How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 17
Danger


Notas iniciais do capítulo

O título tá bem nas dorgas e quase não tem nada a ver com o capítulo, mas relevemos.
Enjoy (:



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Hannah PDV

Callie estava ali e até o cheiro do maldito perfume de pêra dela me dava náuseas. Eu queria voar nela, mas não iria fazer isso com tantas testemunhas. E, além do mais, já estou me achando louca o suficiente, não preciso de uma camisa de força pra me sentir mais louca ainda.

As imagens do incêndio voltavam com mais força perto de Callie, talvez porque eu sabia que ela estava no meio daquela falcatrua. Respirei fundo, ignorando a voz de Justin dentro da minha cabeça repetindo milhares de vezes que eu tinha o matado.

Uma Justin-Alucinação sentou do meu lado, em silêncio. Estranhei o fato de ele não estar falando comigo, ou melhor, dizendo aquelas coisas pra mim. Apenas ignorei, como estava tentando fazer todas as vezes que acontecia coisas assim.

- Você tem um plano muito bom ou é extremamente imbecil. – Callie falou.

Senti vontade de acertar ela com a cadeira, mas reprimi essa vontade quando a alucinação segurou a minha mão.

- O que faz aqui? – A alucinação perguntou.

“Eu estou louca, você não percebeu?” respondi mentalmente para a alucinação.

- Querem que eu a vigie enquanto ela está aqui. – Callie falou.

Vigiar quem? Espera ai...

- Vigiar? Ela está numa maldita clinica. Tenha o mínimo de senso de noção! – Justin-talvez-alucinação falou e Callie deu uma risadinha debochada.

- O que achou que ia acontecer? – Callie perguntou ironicamente. – Achou que ela ia endoidar e tudo ficaria bem?

- Acho melhor você se mandar Callie, antes que eu faça você sair daqui. – A alucinação-talvez-Justin falou.

Se Callie está falando com a minha alucinação, então...

- Não vou embora daqui tão cedo, Bieber. – Callie falou.

Justin. Está. Vivo?

Antes de Justin responder qualquer coisa, o agarrei. Literalmente voei em direção a boca dele, selando nossos lábios com urgência. Uns médicos retardados nos afastaram.

- Você. Está. Vivo. – Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. – Você não morreu!

A essa altura o mundo já estava dentro daquele refeitório.

- Hannah... – O médico que cuidava de mim falou, tentando se aproximar.

Justin se soltou dos médicos que estavam segurando ele e me abraçou com força, como se nunca mais fosse soltar. E, sendo sincera, eu não queria que ele soltasse.

- Nunca. Mais. Me. Assuste. Desse. Jeito. – Justin falou pausadamente. – Sabe como eu me senti quando disseram que você estava louca e que achava que eu estava morto?

O apertei mais ainda.

- Justin está vivo, Ueba! – O médico falou sarcasticamente. – Hannah, sou Stephen. Seu médico. Preciso fazer uma consulta com você.

Me soltei de Justin, mas ainda ficando abraçada de lado com ele.

- Consulta? – Perguntei. – Estou me sentindo melhor, eu já posso ir.

- Você passou por uma experiência traumatizante, teve uma atitude de sanidade questionável e é perigosa. Não posso te deixar ir. – Stephen falou.

- O que? – Perguntei.

Que história é essa de “atitude de sanidade questionável”.

- Vão te perguntar sobre o incêndio. – Justin sussurrou perto da minha orelha. – Acham que você começou.

Senti um calafrio na minha espinha.

- Senhor Bieber, está na hora de você ir. Precisamos falar somente com Hannah e não podemos deixar que você influencie na versão dela da história. – Stephen falou.

- Minta. – Justin sussurrou antes de partir.

(...)

Justin PDV

Depois de Hannah ficar duas horas inteiras no consultório do Stephen e sair a um passo de desabar em lágrimas, fomos para o “quarto” dela e ficamos jogando damas até escurecer.

- Esse filme é uma merda. – Comentei enquanto assistíamos “Atividade Paranormal 2”

A televisão do “quarto” era tão minúscula que me dava raiva. Eu e Hannah estávamos deitados na cama, um do lado do outro, como se nada tivesse acontecido.

- Você que quis assistir. – Hannah falou. – Tem Simplesmente Amor.

- Deus me livre. Minha vida já está melosa o suficiente, não preciso de uma comédia romântica pra piorar. – Falei e Hannah riu.

O quarto ficou em silêncio, a não ser pelos barulhos do filme.

- Não acredito que subornou o enfermeiro para ele te deixar ficar aqui. – Hannah falou.

- Não foi suborno, foi uma troca de favores. – Falei. – Ele ficava de sentinela e me deixava aqui o tempo que eu precisasse e em troca eu dei quinhentos dólares pra ele.

Hannah riu. O filme estava uma porcaria.

- Podemos fazer outra coisa? Não aquento mais esse filme. – Hannah falou.

- Por favor. – Falei e desliguei a televisão, deixando o quarto no escuro.

O silêncio irritante voltou.

- Sobre o que conversaram na consulta com o Stephen? – Perguntei.

Hannah suspirou.

- Eu menti, como você me pediu. Disse pra ele que eu tinha colocado fogo na casa, só que... Mesmo que eu confesse uma coisa que eu não fiz... Digamos que mesmo que eu diga que eu coloquei fogo na casa, eu não vou embora daqui tão cedo. E se um dia eu chegar a ir embora, vai ser direto para cadeia. – Hannah falou.

Apertei a mão dela.

- Não vou deixar você ir pra cadeia. – Falei.

- Não acho que isso esteja ao seu alcance. – Hannah falou e acariciou minha mão com o polegar.

Beijei a testa de Hannah. Ficamos apenas deitados por alguns minutos, até o enfermeiro bater na porta e avisar que ia amanhecer e Stephen ia passar ali para acordar Hannah. Coloquei meu tênis e saí, deixando Hannah dormir.

Quando cheguei no hotel eu queria unicamente dormir, mas uma surpresa estragou meu plano.

- Justin! Finalmente. – Cailtin falou e correu para me abraçar. A abracei de volta, sem entender o que estava acontecendo.

- O que faz aqui, Caitlin? – Perguntei enquanto nos soltávamos.

Caitlin bateu no meu rosto. Ok, o que aconteceu aqui?

- Isso é por ter magoado a Hannah com Callie quando ela estava no hospital. – Caitlin falou.

- Caitlin... – Comecei a falar.

O que infernos aquela louca estava fazendo aqui?

Caitlin me abraçou forte.

- E isso é por ter protegido ela. – Caitlin falou.

Kenny apareceu na pequena sala da suíte que estávamos no hotel, usando um pijama xadrez ridículo.

- O que ela está fazendo aqui Kenny? – Perguntei enquanto Caitlin me soltava.

Kenny ia começar a falar, mas Caitlin foi mais rápida.

- Eu sei de tudo. Quer dizer, quase tudo. – Caitlin falou. – Hannah não está realmente louca, não é?

Olhei para Kenny, que me devolveu um olhar que dizia “Eu não contei nada”.

- Depende. – Respondi e Caitlin me olhou brava. – O que você sabe, sua maluca?

- Sei que Clay e Robert querem matar Hannah por algum motivo e sei que Callie também está no meio. – Caitlin falou.  – Eu só não sei porque.

Kenny fez um som esquisito com a boca.

- Que ridículo. Clay querendo matar Hannah. – Kenny falou.

- É só juntar as pistas, Kenny. – Caitlin falou. – Não acha estranho Clay ter tanta certeza que Hannah tinha morrido no acidente de carro? Não acha estranho Hannah ter vários sistemas de segurança na casa dela de uma hora para outra? Não acha estranho Callie ter dito que não foi um acidente se ela mesma foi ao hospital quando Hannah estava lá? E o fato de Callie ter ficado tão próxima de Clay de uma hora para outra? Não acha completamente estranho o fato da casa do incêndio ser no meio do nada e ter apenas um carro na cena do crime sendo que Justin chegou antes de Hannah?

Ok, essa menina pode ser bem observadora quando quer.

- Isso não prova nada. – Falei e Caitlin me encarou mortalmente.

- Eu fui à casa de Hannah semana passada. – Caitlin contou. – Celeste me pediu para pegar a correspondência e eu encontrei isso lá no meio.

Caitlin pegou algo dentro da bolsa e estendeu para mim. Peguei e li. Era de uma tal Maria Gonzáles.

Hannah,

Eu não posso te ajudar. Eu sinto muito que eles estejam fazendo isso com você, mas eu também estou sendo ameaçada há um tempo. Eu tenho filhos Hannah, não suportaria vê-los nas mãos daqueles nojentos. Eu agradeço por tentar me ajudar e peço desculpas por não poder te ajudar também.

Espero que entenda que eu não posso fazer isso, não posso te ajudar a denunciá-los para policia. Se fizer vão me matar, vão matar minha família, meus filhos. Sinto muito que Clay e Robert chegaram nesse ponto de matar pessoas inocentes.

Se servir de ajuda de algum jeito, eu não fui a primeira. Sei que tiveram outras depois de mim. A câmera de Clay está cheia de “provas do crime”, de vários crimes. Não só com participação especial de Robert, mas também vídeos dele mesmo e de outras pessoas.

Sinto muito por não pode ajudar Hannah,

Maria Gonzáles.

Eu não posso acreditar no que meus olhos acabaram de ler. Parece que Kenny percebeu minha total falta de reação e pegou o papel da minha mão. Segundos depois Kenny também estava totalmente paralisado, acho que foi porque agora ele tinha certeza de que eu não estava mentindo sobre toda aquela história.

Caitlin me olhava de um jeito solidário.

- Eu só quero ajudar Jus. – Caitlin falou. – Por favor, eu só quero saber o que está acontecendo. Gosto muito de você e da Hannah e não quero que aconteça alguma coisa com vocês.

Contei sobre o que Hannah viu Robert e Clay fazerem, depois contei sobre o incêndio. Caitlin parecia totalmente em choque com a história, Kenny pegou água para ela e tossiu alto para chamar minha atenção.

- Vamos falar com a polícia. – Kenny falou.

- Não podemos falar com a polícia. – Falei. – Vão dizer que Hannah está maluca e que essa história é impossível. Vão dizer que inventamos isso para eu e Hannah não irmos para cadeia ou para o manicômio.

Kenny se jogou no sofá e colocou as mãos na cabeça, Caitlin ainda estava totalmente horrorizada e mal piscava.

- O que vamos fazer? – Perguntei para Kenny.

- Eu tenho uma ideia – Caitlin falou. Kenny e eu olhamos para ela. – É meio maluca, mas deve funcionar.

No próximo capítulo:

- O plano de Caitlin;

- Fugitivos;

- Justin conversa com Pattie


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Notas finais do capítulo

Minha lindonas, desculpem os erros de português. Eu não sei se falei isso aqui ou na minha outra fic, mas enfim... Eu voltei para o meu computador antigo porque o novo meio que pifou e aqui o word ainda não tá com as novas regras da língua portuguesa.
Mereço reviews? Vocês ainda me amam?
A propósito, feliz ano novo atrasado para vocês. Muita saúde, felicidade e comida pra todo mundo :3
Beijos.