In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 26
Capítulo 26: Wir sterben niemals aus


Notas iniciais do capítulo

Sorry, peço desculpas pela demora em postar, mas nunca imaginei que o terceiro ano do ensino médio era tão corrido e difícil! :o
(Corrigido, Anne, obrigada por avisar!)
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16683/chapter/26

 

 

 

“Wir bleiben immer
schreiben uns in die Ewigkeit
Ich weiß dass immer
Irgendwo was bleibt
Wir fühlen
Wir sind fürs Ende nicht bereit
Wir sterben niemals aus
Ihr tragt uns bis in alle Zeit”

 

(Trechos da música Wir sterben niemals aus)

 

- Julio? – eu e a Babis falamos ao mesmo tempo olhando para ele.

Saki e Brükke baixaram as armas ao perceberem que era alguém conhecido por mim e pela Babis, mas ainda sim continuaram ali.

- Surpresa! – ele exclamou animado em português – Feliz aniversário Manu! – exclamou se aproximando de mim e logo me envolvendo num abraço apertado.

Naquele momento, eu não soube como agir. Eu esperava tudo, mas tudo mesmo, menos ele.

- O que você está fazendo aqui? – Babis perguntou a ele em português, segurando a Buffy com força, que não parava de rosnar.

- Eu vim dar feliz aniversário para a Manu, Bárbara. – ele respondeu-a um tanto formal demais e se virando para olhá-la.

Mas seus olhos pararam bruscamente em Bill, Tom, Georg e Gustav, ele fez uma careta e virou-se para mim.

- O que eles estão fazendo aqui? – perguntou.

- Lembra-se da surpresa do meu avô, eram eles. – respondi rapidamente.

- Hum, não acredito, como esses desqualificados podem estar aqui! – ele falou grosseiramente.

- Eles não são desqualificados Julio. – Babis afirmou raivosamente se segurando para não soltar a Buffy.

- Claro que são. – ele teimou olhando para a Babis.

Os garotos nos olhavam sem entender nada, apenas o Bill parecia observar municiosamente o Julio, que ao perceber o olhar do Bill, encarou-o.

- Julio, por favor, é meu aniversário. – falei entrando no meio do olhar dos dois.

- Me desculpe então. – ele pediu – Mas você sabe que eu não gosto deles.

- Eu sei, mas seja ao menos legalzinho.

- Manu, esse é o meu presente. – ele falou me estendendo uma caixinha laranja.

- Obrigada Julio. – agradeci pegando a caixinha – Não quer entrar e descansar um pouco? A viagem deve ter sido cansativa. – ofereci.

- Ah, sim... Seria ótimo. – ele falou abrindo um sorriso.

- Mas antes, garotos, esse é Julio Porte, um amigo de Brasil. – falei em inglês para que ambos entendessem, já que Julio não sabia nada de alemão.

- Olá, muito prazer. – Julio falou em inglês abrindo um sorriso falso.

- Ah, prazer. – Bill foi o único a se manifestar estendendo a mão para ele.

Julio a apertou um tanto fortemente, sorrindo falso ainda. Entramos na mansão em silêncio, e eu fui até a cozinha pedir para que Sabine ou Marlene colocassem um prato a mais a mesa.

Babis me seguiu carregando Buffy que agora parecia estar mais calma.

- Manu, eu juro que não contei para ele que vinha pra Alemanha. – ela se apressou em falar.

- Eu sei Babis, eu vi a forma que ele agiu com você. – afirmei suspirando e me encostando na parede do corredor.

- Tenho certeza que ele veio atrás de você. Ele é um idiota Manu, se eu fosse você o expulsava daqui! – ela exclamou raivosa.

- Eu não posso fazer isso Babis, e você sabe. – afirmei voltando para a sala de estar aonde eu tinha deixado-os.

- Ah, que ótimo! – ela exclamou desanimada – Hunf, vamos voltar logo para a sala antes que o Bill mate ele com o olhar.

- Que exagero Babis. – falei para ela quase rindo.

- Verdade, você viu a forma que o Bill olhou para ele? Me deu até medo! – ela exclamou se alegrando rapidamente – Mas e aí? Ele já te pediu em namoro? – perguntou.

- Não.

- Ah, então ele é tão lerdo como o Tom falou que era. – ela afirmou rindo – Mas logo ele te pede, do jeito que te olha... Parece até o Edward quando olha pra Bella.

- Só você mesmo, adora comprar a minha vida à Twilight! Se fosse assim, você seria a Alice. – falei rindo para ela.

- Exatamente! A Alice é meu personagem preferido! – ela exclamou alegre, soltando a Buffy.

Minha husky seguiu a nossa frente, andando toda bonitinha indo na direção à sala de estar. Quando entramos nela, Georg, Tom e Gustav conversavam sobre algo, Bill e Julio se encaravam. Buffy tirou a atenção de Bill pulando nele, ele logo sorriu ao vê-la ali, e a pegou no colo começando a acariciá-la.

- Pedi que Sabine colocasse um prato a mais na mesa, meus pais com o meu avô já devem estar chegando. – falei em inglês para que todos entendessem.

- Obrigado Manu, mas não precisava se incomodar, eu podia muito bem ir para um restaurante. – ele afirmou em inglês, sorrindo.

- Não tem problema. Minha mãe ficará feliz em te ver. – afirmei.

- Ah sim, mas não sabia que o seu pai estava por aqui também... – ele falou.

- Sim, ele ficará até amanhã aqui. – comentei.

- Certo.

Depois, Sabine veio nos chamar para o almoço, dizendo que meus pais e meu avô nos aguardavam à mesa.

Minha mãe ao ver Julio, veio abraça-lo perguntando como ele estava. Meu pai que agiu mais estranhamente, apenas estendeu a mão para ele, e perguntou um seco ‘Tudo bem?’. Meu avô foi gentil, e puxou conversa com ele. Acabamos descobrindo que o pai dele tinha vindo para a Alemanha numa reunião importante sobre a empresa que ele dirigia, e que iam passar o dia aqui, mas que iam embora ainda hoje. Eu quase tive que segurar a Babis para não pular de alegria, mas ela ficou extremamente brava, quando meu avô falou para que ele ficasse mais uns dias aqui. Julio agradeceu a oferta, mas negou, dizendo que meu avô já tinha hospedes demais.

Aquele almoço foi o mais estranho desde que eu cheguei à Alemanha, os garotos quase não falavam, e Bill mal comeu.

Após o almoço, meu avô sugeriu que assistíssemos a um filme que ele comprou, O dia depois de amanhã. Eu topei na hora, e os outros acabaram topando também. Fomos direto para a sala de TV após o almoço, e Sabine falou que ia nos trazer algumas pipocas e refrigerante, Julio disse que precisava ir ao banheiro, e eu falei para ele o caminho. Babis veio para o meu lado, querendo sentar-se do meu lado esquerdo, já que eu tinha sentado ao lado do Bill, mas Tom a puxou com tudo fazendo-a sentar-se no sofázinho de dois lugares com ele.

- Eu não vou sentar com você! – ela exclamou escandalosa se levantando.

- Ah, por que não? – ele perguntou rindo.

- Você vai tentar me agarrar, seu tarado!

- O que? Eu não sou tão tarado assim! – Tom exclamou olhando indignado para ela.

- Ou então vai tentar me apalpar enquanto eu estiver prestando atenção no filme. – ela afirmou cruzando os braços.

- Que isso, eu jamais faria isso. – ele afirmou sorrindo safado.

- Mein Gott! Você é um tarado, a Manu tem sorte que o Bill não é um tarado, ou pervertido! – ela falou ainda de pé, olhando para mim e pro Bill.

Eu não me segurei, e comecei a rir.

- O que? Não vá me dizer que é mentira? – ela perguntou me olhando.

- Ahm, não é mentira, você está certa, eu tenho sorte. – respondi ainda rindo, no que o Bill piscou, me fazendo rir mais ainda.

- Oh mein Gott, não me diga que o senhorito tentou abusar da minha amiga inocente! – Babis falou ficando na frente do Bill, e apontando o dedo para ele, segurando a cintura com a pose de mãe brava.

- Eu não fiz nada de mais, sou inocente também. – Bill se apressou em dizer olhando medroso para a Babis, enquanto parecia segurar o riso.

- Mentiroso! Manu, se ele tentar alguma coisa com você, é só gritar que eu apareço lá, e o coloco para correr! – ela falou sentando-se de braços cruzados no sofá onde o Tom estava, mas olhando para mim ainda.

Eles parecem ter se esquecido do Julio, mas logo ele apareceu na porta e em silêncio sentou-se ao meu lado esquerdo, onde a Babis queria ter sentado.

O filme começou, e prendeu a atenção de todos na sala, ou talvez quase todos. Tom se espreguiçou no sofá, e quando terminou de se espreguiçar passou o braço pelo ombro da Babis, que olhou para mim rindo e piscando. Eu balancei a cabeça para os lados meio rindo, mas a minha atenção se voltou para aonde eu estava sentada, o mesmo sofá do filme de terror. Bill parecia ter tido a mesma idéia do Tom, se espreguiçar e depois colocar o braço no meu ombro, mas eu não o deixei terminar, puxei o braço dele para se apoiar no meu ombro. Ele não conseguiu se segurar e acabou rindo sozinho. Voltei a minha atenção para o filme, me aconchegado para mais próximo do Bill. E quando o filme estava perto de terminar, o celular do Julio começou a tocar. Ele pediu licença, e se afastou para o fundo da sala. Logo ele voltou a sentar-se do meu lado.

- Desculpe Manu, mas era o meu pai. Ele está mandando o motorista vir me buscar... Parece que a minha mãe não passou bem e teremos que voltar logo para casa. – ele falou num tom preocupado.

- Ah, tudo bem... Espero que não seja nada grave. – falei olhando para ele.

- Eu também espero que não seja nada grave. – Julio afirmou baixando a cabeça.

Logo Sabine apareceu na sala.

- Senhor Porte, tem um carro a sua espera lá fora. – ela falou em inglês.

- Tudo bem, eu já vou indo então. Até mais Bárbara, foi um prazer conhecer vocês. Manu... – ele começou.

- Está bem, eu te acompanho até a porta. – falei me levantando.

Fizemos o caminho até a porta da mansão em silêncio.

- Eu sinto não poder ficar mais tempo. – Julio falou quando se aproximava do carro.

- Não tem problema, foi ótima a surpresa e eu fiquei feliz por você ter vindo até aqui. – falei.

- Que bom, espero que use o meu presente, leia a carta que está nele e depois me responda, sim? – ele pediu abrindo a porta do carro.

- Está bem.

Ele se aproximou de mim, e me deu um outro abraço apertado. Logo se afastou e entrou no carro. Eu acenei para ele, e ele abriu a janela do carro, colocando a cabeça para fora e dizendo:

- Eu te amo!

Minha mão caiu do lado do meu corpo, eu parei de acenar e fiquei sem ação... Que pessoa não ficaria sem ação ao ouvir um sério eu te amo?

Virei-me e adentrei para a mansão, e ao invés de ir para a sala de TV, eu fui para o meu quarto e me tranquei lá. Deitei-me em minha cama, e acabei dormindo... E de novo aquele sonho, acidente de avião e depois, eu vejo a cara do Julio sorrindo, não... Dando aquele riso maléfico.

Eu me sentei rapidamente na cama, suada e respirando aceleradamente. Olhei melhor para o meu quarto, e encontrei Bill sentado na minha poltrona.

- Você está bem? – ele me perguntou.

- Não, eu não estou bem. – respondi um tanto grosseiramente.

- Por que não voltou para terminar de assistir o filme com a gente? – ele perguntou se levantando e sentando-se ao meu lado.

- Bill, me faz um favor? – pedi, ele acena afirmativamente com a cabeça – Me abraça?

Ele se aproximou mais, e me envolveu num abraço apertado. Eu puxei o ar e pude sentir o perfume dele, o Bill tem algo que me acalma... Ficamos abraçados por um tempo, até que ele se separou vagarosamente de mim.

- Teve outro pesadelo? – ele me perguntou fazendo um carinho no meu rosto.

- Foi, mas dessa vez foi tão real. – eu respondi baixando o olhar.

- Eu não posso dizer que ficará tudo bem... Porque eu não sei o que virá daqui pra frente. – Bill falou com sinceridade acariciando o meu cabelo – Só sei que seja lá o que acontecer eu quero continuar ao seu lado. – e torna a me abraçar.

- Bill... – eu comecei me separando dele – Eu não quero que você sofra se acontecer algo comigo. – e olhei fixadamente nos olhos dele

- Por que está dizendo isso? – ele me pergunta erguendo uma sobrancelha.

- Eu só estou com um pressentimento ruim. – respondi.

- Não vou deixar que ninguém faça mal a você. – ele afirmou.

- Eu sei, mas é que... – ele me interrompeu colocando o dedo nos meus lábios.

- Não se preocupe, tá bom? Nada de mal vai acontecer. – ele falou.

- Ah, está bem. – eu acabei por concordar.

- Agora venha, vamos aproveitar o resto do seu aniversário! – Bill exclamou alegremente se levantando num pulo da minha cama e me estendendo a mão.

- O que vocês aprontaram? – perguntei me levantando e pegando na mão dele.

- Já é que você vai ver... Mas antes, lave o rosto. – ele falou me puxando até a porta do banheiro.

- Sim, senhor. – falei.

Lavei o rosto rapidamente, e ele ainda me esperava ao lado da porta do banheiro. Quando eu sai de lá, ele começou a me puxar, e sem nenhuma palavra me levou em direção ao estúdio.

 

“Und immer
Ich weiß dass immer”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capitulo grandinho! :D Por causa da demora decidi colocar um maiorzinho...
Espero que tenham gostado desse capitulo, e deixem reviews! *--------*'
Beijux, ;**. Inté!