Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 24
A Captura


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui ainda debilmente escrevendo capítulos. Bem,receio estar ficando cada vez mais esgotada agora que estou de novo na lida da escola, mas podem contar comigo sempre por aqui!
Boa Leitura!



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Cap.24

— Hermione! – Draco ainda parecia aéreo. Até que de uma só vez, sua cabeça voltou para o lugar. — Onde você se meteu? Pra onde ele te levou?

— Eu não sei! – Hermione quase esganiçou. — Ele nunca disse!

— Como assim, Hermione? Tem ideia do que tem acontecido?

— Não! – Hermione quase teve um ataque. — Estou isolada, olha!

Hermione virou o espelho de vagar para a praia e para o mar.

— Isso não é na Inglaterra...

— Isso eu já deduzi! – Disse Hermione. — Será que ele me trouxe para a Rússia?

— Eu não sei! – Sussurrou Draco, alterado.

— Eu também não!

— Sendo como for... Que alívio te ver! – Admitiu Draco. Por um instante tentou tocar Hermione, mas lembrou que estava a vendo por um espelho. — Por que você não falou pelo espelho nenhuma vez?

— Jacques tinha escondido ele de mim. Na verdade, depois que começamos os treinos, eu fui ficando tão esgotada e não pensava em nada mais que me recuperar, e depois esgotar tudo de novo, mas... Acho que estou começando a pegar jeito...

— Hermione, O Ministério caiu! – Contou Draco como se não suportasse mais ter aquela informação entalada nos pensamentos estando de frente para Hermione.

— COMO?

— Faz algum tempo na verdade. Achei que você já tinha sido exterminada. A Comissão de Registro dos Nascidos Trouxas. Eles estão até pagando para capturarem nascido-trouxas. E, acredite: você está no ranking da lista dos procurados. Acho que Você-Sabe-Quem entregaria a varinha, se ainda tivesse a dele, para pôr as mãos em você!

— “Se ainda tivesse a dele”?

— Depois do inconveniente na mudança do Potter, ele decidiu trocar de varinha, já que a dele e a de Harry se repeliram.

— Que mudança do Potter? Harry enfrentou Vol...

— Não diga mais o nome dele! – Draco acudiu. — Se você disser, será o mesmo que invocá-lo, e tenha certeza de que ele vai aparecer! E sim, eles se enfrentaram enquanto Harry e mais uma horda de outros bruxos iam de Little Whinging para algum esconderijo.

— Mas alguém morreu?

— Ouvi falar, mas não tenho certeza: um Weasley e um professor... Alguns comensais também, mas acho que não são importantes para você... – Draco contou vendo os olhos de Hermione começarem a se encher de lágrimas.

— Weasley? – Repetiu com uma vozinha fraca.

— Não disse que foi aquele seu amiguinho...

— Mas o Rony não! Ele não pode ter morrido! O Ron... – Hermione tremeu tanto o espelho que Draco perdeu a imagem dela.

— Hermione, calma! Parece que o não foi o Ronald por que, segundo o que os investigadores do Ministério falam, ele parece estar com sarapintose na casa dele. Harry está foragido e ninguém pode imaginar onde esteja agora!

Hermione conseguiu se reacomodar, sentando na areia flexionando os joelhos, para apoiar o espelho na perna, já que sua mão tremia muito.

— Queria vê-los... – Comentou.

— Sugiro que, seja lá onde esteja, fique por aí. – Disse Draco num tom duro. — Não vale a pena se arriscar. Hogwarts está sob a direção de Snape e, ainda que haja alunos lá, não se parece mais com uma escola...

— Você está em Hogwarts?

— Eu? – Draco sorriu ironicamente. — Nem se me obrigassem!

— Draco, eu não posso mais ficar aqui! Eu preciso ir embora!

— Hermione, esses sequestradores estão por toda parte! Não haveria um lugar sob a face da terra que você pudesse estar segura, mas se aí isso acontece, não brinque com a sorte! Você-Sabe-Quem está agindo por dois lados, como você desapareceu, por hora, ele está dando mais atenção a uma outra chance de reassumir o poder. Mas se ele sonhar que você está por aqui, já era!

Hermione sentiu um frio terrível no fundo do estômago.

— Espera. Que outra chance de reassumir o poder?

— Ora Hermione, você não sabe? A aula da professora Aurora. As Relíquias da Morte, a Varinha das Varinhas!

— Não acredito que você acha que essa história é real! – Desdenhou Hermione.

— Não acredito que você acha que é um conto pra dormir! É um dos maiores motivos da ambição na história do mundo bruxo! Até Dumbledore passou bom tempo da juventude dele atrás de reunir as Relíquias da Morte!

— O QUE? Que disparate é esse Draco? – Hermione parecia estupefata.

— É o que ele fazia. Ele e o Gellert Grindelwald, até a irmã de Dumbledore, Ariana, ser morta e ele decidir parar de ir atrás desse poder. Mas Grindelwald não desistiu, e depois de alguns anos, começou a tocar o terror, sabe... – Draco fez uma pausa. — Em 1945 Dumbledore o derrotou.

Hermione parecia embasbacada.

— C-c-como?

— Quem disse que eu não ia à seção reservada para ler História da Magia? – Draco brincou fazendo Hermione ter que dar o braço a torcer.

— Então quer dizer que Vol... – Hermione parou antes que Draco a repreendesse. — Então, Você-Sabe-Quem está atrás da Varinha das Varinhas? Como? Quem poderia ser o dono de um artefato desses e viver no anonimato?

— Ora, não vem escrito na testa quem é ou não dono de uma coisa dessas! Mas acho que Você-Sabe-Quem está atrás de boas pistas.

— Draco eu...

— Tem gente vindo, Hermione. Eu tenho que ir.

E a escuridão apagou a cena de repente, mas pareceu demorar mais um pouco para desaparecer a impressão dos olhos de Draco no espelho. Hermione o guardou no bolso, abraçando os joelhos e permitindo um momento de profunda agonia. Meio mundo se desfazia lá fora e outro meio se contorcia dentro dela. Não sabia ao certo como agir, mas ficar “a salvo” era egoísmo demais. Harry quase morrera e ela não viu; Rony doente e ela não estava lá; um Weasley e um professor morreram e ela não estava nem perto! Nascidos-trouxas sendo exterminados como uma peste e ela ali, “a salvo”?

Hermione se levantou da areia inflada por uma força que não tinha nada a ver com poder mágico ou o que quer que fosse. Era o impulso de querer fazer algo por aqueles que estavam lutando, mesmo ameaçados, mesmo sem boas chances... Se eles estavam lá fora tentando, ela também ia ter que tentar.

Hermione voltou dentro da casa e trocou a camisa e a calça de dormir por um dos jeans que melhor lhe servia e mais uma camisa de botões masculina. (Parecia que Jacques era incapaz de comprar algo que fosse feminino, exceto uma saia comprida xadrez que Hermione achou que nunca usaria!). Então, tornando a sair da casa, com o livro de feitiços de proteção à mão, Hermione hesitou. Era estranho conjurar um feitiço sem uma varinha, mas ainda assim, ela estendeu o braço esquerdo apontando para um ponto qualquer no ar. Disse as palavras do contra-feitiço e sentiu um calor percorrer do seu ombro até a ponta do dedo indicador.

De repente, uma névoa se formou no ar, como uma camada que se dissolvia, e logo sumiu como se nada tivesse acontecido. Hermione pensou duas vezes ainda. Correu para dentro da casa e colocou o livro na mesa, mas antes, escreveu nele a seguinte frase:

“Sei que vai ficar bravo, mas só estou fazendo o que acho certo. Obrigada pelo treinamento, professor”.

E tornou a sair. Hesitou sem saber ao certo se consegueria desaparatar sem varinha, mas assim que tentou, sentiu os pulmões serem comprimidos pela escuridão rodopiante.

Harry estava, por parte, feliz por ter encontrado a Taça de Hufflepuff, mesmo que tenha tido de entrar no Gringotes debaixo da capa e tendo que utilizar uma das maldições imperdoáveis, Imperius; depois de ter perdido a espada de Godric Gryffindor para Grampo. Rony pelo menos o lembrara de uma coisa: havia dentes de basilisco ainda dentro da Câmara Secreta. Mas chegar lá parecia uma loucura, apesar de Harry concordar que, mais cedo ou mais tarde, teria de aceitar a grande chance de haver uma horcrux dentro da escola.

Ele e Rony ainda se perguntavam se Hermione estava viva, pois seu nome nunca foi ouvido ou comentado para nenhum tipo de notícia, boa ou ruim, e o sumiço dela nunca deixou de angustiá-los. Mas naquele dia, enquanto voltavam da grande proeza no Gringots (que agora deveria estar em polvorosa depois de notarem o arrombamento do cofre) ainda debaixo da capa, passando por um beco escuro, Harry desabou no chão.

— Harry? – Rony cochichou com medo de alguém percebê-los. — Harry acorda! Isso não é hora, Harry! Oh, droga...

Mas Harry estava longe dali. Ele podia sentir a cólera de Voldemort espremer seu peito, e o perigo congelar sua espinha.

— Hermione... – Harry gemeu.

— Hermione? – Rony tomou um susto. — Você está vendo a Hermione?

— AH DROGA! – Harry berrou acordando subitamente. — Ah Droga! – Repetiu.

— Ela está viva?

Harry se agarrou no braço de Rony para levantar. Um suor pegajoso se formou na sua testa.

— Ron... – Harry arfou. — Ela está indo para A Toca. Ela vai ser pega pelos sequestradores.

— O QUE? Temos que fazer alguma coisa?

— Temos que ir agora!

— Certo. No três.

— TRÊS!

E os dois desaparataram rodopiando na escuridão compressora. Quando chegaram foi difícil pensar e agir ao mesmo tempo. Hermione tentava furar a proteção em torno d’A Toca e logo à distância cinco vultos encapuzados se aproximavam. Harry e Rony gritaram o nome dela antes que eles a alcançassem.

— MENINOS! – Hermione gritou sentindo um impulso de felicidade despontar dentro do peito, mas os rostos aterrorizados deles apontavam algo além dela. Quando Hermione se virou, a felicidade evaporou como uma gota na chapa quente.

EXPELLIARMUS! – Gritou Rony tentando desarmar um dos comensais, mas ele desviou o feitiço de volta para o dono, e Rony caiu alguns metros para trás.

Sectumsempra! – Harry bradou e um dos comensais caiu no chão na mesma hora.

Irados, os outros quatro começaram a investir, ameaçadores. Hermione abriu os braços e uma camada protetora se formou no espaço entre eles e os comensais. Harry e Rony ficaram sem entender e com os olhos quase para fora das órbitas.

— Hermione o que você...? – Rony tentou perguntar se levantando.

— É a Magia Real! É aquilo que eu vi Você-Sabe-Quem falar. Ela é a arma Rony. A Mione! – Harry explicou apressadamente.

— O que a gente faz? – Rony perguntou vendo que os homens não conseguiam destruir a barreira de Hermione.

— SAIAM DAQUI! – Gritou ela. — POR FAVOR! VÃO EMBORA!

— NÃO! – Rony se impôs. — Precisa vim com a gente!

As luzes n’A Toca começaram a se ascender. Hermione vacilou o olhar para lá, com medo de algum Weasley sair e ser ferido de graça. Então, num breve instante em que pensou em virar de costas e se juntar a Harry e Ron para desaparatarem, seu feitiço se desfez e três dos feitiços dos Comensais a atingiram de uma só vez no peito, fazendo-a tombar.

— HERMIONE! – Rony deu um grito quase gutural, correndo para ela, mas sendo impedido por um comensal, que conjurou cordas para imobilizá-lo no chão.

Harry ainda tentou lutar, mas sua varinha foi tirada de sua mão e foi imobilizado pelo feitiço do corpo preso.

Os quatro comensais se aproximaram dos três. Harry e Rony sentiram uma ânsia imensa de vômito contorcer-lhes o estômago. Um mesmo pensamento passou pela cabeça dos dois: “Era o fim”!

— Para onde? Para o Ministério? – Perguntou um dos comensais, com uma voz medonha.

— Ficou doido idiota? – Rugiu o outro. — Esse aqui é o Potter! Ele e a sua trupe! – Ele riu sadicamente. — Esse lote vai direto pra Mansão Malfoy...

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Juro, eu to com medo do que eu mesma estou planejando pra essa fic, MAS NAO POSSO DESVENDAR NADA...
Meninas, por favor, imagine que é uma enquete:
"o que vai acontecer no próximo capítulo"?
Vocês me responderiam? Por favorzinho, a autora tá muito curiosa da opinião de vocês!
Obrigada!
Mila.