Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 38
Missão Madrinha de Casamento


Notas iniciais do capítulo

"Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará"
- Murphy
Por uma mistura de fatores eu demorei duas semanas.
E acreditem, eu não queria.
1- A minha Speedy foi cancelada
2- Quando a internet voltou ao meu lar descobri ter sido HACKEADA no nyah.
3- Me vinguei com estilo da Hacker e recuperei minha conta. É, sou uma bitch sem alma!
Agora ao que importa, perdi leitores? *sorrisinho sem graça* espero sinceramente que não!
Vamos ao capitulo!
Ah, a fic está na reta final (TODOS CHORAM) Masssss, teremos uma SEGUNDA TEMPORADA! Se vocês quiserem, claro. Portanto, hoje nos rewiens marquem uma dessas opções:
( ) SIM! SIM! Lolis, sem ti o Sol não brilha mais, você é meu raio da saudade, meteoro da paixão, minha Sweet Child O´Mine, minha rebelde do coração! E além do mais NYAH! não é o mesmo sem tua ilustre e radiante presença! Escreve, senão eu ME MATO!
( ) Ah, acho que vai ficar meio repetitivo. Sabe, essa história de rebelde sem causa e tudo mais cansa. Acho que você devia pender para novos ares, fazer coisas novas. Talvez tricô! Ou escultura! Algo que enriqueça seu intelecto! Ou sei lá. Vai estudar e ser algo que preste na vida. Escritor não dá grana.
( ) ODEIO SUA HISTÓRIA! Quer sugestões? Eu te dou a minha. Se mata! Sua história é um lixo, você é uma metida a rebelde irônica e com um humor desgastante! O mundo agradece se você passar a faca nos pulsos.
As opções agradam a todos os gostos u_u kkkkkk
Bem, vamos a história!
Enjoy it!



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Estar no comando era demais. Mesmo. Ver todas aquelas mulheres – e o Rudolph – me ouvindo atentamente era uma sensação indescritível.

- Muito bem – comecei – Jenny, certificou-se que a noiva está a um raio de três quilômetros no mínimo?

- Sim! – ela sorriu orgulhosamente – Mandei ela ir passear com Steven e Izzy. Vão tomar sorvete. Não voltam em menos de meia – hora.

- Ótimo! – anunciei – Então acho que é hora de começarmos com a M.M.C.

- M.M.C? – Tammy perguntou – Que droga é essa?

- M.M.C é a sigla de Missão Madrinha de Casamento... – expliquei impaciente.

Um ‘Oh...’ coletivo foi ouvido. Tossi.

- Voltando. Missão Madrinha de Casamento, ou M.M.C é basicamente o que uma espécie de junta secreta que ajudara a noiva e impedira que qualquer coisa, por mais estúpida que seja, desande.

Anna levantou a mão.

- Diga, Anna.

- Eu escrevi recentemente uma matéria para a Vogue Italiana sobre isso. Deveres de uma madrinha. Ainda tenho o rascunho. Posso pega-lo se for preciso.

- Brilhante. Pegue ele sim. Vamos precisar. Alguém mais tem alguma pergunta?

Sharon levantou o braço.

- Fala – incentivei. Ela limpou a garganta e disse.

- Se algo der errado, qual é a nossa posição?

- Boa pergunta... – Glister concordou.

- É mesmo. E se por exemplo o vestido da noiva descosturar? Ou a limousine quebrar, ou o buffet chegar errado? – Evie ponderou.

- Bom, não sei o que pode acontecer ou não, mas uma coisa eu digo: A Erin está apostando todas as fichas dela nesse casamento. Aconteça o que acontecer daremos um jeito! Vai ser o dia mais importante da vida dela, tem que ser perfeito!  - falei de uma maneira quase obcecada.

Todos assentiram.

- Vou distribuir tarefas. Temos apenas uma semana e o tempo é curto... – murmurei – Evie Zamoura tem a decoração. Pode contratar quantas pessoas precisar para te ajudar.

- Certo! – ela disse anotando numa folha de papel.

- Anna Madson e Olive Purkle buscar o vestido dela e os sapatos na Dior e no Jimmy Choo respectivamente.

‘Rudolph fica encarregado de procurar modelos adequados para nossos vestidos. Jenny e Sharon vão cuidar da despedida de solteira. Nancy do buffet, já que ela trabalha com isso, certo? Tammy está encarregada de comandar o grupo de maquiagem e eu e a Glister vamos tomar contas da lista de convidados e ainda vou supervisionar e acompanhar todos nas tarefas sempre que possível.’

- Eu tive uma idéia fantástica para a despedida de solteira – Sharon disse animada – O que acham de fazermos um chá de lingerie para ela?

- É, assim já economizamos tempo. Não precisaremos ir a Macy´s escolher a roupa de núpcias – Jenny concordou.

- Podíamos escolher um tema! – Evie se empolgou.

- Selva? – Olive tentou.

- Não, brega demais... –Sharon fez pouco caso.

- Astros de Rock? – Nancy sugeriu.

- É uma boa idéia. Mas meio previsível... – Jenny comentou.

- Vamos fazer algo bem feminino. – Tammy disse.

- E malicioso, por que senão não tem graça... – Anna sorriu sadicamente.

- Estou tentando pensar em algo... – Rudolph mordia o dedinho.

- Por que não, Coelhinhas? – Glister estalou os dedos.

- Coelhinhas? – repeti.

- É. Nunca ouviu falar? As coelhinhas originais da Playboy. Quando elas ainda usavam rabinhos felpudos, orelhas e aquele maiô, e não saiam totalmente nuas nas revistas.

- Gostei – Jenny confessou.

- Eu também... – Anna comentou – Conheço a mulher que faz as roupas para as próprias coelhinhas. Aposto que ela não se importaria de emprestar para nós algumas das fantasias.

Meu Deus, eu estava criando monstros.

- Mas... Coelhinhas?! – teimei.

- É. Algum problema Draffy? – Glister perguntou.

- Não, nenhum – resmunguei – Estão todas de acordo?

Todo mundo levantou a mão. Ótimo.

- É... Tudo bem então. Coelhinhas... Separamos um andar do hotel já?

- Claro. Vamos antes que os padrinhos façam isso... – Evie falou de maneira sombria.

Padrinhos eram os inimigos naturais das madrinhas. Enquanto nós íamos apenas sacanear a noiva, usar lingeries e dar lingeries para a Erin na despedida de solteira dela, os meninos iam beber, trazer prostitutas para cá, beber mais, transar, fumar, beber, transar de novo, beber mais um pouco, transar com duas ao mesmo tempo, vomitar, transar... Um ciclo sem fim.

Ou pelo menos até a despedida de solteiro acabar.

- Eu reservo – decidi – Vou fazer isso agora. Já volto.

...

...

Desci até a recepção. Eu estava focada na cobertura. Lá tinha um salão de festas imenso e magnífico. Iria ser demais ter nosso chá de lingerie

naquele lugar.

Qual foi minha surpresa encontrar o cavalheiro de honra, ou seja lá como chamam o padrinho – chefe já conversando com a secretária.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntei a ele entre os dentes. A mulher saiu por uns minutos a fim de pegar as chaves da cobertura.

- Reservando a cobertura para a despedida de solteiro do Axl. Algum Problema?

- Ah... Sim?! Eu ia reservar a cobertura para o chá de lingerie da Erin!

- Chegou atrasada.

Tive vontade de socá-lo.

- Me dá licença! – exigi o empurrando e leve com o corpo e me posicionando debruçada e sorridente no balcão.

- Não dou não... – ele esticou os cotovelos de maneira espaçosa.

- Você está sendo infantil! – fiz birra.

- Você que está sendo infantil! – ele rebateu.

- Senhor Hudson? Senhorita Hunter? – a secretária havia voltado – Algum problema?

- Estamos bem – sorri falsamente. Slash me imitou. A mulher pareceu receosa.

- Bom, aqui está sua chave, senhor Hudson...

- Ah, não é a chave dele – segurei a mão dela no meio do caminho – Me desculpe, mas ouve um engano. A cobertura é para ser reservada para o chá de lingerie da noiva.

- Não... – Slash continuava sorrindo – É para a despedida de solteiro, certo Angélica?

- É Ângela – a secretária corrigiu enfezada.

- É, isso ai mesmo.

- Ângela... – falei de forma calma e calculada – Acha que o tipo de cara que esquece o nome de uma recepcionista tão simpática e bonita guardaria essa chave com responsabilidade?

- Hã... – ela olhava para nós dois – Você é lésbica?

- O que? Não!

- Então por que estava me cantando?

- Eu não estava te cantando!

- Estava sim – Slash se intrometeu.

- Cale a boca. Podemos voltar ao assunto inicial?

- Não – ele retrucou – Eu vim primeiro. É minha chave.

- Não. Não até eu dizer que é! – rebati – Você não vai cuidar dessa chave! Você vai perde-la, com certeza...

- É obvio que eu vou cuidar da chave. Só um idiota perderia uma chave.

- Você já perdeu uma chave... – cantarolei olhando minhas unhas.

- O que? Não, não perdi.

- Perdeu sim. Por sua causa ficamos trancados para fora do apartamento daquela vez...

- A chave não estava comigo. Estava com você! – ele acusou.

- Se estivessem comigo, nós teríamos entrado na HellHouse – retruquei.

A essa altura a secretária nos encarava num misto de confusão e medo.

- Você fala como se nunca tivesse perdido nada!

- Bom, pelo menos que admito que eu talvez seja esquecida!

- Mais um motivo para a chave não ficar com você!

- Ora seu...

- Parem! Parem! – Ângela pediu irritada – Querem por favor pararem de brigar? Parecem até casados! Que dias serão a despedidas?

Como eu não havia cogitado a hipótese de eles terem marcado num dia diferente? Suspirei aliviada. Slash pareceu sacar o fato também.

- Quinze de março! – falamos ao mesmo tempo.

A secretária balançou a cabeça negativamente. Aquilo ia ser mais difícil do que eu pensava.

- Não acredito que vocês marcaram para o mesmo dia! – me indignei.

- Ah, mil perdões dona Dama da Desonra, mas os pobres mortais aqui não sabiam que dia vocês haviam planejado...

- Perguntasse!

- Por que nós tínhamos que perguntar? Por que não vocês?

- Por que sim, oras. Isso é uma atitude cavalheira.

- Caso não tenha notado, apesar de eu ser um inglês não sou um lorde! Ou meu nome na verdade é Mr. Darcy e eu não sabia?

- Argh! – bufei – Você está me irritando. Vamos acabar logo com isso.

Ele me imitou fazendo caretas. Me limitei a fuzila-lo com o olhar.

- Isso! – Ângela pareceu animada.

- O que precisamos fazer? – Slash perguntou.

- Bom, um de vocês tem que mudar a data...

- Eles mudam. – decidi.

- Não. Não mudamos.

- Me dê um bom motivo – exigi.

- A lua vai estar em câncer – ele disse, tentando parecer convicto – É um momento auspicioso para se realizar tal cerimônia.

- Mas que merda...?

- Ah, não preciso de motivos. Eu cheguei primeiro.

- Bem, isso é verdade... – Ângela disse cuidadosamente. A fuzilei com o olhar e Slash parecia vitorioso.

- O cavalheirismo está morto. – bufei – É incrível como depois de vinte anos da vitória feminista sobre o machismo capitalista ainda aja tanta discriminação sexual e falta de apoio a causa...

Dramático. Eu sei. Mas é um dom que eu possuo.

A recepcionista pareceu repensar.

- Do que adiantou a invenção dos terninhos? E o uso de calças? Ou até mesmo a geração hippie e a liberação sexual? De nada. Neste hotel mesmo, em plenos anos 80 e em plena Nova York, ainda há preconceito – tagarelei.

Slash me encarava incrédulo.

- Nunca me deram um aumento salarial – Ângela confessou – Melvin faz o mesmo serviço que eu e ganha o dobro!

Nisso indicou outro atendente há uns metros de distancia.

- Entende do que eu estou falando agora? – tentei parecer o mais apaixonada pela causa o possível.

- Com toda certeza lésbica! – ela exclamou puxando o lenço azul marinho do pescoço e o atirando no chão – Liberdade! Igualdade! Paz mundial!

- Yeah! – apoiei – Hey, não sou lésbica!

- Você me abriu os olhos, irmã! Finalmente enxergo o mundo com mais clareza! Uma massa nojenta e cheia de desigualdade e miséria. Vou para a África. É! Vou proclamar a paz pelos quatro cantos do mundo! – legal, ela pirou.

- Lindo, Ângela! – sorri encorajadora – Boa sorte!

- Amém! A propósito. Tome sua chave. Faça bom uso da cobertura!

E saiu correndo dali, cantarolando e dançando como uma hippie drogada.

- Ahá! – comemorei balançando a chave na frente do meu oponente – Ganhei!

Ele bufou.

- Não por muito tempo.

- Ah, o que vocês vão fazer? Invadir nossa festa? Não seja idiota. Vamos contratar seguranças. Acho que alguém vai ter que se contentar mesmo com o hall do hotel...

Ele apenas me olhou carrancudo e virou as costas, saindo dali resmungando.

Continuei sorrindo provocativa. Até que eu dava conta do serviço...


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Notas finais do capítulo

Draffy e Slash. Primeira briguinha de fim de relacionamento. A-DO-RO ISSO! AHÁ!
Como teremos um belíssimo feriado pela frente, posto os capitulos nessa semana que vem. É. Então, até amanhã CAMBADA!
Bjs
Lolis