Inverno Lunar - 2 Temporada escrita por Eos-Sama


Capítulo 4
Sangue Derramado




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Shinzou permaneceu parado no lugar, enquanto via Len se aproximando rapidamente para lhe atacar.

- Não aprendeu nada com isso ainda, não é, Len? – Comentou Shinzou.

Len fez um movimento de corte lateral com o braço, fazendo da barra de ferro uma grande navalha, mas Shinzou sumiu rapidamente do lugar, surgindo perto de um monte de entulho próximo ao local.

- Eu já te disse... – Comentou Shinzou.

Len não deixou Shinzou terminar a frase e partiu para o ataque novamente, desta vez agora com as mãos livres, indo para dar um soco nele, porém foi envão novamente. Shinzou se esquivou facilmente do golpe, e aproveitou o momento para dar um chute nas costas dele, mandando a alguns metros do local, batendo em uma casa em ruínas, a qual desabou com o impacto.

- Você pode muito mais que isso, Len... – Comentou Shinzou, surgindo no local onde Len estava soterrado.

Len se levanta do monte de entulho, e ficava em pé, encarando Shinzou.

- Não... Você não vai conseguir o que quer, Shinzou... – Comentou Len.

- Hum... É uma pena... Pois eu tinha muitas expectativas por você... – Comentou Shinzou.

Shinzou se moveu rapidamente e então perfurou o tórax de Len com uma das mãos.

Len não teve como reagir ao ataque inesperado dele. Seus olhos começaram a perder a luz e ficarem sem vida. O sangue escorria pelo seu corpo e pelo braço de Shinzou.

- Shin... S-Shinzou... Não... – Dizia Len, olhando sem rumo.

Len caiu no chão e uma enorme poça de sangue tomou conta do chão.

- Você é fraco Len... Mas é a criatura dentro de você, que eu a quero... – Comentou Shinzou.

De repente o sangue que escorreu pelo chão, acabou voltando de volta para o corpo de Len,  e então ele abriu os olhos, agora totalmente negros, porém um dos olhos exibia uma chama brilhante e de cor amarela.

Len se levantou lentamente e ficou parado de frente para Shinzou. Sua camiseta estava com um buraco na altura do tórax mas o ferimento havia se regenerado.

- Excelente... Como eu esperava... Hahahaha... – Comentou Shinzou, logo rindo de forma sádica.

Enquanto isso, em um outro lugar do planeta...

- Vamos, temos que procurar um lugar seguro. – Comentou um homem, correndo pela cidade.

- Mas onde vamos nos esconder? Não há nada inteiro por aqui... – Comentou uma moça que corria ao lado dele.

Ambos pararam de repente, ao avistar uma mercearia. Estava parcialmente destruída.

- Rápido, lá dentro! – Comentou o homem.

Ambos correram até a mercearia e entraram, logo trancando a porta com algumas prateleiras.

- Estamos salvos...? – Perguntou a moça.

- Eu não sei, mas só sei que não quero ver a cara daquele monstro denovo... – Comentou o homem.

- Quem? Eu? – Perguntou uma voz que estava ecoando dentro da mercearia.

O homem e a moça olharam rapidamente para trás, porém o homem levou um golpe no rosto, sendo lançado direto em uma prateleira aos fundos da loja.

- JAMES!!! NÃÃÃÃÃO!!! – Gritou a moça.

A criatura andou em direção ao homem lentamente.

- Hmmm... Sinto o cheiro de carne fresca... Ahhh... – Dizia a criatura.

A criatura tinha uma forma humanoide, porém sua aparência era bizarra. Media quase 3 metros de altura, não tinha rosto mas sua boca exibia dentes grandes e afiados, sua língua parecia de uma cobra e sua pele era totalmente escura.

O homem ficou em choque, não conseguia mover um músculo se quer. Estava em pânico.

- Ahh meu Deus... – Disse o homem.

- Primeiro você... Depois aquela moça... Ahhh... Mal espero por devorá-la... – Comentou a criatura.

- TOMOITO, FUJA! RÁPIDO! – Gritou o homem.

A criatura começou a devorá-lo lentamente, podia se ouvir os músculos se rasgando e os ossos estalarem com a mordida. Sangue e mais sangue espirrava por todo local.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! – Gritou Tomoito.

Tomoito estava desesperada, não sabia o que fazer. Ela juntou toda força que seu espírito tinha e então saiu correndo dali. Lágrimas escorriam pelo rosto da moça.

- James... Não... – Lamentava Tomoito.

Tomoito chegava na porta dos fundos da mercearia, porém a criatura pulou na frente da porta, impedindo de ela passar.

- Onde pensa que vai? – Perguntou a criatura.

- S-Seu monstro... – Respondeu Tomoito.

- Não estava pensando em me deixar sozinho, não é? Eu ia ficar muito triste se me abandonasse... – Comentou a criatura.

Tomoito não sabia o que fazer, suas pernas tremiam e não conseguia mexê-las direito.

- Por favor, alguém, me ajude... – Disse Tomoito, em voz baixa.

Quando a criatura ia dar o bote na moça, a mesma teve sua cabeça estourada por um tiro. O estouro foi tão violento que espirrou uma grande quantidade de sangue pelo local. Tomoito ficou toda manchada com o sangue da criatura. A criatura caiu de lado e então podia se ver o sangue saindo de dentro do corpo da criatura, formando uma enorme poça no local.

- Você está bem? – Perguntou um jovem rapaz, empunhando uma Barrett M82*.

Tomoito balançou a cabeça, dizendo que estava tudo bem agora, mas ainda estava em choque.

O jovem entrou no local e foi até a moça.

- Que bom que cheguei a tempo... Venha... Vamos sair daqui... – Comentou o jovem, estendendo a mão para ela.

Tomoito segurou a mão dele e então ele o ajudou a levantá-la, logo a tirando dali.

- Que... Quem é você...? – Perguntou Tomoito.

- Desculpe por não ter me apresentado aquela hora. Me chamo Kaito. – Respondeu o jovem.

- K-Kaito, né... Obrigada por... Me salvar... – Comentou Tomoito.

- Não há de que. Afinal era meu dever... - Comentou Kaito.

Kaito chegou perto de uma HMMWV** de uso militar e colocou Tomoito dentro. Kaito deu a volta e entrou no veículo e então saíram dali.

- Por que você... Disse aquilo? – Perguntou Tomoito.

- Sobre ser meu dever? – Respondeu Kaito com uma pergunta.

- É... – Respondeu Tomoito.

- Por que você é importante. – Comentou Kaito.

- Importante para o que? – Perguntou Tomoito.

- Você é integrante do grupo conhecido como... As 7 Rainhas... – Respondeu Kaito.

- O que é isso? 7 rainhas? Do que está falando? – Perguntava Tomoito.

- É uma longa história. – Respondeu Kaito.

Kaito e Tomoito saíram da cidade, pegaram uma estrada em direção ao norte. O que eles não sabiam, é que pelo ar, algo os seguia de forma furtiva.

- Ei, pare o carro, tem alguém caído na estrada! – Comentou Tomoito.

Kaito parou o veículo e desceu para ir verificar.

- Ei você, acorde! – Comentou Kaito.

Era uma moça, tinha os cabelos presos com uma presilha, porém deixava algumas mechas laterias soltas. Logo ela acordou. Estava sonolenta.

- Ahnnn... O que houve hein...? – Perguntou a moça.

- Venha, temos que sair daqui, é perigoso. – Respondeu Kaito.

- Pra onde vamos hein...? – Perguntou a moça.

- No caminho eu te explico. – Respondeu Kaito.

Kaito levou a moça para o banco de trás do veículo e logo entrou no mesmo e assim indo embora.

- Espera, eu me lembro de você! – Comentou Tomoito.

- É... Vendo de perto, eu também me lembrei dela... – Comentou Kaito.

- Ahnn... Vocês me conhecem? Mas... Quem são vocês...? – Perguntou a moça.

- Chihaya, sou eu, Tomoito! – Comentou Tomoito.

- Tomoito... Espera... Tomoito? É você? – Perguntou Chihaya.

- Graças a Deus! – Comentou Tomoito.

- Onde estamos? Por que tudo está destruído? Até parece que houve uma guerra e nem se quer tivemos tempo para nos abrigar ou coisa assim... – Comentou Chihaya.

- Planeta Terra, ano 2135... – Respondeu Kaito.

- O QUE? – Perguntaram Tomoito e Chihaya ao mesmo tempo.

- Argh, eu disse que era uma longa história. – Respondeu Kaito.

- Temos uma estrada deserta pela frente, pode ir desembuchando. – Comentou Chihaya.

- Está bem, eu vou contar... – Comentou Kaito.

Quando Kaito ia começar a contar, de repente algo explode a alguns metros a frente. Kaito freia o veículo bruscamente.

- Mas que diabos está havendo? – Perguntou Kaito.

Kaito desceu do veículo e foi na frente.

- KAITO! – Gritou Tomoito.

- Diga. – Respondeu Kaito, olhando para Tomoito.

- Tenha cuidado... – Comentou Tomoito.

Kaito continuou o caminho, logo a nuvem de poeira foi abaixando, e então um som parecido com um rosnado de cachorro começava a ecoar.

- Essa não... – Comentou Kaito.

Continua...


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Notas finais do capítulo

* - Barrett M82: A Companhia Barrett Firearms fundada por Ronnie Barrett, foi fundada com o único objetivo de construir rifles dimensionados para o potente calibre 12,7 mm ou como se é mais conhecido o 50 BMG, que é a munição usada nas famosas metralhadoras antiaérea M-2HB. Em 1982 foi iniciado o primeiro trabalho no desenvolvimento do rifle M-82, que acabou tendo com primeiro sucesso comercial relevante a compra, em 1989, de 100 unidades do M82 A1 pelo exército sueco. Depois desta compra, o maior sucesso, e certamente o mais importante para e empresa Barrett foi a aquisição de alguns rifles M-82 A1 pelas forças armadas norte americanas durante a operação Escudo do Deserto (desert Shield), em 1991. O corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (USMC) comprou 125 unidades para seus atiradores Snipers e como rifle antimaterial, missão essa, que caiu como uma luva para esta arma, na medida que a munição .50, possui grande alcance, e elevado poder de destruição o que se mostra efetivo contra blindados leves, estações de radares e aeronaves estacionadas. Outra missão especial para este poderoso rifle, é a eliminação de atiradores de elite (Sniper) inimigos, fora do alcance das suas armas. A força aérea dos Estados Unidos foi o próximo cliente deste rifle.

FICHA TÉCNICA Calibre: .50BMG (12,7 mm) Operação: Recuo curto semi-automático. Comprimento: 1,48 Mts. Comprimento do cano: 737 mm Capacidade: 10 tiros no carregador mais um na câmara. Mira: telescópica com aumento de 10X. Peso: 12.9 Kg (vazia) Velocidade do projétil: 854 m/seg (boca do cano) Alcance efetivo: 1880 Mts (alcance balístico de 6000 a 7000 Mts).

** - HMMWV: A designação HMMWV (lê-se Hum-vee) é um acrónimo para a expressão inglesa High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle, que significa Veículo Automóvel Multifunção de Alta Mobilidade. É um veículo utilitário militar desenvolvido pela AM General que oferece um grande tempo de vida, muito utilizado nos Estados Unidos da América e outros países e organizações. O Exército Português possui algumas destas viaturas, que usou sobretudo em Timor-Leste e no Afeganistão.

Nas Forças Armadas dos Estados Unidos da América existem, pelo menos, 18 variantes do HMMWV ao serviço. O HMMWV serve como transporte de carga/tropas, plataforma de artilharia, ambulância (4-8 transportados), transporte de obuses, plataforma de mísseis terra-ar M-1097 Avenger, mísseis TOW, suporte aéreo, entre outras funções.

Seu uso no Iraque e no Afeganistão obrigou a adaptação de blindagens extras ao exterior e interior do veículo, deixando-o mais adequado às operações em ambientes em que explosões de artefatos improvisados (IEDs) e disparos próximos de granadas propelidas por foguete (RPG) são freqüentes.



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