In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 6
Capitulo 6: Unendlichkeit


Notas iniciais do capítulo

*.*
Boa leitura para vocês!



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“Die Wärme trägt uns bis in die Unendlichkeit

alles treibt an uns vorbei

im Mondlicht sind nur noch wir zwei”

 

(Trechos da música Unendlichkeit)

 

Aquela noite, depois que eu dormi, eu me lembro que sonhei. Sonhei que passos se aproximavam e se afastavam de uma porta. E quando finalmente bateram na porta, eu abri meus olhos. Mas a batida na porta não fora um sonho, realmente tinha alguém batendo na minha porta. Eu me levantei tão rápido que acabei caindo no chão enrolada nas cobertas. Devo ter feito um grande barulho porque a porta foi aberta e eu ouvi passos se aproximando de mim.

- Manuela, você está bem? – era a voz de Sabine.

- Ahm, estou. – eu falei – Acho que apenas ficarei com um galo. – ainda estava no meio das cobertas, e meio que dolorida por causa da queda.

Percebi uma outra pessoa se aproximando, não era Sabine, ela tinha se afastado e estava abrindo as cortinas. A outra pessoa pareceu se aproximar de mim, e me ajudar a sair do meio das cobertas.

- Vem eu te ajudo. – ele falou.

Nesse exato momento eu tive a pressa de sair dali, e quando sai, a claridade machucou meus olhos e eu tornei a fechá-los.

- Ahm, tudo bem Bill, eu consigo me levantar sozinha. – eu falei sem graça, me apoiando na borda da cama.

Mesmo eu dizendo que conseguia me levantar sozinha, Bill me ajudou. Puxando-me pela mão, me fez sentar na cama.

- Tem certeza que está mesmo bem? – ele perguntou me lançando um olhar preocupado.

- Eu estou bem sim. Apenas vou ficar com um galo. – falei passando a mão na cabeça – My God, como eu sou uma desastrada. – eu falei sorrindo sem graça enquanto puxava as cobertas para cima da cama.

- Ah, só um pouco. Deu-nos apenas um susto. – Bill afirmou me olhando e sorrindo.

- Hum, sabe por que Sabine veio me acordar? – eu perguntei, olhei para o relógio, não era nada cedo, já era quase onze horas, dessa vez perdi a hora, talvez por causa dos meus sonhos...

- Parece que seu avô quer falar com você antes de ir para o trabalho. – ele respondeu observando meu quarto.

- Ah, okay. Eu vou tomar um banho rápido e já desço. – eu falei me levantando da cama.

- Certo. Eu vou avisar o senhor Poürshe então. – Bill falou se levantando e se dirigindo para a porta.

- Dez minutos. – eu disse.

- Okay. – ele falou e saiu do meu quarto.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, me sequei e coloquei um roupão. Coloquei a cabeça para fora do banheiro, para ver se não tinha ninguém no meu quarto. Fui para o closet, pegando uma calça jeans confortável e uma blusa bem quentinha. Sai rapidamente do meu quarto e desci as escadas indo para a sala de jantar. Encontrei minha mãe e meu avô conversando.

- Desculpe a demora. – falei me sentando à mesa.

- Oh minha pequena, não tem problema. – meu avô falou.

- Bem, sobre o que o senhor quer falar? – eu fui direta, parecia que meu avô estava com um pouco de pressa.

- Manuela, seu aniversário será daqui a oito dias, queria saber o que você quer ganhar. – meu avô falou, ele também fora direto.

- Ah, vovô, eu não quero nada... Mas pensando bem, tem algo que eu queira sim. – eu afirmei sem graça.

- E o que seria?

- Eu sei que será bastante difícil, e tudo mais... Mas eu queria passar meu aniversário na companhia de vocês é claro, e se possível, ao lado da minha melhor amiga, a Babis. Queria que ela passasse esse dia comigo e talvez mais uns outros... – eu respondi rapidamente. Meu avô ia começar a falar alguma coisa, mas eu não deixei – Vovô, eu sei que é provável que os garotos ainda estejam aqui, mas Babis é de pura confiança, não contaria para ninguém, pergunte para a mamãe. – eu falei.

- Manuela, eu não sei se isso iria incomodar...

- Pai, - minha mãe começou – eu conheço Babis há anos, desde que nos mudamos para o Brasil ela e Manuela é melhores amigas. Falo isso porque conheço a família dela, ela é de extrema confiança.

- É sim! – eu exclamei concordando com a minha mãe.

- Helena, converse com a família da garota então. Mas será que não irá atrapalhar os estudos dela? – meu avô perguntou cedendo ao meu pedido.

- Não vai, hoje é o último dia de aula lá. Depois, férias de julho, as aulas só voltaram na primeira segunda de agosto. – eu respondi rapidamente.

- Certo. Então converse com ela e os pais. Helena, arranje as passagens. E você, dona Manuela, irá contar para os garotos. – meu avô falou se levantando – Eu vou para o escritório, tenho que dar a notícia de que Tokio Hotel aparecerá nessa quarta. – ele afirmou piscando para nós duas.

Marlene entregou-lhe a sua maleta, e ele pediu para preparar o quarto de hóspedes ao lado do quarto dele, teríamos mais um hóspede aqui.

Virei-me para a minha mãe e lhe dei um sorriso, e também falei que ela era a melhor mãe do mundo. Ela apenas deu risada e falou que eu era uma filha muito coruja. Tomei só uma xícara de leite, em breve teríamos o almoço. E meu avô não estaria conosco, ele tinha um almoço de negócios.

O que eu tinha que fazer era esperar até umas quatro e meia, depois eu ligaria para a Babis, convidando-a para vir pra cá! Depois de ter tomado meu leite, eu fui até a sala de televisão. Os garotos deviam estar montando as coisas lá no estúdio, e se eu fosse para lá provavelmente eu iria atrapalhar. Fiquei assistindo TV até a hora do almoço, quando Sabine veio me chamar.

Quando entrei na sala de jantar, os garotos já estavam lá e minha mãe também.

- Você sumiu. – Tom falou para mim.

- Eu estava vendo TV, ah, a propósito, vocês estão em terceiro lugar no Top 10 da MTV. – eu falei me servindo.

- Hum, isso é bom. – Gustav falou.

- Depois do almoço nós vamos ensaiar para tocarmos na quarta-feira, quer ser a nossa platéia? – Georg perguntou.

- Ah, claro que eu quero. Bem que o Bill já tinha me convidado. Claro que eu serei a platéia de vocês! – eu exclamei animada.

- A senhora Poürshe também está convidada. – Tom afirmou olhando para a minha mãe e piscando para ela.

Minha mãe deu risada, e falou:

- Desculpe queridos, mas hoje eu tenho que ver umas coisas, tecidos e um monte de outras coisas. Não estarei à tarde aqui.

- Ah, tudo bem então. – Bill se apressou em falar, Tom ia começar a dizer outra coisa.

- Outro dia eu serei a platéia de vocês junto de Manuela. – ela afirmou.

Perguntei a eles que música iam tocar. Responderam-me que ensaiariam três, mas que só iam escolher na quarta-feira.

Após o almoço, eles me puxaram para o estúdio, nem deu tempo de eu ver o desenho do meu vestido para a festa. Quando entramos no estúdio percebi que eles já tinham arrumado tudo, os amplificadores, a guitarra e o baixo, a bateria e o microfone do Bill e dos outros dois, tudo ajeitado no palco. O estúdio não era muito pequeno, ficava no subsolo da casa, ao lado da garagem, mas ao contrário da garagem não tinha entrada por fora, apenas por dentro da casa/mansão. As paredes eram pretas com faixadas em vermelho vivo. E tinha lugar para mais ou menos umas vinte pessoas. Não era grande, mas também não era pequeno.

Tom subiu no palco animado, pegando a guitarra dele, e começando a tocar qualquer coisa que fosse. Georg começou a afinar o baixo e Gustav ficou batucando a bateria. Bill me fez sentar em uma das primeiras poltronas, próximo de onde ele ia cantar, depois se sentou ao meu lado.

- Isso é demais! – eu exclamei animadamente para ele.

- É, para você pode ser. Já para a gente, isso é rotina. – ele comentou sorrindo.

- Hum, deve ser mesmo, afinal vocês tem que ensaiar bastante. – falei olhando em volta.

- Nunca esteve aqui? – ele me perguntou.

- Já estive sim, mas é acho que aqui também foi reformado. – eu disse dando de ombros e voltando a olhar para ele.

- Certo. Bom, agora eu vou cantar. – Bill falou se levantando.

- Ah, e eu vou assistir! Nossa, nem acredito nisso! – exclamei.

- Ei, você podia cantar comigo também, não? – ele perguntou.

- A Manu canta? – Tom quis saber, pulando do palco para perto da gente.

- Ela canta? – Georg também veio para perto.

Apenas Gustav, ficou no palco, sentando próximo de onde a gente estava prestando atenção na conversa.

- Eu já falei que eu não canto. – afirmei olhando para o Bill.

- Não? Então por que você tem um microfone no seu quarto? – Bill perguntou com uma sobrancelha erguida.

Ai, eu adoro quando ele faz isso. Mas aquele não era um momento para eu ficar deslumbrada. Tom olhou para ele com uma cara do tipo, ‘O que você está querendo dizer?’.

- Ei, você tem freqüentado o quarto da Manu? – ele perguntou olhando para o irmão.

- Ah, não. É... Err, eu só entrei umas duas vezes lá. – Bill respondeu rapidamente se atrapalhando com as palavras.

- Não acredito que você está aprendendo com o mais velho! – Tom exclamou orgulhoso.

- Tom, não diga bobagens. Eu só... Só fui conversar e... – Bill falou em sua defesa, ficando sem graça.

Tive que me segurar para não rir, aquilo era muito divertido.

- Ei, Manu, também posso freqüentar seu quarto, ou é só o Bill que pode? – Tom perguntou-me sentando ao meu lado folgadamente.

- Quer saber, vamos ensaiar agora. – Bill falou puxando o Tom para longe de mim, e obrigando-o a subir no palco.

Eu dei risada, e Tom piscou para mim. Bill entrou na frente do irmão para ele não me olhar mais, e começou a conversar com os garotos.

Ouvir Bill cantar e os outros tocarem era um sensação incrível. Eles realmente tinham o dom para a coisa, e eu fiquei meio sem graça de ser a única pessoa lá, porque sempre que o Bill cantava, ele olhava para mim. Eles ensaiaram Spring Nicht, Heilig e Vergessene Kinder. Eu fiquei de platéia, e as vezes comentava com eles que o Tom estava exagerando muito na hora de tocar e outras coisas. Eles sempre pediam para eu falar como estava indo, e é claro mal dava para saber qual era o mais importante lá, porque cada um deles tinha um papel essencial. Bill apenas não me olhou muito quando ele cantava a Heilig, mas a Vergessene Kinder, eu não agüentei e acabei cantando baixinho, e olhando para ele. Eu só os interrompi quando passava das 16h30min, aquela era a minha hora programada para ligar à Babis.

- O que foi? – Bill perguntou deixando o microfone de lado e descendo do palco.

- Eu... Eu tenho que fazer uma ligação. – eu falei rapidamente olhando para o chão.

- Aquele seu amigo de ontem? – Tom quis saber se aproximando.

- Não, para uma amiga. Na verdade, antes de ligar para ela, eu tenho que conversar uma coisa com vocês. – eu falei vagarosamente.

- Hum, uma amiga? – Tom perguntou interessado.

- Sobre o que quer conversar? – Bill perguntou se sentando na mesma poltrona de antes.

- Ahm... A Babis, é uma grande amiga minha e eu queria convida-la para passar uma semana aqui comigo, a semana do meu aniversário. Eu queria saber se vocês se importam? Ela é super confiável e não contaria para ninguém que vocês estão aqui. – eu falei olhando para o chão, depois encarei eles, esperando o que eles iam dizer sobre isso.

 

“Die Unendlichkeit ist nicht mehr weit

die Unendlichkeit ist jetzt nicht mehr weit”

 


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Notas finais do capítulo

Hallo! Estou tão feliz com as reviews! *.*
Isso deixa qualquer autor feliz, saber que tem gente lendo o que escrevemos! *.*
Obrigada mesmo pessoal!
A propósito, deixem reviews comentando sobre esse capitulo também!
Beijins. ;*