"Com o tempo, as feridas deixadas pelo tempo, podem aos poucos se cicatrizando, mas somente as atitudes do dia a dia podem fechá-las..."

Pavel, se sentia perdido, confuso, como se houvesse traido a si mesmo, por todo esse tempo se manteve calado, distante nem mesmo a noite calorosas com sua amada, tirava o fato, de que de todas as pessoas que podiam odiá-lo, a que ele nunca pensou, fosse Janine...

Que sua confidente nunca o perdoaria.

_ O que faz sozinho, aqui Duque? - Estava tão perdido em pensamentos, que nem mesmo, notará quando Amélia se sentara ao seu lado.

_ Estou perdido, em lembranças, Sra. Rinaldi. - A mesmo revirou os olhos, por tanta formalidade.

_ Não me chames assim Pavel, sabes que odeio tanta formalidade, crescemos juntos...

_ Oh perdoe-me Amy...

_ Agora sim, meu amigo... Mas, vamos voltar para linha de seu pensamento... - A mesma riu, pois conseguira arrancar um sorriso, mesmo que fraco, mas havia conseguido...

_ Não compreendo...

_ Devia procurá-la. Posso ser só uma simples dona do lar, tenho muitos afazeres, mas sou atenta, observo tudo a minha volta, mas assim como todos desse condado, sei como sofres, por estar longe dela.

_ Ela não queres me ver...

_ Já tentou ve-las, ou simplesmente deixou, que a irá dela falasse mais alta?

_ Não sei Amélia.

_ Oras Pavel, você nunca foste convarde, sempre protegeu Janine, e não queria falar, mas Francesco me contas-te o quanto ela senti sua falta. - Agora sim Pavel, tinha tirado os olhos do lago, para encarar Amélia.

_ Estás querendo me deixar com esperanças, ou estás dizendo a verdade.

_ Oras Duques, alguma vez menti para ti? Anda, levan-te dai e vá procurá-la, explique-se, se precisar implore, mas não desista. - E sem esperar mais, abraçou Amélia, logo se separando, pois ouviram uma tossida.

_ Espero não estás interrompendo nada. - Francesco, dissera sério, mas com um olhar divertido, fazendo o duque ficar vermelho e se afastar pedindo licença ao dois. Amélia nao se aguentara e rira, mas dera um tapa no ombro de seu marido.

_ Ai minha senhora, o que fiz?

_ Amedrontou o Duque...

_ Diga que não gostou, minha senhora?

_ Seu tolo... Vamos, ou Julieta deixará Marie louca, naquele castelo... - Mas Francesco só rira e dera de ombros, pois deseja com todas as forças que sua filha fizesse exatamente isso que Amélia dissera...

"O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos"

William Shakespeeare

Como fora suspeitado e até pressentido por Janine, todos do Condado, ficaram curiosos pela volta repentina de seus senhores, mas ninguém ousou comentár, ou melhor dizendo, ninguém exceto uma pessoa.

_Oras mulher, como voltas-te antes do dia? - Anna não se aguentara, e perguntara assim que chegaram em seu aposentos.

_ Ah Anna, não precisamos ficar afastados, para fazer aquilo que faziamos antes mesmo de assinarmos aqueles documentos. - Todas as mulheres riram da sinceridade de Janine, que mal notaram o quão nada do que disse era verdade, exceto com a parte de fazerem antes do casamento, mas uma das meninas ficara completamente rubra, o que não passara despercebido por Alberta

._ Oras a novata, ficara rubra. - E novamente, todas riram, menos Janine.

_ Deixe a em paz, Lady Masur... Venha Caroline, não ligue para elas, quero dar um passeio e desejo sua companhia. - Caroline, ficara grata por sua senhora a salvar e aceitu de bom grado o convite, assim que ambas sairam pelos corredores, Janine sussurou...

_ Não tenhas vergonha, e não ligue para o que dizem, se dependeres de mim, tu se casará pura, - Falara com grande convicção, fazendo Caroline, suspirar de alivio, pois já ouvira todas as conversas sobre o que acontecia com as servas dos Masur.

_ Obrigada minha senhora. - Janine só dera um sorriso, ainda se lembrando de alguns meses atrás, quando desafiara as ordens de Abe, pois o mesmo queria entregar Caroline para satisfazer seus soldados...

"_ Não ouses fazer isso Imbraim. - Ela o olhara com fúria, fazendo Pavel ficar mas perto para apartar qualquer briga que Janine provavelmente começaria.

_ Por que não Jane? Ela é uma serva... - Mas a fúria de Janine era tanta que nem esperou o mesmo continuar.

_ Não é por que elas é uma serva, que deva servir para satisfazer seus homens, ouse entregá-las a eles, e juro que irás se arrepender. - E com isso dera as costas para seu senhor, mas parou assim que o mesmo se pronunciou.

_ Estás me ameaçando Janine?

_ Entenda como quiseres meu senhor, mas já lhe derá o recado. Vamos Pavel, preciso ir até a cidade. - E com isso voltara a caminhar com Pavel junto de si..."

_ Janine, preciso muito falar com você. - Saira de seus pensamentos, quando Pavel, aparecera em sua frente.

_ Temo estar sem tempo, para falar contigo agora Duque...

_Não minha senhora, nosso passeio pode ficar para mais tarde...

_ Não Carol, não estou me referindo só ao passeio... - Caroline, sabia que estava arriscando, mas sabia que sua senhora adorava o Duque, por isso seguiu novamente seu extinto.

_ Oh tendes muito para conversar, irei lhes dar privacidade. - E com isso, pedira licença, Pavel não sabia, o motivo da jovem estar o ajudando, mas adimirou muito a coragem dela.

_ Tudo bem, já que não tenho escolha...

_ Prometo não te importunar muito Jane, só me ouça por favor...

Ela sabia que mesmo, não gostando da atitude de Caroline, devia admitir que já levara está situação longe demais, sabia que Pavel não tivera toda a parcela de culpa e que ele de todos, sempre a protegeu e por mais que ficasse tranquila na presença de Francesco, sentia falta das conversas com seu amigo...