Sympathy for the Devil escrita por Lolis
Notas iniciais do capítulo
LoLita promete, LoLita cumpre! (Isso soou tão propaganda eleitoral...).
Como combinado, aí está o capitulo do começo das filmagens!
Ah, notaram a ironia com o titulo? Rrsrsrs...
Sintam - se bem vindas Blondie e Celly (já dei apelido...rsrs). Espero continuar vendo vocês por aqui *__*
Notinhas Finais...
Enjoy it!
- DRAFFY! ACORDA!
Se você nunca acordou com a doce voz do Adler gritando no seu ouvido você nunca sentiu ódio de verdade.
- VAI A MERDA! – devolvi mostrando, ainda grogue, meu dedo do meio para ele – Não vê que eu estou dormindo, animal?
- Mas já são sete horas! – eles afirmou.
- E daí? – enfiei minha cara no travesseiro.
- E daí que o Axl me mandou aqui. Para te acordar...
- Por que o Slash não me acordou? – perguntei esfregando meus olhos e os deixando ainda mais inchados.
- Ele não quis arriscar...
Bufei.
- Ótimo. Vou levar apenas alguns minutos. Fala para o Axl sossegar.
- Ok. Mas seja rápida. Eles já está se estressando...
- Aham, como se eu ligasse... Some!
Ele saiu rápido do quarto e puxei minhas sacolas debaixo da cama, me vestindo o mais rápido o possível. Calças jeans folgadas, uma maxi – camiseta do The Clash – que eu recentemente havia cortado abaixo dos seios. Tecnicamente, então, era só uma camiseta larga agora... – e All Stars detonados.
Enfiei minha cartelinha de cigarros no bolso traseiro da calça, sem antes pegar um e acender.
Pus um par de óculos escuros para disfarçar o inchaço e ajeitei meus cabelos com os dedos.
Sai pelo corredor e desci as escadas pulando de dois em dois degraus, até chegar lá fora, onde o tal ‘veiculo disfarçado’ me esperava.
- Vocês são discretos... – comentei irônica, entrando na limusine.
- Eu dei a idéia! – Glister sorriu me puxando para sentar entre ela e Steven. Duff sentava na outra extremidade, entre Slash e Izzy que pareciam ignorar a presença do baixista.
Axl, por outro lado estava grudado em Glister, com uma das mãos nos seus ombros e outra na coxa dela além de ostentar uma expressão satisfeita.
Eu conseguia sentir a tensão no ambiente.
- Vocês estão bem? – perguntei para Axl e Glister.
- Claro. Por que não estaríamos? – Glister respondeu.
- Hum... Ok, então...
- Memorizou seu papel? – Axl comentou.
- Claro. Eu o ensaiei a noite toda... – respondi trocando um olhar cúmplice com Slash. Axl fingiu um vomito.
- Eu realmente não precisava ficar sabendo disso... – Izzy resmungou.
- Reclamando por que está na seca? – Steven zombou.
- Não fala nada. Você está a mais tempo que eu! – Izzy retrucou.
Steven ficou vermelho. Ri.
- Depois de quanto tempo, vocês se consideram na ‘seca’? – Glister perguntou.
- Gata, se você não pega ninguém em no maximo três dias, você está na seca – Izzy explicou.
- Puxa... – Glister riu.
Eu apenas joguei meu cigarro pela janela.
- Vai ter um monte de modelos naquele hotel... – fingi tédio – E elas devem estar loucas para engravidar de qualquer um de vocês.
- Nossa, quanto otimismo... – Duff, que até então estava estranhamente calado falou.
- Sou realista. Isso, se não forem groupies. Essas aí, vão querer levar um souvenir... – sorri maliciosa. Eles fizeram caretas assustadas.
- Eu já fui uma groupie... – Glister comentou.
- Sério? – Slash comentou sarcástico. Aparentemente ela não notou.
- Sério mesmo. Como você acha que eu consegui aquela camiseta do Aeroswith, Draffy?
- É Aerosmith, Glister. E você já me contou, o Tyler te deu a camiseta depois do show e...
Ela me olhava sugestiva.
- Oh Meu Deus! Você deu para o Steven Tyler!
- Dãh!
- Ele beija bem? – zombei.
- Nem me lembro tão bem assim, mas que o negócio dele é...
- Parem de falar disso, por favor! – Izzy praticamente implorou. – Não queremos e nem precisamos saber disso!
Mostramos a língua para ele.
Logo a limusine parou e saltamos sutilmente. O hotel estava praticamente cercado de policiais e seguranças.
- Vocês realmente odeiam paparazzis... – Glister falou.
- Nem sabe o quanto... – Slash passou o braço por cima do meu ombro e me ofereceu um baseado.
- Valeu... – peguei.
- Ajuda a relaxar...
- Eu preciso disso! – ri –me acendendo o cigarro.
Depois de agüentarmos o gerente chato do local, nos enchendo de adjetivos grandiosos e impronunciáveis – pelo menos para mim, que já estava semi – chapada -, subimos pelo elevador do local e fomos parar num quarto cheio de modelos.
Sim. Cheio de modelos.
- Ah, é hoje que eu saio da seca... – Steven cantarolou já indo falar com uma morena.
- Isso é o paraíso... – Axl sorriu.
- E a Vaca Grief? – enchi.
- Ela pode suportar isso...
Revirei meus olhos e me sentei numa cama afastada, para terminar meu baseado tranqüila.
- Isso é proibido... – uma voz irritantemente conhecida me tirou da minhas alucinações.
- Merda, dá para me deixar fumar em paz? – reclamei sem olhar para a cara do infeliz – E o que você está fazendo aqui? Resolveu me seguir agora?
- Eu trabalho aqui.
- Porra... Que encosto!
- É assim que você trata quem te da abrigo quando bêbada?
Bufei.
- O que você quer?
- Falar com você. Posso?
- Não. Sai do meu pé, garoto – bacon.
- É P.J. na realidade.
- Não ligo. Some.
Ele suspirou.
- Então, vou apenas te devolver isto... – me jogou o vestido de couro que eu havia usado aquela noite.
Cara, eu nem me lembrava mais desse vestido.
- E te deixar tentando lembrar aquela noite. Mesmo chapada, você é uma tem uma boa performance... – e piscou para mim.
Arregalei meus olhos.
- Espera aí... – comecei.
Mas ele já havia se afastado.
- Maldito... – rugi atirando o vestido longe.
Uma modelo o pegou.
- É seu... – me devolveu.
- Não o quero. Fica para você, se quiser.
- É um vestido bonito...
- Fica logo então! – gritei a assustando – Desculpe... eu não deveria ter gritado com você... É que... Um cara me irritou.
- Ah, entendo. Foi o cara da contra – regra... – ela sorriu compreensiva.
- Cara da contra-regra?
- É, o que estava falando com você. Ele fala para todas que já transou com elas. Mas é mentira.
- Como você sabe?
Ela me olhou significativa.
- Você quer mesmo saber?
- Não... – ri – Sou Draffy. Quer um cigarro?
- Não, obrigada. Não fumo.
- Tudo bem. Você não me parece estranha... Te conheço?
Ela sorriu tímida.
- Bom, eu sou modelo de comerciais...
- Deve ser isso... – comentei – Qual o seu nome?
- Erin Everly.
Levei um choque. Eu estava diante de uma das maiores polemicas do cenário musical do fim dos anos 80.
- Erin?
- Everly. – ela completou alegremente – É você a garota do biquíni de oncinha?
Fiquei corada.
- Sou – disse entre os dentes.
- Ah, que bom que eu te achei. Vem comigo. – e me puxou de onde eu estava.
- Para onde você está me levando?!
- Para a sala...
- A Sala? O que é a sala?
- É onde nós nos arrumamos. Temos as araras e os figurinistas. Sem contar, claro, com os maquiadores.
Parei.
- Maquiadores?
- Claro, sua tolinha.
Aquilo soava tão Glister.
- Agora se mexe. Temos exatas uma hora e meia para te maquiar, arrumar seu cabelo e te vestir. Vamos aproveitar que a banda está fazendo o acústico.
Eu não me surpreendi nem um pouco em achar uma Glister eufórica nos meio daquela parafernália.
Roupas, roupas e mais roupas. Sem contar umas setenta modelos.
- Draffy! Oi colega! – ela me chamou para perto dela. Me soltei da Erin que ia testar uma tonalidade nova de batom.
- Eu imaginava que te acharia aqui... – fiz uma careta.
- Não é demais? Eu amei esse lugar!
- Aposto que sim.
- E adivinha... Eu consegui uma ponta! – bateu palmas vibrante e deu alguns pulos desnecessários.
- Puxa...
- Eu vou interpretar uma garota que se preocupa mais em fofocar que eu notar o Steven.
- Ótimo.
Depois que ela se acalmou, decidi contar meu recente encontro com o mau encarnado.
- Não acredito – ela pareceu chocada – Eu sabia que vocês tinham transado!
- Calada! E eu não transei com aquele idiota. Ele só deve ter trocado minha roupa... Sabe, se sentiu compadecido e...
- Vocês transaram... Vocês transaram... LáLáLáLá... – ela cantarolou.
- Glister!
- Desculpe! – ela riu – É que é hilário ver sua cara de zangada...
- HaHa... – ri com escárnio – Agora, será que dá para me ajudar com esse biquíni?
Ela amarrou a parte de cima.
- Ficou tão... Pequeno – ela comentou.
Me olhei no espelho.
- Eu odeio meu avô... – emburrei.
- Relaxa... Com uma maquiagem e um pouco de laquê, você fica...
- Parecendo atriz de pornô barato?
- Eu ia dizer ‘ajeitadinha’, mas isso também vale...
Revirei meus olhos.
- Eu sinto como se tivesse vendido minha alma.
- Mas você vendeu. Depois que os Estados Unidos inteiro te vir nesse modelito você vai virar uma sex symbol, sabe? Tipo Madonna, ou Marilyn Monroe.
- Não vou chegar a tanto.
- Besteira... Me passa o laquê?
- Qual é?
- O vidrinho rosa. Isso.
Ela lambuzou meu cabelo e se armou com um secador.
- Como eu dizia... – puxou minhas mechas com uma escova – Você vai ser assediada por maníacos – sexuais e dar entrevistas em programas matinais e...
- Ok, já entendi...
Ela riu.
- Gostou do cabelo? – perguntou esperançosa. Olhei para uma outra garota no espelho.
Uma garota com um cabelo bizarro.
- Aham... – sorri forçada.
- Ah! Eu sabia! – ela comemorou – Maquiagem, agora!
Depois de delinear minhas sobrancelhas, olhos, boca ela me apresentou a ‘nova eu’.
Cara, eu estava parecendo uma atriz pornô do verdade.
- Eu... Eu estou irreconhecível! – guinchei tocando minhas bochechas cheias de blush.
- Mas está a maior gata.
- O que você fez com minhas sobrancelhas?!
- Delineei, ué.
- Você as mutilou!
- Draffy, para de dramatizar. Você está um arraso. Põe o roupão e vamos.
- Me sinto outra pessoa... – resmunguei.
Ela ignorou.
- Me responde uma coisinha?
- O que? – funguei.
- Você fica desconfortável perto de câmeras?
Abaixei a cabeça.
- Talvez... Um pouco.
- Draffy...
- Muito.
Ela suspirou.
- O que geralmente acontece com você diante de câmeras?
- Meu nariz sangra.
- Tome isso – me entregou um pacotinho de absorvente interno.
- O.B.? Porra! Eu não estou de TPM!
- Não é isso, tonta. É para caso seu nariz sangrar, você por isso no seu nele. Absorve mais que lenços comuns.
- Brilhante – reconheci.
- Obrigada. Ultima coisa...
- O que? – me entediei.
- Você sabe algo sobre sedução?
- Hã?!
- Você entendeu. Ser sensual, provocante... Você vai precisar disso, por mais curta que seja sua aparição. Sabe, ou não sabe?
- Eu não preciso disso!
- Precisa sim! Sua parte é a mais provocante!
- Eu sei me virar... – despistei.
- Não. Não sabe. Ruja!
- Rugir? Não!
- Ruja! Assim... – Glister imitou uma espécie de pantera.
Imitei ela.
- Agora repita: Sou uma tigresa faminta e sedenta pelo seu corpo.
- Ah, você está zoando comigo...
- REPETE!
- Ok... Hum... ‘Sou uma trigresa faminta e sedenta pelo seu corpo...Meow!’
- Com mais vontade. MEOWWWNNN!
- Meown! - tentei.
Ela bufou.
- É, não está tão ruim.
- Obrigada.
- Por nada. Agora, vai lá e faz isso para o Slash.
- Ah, sem essa, irmãzinha.
- Quer fazer uma boa ponta ou não?
- Quer mesmo que eu responda?
- Draffy...
- Eu não vou imitar uma pantera!
- Tigresa... – ela corrigiu.
- Tanto faz. Eu não vou imitar e fim de discussão.
- PRÓXIMA! – A voz do diretor se fez ouvir, indicando que era para mim entrar em cena nesse momento.
- Vai...! – Glister me empurrou para dentro do quarto montado, onde Slash brincava com Sam, numa cama de casal.
Entrei aos tropeços com aqueles saltos agulha.
- A senhorita é Draffy Foxxy?
- Sou. – respondi para o velho que parecia ser o tal diretor.
- Muito bem. A senhorita já sabe o que fazer. AÇÃO!
Despi o roupão, revelando o tão odiado biquíni.
Slash desviou o olhar para mim.
Mais precisamente para os meus peitos.
- Wow... – ele assoviou – Caiu bem em você...
- Valeu. Tarado... – pisquei.
- Vai poder levar ele para a casa? – ele sussurrou malicioso enquanto eu me posicionava no seu tórax.
- Talvez... – mordi o lábio.
- SILÊNCIO NO SET! – o diretor gritou.
Rimos e Slash fez Sam escorregar no seu ombro e tentou fingir desinteresse em mim.
Estava tudo correndo bem. Eu fazia o meu trabalho – rebolar como uma vadia, fingindo relação – e ele tentava fazer o dele, que ela não se excitar. Tanto.
Isso até ouvirmos barulhos de quebradeira no set ao lado.
- Mas que diabos? – o diretor se irritou. Eu e Slash nos levantamos.
Peguei meu roupão e o vesti apressada.
- Está vindo dali... – apontei para a parede oposta.
- É onde o Axl está... – Slash resmungou como se aquilo explicasse muita coisa.
E acreditem, explica.
- Vamos ver. – decidi.
- Espera eu guardar a Sam...
- Traz ela. Se o Axl estiver surtando, você põe a Sammy pra morder ele.
- Não é uma má idéia... – ele deu os ombros – Vamos.
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Bom, vamos direto ao assunto:
1º Erin Everly! Acham que eu ia deixar ela de fora dessa história? Nunca!
2º O papel da Draffy no clipe, obviamente não foi como de nenhuma das outras figurantes, que só se ofereciam. No clipe, ela faz a unica vadia que vai a luta e tenta obrigar nosso guitarrista a prestar atenção nela...rsrsrs.
3º O que eram os barulhos? Hum? Desconfiam de algo?
Logo posto o próximo, prometo não demorar! *_*
Bjs... esperando meus rewiens gatos.
Lolis