Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 22
Sexta, 20 de janeiro.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem a demora, obrigada pelos reviews e pela recomendação da minha leitora, obrigada mesmo pelo carinho de vocês... Ah, só um recadinho:
Tem gente me falando que era pra eu colocar mais cenas hots na fic, por isso, esperem a continuação, pois será mais apimentada por que será no ponto de vista de Matt e ele não vai ter papas na lingua.
Esperem pra ver!
Bj e espero que curtam mais um capitulo...



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Já faz um mês que o pai de vocês não fala nem uma palavra comigo... Até tá sendo muito engraçado, pois se ele não vai falar comigo, como vai me pedir pra fazer as coisas pra ele?

Ele tá se se vendo rodado ao ver que eu não faço absolutamente nada por ele ou para ele... Caminha cheirosa e perfumada? Tá dormindo no sofá fedorento. Comida, mesmo que uma droga, na hora certa? Anda comendo pela rua, pois só faço comida pra mim e SÓ! Acordá-lo para que não chegue atrasado nem na escola tanto como no trabalho? Há Há, pra isso existe uma coisa genial chamada D-E-S-P-E-R-T-A-D-O-R! E suas roupas? Bom, ele anda a quase três dias usando a mesma blusa e nem vou falar da pilha gigantesca de roupa suja intocada dentro do banheiro.

 Vocês vão lavar? Não?! Pois é, nem eu...

Hoje, como de costume, levantei-me e fiz minhas obrigações matinais. Fui para cozinha passando pela sala e vendo aquele energúmeno todo troncho no sofá minúsculo, mas dando de ombros, fui fazer meu café da manhã.

Depois que terminei de comer, olhei para o relógio e vi que faltava apenas cinco minutos para que Matt estivesse bem atrasado para o trabalho. 5...4...3...2...1.

-MERDA! –Gritou de lá da sala e pelo barulho que ouvi, caindo no chão.

Ouvi mais alguns barulhos pelo corredor, pois ele consegue ser pior do que eu quando acaba de acordar, É filhos, isso é possível... Foi assim que eu consegui saber que ele vinha para cozinha também sem ser pega de surpresa e me preparar. Ele pegou uma maça e antes que ele saísse, pigarreei.

Ele deu um giro muito louco e ficou me encarando pasmo com seus olhos cor de esmeralda quase saindo das órbitas.

-Quer falar comigo? – Perguntou se fazendo de desentendido, mas seus lábios estavam contorcidos num sorriso vitorioso.

-Não se alegre de mais. – Falei seca. – Só quero que saiba que hoje vai ter consulta e se quiser ir... – Dei de ombros. – Será às três horas.

-Tá. – E saiu.

Duas e cinquenta e seis e o lindo do pai de vocês nem deu sinal de vida. A enfermeira com uma verruga gigante no nariz veio até mim e perguntou se eu teria “realmente” que espera-lo.

-Ah, sabe de uma coisa? –Falei me levantando. – Não tenho, não.

Ela sorriu com aquela cara de que não tá nem aí pra mim e me levou para o trocador. Assim que eu saí do vestíbulo já vi Tyler me esperando.

-E aí, mamãe? – Falou sorrindo.

-Já não basta chamar sua mãe assim, Ty? – É, ele realmente a chama assim e é muuuito estranho.

Ele apenas sorriu constrangido e me ajudou a sentar na cadeira. Antes era muito esquisito tê-lo como meu obstetra, mas agora eu já nem ligo mais.

-Cadê o cérebro de azeitona? – Perguntou com um careta, os dois haviam feito um trato que os dois seriam amigáveis um com o outro, dentro da sala, pois fora poderiam se matar, como eles mesmo disseram: “ Do jeito mais cruel que conseguiremos imaginar e Anna não irá tomar partido!” Mas nunca deixaram de apelidar um ao outro com “apelidos carinhosos” como esse.                                                                     .

-Não veio e eu não quero falar sobre isso, ok? –Falei desviando do seu olhar inquisidor.

-Tudo bem. – Falou passando um gelzinho gelado na minha barriga.

-Tá. –Deu de ombros, mas eu o ouvi murmurar. – Problemas no paraíso.

-Aquilo lá nunca foi um “paraíso”. – Constatei seca. – Matt é um menino mimado que gosta de farrear... Acha que não tem responsabilidades alguma! Não sei o que vi naquele traste!

Ele não falou nada apenas assentiu e voltamos ao assunto de que vocês estavam muito bem, obrigada. Estávamos rindo de alguma piada sem graça de Tyler, quando uma enfermeira aparece do nada:

-Srta. Bullock, a aula do VIDA foi adiantada para hoje. – Comunicou e saiu.

-Merda. – Murmurei e Tyler me olhou sem entender, então expliquei: - Matt não vem.

-Se você quiser... – Ele começou, mas depois desistiu: - Deixa pra lá.

-Fala! – Pedi sentando-me, mas ele negou com a cabeça. – Eu juro que não vou rir...

-Tá. – Suspirou como se estivesse se rendendo pra algo. – Se você quiser, eu posso ir com você, sabe, pra você não ir sozinha... – Falou ajeitando os óculos que já estavam milimetricamente perfeitos em seu rosto.

-Tudo bem. – E me levantei um pouco cambaleante, pois a minha barriga pesava e pendia um pouco pra frente.

Até parecia que eu tinha comido uma melancia e ela ficava me chutando toda hora. Filhos, vocês sabem que eu amo vocês, né?

Assim que chegamos, vimos que as outras gravidas estavam encarando Tyler como se estivessem vendo anteninhas em sua cabeça.  Ele pareceu desconfortável, mas se sentou atrás de mim naquele colchonete de Yoga que eles botam no chão pra gente se sentar e que precisamos de um guindaste pra levantar.

Maya, a instrutora que eu tenho quase certeza ser viciada em maconha, pediu para os parceiros segurarem a barriga de suas parceiras num abraço amoroso que transmitisse a paz interior.

Sério, foi muito estranho!!

Assim que Tyler, todo sem graça, me tocou eu fiquei toda “nervosa”, por assim dizer. Sei lá, parecia que meus hormônios estavam pirados esse mês, bem mais do que já são, pois ontem mesmo eu achei um charme o cara gorducho que fica correndo na nossa rua... E o pai de vocês nunca foi tão irresistível pra mim como tem sido nas ultimas semanas. Parecia que ele sabia e fazia só pra me pirraçar mesmo, pois, ele ficava só de toalha andando pela casa... Só de lembrar, minhas pernas tremem.

Sim, voltando à aula, hoje Maya estava ensinando como evitar o pânico na hora do parto, e que o parto natural era a melhor forma de uma mãe demonstrar seu amor por um filho.

-É, por que é uma dor desgraçada... – Gemeu estremecendo, pensando alto e esquecendo que era pra ela nos tranquilizar e não ficar nos metendo medo. – Mas vocês não querem ser egoístas e se encher de analgésicos, apenas pra não sentir dor, não é?

-Eu quero! – Constatei levantando as mãos e percebi que era a única, até Tyler me olhava cético. – Gente, aqui é dose dupla, nem vem tá? E você. – Falei olhando pra Tyler. – Nem me olhe com essa cara... A dor, quem vai sentir sou eu!

-Mas é o milagre do nascimento! – Maya falou, mas eu vi que nem ela acreditava nessa baboseira.

-Eu sei, mas pretendo passar totalmente dopada e sem dor alguma. – Dei de ombros e vi que algumas gravidas ao meu lado concordaram com a cabeça.

Gente, minha coluna estava tão acabada que eu despenquei em Tyler e me escorei em seu corpo. E um de vocês não ajudava, pois botava o pé na minha costela... Vou descobrir quem foi, quando eu ver o pé torto.

Do nada, Matt aparece todo esbaforido praticamente botando o pulmão pra fora e quando me viu ali com Tyler, fechou a cara e saiu batendo a porta. Que cara doido!

-Ligue não, é o problema de DNA. – Tyler falou em tom profissional, fazendo me ficar confusa. – Demasiada Necessidade de Aparecer.

É, mas eu, com certeza, vou ter problemas quando eu chegar em casa, ah, vou...


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Notas finais do capítulo

Deixem-me feliz, reviews são muito bem vindos!