Quando Gui Weasley entrou no Banco de Gringotes da Inglaterra, radiante, às 10 horas da manhã, um duende já o esperava.

– Bom dia, senhor Guilherme Weasley. – ele falou, seco, apesar de educado.

– Bom dia senhor... er... Sinus. – ele arriscou olhando a identificação da mesa vazia atrás do duende.

– Me acompanhe. A senhorita Delacour já está à sua espera. – Gui suspirou aliviado por ter acertado o nome do duende e o seguiu por um corredor imenso onde havia várias portas de ambos os lados.

Assim que se depararam com a porta onde se lia “Sala de Espera”, o duende a abriu e Gui ficou paralisado a visão que teve.

Dentro da sala, sentada numa poltrona acolchoada lilás, estava uma moça loira extremamente linda. A pele era pálida, porém perfeita e aparentemente muito frágil. Os cabelos dourados balançaram magicamente quando ela se levantou e ele pôde perceber que a garota tinha os traços muito delicados.

Apenas a beleza que ela emanava foi o suficiente para manter Gui paralisado e completamente alheio à realidade.

– SENHOR WEASLEY! – gritou o duende, a fim de conseguir chamar a atenção do ruivo.

– Oh, me desc... desculpe, senhor Situs, digo, Sinus. – ele respondeu completamente abobado, tentando forçar sua mente a trabalhar corretamente, arrancando um risinho discreto de Fleur.

– Esta é a senhorita Fleur Delacour. A moça que você vai treinar durante um mês! – exclamou Sinus, impaciente. – Ela ainda não domina perfeitamente o inglês, mas vocês conseguirão se comunicar. Ela já esteve por algum tempo na Inglaterra antes.

– Ok. Certo. – respondeu Gui, rapidamente, um pouco corado ao se conscientizar de como agiu debilmente.

– E este é Guilherme Weasley. Ele será o seu monitor durante seu primeiro mês. Quero que fique bem claro que você não deve fazer nada sem a autorização ou conhecimento dele.

– Oui, monsieur. – respondeu Fleur ao duende.

– Qualquer dúvida me procure, sr. Weasley. Em breve o senhor receberá o cronograma de treinamento em sua sala.

– Sim, senhor. – ele assentiu com um aceno de cabeça ao duende que se retirou da sala.

– Prazerr em conhecerr você, Gui Weasley. – Fleur se dirigiu ao ruivo.

– Prazer. ­– ele limitou-se a dizer, tentando controlar o instinto de permanecer abobado na presença dela. Ele era seu monitor e precisava se comportar adequadamente em sua presença.

– Er... deixa eu esclarecer uma coisinha... – ele falou após um pequeno silêncio. – Vou pedir para você desconsiderar aquilo que aconteceu há poucos minutos, quando aquela porta foi aberta. – ele continuou com o rosto levemente corado – Vou cuidar para que não se repita.

– Non tem prroblema algum, Weasley. Estou acostumada com essas reaçons das pessoas. Digo, dos rrapazes. Não me interrprrete mal. É que sou meio-veela. – ela falou com sinceridade.

– Ainda assim, me desculpe. De qualquer maneira, não pretendo que isso se repita... – ele sorriu no final da frase.

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(N/A: os parágrafos abaixo são da cena anterior, mas narrados com o foco na Fleur)

Fleur se despediu de seus pais e Gabrielle, sua irmã mais nova, e partiu para a Inglaterra. Ela estava um pouco apreensiva com a mudança que sua vida sofreria. No dia em que soube da notícia seu pai cuidou de providenciar uma casa digna de sua filha, em um local próximo ao Banco de Gringotes e foi para lá que ela se dirigiu.

Durante a primeira noite em sua nova casa, a moça não conseguiu dormir. Passou a noite divagando a respeito de seu novo emprego. Ela estava esperançosa de que tivesse um bom monitor no seu mês de treinamento. E desejava com todas as suas forças que ele não fosse um duende, porque ela já havia descoberto que eles não eram muito agradáveis.

Quando se deu conta, já era hora de levantar e se arrumar. Fleur era uma garota bastante vaidosa mesmo sabendo que, ainda que não se preocupasse em se arrumar, vários bruxos a olhariam como que enfeitiçados. Tudo isso se devia ao fato de ela ser meio-veela.

Assim que terminou de tomar seu café da manhã a loira se dirigiu ao Banco de Gringotes, chegando lá pontualmente às nove e meia da manhã, o horário marcado. Um duende que se apresentou como Sinus a levou até uma sala de espera com uma decoração bastante feminina.

– Assim que seu monitor chegar, eu o trarei aqui. – concluiu o duende ao sair, a deixando completamente sozinha, sentada numa poltrona lilás.

Então, algum tempo depois, a porta se abriu. Era Sinus e ao seu lado um rapaz de uma aparência física um tanto exótica em sua opinião. Ele era alto, tinha os cabelos ruivos um pouco compridos e, pelo que ela percebeu, usava um brinco na orelha direita. A reação dele foi ficar parado na porta a olhando debilmente.

Ela teve que conter o riso e ficou apenas o observando ao mesmo tempo em que levantava da poltrona.

– Senhor Weasley, essa é Fleur Delacour. – disse o duende, mas não obteve nenhuma resposta. O rapaz não mexeu sequer um músculo para dar atenção ao duende.

– Senhor Weasley! – falou ríspido novamente. – SENHOR WEASLEY! – ele finalmente gritou, já demonstrando que estava alterado.

– Oh, me desc... desculpe, senhor Situs, digo, Sinus. – o ruivo respondeu completamente abobado e atropelando as palavras, confuso. Fleur não conseguiu mais se segurar e acabou rindo.

– Esta é a senhorita Fleur Delacour. A moça que você vai treinar durante um mês! – exclamou Sinus, denotando sua completa impaciência por causa do incidente anterior – Ela ainda não domina perfeitamente o inglês e por isso quis um emprego aqui, mas vocês conseguirão se comunicar. Ela já esteve por algum tempo na Inglaterra antes.

– Ok. Certo. – respondeu o rapaz, dessa vez um pouco corado e já mais consciente.

– E este é Guilherme Weasley. Ele será o seu monitor durante seu primeiro mês. Quero que fique bem claro que você não deve fazer nada sem a autorização ou conhecimento dele.

– Oui, monsieur. – respondeu Fleur, da maneira mais agradável possível, desejando que o duende não se irritasse com ela também.

– Qualquer dúvida me procure, sr. Weasley. Em breve o senhor receberá o cronograma de treinamento em sua sala.

– Sim, senhor. – ele assentiu com um aceno de cabeça e o duende se retirou da sala em seguida, sem ao menos se despedir.

– Prazerr em conhecerr você, Gui Weasley. – Fleur se dirigiu ao ruivo, quebrando o silêncio.

– Prazer. ­– ele respondeu evitando olhar para ela.

– Er... deixa eu esclarecer uma coisinha... – ele falou após um pequeno silêncio. – Vou pedir para você desconsiderar aquilo que aconteceu há poucos minutos, quando aquela porta foi aberta. – Fleur achou interessante ele se preocupar com aquilo. Normalmente os rapazes não estavam nem aí e continuavam a encarando como se ela fosse uma bela obra de arte – Vou cuidar para que não se repita.

– Non tem prroblema algum, Weasley. Estou acostumada com essas reaçons das pessoas. Digo, dos rrapazes. Não me interrprrete mal. É que sou meio-veela. – ela falou com sinceridade, tentando mostrar ao monitor que ele não era o único a passar por um constrangimento como esse e que havia uma razão para aquilo.

– Ainda assim, me desculpe. De qualquer maneira, não pretendo que isso se repita... – ele sorriu no final da frase e pediu que ela o acompanhasse até a sala onde ele olharia o cronograma.