Jin estava muito cansado. Tudo o que queria era um banho relaxante e um encontro privativo com sua cama. Aproveitaria o silêncio de sua casa já que sua família tinha ido visitar alguns parentes e ele não pode ir por causa dos compromissos.

Olhou pro celular e não havia nenhuma mensagem dele. Lembrou que Yamapi tinha dito algo sobre fazer alguma coisa em algum dia e Jin lamentava estar muito cansado pra lembrar do que era. Deixou o aparelho na sala e seguiu pro banho, tirando a roupa no caminho. Lavou-se e entrou na banheira morna, escorregando o suficiente pra que a água cobrisse seu queixo. Naquele silêncio e enquanto ele relaxava, pensou novamente no namorado.

Fazia uma semana que não via Yamapi e ficava somente com conversas de telefone que logo se transformavam em jogos eróticos. A mão de Jin deslizou por sua barriga e ele sentiu o piercing ali e sorriu. Tinha feito em conjunto com o namorado para celebrar o relacionamento deles. Ainda lembrava da expressão deliciosa que Yamapi fazia pra sugerir coisas “proibidas” a ele. Yamapi que sempre aparecia tão recatado e tímido para jornais e TV, tinha aquele lado descontraído e atrevido que Jin amava. Aquela ideia poderia metê-los em tantas confusões e mesmo assim, os dois haviam se arriscado.

Pensar no namorado naquela situação, com sua mão agitada para lhe dar prazer, não parecia ser uma boa ideia. Como não sabia onde Yamapi estava, iria ligar pra ele e ter um daqueles telefonemas sexuais que o ajudavam a cuidar tão bem da saudade que sentia das mãos de Yamapi em seu corpo.

E foi assim, que o jovem Jin saiu com uma toalha enrolada na cintura, pegou o celular e estava vendo um e-mail que recebeu quando abriu a porta do quarto. Ele tirou os olhos do aparelho ao ver Yamapi deitado de lado na cama, usando apenas uma gravata borboleta e uma calça preta de tecido brilhante.

A primeira reação foi descrença. Não entendeu bem porque Yamapi estava vestido daquela forma e  logo o motivo pra isso também não importava mais. Jin ficou feliz. Muito feliz. Yamapi ficava tão sensual com fantasias como aquela.

Yamapi abriu um sorriso sedutor e murmurou um “okaeri” para Jin, que achava que ia ter taquicardia e que aquela toalha amarrada em sua cintura estava apertada demais para seu estado de espirito ao ver o namorado fantasiado daquela maneira. A mão de Yamapi saiu lentamente do seu quadril para chamar Jin com o dedo e então, a mão desceu para bater no colchão. Um gesto que ele sempre fazia e que hipnotizava Jin. Yamapi poderia fazer o que nem entendesse quando fazia aquele gesto.

Jin jogou o celular no chão – algo que ele sempre fazia quando Yamapi o chamava – e lançou a toalha pra longe. Uma comemoração feliz saiu por seus lábios, ele lançou-se na cama como fosse mergulhar. Yamapi riu da alegria contagiante de Jin e logo tratou de ocupá-lo de outras coisas e murmurar o que faria com ele, o mesmo tom que ele usava quando falavam coisas eróticas no telefone. Jin estremeceu, antecipando o prazer que sentiria e sorriu apaixonado, quando Yamapi deitou-se sobre ele e o beijou.