Como Se Fosse A Primeira Vez escrita por Isabellapattz


Capítulo 18
Problemas parte 3


Notas iniciais do capítulo

Eu já estava com esse capítulo todo na cabeça, só faltava escrever, mas sinceramente eu não gostei muito. Explico tudo lá em baixo.



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Edward pegou as mochilas da minha mão e colocou em cima do sofá da sala. Eu entrei devagar olhando pra todos os lados e sentindo dor e saudade de tudo ali. Acendi a luz e vi como a casa era bem humilde, mas mesmo assim muito acolhedora. Eu segui para a cozinha e o Edward veio logo atrás de mim. Estava tudo quieto e escuro. Eu acendi a luz também e olhei em volta. Senti uma lágrima escorrer ao lembrar que o meu pai disse várias vezes que queria me ver morta ali naquela cozinha. Eu senti o Edward me abraçar por trás. Ele estava tão calado essa noite, estava me dando espaço e respeitando a minha dor. Eu estava grata por isso.


- Você precisa comer alguma coisa. – Ele disse lentamente.
- Eu estou sem fome. Só preciso de um banho e mais nada.
- Não Bella, você precisa se alimentar. Á quantas horas que você não come? – Eu pensei um pouco e não fazia idéia de quando foi a última vez que eu comi, talvez na hora do almoço no restaurante, não sabia .

- Eu não sei. – Suspirei.
- Então vai tomar um banho que eu me viro aqui na cozinha e faço algo pra você comer. – Eu fiquei surpresa.
- Você sabe cozinhar ? – Eu perguntei me virando de frente pra ele que sorriu lindamente.
- Mas ou menos. Não se preocupe, não vou incendiar a sua cozinha.
- Ta bem, vou tomar um banho. – Disse vencida, precisava mesmo de um banho pra refrescar a mente.

Peguei a minha mochila e subi as escadas em direção ao meu quarto. Parei em frente a porta, respirei fundo e entrei. O quarto estava exatamente igual. O lençol da cama de casal meio desforrado, a Janela fechada e a cortina aberta. Tudo do jeito que eu tinha deixado. Meu quarto. Algumas fotos da minha mãe e da minha avó em um quadro improvisado na parede, minhas roupas sujas ainda jogadas no cesto no canto do quarto e até um caderninho de anotações que eu tinha estava em cima da cadeira de balanço do jeito que eu lembrava. Parecia que ninguém tinha entrado lá durante esse tempo. Fui em direção ao meu guarda roupa e tinha alguns casacos guardados por causa do frio de Forks. Eu levei quase todos, mas ainda sobrara alguns. Revirei a minha mochila atrás das minhas roupas intimas e a  escova de dentes. Fui pro banheiro e peguei um sabonete que ainda estava fechado. Quando senti a água quente em contato com o meu corpo foi como se eu estivesse dolorida até os fios do meu cabelo. Eu finalmente senti todos os tipos de dores que deveria sentir. Dor de cabeça, dor nas pernas, nas costas, até a minha barriga doía. Senti um súbito cansaço que eu não sabia que tinha. Quando sai do banho de cabelos molhados e tremendo de frio coloquei um roupão que estava no banheiro e fui para o meu quarto parando no final do corredor para ligar o aquecedor da casa. Coloquei uma roupa rapidamente e reforcei com um casaco bem quentinho. Desci as escadas me sentindo mais tranqüila. Eu decidi apenas confiar em Deus. Chorar não ia fazer meu pai melhorar e eu tinha que ser forte porque em breve teríamos a certeza se ele melhoraria ou não.

Quando cheguei na cozinha o Edward estava de costas pra mim mexendo em algo no fogão que eu reconheci pelo cheiro. Frango com batatas. Cheguei por trás dele e o abracei sentindo o seu cheiro.


- Obrigada por ficar comigo, mas eu sei que você tem que ir embora amanhã. – Falei meio triste.

- Eu quero ficar aqui com você Bella. – Ele disse se virando de frente pra mim.
- Mas e a faculdade Edward? Você já ficou dias sem aparecer por lá e agora vai faltar mais? Não, não mesmo.
- Eu quero ficar ao seu lado meu amor. – Ele disse me abraçando.
- Você sabe que não pode ficar faltando as aulas assim e também que a Esme vai perceber se nós dois sumirmos. Eu não sei que dia vou voltar. – Ele deu um sorriso constrangido. Tinha algo acontecendo.
- O que houve Edward? – Já perguntei preocupada.

- A minha mãe já sabe da gente. – Ele disse olhando dentro dos meus olhos e eu gelei. Como assim a Esme sabia ?.
- Me explica isso por favor, Edward. – Eu consegui falar com muito esforço e me sentando em uma cadeira.

- A Esme sempre soube da gente. Bom não saber, saber não, mas ela quem me abriu os olhos com relação a você. – Ele disse como se fosse a coisa mais normal do mundo e eu só conseguia pensar no jeito que ela estava me olhando hoje de manhã. OMG. Vou ficar desempregada. – Vou contar desde o início. No dia em que a gente se viu lá no restaurante pela primeira vez ela já desconfiou que foi amor a primeira vista. – Ele sorriu torto pra mim e eu continuei muda, sem me mexer. – Ela tentou abrir meus olhos e disse que eu ia ficar pensando em você o tempo todo depois daquele aperto de mão elétrico que demos. Quando meus pais voltaram de viajem minha mãe percebeu o quanto eu estava feliz e disse que eu nem precisa me explicar que ela já sabia que ia dar nisso. Eu perguntei se estava tudo bem pra ela e ela disse que adora você e quer que a gente vá jantar na casa deles para a família te conhecer e que a gente assuma logo. Eu perguntei sobre o seu emprego e ela disse que não tem nada a ver. Se nos gostamos não vai ser te demitindo que ela vai nos separar. Bella? Bella? – Ele começou a me chamar depois de perceber que eu estava catatônica. Nem eu sabia como me mexer. Com muito custo eu consegui olhar nos olhos dele e ele respirou aliviado. Eu queria tacar uma panela na cabeça dele.

- Porque você não disse isso antes ? – Eu balbuciei ainda em choque. Era coisa demais para assimilar.

- Você queria segredo e eu não disse nada pra ela. Eu ia te falar, mas aconteceu isso tudo e eu decidi esperar. – Ele disse mexendo nervosamente nos cabelos.

- Vamos deixar esse assunto pra depois ta bom? Eu já tenho coisas demais na cabeça. Eu só não sei como ligar pra Esme avisando que amanhã não vou trabalhar se ela sabe sobre a gente. Eu nem sei com que cara olhar pra ela agora. – Eu disse já beirando o desespero.

- Calma meu amor. Ela não vai dizer nada. A Esme é muito discreta e vai esperar a gente contar. Se quiser eu ligo pra ela.
- Não, deixa que eu faço isso. – Disse me levantando e indo atrás do meu celular. Edward continuou na cozinha.


Liguei para a Esme muito sem graça. Eu acho que até pelo telefone ela sentiu a quentura do meu rosto totalmente corado. Ela não reclamou de eu ter que faltar no dia seguinte e também não comentou nada sobre mim e o Edward. Apenas foi gentil. Isso ajudou muito. Eu não entrei em detalhes do porque estava faltando, disse apenas que era um problema familiar. 

Quando eu voltei para a cozinha Edward já tinha posto meu prato com comida em cima da mesa e estava se sentando com o dele. Eu sentei e comecei a comer devagar. Ele estava atento aos meus movimentos.

- Você está chateada. – Não foi uma pergunta. Respirei fundo e larguei a colher no prato.
- Não, só estou cansada. Preciso de cama e talvez uma massagem. – Ele sorriu .
- Pode deixar comigo. Na hora que formos dormir eu te faço uma massagem.
- Obrigada meu amor. – Eu disse dando um beijinho nele e voltando a comer.


Depois de saciada – comi quase tudo – Edward e eu fomos para o meu quarto. Ele pediu pra tomar um banho antes e eu fiquei deitada na cama imersa em pensamentos. Edward voltou do banho vestindo uma calça de moletom preta e um casaco leve sem zíper. Ele insistiu para fazer massagem nos meus pés e eu acabei deixando. Ele se dedicou tanto a minha massagem que logo eu adormeci.


Na manhã seguinte eu levantei da cama sentindo que o dia seria longo. Edward não estava do meu lado. Fiz minha higiene matinal e desci as escadas sentindo um cheiro gostoso no ar. Entrei na cozinha sentindo meu estômago roncar. Ele abriu um sorriso de tirar o fôlego parando o que estava fazendo e vindo me abraçar.

- Bom dia meu amor – Ele disse e me deu um selinho.
- Bom dia.


Tomamos café da manhã conversando sobre o estado do meu pai. Ele tinha que ir embora por causa da faculdade, mas disse que se eu precisasse estaria aqui a qualquer hora e que me ligaria pra saber mais do estado de saúde do meu pai. Depois de nos trocarmos ele me deixou na porta do hospital e depois foi embora com um ar de preocupação. Eu disse tentei dizer que eu estava bem , mas ele não acreditou muito.
Entrei no hospital e fui direto para a recepção. A moça que eu lembrava da minha infância mais não sabia o nome me deu bom dia e discou um número para alguém chamar a Sue.
Ela logo apareceu na recepção e me abraçou. Ela me disse o quarto em que o meu pai estava e me passou o crachá de acompanhante. Ela se despediu dizendo que voltava logo ou ligaria para perguntar se o estado dele tinha melhorado.
Comecei a seguir pelo corredor do hospital sentindo meu coração se apertar. Sabia que meu pai estava inconsciente, mas mesmo assim ainda estava apreensiva. Quando cheguei em frente ao quarto parei com a mão na maçaneta da porta, respirei fundo e entrei.


Ele estava deitado imóvel na cama com um monte de fios a sua volta. Uma agulha saía das costas da sua mão esquerda e um tipo de pregador – sei lá o que era – estava apertando seu dedo indicador da mão direita. Tinha um Bip apitando baixinho mais regular e um tipo de soro no cabo que levava a agulha ao seu braço.

Eu me aproximei da cama devagar como se cada passo fosse acordá-lo e olhei bem para o seu rosto. Estava um pouco mais magro e muito abatido, com olheiras arroxeadas em baixo dos olhos e os lábios um pouco ressecados. Mais tirando isso ainda era o mesmo Charlie de sempre. Até o bigode volumoso estava ali presente. Eu vi uma gota no braço dele e ai percebi que estava chorando. Passei a minha mão bem delicadamente em cima da mão dele que estava com o dedo indicador imobilizado e segurei bem levemente. Ele não se moveu. Eu vi uma cadeira ao lado da cama e a puxei para perto do leito do meu pai. Eu fiquei olhando pra ele em busca de alguma mudança na fisionomia, esperando ele mexer algum músculo do rosto só pra saber que ele ainda estava ali comigo. Mas nada aconteceu. Eu sentia as lágrimas molhando meu rosto, mas também não conseguia dizer nada além de olhar para o rosto dele. Não sei quando tempo fiquei naquela posição, mas alguma coisa mudou. Eu percebi isso quando as pálpebras do meu pai tremeram levemente, eu achei que fosse coisa da minha imaginação por estar o olhando a tanto tempo. Mas ai o Bip que mostrava os batimentos cardíacos dele ficou mais alto e um pouco mais rápido. Eu me levantei assustada e fiquei o olhando. Ele não estava morrendo, pelos filmes que eu já assisti o Bip do monitor cardíaco tem que estar muito rápido e depois parar. O dele só estava um pouquinho mais acelerado. Eu sabia que ele iria acordar a qualquer momento. Eu estava apreensiva. Será que ele iria me mandar embora quando me visse? Ele piscou forte e abri os olhos devagar olhando para o teto. Passou alguns segundos assim e eu apertei um pouco a mão dele que eu estava segurando. Ele se virou para mim lentamente. Eu prendi a respiração. Ele ficou me olhando por uns segundos e eu ouvi o Bip do monitor cardíaco apitar um pouco mais depressa.


- Isabella? – Ele perguntou com a voz arrastada e surpresa. Eu gelei totalmente.  


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Notas finais do capítulo

Bom quero agradecer aos reviews que são poucos mais ainda são reviews. Como eu disse não gostei muito do capítulo, mas ele é necessário para a história continuar. Quero deixar claro uma coisa também. Meninas a Bella sofre, mas a história antes de tudo é um drama, então ela tem que ser assim. Quero dizer mais uma vez , quem quiser dar uma passada lá na minha outra história é só abrir o meu perfil que vai estar Lá. Quero dizer também que o capítulo 19 está totalmente pronto na minha cabecinha, mas eu tenho que passá-lo para o Pc.
1 Só vamos nos ver semana que vem e já vai ser 2012, então estou desejando uma ÓTIMA NOITE E QUE O ANO DE 2012 COMECE COM MUITA ALEGRIA, AMOR , PROSPERIDADE, PAZ E MUITA FÉ EM DEUS. ESTOU MUITO FELIZ DE TER VOCÊS AQUI. Bjs , são os meus mais sinceros votos de ano pra todas vocês e seus familiares, Isabella Santos *---* ♥33