Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 3
Capítulo 3 - A garota deles




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Primeira semana de aula, não acredito, estou tremendo. Eu nem conseguia dormir de noite sabendo que no dia seguinte eu teria que enfrentar várias pessoas desconhecidas que falam totalmente diferente de mim. Na noite passada fiquei meia-hora procurando algo para vestir no dia seguinte, queria algo mais colegial tipo os filmes. Decidi vestir uma saia preta um pouco acima do joelho, bem comportada, camisa clara, meias três quartos e um sapato social com um salto não muito alto, a possibilidade de eu cair seria muito grande.

Peguei minha mochila, saí do quarto e o tranquei. Dos dormitórios fui em direção ao lugar onde ficavam as salas, finalmente achei a minha primeira aula, seria Química, por isso ia ser no laboratório. Tomei um susto ao ver todas as pessoas tão normais, elas não se vestiam como colegiais, deviam processar esses filmes que enganam a gente. Toda vermelha e com vergonha eu me sentei em uma das mesas duplas, quem será que se sentaria comigo?

- Please – disse um garoto loiro com cabelo bem arrepiado e olhos azuis – Eu posso me sentar aqui?

Eu fiz que sim com a cabeça, eu sentia meu estômago sacolejar, eu não conseguia falar, fiquei quieta na minha.

- Meu nome é Jens, como você se chama? – ele perguntou olhando para mim.

- Dasty – eu disse apenas em monossílabos.

- Você não é daqui também, não é? De onde você veio?

- Do Brasil.

- Ah sério? Lá deve ser lindo e tão quente, com várias praias! Eu vim da Dinamarca.

Jens era um garoto super legal, totalmente comunicativo e um gênio da química, só no primeiro dia de aula ele conseguiu responder a maioria das perguntas do Professor Albert, e eu podia ouvi-lo cantarolar todos os elementos da tabela periódica. Será que eu seria a única que não sabia o que estava fazendo ali e por que foi escolhida? Mas apesar disso foi ótimo ele ter sentado perto de mim, ele me ajudou bastante em uma tarefa que o professor havia passado.

A próxima aula era Educação Física, essa seria a temporada de basquete para as garotas e para os garotos seria o futebol mesmo, as garotas iriam ocupar uma quadra enquanto os garotos usavam a outra. Jens não tinha essa aula, ele falou que odiava Educação Física e para dizer a verdade ele era um desastre naquela matéria.

Eu também não me considerava a melhor em Educação física, eu era literalmente desastrada, eu sempre caía e machucava os outros, mas eu não era totalmente inútil, em handball eu era muito boa na barreira e no vôlei eu dava saques e manchetes fenomenais. Eu também adorava basquete, mas eu não sabia fazer cestas, apenas sabia bater a bola muito bem sem deixá-la cair ou perder o controle.

Mas não foi minha culpa dessa vez, eu tinha me trocado, colocado calça legging, uma camiseta mais solta e tênis e fui para a quadra começar a jogar, tentei fazer algumas cestas, mas logo desisti, eu estava perdendo meu tempo. Lá estava eu parada no meio da quadra, ofegante, sem fazer muita coisa quando ouvi:

- Hey! Watch Out!

Watch Out? O que era isso mesmo? Antes que eu associasse o significado e que eles falavam comigo já era tarde demais, a bola de futebol dos garotos zuniu pelo céu e acertou minha testa bem em cheio, eu caí com tudo no chão, tonta, sem saber o que aconteceu.

- Are you OK? – perguntou alguém.

Eu abri meus olhos, via tudo embaçado, uma rodinha de pessoas estava em volta de mim, eu só podia ver um garoto com cabelos castanho chocolate e olhos da mesma cor me acudindo.

- Não sei... – eu disse – Acho que sim...

- Me desculpe – disse ele – Meu chute foi forte demais.

E coloca forte naquilo, parecia que minha cabeça ia explodir, a professora me ajudou e me levou até o banco, pegou um pouco de gelo e colocou na minha cabeça, a aula toda eu fiquei sentada. Ótimo jeito de começar o primeiro dia de aula, uma bolada na cabeça. Quando terminou a aula, eu me levantei e fui me trocar, mas senti alguém me puxando.

- Por favor, me desculpe de novo – disse o garoto – Foi sem querer, eu não consegui medir minha força.

- Não está tudo bem, só vou ficar com um pouco de dor de cabeça – disse eu tirando o gelo e passando minha mão na testa, senti um galo ali, que droga!

- Se quiser eu faço qualquer coisa, eu te ajudo em alguma lição, eu te pago um jantar, compro algo para você?

- Não, tudo bem – eu disse – Não precisava fazer isso.

Afinal nada que ele faça irá diminuir aquele chifre na minha testa.

- Bem, se precisar de qualquer coisa, meu nome é Érico, o Norueguês, a maioria me chama assim. E você quem é?

- Dasty, sou do Brasil.

- Ah a brasileira! – disse ele – o Jens comentou comigo sobre você, ele é seu par na aula de biologia, não é?

- Sim. Ele é seu amigo?

- Com certeza, ele é bem legal e você teve sorte em tê-lo como par em Química, ele é crânio em ciências exatas.

- É talvez eu tenha um pouco de sorte comparada com a bolada que eu levei.

- Ah Meu Deus, você ainda está brava não é?

- Não! – por que fui abrir minha boca – Está tudo bem! É sério! Agora tenho que ir, ainda tenho que me trocar e ir para a próxima aula.

Corri contra o tempo, me troquei e corri para a próxima aula, que era geografia. O resto do dia foi normal, apenas aulas corriqueiras, sem muito tempo para fazer novos amigos, recebendo os livros dos semestres, tentando guardar o nome dos professores e seus sobrenomes quilométricos. Finalmente a hora do almoço, essa era a pior hora para mim, com quem eu ia me sentar? Eu nem tinha feito amizades direito.

Fui até o refeitório, peguei um potinho com salada, uma Coca-cola e um prato de Pichelsteiner (nunca tinha comido, mas parecia ter uma cara ótima), e depois comecei a procurar uma mesa para me sentar, todas estavam cheias e eu estava morrendo de vergonha e perguntar se eu podia me sentar em alguma delas.

- Você tem com quem sentar? – perguntou Jens surgindo atrás de mim.

- Bem, na verdade não.

- Então venha se sentar comigo e meus amigos.

Eu apenas o segui até uma das mesas centrais, onde tinha cinco pessoas ali, três garotas, Érico e outro garoto que eu não conhecia. Jens se sentou e fez sinal para que eu fizesse o mesmo.

- Pessoal, essa é a Dasty! Ela vai se sentar com a gente, pois ela é nova e não fez amigos ainda.

- Olá Dasty? Está melhor? – perguntou Érico.

- Ah. Então é essa que recebeu a bolada na cara? – perguntou o garoto que eu não sabia o nome.

Como estou feliz em ficar famosa mundialmente, você não tem idéia.

- Bem, continuando – disse Jens olhando feio para o garoto – Esse engraçadinho ai é o Daniel, mas pode chamá-lo de Danny, todo mundo chama. Essa é a Megan, namorada do Danny.

Danny era forte e muito bonito, tinha cabelos castanho claro com fios dourados por causa do Sol, vai ver de onde ele veio tem clima quente. Megan também era muito bonita, cabelos castanhos encaracolados, magra e com sorriso muito bonito como atrizes de programas de pasta de dente.

- Essas duas são Kristin e Kirstin, gêmeas como você pode ver – disse Jens.

As duas eram naturalmente alemãs, loiras, magras, olhos azuis e muito branquinhas, mas Kristin tinha o cabelo curto nos ombros Kirstin mantinha o cabelo comprido.

- Olá Dasty! – disseram elas em coro.

A hora do almoço não foi tão terrível quanto o imaginado, na verdade eles eram muito legais, pareciam todos tão metidos a perfeito, mas na verdade eram mais humanos do que se pensava. Eu havia descoberto que Danny era americano, veio da Califórnia, Megan também era americana, veio da Carolina do Sul e as gêmeas eram alemãs sim. Eles eram da outra turma, que dominavam o alemão perfeitamente, Jens e Érico também falavam fluentemente, mas na hora de fazer a prova para passar para a outra sala erravam quase tudo, eles preferiam aprender em inglês mesmo.

- As aulas são praticamente as mesmas – disse Érico – Prefiro aprender em inglês mesmo, muito mais fácil.

- É, eu ainda vou ficar por muito tempo na classe em inglês, não sei quase nada sobre alemão.

- Ah que bom! – disse ele – Espero que não leve mais boladas, falando nisso aqui está algo para você pelo o que eu fiz.

Ele passou para mim um Obstsalat dentro de um potinho, era uma salada de fruta bem incrementada e rica, eu amava frutas e me deliciei com aquele doce, tive que agradecer a ele pelo agrado e falar que eu não precisava de nada daquilo.

O resto do dia foi comum, aulas e mais aulas, algumas com Érico outras com Jens. Terminando todas as aulas eu saí correndo em direção a biblioteca, hoje também seria meu primeiro dia de trabalho, mas no caminho fui impedida pelas gêmeas que imploraram por um favor, que eu levasse alguns livros que elas pegaram até a biblioteca. Eu aceitei, mas fiquei realmente brava quando descobri que os alguns livros, eram uma pilha de livros!

Eu ia me atrasar por isso apertei o passo, eu me tentava me esquivar das pessoas por que se eu me chocasse com alguma seria um verdadeiro desastre, livros voariam para todos os lados. Mas isso sempre tem que acontecer, eu me esbarrei com alguém e livros voaram para todos os lados e eu fui ao chão.

- Merda! Que droga! – eu exclamei, ainda bem que foi em português, por que não queria que ninguém me repreendesse em um momento desses.

- Hey garota – disse uma voz familiar – Você não tem o mínimo de sorte, não é?

Era Danny, ele com aquele jeito maroto, não sei por que, mas eu não fui muito com a cara dele, parecia o tipo de pessoa bagunceira demais. Ele agachou e começou a pegar alguns livros.

- Como você é desastrada! – continuou ele – Uma bolada na cara e um esbarrão, você começou seu dia muito bem.

Eu suspirei e peguei todos os livros, tirei alguns da mão dele, empilhei tudo, coloquei em meus braços e saí sem dar bola para ele.

- Um obrigado ia muito bem! – disse ele.

- Thank you idiota! – eu disse.

O meu dia na biblioteca não foi tão difícil, comecei a trabalhar as três e terminei as sete, a Senhora Ingrid me explicou que no computador tinha um programa onde você digitava o nome do livro e ele mostrava onde era a estante e a prateleira correspondente. Fiquei o dia inteiro arrumando os livros nos seus devidos lugares, peguei os livros sem capas e os empilhei em um canto onde a bibliotecária mais tarde ia dar um jeito neles. O que eu mais gostei foi descobrir que no final da ultima estante há umas escadas que levam há uma salinha com vários livros antigos e embolorados, parecia que ninguém visitava muito aquele lugar. Peguei alguns livros pensando em ler, mas eram todos em alemão, então tive que abandoná-los também.

Cheguei morta no meu quarto, tomei banho e me troquei, fiz todas as lições de casa que não eram poucas e depois liguei meu notebook para ver se minha mãe ou alguma amiga estava online no MSN. Minha mãe estava, eu a chamei, contei todo o meu dia para ela, ela morreu de rir dos meus desastres e eu a assegurei que tudo estava bem. Logo minhas amigas também entraram, contei também tudo para elas, fiquei quase duas horas conversando com todos.

Por fim tive que desligar o computador, foi muito triste abandonar aquelas conversas, mas já era tarde e eu estava morta. Depois fui ao banheiro, escovei meus dentes, mau eu deitei na cama eu dormi.


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Notas finais do capítulo

Tudo bem, tudo bem, cadê Tokio Hotel, em? Pode ter certeza que no próximo capítulo um deles irá apararecer! Por enquanto a história de Dasty está finalizada, só quero passar uma garota normal que poderia ser você. Mas bem, porque raios o nome dela é Dasty? Por que pegando a primeira silaba do meu primeiro nome e do meu segundo e juntar, dá isso. Espero que estejam gostando! Até mais!



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