Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Olá ninas^^
Bem, primeiro me perdoem pela demora, problemas familiares.
Enfim, eu reescrevi esse cap. umas 4 vzs, em nenhuma delas gostando do resultado. Esse foi o que chegou mais perto do que eu e a Lêh queriamos.
Eu espero que gostem ;)
Aproveitem ^^



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Anna abraçou Jane, dizendo com admiração:

-Você está radiante!

- Não é assim que me sinto. –ela sussurrou de volta.

-Você devia se sentir como uma mulher se sente quando vai se casar. Está tendo a sorte que nenhuma outra criada teve! – Marie alfinetou, deixando transparecer sua zanga com aquela situação. - O vestido foi feito o mais rápido possível para satisfazer teus caprichos, devia ao menos parecer feliz o usando.

Não era por culpa do vestido. As camadas de tecido caiam-lhe soltas pelo corpo, não marcando nada e a deixando com ar angelical. A cor creme caiu perfeitamente com seu cabelo ruivo que foi preso em uma longa trança de lado. Uma tiara de opalas estava coroando sua cabeça. Anna se aproximou, colocando um manto de seda cor-de-rosa sobre os ombros de Janine, arrumando as pregas para que tudo ficasse perfeito e artístico. Um broche de ouro e opalas prendia o manto ao seu redor, mas ainda sim dando algum movimento. Ele trouxe alguma cor às faces pálidas da jovem noiva, que parecia estar a beira de um ataque de nervos.

-Não há como descrever o quão linda está, milady. –Anna disse, colocando as mãos juntas enquanto ainda a admirava.

-Isso não é direito. –Marie disse, enxugando as lágrimas de emoção na ponta do avental.

Janine e a Anna a olharam com surpresa.

-Pensei que me odiasse e ainda pensasse que sou uma feiticeira, Marie. –Jane disse, não entendo a atitude da criada.

-Ora, -ela ergueu o olhar, o corpo curvado, mas manteve a determinação. – Eu ainda acho que você está enfeitiçando milorde, mas não posso deixar de pensar que Lady Augustine teria gostado de presenciar isso. Pode não ser a escolha mais apropriada, mas milorde parece ter certeza do que faz.

-Não é hora de falarmos nisso – Anna censurou, com gentileza. Havia muito tinha desistido de convencer Janine a desistir dessa ideia absurda.

Nesse momento, lady Alberta entrou no aposento, como uma rainha. Ela trazia os cabelos presos em uma rede de malhas de ouro. Seu vestido era de uma cor rara, que parecia fazer os olhos brilhar como safiras.

-Linda, doce e inteligente. –Alberta a saldou. –Agora sei por que meu primo a escolheu. –ela ocupou-se em arranjar as pregas do manto. –Lembro-me do meu casamento. Estava tão nervosa quanto você.

Ela apertou as mãos frias e trêmulas de Janine. Estava na hora.

Todos se dirigiram para a capela.

Ibrahim estava magnificamente trajado, era a perfeita visão de força e beleza máscula.

O pai de Janine, que havia ido somente para encaminhar a filha ao noivo, segurou sua mão. Dirigiu-lhe alguns elogios, que foram aceitos por Janine apenas com um leve aceno de cabeça. Gordon levou a filha até Ibrahim, permanecendo ao seu lado até o momento em que foi solicitado a desistir de seus direitos como pai, não que no coração da escocesa ele ainda tivesse algum.

A cerimônia foi curta, a mais rápida que Janine já havia assistido. Fora diferente para Ibrahim, que fitava sua face a cada instante, procurando por algo. Esperando que ela desistisse da ideia do casamento.

Apática, ela se viu festejada, brindada e beijada por todos os convidados. As danças foram ainda mais rápidas, assim como as brincadeiras. Muita comida e bebida mantiveram os presentes ocupados, enquanto Janine se retraia da festa. Nem mesmo o imperador, amigo de Ibrahim, lhe arrancou o mais simples sorriso quando colocou-lhe sobre a cabeça o diadema do ducado de Auvergne, resultado de uma parceria entre Ibrahim e o imperador.

Antes do crepúsculo, dois cavalos foram trazidos para o pátio. Uma escolta de 10 soldados iria acompanhá-los até a cabana de caça de Ibrahim, nas montanhas do outro lado da floresta.

Quando o momento de dizer adeus aos familiares e convidados chegou, Janine foi até Anna e Alberta e as abraçou. Ibrahim se despediu com tapas nas costas e ordens para a criadagem cuidar de tudo em sua ausência. Pavel foi o único que se manteve distante nesse momento.

Notando que Janine demorava demais a se despedir, ele foi até ela, com toda a calma e pegou a esposa no colo.

-Já chega de despedidas. – e então colou os lábios aos dela, num beijo ousado e dominador. Ele foi saudado por gritos entusiasmados dos convidados.

 -Espere, Ibrahim Mazur! – ela sussurrou de encontro a boca quente.

-Me perdoe se eu não consigo querida esposa.

Sem fazer nenhum esforço, ele a colocou sentada sobre o cavalo. Logo montou o seu, com todos os guardas da escolta correndo para alcançá-los.

Ibrahim não estava disposto a perder nem mais um minuto com as despedidas, sendo assim Janine também não teve muito tempo para fazê-lo.

A expressão de ambos era impenetrável. Não havia trocado uma palavra o dia todo, a exceção dos votos matrimoniais e do curto e grosso diálogo de antes.

A cabana de caça ficava em um vale, e não tardou para que eles chegassem ao seu destino. Os guardas recuaram quando perceberam isso a fim de darem privacidade aos recém-casados.

Janine desceu do cavalo, rápido, recusando a ajuda de Ibrahim para isso. Ela o amarrou perto do pequeno celeiro e entrou na cabana. Logo parou, surpresa pela organização lá dentro.

Uma mesa com queijo, pães e vinhos estava posta em uma pequena cozinha. Uma curta escada levava ao segundo andar, em um quarto com uma cama de casal coberta por um acolchoado de penas de ganso..

-Agradeço o carinho. –Ibrahim disse atrás dela, também olhando tudo ao seu redor.Não podia negar que seus servos realmente haviam se empenhado. -Com fome? – apontou para a mesa.

-Pode ter sua ceia sem mim. – a escocesa falou, não lhe dignando um olhar. Ela subiu a pequena escada sem precisar se curvar para isso.

Ibrahim, que vinha logo atrás dela, não teve a mesma sorte.

Somente quando chegou ao comodo de cima e testou se poderia ficar ereto sem que batesse sua cabeça com alguma viga foi que voltou a ficar confortável. Ele foi até Janine que lutava para tirar manto e vestidos empoeirados e colocou uma mão em seus ombros, a virando para ele. Selou seus lábios em um beijo que rapidamente foi parado por Janine.

-Poderia se retirar para que eu possa me trocar, milorde?

Ibrahim riu, ainda com as mãos ao seu redor.

-Pode se trocar em minha frente Janine, nunca tivemos de nos envergonhar na frente do outro antes, porque fazer isso agora que estamos casados? –ele retirou o manto de seus ombros e o jogou sobre um baú que havia perto da cama.

-Posso lhe ajudar, se assim desejar. –falou lhe dando um beijo em seu pescoço. Janine colocou uma mão em seu peito, tentando empurrá-lo. Gesto que foi interpretado ao contrário por ele que colocou as mãos no laço do vestido. Janine o empurrou mais forte dessa vez e ele se afastou. A confusão em seus olhos.

-Não preciso de nada que venha de você!

-O que quer dizer com isso? – ele perguntou em turco, surpreso pelas palavras ríspidas.

-Teve o casamento que bem queria, com os benefícios que sempre aspirou, mas isso não significa que agora sou submissa as suas vontades!

-Nos casamos Janine! –Ibrahim falou seco.

-E somente meu dileto esposo. –ela sorriu. Era ali que o faria repensar em tudo que havia feito a ela no passado. A começar por forçá-la a ser sua escrava. – Quando voltarmos de nossas núpcias terá o mais belo sorriso de satisfação em nossos rostos e nada mais. Você quis que fosse assim no maldito momento em que eu pisei em suas terras. E agora, terá de aceitar as consequências.


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Notas finais do capítulo

E ai?
Tah, se ficou péssimo, pode brigar comigo. Ultimamente eu num ando prestando pra nd msm :/
auhsaushas
Entãoooo
Uma coisa eu falo, vcs sabem q Abe não é de aceitar as coisas fácil, então é, não percam o próximo cap. kkk'
Bjs e meus e da Lêh ^^
Té a próxima ^-^