Acordei de manhã antes mesmo do meu celular despertar. Estava ansiosa com o fato de que não passaria essa noite aqui no hotel e sim na casa da família Cullen.

Hoje seria o jantar na casa da Esme e ela com o seu jeitinho doce conseguiu me convencer a dormir na sua casa. Eu estava preparada pra encarar a família do Edward, afinal, eu já conhecia o Jasper, a Esme e o Edward, só faltava conhecer o pai e a irmã. Nada de mal poderia acontecer. Suspirei e virei de bruços.
A quem eu queria enganar? Milhões de coisas poderiam dar errado. O pai do Edward poderia não gostar de mim, e sendo ele o chefe da família eu imaginava que a sua opinião pesasse muito mais do que a dos outros. Sem contar que ainda havia a irmã do Edward. Rosalie. Eu não sabia o que esperar em relação a ela. Esme sempre falou muito bem de Rosalie e o Edward também, mas nenhum dos dois nunca enfatizaram o tipo de temperamento que ela tinha. Oh Deus..

Suspirei resignada e levantei da cama. Não adiantava criar expectativas ruins ou boas, eu só saberia na hora em que os conhecesse. Bom, pelo menos eu tinha a Esme e o Jasper. Eu realmente gostava deles, apesar de conhecer muito pouco o irmão do Edward.

Pensando no Jasper... Lembrei do encontro dele com a Alice. Porque será que ela ainda não tinha me ligado para contar os detalhes? Eu queria muito saber o que tinha rolado na noite passada. Alice já devia ter me ligado...

Enquanto não dava a hora de me arrumar para o trabalho eu decidi preparar as coisas que levaria pra casa da Esme. Bom, se eu passaria o dia lá eu tinha que estar preparada pra qualquer eventualidade. Comecei pegando os principais. Escova de dente, de cabelo, perfume, hidratante, maquiagem, chinelo, roupa intima, documento, biquíni- vai que tem piscina lá- ...
Agora eu tinha que arranjar uma bolsa grande que desse a impressão de ser pequena.

Passei o tempo lendo um livro que eu tinha pegado na biblioteca na semana passada e depois segui para o trabalho. Estacionei em frente ao The Cullen’s e vi o Piter e o John conversando na entrada. Como eu estava ansiosa demais pelo jantar na casa dos Cullens eu preferi não tomar café da manhã na lanchonete. Cheguei próximo dos dois e percebi que Piter estava empolgado demais. Com certeza tinha algo haver com jogo.

– Oiiii.
– Bella, era você mesma que eu queria ver. – Piter já chegou me abraçando pelos ombros. Ele era bem mais alto do que eu.
– Era? – Perguntei com uma sobrancelha levantada.
– Oi Bella. – Disse John. – Não liga pro Piter, ele está com um daqueles pressentimentos de novo. – Revirei os olhos.
– Não liga pra ele Bella. Eu quero que você me diga dois números e me dê os meus beijos pra dar sorte, agora eu tenho certeza que vou ganhar.
– Eu já ouvi essa história antes. – John começou a rir.
– Eu também. – Tinha que concordar com ele.
– É sério Bella. Agora eu vou ganhar. Pensa em dois números que sejam especiais pra você e me diga.
– Eu não sou a melhor pessoa pra te dar sorte não Piter, e para de me usar como um amuleto, por favor? – Disse rindo.
– Desiste Bella, diz logo algum número pro Piter parar de encher nosso saco. – Disse John.
– Hummm, deixa eu pensar.. – Mordi o lábio imaginando um número. Eu não tinha nenhum número que considerasse da sorte. – Bom, eu acho que 2 e 13. Eles parecem ser números de sorte. – Disse e dei de ombros. Piter anotou os números no papel e virou o rosto pra mim. Dei um beijo em cada bochecha. Piter e essas superstições dele era pior do que a Alice e as intuições dela.

– Piter você não apostava em cavalos ou sei lá o que? Viu que aquilo não dava futuro e decidiu mudar a forma de perder dinheiro? – Olhei pro John que tinha acabado de falar e depois olhei para as mãos do Piter.
– É verdade, mudou porque Piter? – Perguntei.
– Eu quero tentar coisas novas.
– Você devia é arrumar uma mulher, isso sim. – John disse dando tapinhas nas costa do Piter.
– Pra que? Pra dar todo o meu dinheiro pra ela? Não, prefiro gastar meu dinheiro em jogos. Pelo menos um dia eu posso ter reembolso. – Piter fez sinal da cruz.
– Hei, eu estou aqui. As mulheres não gastam tanto como você ta dizendo não, ta. – Disse magoada. Os dois se olharam e caíram na gargalhadas.
– Qual é a graça? – Uma voz de sino disse atrás de mim. Me virei pra Alice que estava do meu tamanho por causa dos saltos e tinha um sorriso satisfeito no rosto.
– E ae Alice. Já conseguiu fisgar o Jasper? – O Piter perguntou rindo, eu e John começamos a rir também. Eles sabiam do encontro da Alice com o Jasper porque ela não parou de falar disso durante todo o dia anterior. Estávamos todos ansiosos pelo desenrolar dessa história.
– Cala a boca Piter. – Ela tacou a bolsa nele e se virou pra gente com um sorriso tão grande que mal cabia no rosto. – Bom Dia Bellinha, Johnzinho. Como vocês estão? Espero que bem né. Com essa manhã linda, nada poderia estar errado né? – Ela levantou o rosto pro céu e gritou. – BOM DIA, DIA. – Olhou pra gente e entrou no restaurante. Ficamos olhando pra ela com cara de tacho.
– Deve ter sido uma foda muito boa pra ela estar com esse bom humor todo. – Disse John ainda olhando pra porta de entrada do “The Cullen’s”. Eu e o Piter concordamos com um aceno de cabeça e entramos.

Fui direto para a sala dos funcionários trocar de roupa e encontrei a Alice suspirando de frente pro espelho. Ela estava tão no mundo da Lua que nem reparou em mim.

– Você vai falar como foi o encontro com o Jasper ou eu vou ter que ligar para o Edward e pedir a ele pra perguntar ao irmão? – Disse com os braços cruzados na frente do peito. Só de olhar pra cara dela dava pra imaginar como tinha sido, mas eu queria ouvir os detalhes, ela me fez contar tudo que tinha acontecido comigo e o Edward desde quando começamos a namorar, então eu também tinha o direito de saber. É pra isso que serve as melhores amigas.
– Aiiii Bellinha...- Alice disse suspirando.
– Sim? – instiguei.
– Foi perfeito. Teve de tudo um pouco, mas no final deu tudo certo. – Ela terminou de colocar o uniforme enquanto eu estava me vestindo e passou por mim em direção a porta.
– Você só vai me dizer isso?
– É, só isso. O Jazz e eu decidimos manter as coisas em segredo por enquanto. – Disse dando de ombros.
– Mas eu sou sua amiga Alice. – Disse magoada.
– Eu sei, mas o Jasper quer que a gente guarde isso só pra nós.
– Porque?
– Ele disse que é muito focado no trabalho e que não sabe lidar muito bem com relacionamentos sérios. – Ela disse triste.
– Alice, isso é muito estranho.
– É eu sei, mas eu o quero, não importa como. Ele foi sincero comigo ontem, eu sei que ele não é um canalha. Eu sinto isso.
– Realmente eu não sei o que pensar. Eu também não acho que o Jasper faça o estilo canalha, mas quem vê cara, não vê coração. Vai com calma, por favor. – Disse segurando a mão dela.
– Eu sei. – Ela sorriu e assim saímos do banheiro e fomos trabalhar.

Esme estava no balcão arrumando alguns papéis e quando viu a gente se aproximando abriu um sorriso torto que me lembrava muito o do Edward.


– Oi meninas. Bom dia. – Ela disse radiante.
– Bom dia Esme. – Alice estava igualmente radiante.
– Oi, Bom dia Esme. – Senti o meu estômago contrair de ansiedade e uma súbita vertigem só de olhar para a Esme.
– Você está bem Bella? – Esme perguntou me examinando com os olhos.
– Bella você ta pálida. – Alice disse e chegou perto de mim passando a mão na minha testa. – E gelada também.
– Eu estou bem. Não tomei café da manhã hoje. Estou ansiosa demais. – Esme sorriu.
– Eu também estou ansiosa com a sua visita. Mas é uma ansiedade boa, não estou passando mal. É melhor você comer alguma coisa. Não quero ter que adiar a sua visita querida.
– Nem eu Esme. – Menti.

Alice me puxou pelo braço e começamos a arrumar as mesas e cadeiras. As vezes eu olhava pra Esme e ela me olhava sorrindo. Pelo menos ela e o Edward estavam felizes com a minha ida a casa deles.

Antes do movimento no restaurante começar fui à cozinha e comi uma coisinha, meu estômago não queria, mas eu forcei.

Passei o dia todo entre rezas silenciosas para que tudo desse certo e a família do Edward me aceitasse bem. Recebi duas mensagens dele durante o dia, mas não conversamos muito. Edward iria me buscar no hotel a noite pra irmos pra casa da sua família. Acho que ele estava tentando não me pressionar. Esme queria que eu fosse direto do restaurante, mas eu decidi que não. Precisava de um tempo pra preparar psicologicamente antes.

Quando o meu expediente terminou minha ansiedade estava no auge e a animação da Esme também. Alice ficava rindo de mim, mas disse que se fosse com ela também estaria nervosa, mas não com toda a intensidade em que eu me encontrava. Antes deu sair ela me puxou para um abraço. Fiquei um pouco surpresa, mas retribui.

– Vai dar tudo certo hoje a noite, Bella. – Disse ainda abraçada comigo.
– É uma daquelas suas intuições? – Perguntei sentindo um pouco mais de calma, as coisas que a Alice dizia sempre aconteciam.
– Não, mas eu tenho o pensamento otimista. – Olhei pra cara dela sem reação.


Arrumei minhas coisas e parti rumo ao meu hotel. Essa talvez seria a última semana que eu passaria aqui. Alice estava cuidando da reforma do meu novo apartamento e em breve eu estaria morando lá. Só em pensar que a primeira noite que eu passaria nele seria com o Edward eu já sentia meu coração acelerar de antecipação.

A tempos que eu queria me entregar a ele, mas eu queria uma coisa especial, e por isso eu Alice sugeriu que fosse na minha nova casa. Seria perfeito. Eu e Alice já tínhamos pensado em tudo, só faltava o meu Apê estar pronto.

Deixei esses pensamentos de lado e me concentrei na minha quase mala jogada aberta em cima da cama. Que ótimo, eu reduzi pela metade a quantidade de coisas que eu tinha arrumado pela manhã e a bolsa ainda dava a impressão de estar lotada. Quer saber? Foda-se. Eu não agüentava mais toda essa pressão. Era só uma família normal. Não tinha nenhum membro de uma tribo canibal me esperando. Bom, era o que eu pensava. Respirei fundo e fui tomar o meu banho. Edward estaria aqui em poucos minutos e eu tinha que estar pronta.

Depois de um banho bem gelado o meu corpo estava dormente, só o meu cérebro funcionava. Bom. Pelo menos o Edward não veria a ansiedade e preocupação estampada na minha cara.
Coloquei uma roupa que eu escolhi a dedo e comecei a secar meu cabelo. Já tinha reparado que ele tinha crescido muito nesses últimos meses além de clarear por causa do sol. Estava na hora de cortar. Sempre gostei de cabelo curto, que além de não dar trabalho pra cuidar, não me atrapalhava em nada no dia a dia.


Cabelo Antes> http://cdn2.team-twilight.com/wp-content/uploads/2010/07/KristenStewart-21.jpg
Cabelo Depois> http://extra.globo.com/incoming/4527640-c73-466/w480h720-PROP/02kristen-stewart-bella.jpg–

Terminei de me arrumar e sentei na cama com a minha mini mala do lado e o celular na mão. Disquei o número do celular do Edward e ele atendeu no segundo toque.

– Oi meu amor.
– Oi. – Respondi com um suspiro. A voz aveludada dele me tranqüilizou de uma maneira incrível.
– Como você está se sentindo?
– Bem. Ansiosa na verdade.
– Bella, eu já disse que a minha família não morde. E você sabe que eu te amo. A opinião de ninguém vai mudar isso.
– Eu sei disso. – Disse sorrindo. Só ele pra me deixar mais tranqüila. – Onde você está? Estou aqui te esperando há horas. – Disse fazendo meu melhor papel dramático.
– Se eu conheço bem a minha futura esposa e mão dos meus 3 filhos, você deve ter acabado de se arrumar. – Eu ri.
– Casamento? Filhos? Então você está noivo? Quem é essa mulherzinha Edward?
– Você não vai querer saber.
– É, eu não vou mesmo. Ela deve ser uma baranga. – Ele gargalhou.
– Pode apostar que ela não é... Acabei de estacionar em frente ao hotel.
– Já estou indo. Não se assuste. – Avisei.
– Hmmm. Acho que não entendi. – Apenas ri e desliguei o celular. Peguei minha mini mala de viagem e sai trancando a porta atrás de mim. Edward conseguiu me distrair, mas agora já estava sentindo o pânico bater novamente. Respirei fundo e fui ao seu encontro, como eu suspeitava ele ficou surpreso com o tamanho da minha mala e não deixou de fazer piadas com isso.

O caminho para a casa dos Cullen foi bem rápido, já que o Edward decidiu pisar fundo no acelerador. Eu sabia onde era a casa da Esme, por mais que nunca tenha ido lá. Mas o Edward fez o percurso com duas vezes menos tempo do que eu teria feito. Claro que a minha caminhonete decrépita também colaboraria com esse tempo..

Ouçam com a música > Isto não é um Adeus /This Ain't Goodbye - Train

Você e eu fomos amigos do espaço sideral
Com medo de se desvencilhar
Os únicos dois que entenderam este lugar
E até onde sabemos

Estávamos bem antes do nosso tempo
Tão ousados quanto se fossemos cegos
Apenas outro erro perfeito
Outra ponte a percorrer
A caminho de se desvencilhar,

Isto não é um adeus
É apenas o caminho que o amor segue
Quando as palavras não são mais quentes o suficiente
para afastar o frio,

Isto não é um adeus
Não é onde a nossa história termina
Mas eu sei que você não pode ser minha
Não do jeito que você sempre foi
Enquanto tivermos tempo
Então isto não é um adeus
Oh não, isto não é um adeus

Nós éramos estrelas num céu iluminado
Ninguém mais podia ver
Nenhum de nós pensou em perguntar por quê
Não era para acontecer

Talvez estivéssemos muito alto
Para poder entender
Talvez fomos vítimas de todos os planos tolos
Que começamos a planejar

Isto não é um adeus
É apenas o caminho que o amor segue
Quando as palavras não são mais quentes o suficiente
para afastar o frio, oh não

Isto não é um adeus
Não é onde a nossa história termina
Mas eu sei que você não pode ser minha
Não do jeito que você sempre foi
Enquanto tivermos tempo
Então isto não é um adeus

Oh não, isto não é um adeus, oh oh, oh não, isto não é um adeus,
Isto não é um adeus

Você e eu fomos amigos do espaço sideral
Com medo de desvencilhar
Os únicos dois que entenderam este lugar
E até onde sabemos

Isto não é um adeus
Oh não, isto não é um adeus
Isto não é um adeus, oh não, isto não é um adeus
Isto não é um adeus
É apenas o caminho que o amor segue
Quando as palavras não são mais quentes o suficiente
para afastar o frio,

Isto não é um adeus
Não é onde a nossa história termina
Mas eu sei que você não pode ser minha
Não do jeito que você sempre foi
Isto não é um adeus

http://www.vagalume.com.br/train/this-aint-goodbye-traducao.html#ixzz1u3v1jEl9

Quando paramos em frente ao portão dos Cullen eu sentia em todo meu corpo cada batida que o meu coração dava. Eu acho até que podia sentir o carro do Edward vibrando com as batidas ensurdecedoras do meu pobre órgão descontrolado. Edward estacionou o volvo na garagem logo atrás de um conversível vermelho que parecia brilhar a luz da lua. Ao descer do carro eu senti a realidade bater em mim como um soco.

Eu era uma pobre menina do interior, que perdeu a mãe por depressão, que fugiu da sua cidadezinha porque não agüentava mais ser maltratada pelo pai alcoólico, que numa noite qualquer decidiu cumprir a sua promessa de tentar matá-la. Eu não tinha estudo, pois larguei a escola no último ano e por mais que quisesse voltar a estudar, ainda não tinha decidido ‘quando’. Eu não era rica, por mais que estivesse acumulando uma quantia razoável no banco ainda faltava muito pra poder me considerar uma afortunada. Edward foi criado por uma família estável e com muito amor, estudou nas melhores escolas, faz faculdade e por mais que não trabalhe tem dinheiro e não é o dinheiro dos pais dele não. Edward , Rosalie e Jasper herdaram todos os bens materiais da avó paterna e isso incluía uma quantia de mais de 6 zeros na conta de cada um. O que eu estava fazendo aqui, atrasando a vida do Edward e o humilhando na frente dos seus familiares só pelo fato dele me apresentar como sua namorada?

– Bella? Isabella meu amor..– Alguém disse aflito.

Eu estava tão imersa em pensamentos que não percebi que era o Edward que me chamava ao mesmo tempo em que sacudia os meus ombros. Olhei pra ele por trás da minha cortina de lágrimas que até então eu não sabia que estava ali. Encontrei seus olhos suplicantes e desviei o olhar para o conversível vermelho parado ao nosso lado. Olhei em volta do jardim bem cuidado, a casa da Esme Ficava ao fundo com um caminho de pedras até a entrada. Eu não era digna de estar ali. Uma simples pobretona que caiu de pára-quedas na vida do Edward. Olhei de novo em seus olhos enquanto ele ainda me chamava. O tempo parecia estar correndo em câmera lenta. Eu sabia que o amava com todas as minhas forças, mas no momento estava tomada pelo pânico, era uma sensação tão forte que eu sentia todo o meu corpo ser consumido por ela.

– Eu não consigo, Edward me desculpa, mas não dá. – Disse em voz baixa ainda tomada pelo pânico que me impulsionava a sair daquela casa e me esconder em um lugar que ninguém me acharia. Me soltei dos braços do Edward e corri de volta pra rua. Senti ele vindo atrás de mim, mas não me importei, apenas queria sair daquela casa e não voltar mais. Eu não estava pensando com clareza e pra falar a verdade nem enxergando direito estava, pois a cortina de lágrimas se tornou maior e quando eu percebi já estava no meio de uma rua pouco movimentada. Nem percebi que tinha saído da rua onde ficava a casa dos Cullen.

Eu não ouvia mais o Edward me chamar, e tudo aconteceu rápido demais.

Em um segundo eu estava correndo sem rumo, apenas querendo me afastar da sensação ruim que aquela linda casa me proporcionou, no outro eu já estava nessa rua pouco movimentada e quando finalmente senti a sensação de alívio me preencher por estar longe um clarão de luz apareceu e logo em seguida eu senti todo o meu corpo ficar dormente.

De repente eu não estava mais olhando o clarão de luz e sim o céu. As estrelas pareciam estar rodando em espirais, todas dançando uma música que só elas entendiam. Senti minha cabeça girar e girar e girar...

A última coisa que eu vi foram os olhos azuis que eu tanto amava me fitarem com lágrimas transbordando antes da escuridão me envolver.


POV ROSALIE



Estava da janela do meu quarto apreciando a trama se desenrolar no jardim. A namorada do meu irmão olhou em volta, parecia desnorteada e com medo. Perfeito. Ela parou o olhar uns instantes na minha direção e eu pensei que ela tinha me visto, mas para o meu alívio ela saiu correndo em direção ao portão e sumiu de vista. Óbvio que o Edward foi atrás dela. Tomara que ela não o escute e nunca mais volte. O Edward era da Nikki. Nada impediria isso.

Fiquei olhando para o portão que estava aberto, esperando o Edward voltar, mas depois de alguns minutos eu me entediei. Disquei o número da Nikki e ela atendeu no primeiro toque. Devia estar se roendo de vontade de saber o que estava acontecendo.

– Fala logo Rosalie.
– Santa ignorância. – Disse revirando os olhos.
– Fala mulher. – A Nikki estava impaciente.
– Deu certo amiga. Ela sentiu o medo e foi embora. – Disse empolgada.
– Isso é ótimo. – ela deu um gritinho do outro lado da linha.
– Ain, num grita. – Disse trocando o celular de orelha.
– Agora vamos dar início à segunda etapa. – Fiquei confusa.
– Que tapa? Você vai dar tapa em quem?
– Rosalie, FOCO. Etapa. Agora eu vou seduzir o Edzinho e em breve eu serei sua mais nova cunhadinha.
– É verdade. Awnn, to tão empolgada que você e o Ed vão se acertar. Mas você sabe que o meu irmão é pra casar ein..
– Affz né Rose, eu quem devia ser o sujeito nessa frase. E sim, eu quero me casar com o seu irmão. Vamos ser muito felizes.
– Vão mesmo. O Ed quer ter 3 filhos né, qual nomes você vai escolher? – Perguntei. A Nikki sempre dizia que não queria ter filhos e que isso estragaria o corpinho dela, mas ao mesmo tempo dizia que faria tudo que o Edward quisesse.
– Eu sei Rose, mas filhos é uma questão um tanto delicada. Eu e ele devemos conversar sobre isso antes do casamento.
– Claro Nikkita. – Concordei.
– ROSALIE!!! Já falei pra você não me chamar de Nikkita. Eu odeio esse apelido.
– Tudo bem, desculpa Nikki. – Disse magoada.
– Ta desculpada, afinal, eu não posso guardar rancor da minha futura cunhada. Mas agora eu tenho que desligar. Me liga a qualquer hora da noite, quero todos os detalhes dessa briga entre a tal Bella e o Edward,vou estar esperando.
– Pode ficar tranqüila. – Disse batendo uma continência como se ela estivesse na minha porta. Ouvi a Nikkita praguejar e depois desligou. Custava dar um Xauzinhoo??




Aqui o Link da minha outra Fanfic> https://www.fanfiction.com.br/historia/183770/Are_Just_Memories_Of_A_Different_Life_.