Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá Kizlars...
Conversamos lá embaixo...



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O galho de uma macieira batia contra o vidro da janela. Foi com esse som que Ibrahim despertou. Janine ainda dormia ao seu lado. O respirar tranqüilo mostrava que ela ainda dormia em um sono profundo. O cabelo ruivo estava despenteado e alguns fios se espalhavam pela face alva dando mais ainda a características de uma selvagem escocesa.

Empurrando as cobertas, Ibrahim levantou-se da cama e se lavou da cabeça aos pés com a ajuda de um pano de linho, e depois se enxugando com o máximo de silencio possível se vestiu.

Dando um último olhar a Janine que ainda dormia profundamente, saiu do aposento caminhando a passos largos para a torre norte. Falou com alguns guardas no caminho e parou em frente a uma grossa porta de madeira que dava apenas uma pequena visão do que se passava do lado de fora do quarto. Pegou a chave e abriu a porta.

Ibrahim não se espantou quando viu que Kathleen dormia com o rosto sereno como se não sentisse nenhuma culpa ou remorso pelo que havia feito. Só acordou quando foi abruptamente retirada da cama. Ela encarou o rosto de Ibrahim, confusa pelo gesto violento, mas quando percebeu que ele estava parado ali, a sua frente, só, tratou de colocar um sorriso doce nos lábios.

- O que deseja meu senhor? –ela perguntou passando a mão no cabelo louro.

- A sua morte seria pouco para o mal que me causou! –ele disse. A fúria em sua voz.

Kathleen o encarou com um olhar doce, como se não tivesse culpa alguma pelo que havia feito.

- Não entendo meu senhor. Do que falas? –quando esta viu o olhar de Ibrahim ficar sombrio, continuou. –Se falas sobre o que fiz a sua escrava, digo que fiz aquilo pensando em nós.

-Cale-se Kathleen! –ele disse e a empurrou contra a cama. Tinha ânsia de esbofeteá-la. Não, matá-la com as próprias mãos. Mas aquilo, como pensava ele, seria pouco.

- Não mande eu me calar Ibrahim. –ela se levantou e foi até ele, tocando em seu rosto. O que só causou mais raiva em Ibrahim. – Perdoe minha tentativa falha de salvar nosso amor. Eu fiquei com medo de que agora que aquela escrava carrega no ventre um filho teu, fostes me esquecer. – ela disse em tom de lamúria.

-Sendo assim, Kathleen, deveria comemorar. Sua tentativa contra a vida do meu filho não foi falha.

Os olhos de Kathleen brilharam com a batalha ganha.

-E a escrava? Ela também morreu? –ela perguntou com um enorme sorriso.

- Não, o mesmo não posso dizer de você. –ele falou e os olhos castanhos cintilaram com raiva.

-Oh, vai me mandar de volta para Aachen? – ela disse com sarcasmo. – Tenho de lembrá-lo que me tirou do seio de minha família e me trouxe para cá, dando sua palavra ao rei que se casaria comigo?

Kathleen sabia onde estava pisando. Era uma tolice ela pensar que Ibrahim não sabia.

- Oh, por favor, milady, não preciso que me lembre de tal promessa absurda. - ele disse como uma cobra prestes a dar o bote. Kathleen sabia disso. - Mas, corrija-me se necessário, o acordo, também prometia por sua parte uma esposa casta. Correto? –os olhos brilhando de fúria.

-O que está insinuando? –ela perguntou não querendo admitir a si mesma que Ibrahim não seria capaz de fazer aquilo.

-Estou afirmando, milady, que devido ao não cumprimento de sua parte, o acordo está desfeito. - um sorriso cruel tomando suas feições.

-Como ousa Ibrahim? –ela gritou enquanto corria até ele e lhe golpeava o peito. Lágrimas escorriam por seu rosto. – Eu fui trazida a esta casa quando ainda virgem! Tens uma obrigação para cumprir com minha família! –ela gritou para quem quisesse ouvir.

-Tenho? E pode provar isso Kathleen? – Ele estava tomado pelo ódio. Sabia que aquilo poderia ter uma consequência incalculável, mas no momento, só pensava no que a mulher a sua frente havia causado a Janine. – Ao que me consta, você se deitou em minha cama por livre e espontânea vontade, assim como poderia ter se deitado com qualquer um de meus homens.

A carta final havia sido jogada. E Kathleen tinha plena consciência de que havia perdido a batalha com Ibrahim. Não poderia fazer mais nada. Sabia que uma mulher sem virgindade não era levada a sério na Corte. Se tentasse ser socorrida por sua família, seria renegada. Nenhum homem daquele feudo levantaria sua espada para defendê-la. Estava arruinada, mas isso não fez com que o ódio e o veneno em seu coração diminuíssem.

-Ouça bem o que vou lhe dizer Ibrahim: se você me devolver a minha família, eu farei com que você perca todas as tuas terras e sua dignidade. –ela disse em uma ameaça fria, mas tendo a certeza de que estava correndo um sério risco ao falar naquele tom com um homem.

- E como pensas em fazer isso? –ele perguntou tentado. O que afinal uma mulher sem defesas poderia fazer contra um duque?

-Simples, - os olhos azuis mostrando um lampejo de vitória. –Contarei a Lady Janine Hathaway deGlasgow que esse feudo, junto com todas as terras que você e sua família dominam, são dela por direito de nascimento. Ou já se esqueceu de como seu pai engan...

Kathleen foi impedida de continuar pela mão de Ibrahim que se fechou em torno de sua garganta a impedindo de falar.

- Estou repensando meus conceitos sobre se matar você não seria um favor a sua família. –ele disse e apertou um pouco mais a mão, para finalmente soltá-la.

Kathleen escorregou até o chão enquanto tossia e massageava o local.

- Você sabe... –ela continuou falando como se a ameaça não a tivesse atormentado. - Foi por isso que não quis Pavel perto dela. Você sabe que a menina é nobre. – ela fez uma pausa. -Qualquer um notaria que ela fora criada para pertencer a Corte, e não fazer o serviço que desempenha nessa casa.

- Se está pensando que pode me ameaçar com estas palavras Kathleen, fique sabendo que tudo o que irá conseguir é despertar meu ódio. – e então caminhou a passadas rápidas para fora da cela, onde deu instruções aos guardas de que Kathleen não deveria receber nenhuma visita e que seria alimentada apenas uma vez por dia.

A ameaça não mexeu com Ibrahim. Apenas o deixou mais esperto. Janine não poderia descobrir sua descendência. Para ela, o pai perdera a casa em um jogo há anos. Não poderia saber que Ibrahim estava ligado diretamente aquilo, e que não havia sido como todos pensavam. Estava começando a sentir uma afeição pela escocesa que nunca havia sentido antes. Não poderia se deixar mover por sentimentos, quando seu dote e sua honra estavam em jogo. No entanto se, se casasse com Janine, tudo passaria a ser dele. Ninguém jamais poderia reclamar a posse de algo que ele havia conquistado.

Então novamente voltou a descer as escadas, mas uma voz que ele reconhecia muito bem o fez parar e prestar um pouco de atenção para ter certeza do que estava ouvindo, no inicio se assustou pela determinação mas depois lhe ocorreu uma idéia...

_ Aquela víbora, como ela ousa machucar minha senhora e sair impune, mas se ela pensa que eu vou deixar passar barato, não irei mesmo, nem que as conseqüências sejam outra surra, não me importo... - E voltou a andar de um lado para o outro do quarto enquanto Imbraim se aproximava mais da porta que estava entre aberta com um plano em sua mente... Por ser homem e diferente do pai ele nunca relaria em Kathllen, porém Anna pode bater e se ele encobrir ela nenhum dos dois sairão perdendo, fora ai que as próxima palavras de Anna o fizeram se segurar para não cair na gargalhada...

_ Mas como irei passar por aqueles guardas idiotas, pior ainda como irei fazer tudo que tenho que fazer sem que Pavel ou Janine descubram não quero nem pensar no que vai me acontecer quando ela descobrir é capaz até do jeito que ela é me fazer pedir desculpas... Ah isso não farei nunca.. Não mesmo... Mas ainda terá Pavel acho que com ele será mais fácil pois ele sabe que eu estava pensando em fazer alguma coisa mas ainda tenho medo da reação que minha senhora terá... - Imbraim não se conteve e adentrou ao quarto dando altas gargalhadas o que fez a pobre Anna dar um salto para trás...

_ Meu senhor... Que susto... - Ela ainda estava com o coração disparado mas estava também com medo de que seu senhor tenha ouvido o que por descuido ela estava falando em alta voz...

_ Ora Anna com tantas pessoas que deveria temer, a única pessoa que tens medo é de Janine... - E com isso riu novamente, a pobrezinha não sabia o que dizer pois tinha certeza que seu senhor ouvira o que ela disse, mas ainda sim ela não sabia como agir...

_ Meu senhor... me perdoe... Eu não quiz... - Imbraim a olhou em desafio o que fez ela bufar e o encarar, já que ela estava se queimando então que o fogo a atinja...

_ Quer saber meu senhor fora isso mesmo que ouvira, e quer saber não me importo com o que pode me acontecer mas antes irei dar uma boa lição naquela víbora ardilosa da Lady Kathllen, pois ninguém mexe com a minha senhora e sai impune... - E com isso cruzou os braços e encarou seu senhor esperando o castigo que não veio..

_ Estou impressionado minha querida nem mesmo quando desafias-te Kathllen e a mesma ordenou que te dessem uma surra, nunca a vi com tanta fúria mas estou impressionado com a lealdade que tens por Janine é por isso que não te punirei mas te pedirei um favor... - Ela o olhou ainda desconfiada, mas assentiu com medo do que viria a seguir...

_ Como sou um homem com caráter não tocarei em uma dama, pois isso me sujeitaria a agir como o miserável daquele que um dia se titulou meu pai, porém você minha jovem pode e com a minha ajuda a sua "senhora" não irá descobrir muito menos meu caro irmão que sei que tem muito apresso por ti...

_ Com todo respeito meu senhor mas se isso for uma piada não estou achando graça nenhuma...

_ Não Anna não estou contado nenhuma piada, até porque isso nunca será do meu feitio mas estou lhe propondo que juntos nos ajudemos. Você dando uma surra em Kathllen e eu lhe cobrindo... - Ela assentiu ainda em desconfiança e logo um largo sorriso brotou em seus lábios, pois fora ai que a sua consciência captou o que seu senhor estava lhe propondo uma vingança e ainda ser encoberta ou seja Jane não saberá...

_ Eu aceito meu senhor, podemos ir agora mesmo... - Imbraim riu da pressa da Jovem mas ainda resolveu dar um alerta...

_ Anna por favor só quero que de um susto na lady Kathllen e não a mate pois ainda pretendo devolve-la ao rei...

_ Meu senhor me conheces muito bem e deves saber que não em sujeitaria a tal ponto - Dito isso Abe teve certeza que o acordo estava feito e com isso subiram novamente para a torre para que uma "víbora" como costuma chamar Anna a Lady kathllen e lhe dar uma surra e fazê-la sofrer por tudo que fizera com a Jovem escocesa...





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Notas finais do capítulo

Olá me desculpem pela demora mas tive umas semanas complicadas...
Eu tive minha formatura ai a Annia disse que escrevia o próximo capitulo, mas a minha maninha estava inspirada e me mandou dois capitulos e bom eu amei os dois mas escolhi um e deixei o outro para mais para frente, só aumentei ele um pouco sempre mantendo o foco no que ela pensando
Sério ela anda tão inspirada ultimamente...
srsrs..
Mas voltando prometo que tentarei não atrasar com vocês.
Mas acho que não pois a Annia está com internet novamente então estamos nos falando com mais frequência.
Falei demais não?
Ah mas acho que a felicidade da Shadow pega...
Hj estou muito feliz...
Bom esse capitulo é dedicado a uma pessoa que gosto muito (Pelo amor de Deus meninas não fiquem com ciumes, amo todas igualmente.)
Mas voltando esse capitulo é dedicado a No_Chan.
P.S: Miwa e Ray nada de ciumes ouviram.
P.S²: Kah, Esther e Hannah vocês tbm nada de ciumes cada uma tem um cantinho especial no meu coração...
Enfim amo todas que leem esta fic... Sem exceção!!!
srsr...
Beijos meu e da Annia para todas vocês...
Amo muito vocês..



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