhos com mortais, então esses filho são meio-sangue ou semideuses.

Falou como se isso explicasse tudo.

- Então isso quer dizer.....

Perguntei não conseguindo terminar essa frase.

- Sim isso quer dizer isso mesmo.

Falou ele como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Meu coração acelerou, eu sempre soube que era diferente, e o surpreendente é que isso não parecia estranho para mim. Manu começou a rir do meu lado e eu a olhei confuso, qual era a graça.

-Certo, gente. Eu vou indo agora porque vocês dois me assustam. Até depois

Ela foi descendo as escadas em direção a saída do estacionamento, Luis e eu trocamos olhares e os dois corremos atrás dela.

- Manu, você sabe lá no fundo que tudo isso e verdade, tudo faz sentido agora!

Gritei tentando fazer parecer ter sentido, porque agora olhando pelo seu lado, aquilo tudo não tinha o mínimo sentido.

- Olha, é muito perigoso para semideuses ficarem entre humanos, vocês tem que vir comigo.

Falou Luis tentando convence-la.

- Ou você preferi ficar aqui o resto da sua vida?

Ele completou já sabendo que ela odiava aquele lugar. Ela espremeu os olhos o observando cuidadosamente e se virou para nós de braços cruzados.

-Onde fica o tal acampamento?

Ela pareceu analisar a ideia por um momento, mas logo resolveu achar que era tudo uma viagem.

-Não! O que eu estou pensando? Quer sair assim? Do nada? Pra um lugar onde você acha que vivem semideuses?! Você fumou alguma coisa hoje?!

- Agora que você sabe que você é uma semideusa mais monstros irão vir atrás de você, muito pior do que cães infernais, só no acampamento você vai estar segura.

Luis continuou com os argumentos, mas isso não parecia funcionar.

-Luis. -Ela fechou os olhos impaciente caminhando em nossa direção, eu jurava que ela estava prestes a lhe dar um tampa. -Leia meus lábios. Semi/ Deuses/ Não/ Existem.

Ela falou pausadamente.

- Mas e claro que existem, ou eu treinei oque nos últimos 2 mil anos?

Falou uma voz lá no final do estacionamento. Meu queixo caiu quando olhei para trás de vi um centauro de verdade parado atrás de Manu, apertei meus óculos me perguntando se estava vendo direito, a expressão de Manuela se tornou rígida e ela se virou de vagar ficando completamente pálida ao ver o centauro.

- Olá, meu nome e Quiron.

Falou ele. Na verdade, eu já sabia a sua historia, mas eu sabia que aquele não era o momento certo para falar sobre ele.

- Olá Quiron, estou tendo alguns problemas aqui.

Falou Luis como se aquilo fosse normal. Manu abriu a boca, mas se ia falar a sua voz não caiu, ela parecia ter visto um Fantasma e bem... Um cara com uma bunda de cavalo não era uma coisa muito normal, assim que Quiron dirigiu seus olhares para a ruiva, ela recuou um passo, duvidava que ela desmentisse Luis agora.

- Então, vocês vão querer ir para o acampamento?

Falou Luis esperando que com a chegada de Quiron, a Manuela mudasse de ideia. Eu pensei que ela diria alguma coisa, mas a única coisa que aconteceu foi uma garota resmungando alguma coisa e logo em seguida caindo de costas no chão, arregalei meus olhos tentando me certificar de que ela havia só desmaiado e não tido um ataque cardíaco.

-Isso acontece sempre.

Quiron disse tentando me confortar, mas dei de ombros, então atrás de Quiron vieram dois Pégasos, nem hesitei ao montar nas criaturas fascinantes, eu estava tão animado com tudo aquilo que não ligava para mais nada. Todos nos subimos neles e começamos a voar, enquanto Quiron já havia voltado a galopar, agora eu tinha certeza de uma coisa, eu estava deixando esse mundo chato de pessoas cruéis e cadeias alimentares sociais, eu estava voando para a minha casa.


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