Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez
Capítulo 13. Bem vindos ao Mar de Monstros.
Pov. Marília.
Acordei Jake e Kate avisando que já havíamos chegado. Nós nos arrumamos e ficamos os três parados na cabine de comando observando a entrada do Mar de Monstros pelo vidro da lancha.
– E agora? O que nós fazemos? – Kate falou quase deitando no painel pra poder olhar pra nós dois.
– Podemos aderir o que o Apolo sugeriu. – falei e me virei para Jake. - Seu pai deve estar dando uns cata por ai. O que tem demais?
– Vamos enfrente. – Jake respondeu somente. Ligou e acelerou a lancha em direção a ilha.
– Own! Sério. – Kate começou falando e fazendo biquinho. – Vocês foram um belo casal.
Jacob a olhou franzindo o cenho.
– O que você tem na cabeça. – ele disse e ela riu.
Conforme nos aproximávamos das ilhas com falésias, as mesmas ficavam cada vez maiores e assustadoras. Cerca de um quilômetro ao sul, outra mancha de escuridão era uma tempestade que se formava. O céu e o mar ferviam juntos em uma massa trovejante.
Um enorme rodamoinho começou a se formar. Um pouco mais a frente às serpentes de Squila começaram a sair da caverna. Da tempestade raios e trovões soavam a todo instante. Meu coração estava a mil.
Em certo ponto o motor da lancha começou a falhar. E o rodamoinho nos puxava para si.
– Peguem suas bolsas. – Jake falou sério. – A partir daqui acho que vamos sem o barco.
Eu e Kate fizemos o que ele pediu. Quando voltamos à cabine de comando foi destruída por uma das serpentes e Jake não estava mais lá. Observei a mesma se levantar para outro ataque e não vi nenhum sinal do filho de Hefestos.
A cobra gigante se levantou sibilando a língua e atacou em minha direção. Pulei na parte inferior da lancha e Kate se jogou do outro lado. Outra serpente se juntou a primeira e ambas começaram a rastejar pelo chão da lancha.
O barco chacoalhava conforme Caríbdis o sorvia e ficava difícil se manter em pé. Me segurei na beira do barco e as serpentes se rastejavam perto de mim, conforme elas se aproximavam eu me encolhia mais.
Alguma coisa me puxou pelo pé e rolei pelo chão, só parei quando esbarrei em alguém. Jacob estava encostado na beira da lancha com uma espada em mãos. Olhei para trás onde estava e outra serpente destruiu parte da embarcação.
Jake observava uma das serpentes, quando ela se aproximou o mesmo se levantou e lhe feriu um golpe na cabeça. As três bestas grunhiram de dor e o filho de Hefestos retirou sua espada. A cabeça ferida se levantou na altura da caverna se contorcendo e as outras duas cabeças que faltavam se juntaram as três primeiras.
Alguma coisa fez com que eu me lembrasse de meu pircing. O tirei da orelha, fiz com que a jóia se transformasse em espada e agradeci aos deuses por ter me lembrado da arma.
Jake pegou em meu braço e me puxou até a cabine de comando destruída. Kate surgiu gritando por socorro atrás de nós, ela estava sendo levada por um tentáculo viscoso e foi lançada para longe. Nesse momento a lancha começou a rodar em círculos dentro do gigante rodamoinho.
– Caríbdis. – Jacob cochichou abismado.
– Jake, as serpentes! – gritei e ele se tocou.
As cinco cobras tinham se levantado, sibilando, abaixo da cabeça ferida e se preparavam para nos atacar ao mesmo tempo. Jake me puxou para o lado oposto da entrada para o rodamoinho e se jogou na água me levando com sigo. Antes de cairmos na água ouvi o estrondo das serpentes terminarem de destruir o barco.
Nós dois caímos na água. Jacob ainda estava segurando meu braço quando eu vi um dos tentáculos de Caríbdis vindo em nossa direção. Nós começávamos a ser puxados com força pelo rodamoinho e o tentáculo nos acertou com mais força ainda na direção o posta.
Não saímos da água, mas Caríbdis nos lançou para longe de si. Segurei mais ainda no braço de Jake e minha espada também. Quando não estávamos sendo arrastados pela correnteza nadamos até uma rocha não muito distante de Caríbdis e Squila.
O tentáculo do monstro marinho não me machucou, mas Jacob subiu com dificuldade na rocha. O mesmo parou de fazer esforço para chegar ao topo, se deitou segurando a barriga e começou a se contorcer. Em seu braço havia um corte, provavelmente, causado na batalha contra as serpentes, o machucado ainda sangrava e estava em carne viva.
– Jacob, o que aconteceu com a sua barriga? – falei me aproximando e deixando minha espada de lado.
– Está... Doendo muito. – ele me respondeu com dificuldade. – Fica... Difícil de respirar. – completou sem fôlego.
– Fique quieto então. – aconselhei.
Eu estava com a bolsa que Quíron nos dera nas costas. Annie me disse alguma coisa sobre uma bebida milagrosa dos Deuses. Eu tinha que me lembrar. Jake ainda se contorcia de dor e respirava com dificuldade. A bebida era... Vamos Marília, você vai se lembrar... Néctar!
Segurei a bolsa nas mãos e desejei que o Néctar aparecesse. Abri o acessório e nada da bebida. Comecei a abrir os demais zíperes e a desejar mais ainda. Quando vasculhei a menor repartição, que ficava na parte da frente da bolsa, achei um pequeno frasco com um liquido dourado. Tente que ser esse – pensei torcendo para estar certa.
Me virei para Jake e toquei seu braço machucado. O mesmo recuou um pouco e resmungou um “Ai!”.
– É Néctar. – falei. – Por favor, beba. – completei abrindo o frasco e o levando a boca de Jake.
Ele analisou a bebida e resolveu aceitar. Tomou vagarosamente o liquido dourada e voltou a respirar melhor.
– Isso não é o suficiente. – falou pegando a bolsa. – Ambrosia vai funcionar melhor.
Voltei a vasculhar a bolsa e no maior zíper achei uma embalagem de cereal. Abri, levei a boca de Jake, ele mordeu um pedaço da Ambrosia e o mesmo mastigou devagar.
Observei o corte em seu braço, o ferimento começará a secar e a carne já não parecia tão viva. Ele terminou de mastigar e lhe ofereci mais, não hesitou e mordeu outro pedaço.
O ferimento já estava quase se fechando e Jake se sentou na rocha, quando terminou de mastigar.
– Você consegue comer sozinho? – perguntei preocupado.
– Claro, mal educada. – falou num tom brincalhão e tomou a barra de minhas mãos.
– Ah! De nada por te ajudar. – retruquei sarcástica.
– Obrigado. – ele falou rindo.
– E agora, o que fazemos? – disse pegando minha espada e a transformando no pircing novamente.
– Eu não sei. – Jake foi sincero. – Onde arranjou essa espada?
– Quíron disse que meu pai me deu. – respondi guardando a jóia na bolsa. – Será que Kate está viva? – completei hesitante.
– Acredito que sim. Quando os semideuses saem em missão, sempre vão em três. É o numero dos deuses. – Jake comentou mordendo um pequeno pedaço da barra.
– Tomara que você esteja certo e que ela tenha caído em um lugar onde cuidem dela. – comentei.
– Mesmo que ela não esteja em um lugar onde não tenha quem a cure, a mesma vai se virar, vai saber o que fazer. – Jacob falou guardando a barra na bolsa.
Ao horizonte a silhueta de um bote surgiu sem que ninguém o pilotasse, mostrei a Jake e nós ficamos observando. O pequeno barco parou na rocha em que estávamos e não saiu do lugar.
– Será que devemos entrar? – perguntei.
– Acho melhor não. – Jake aconselhou. – Não sabemos quais são as intenções de quem mandou isso.
– Se não tentarmos nunca vamos saber. – falei e Jacob bufou.
– Vamos tentar. Nesse lugar nunca vamos encontrar gente normal de maneira nenhuma. – o filho de Hefestos disse e nós resolvemos aceitar.
O->
S.O.S Marília, quem arrisca? Alguém arrisca um palpite de quem seja o barco? Até o próximo Bjs. B’.aah.
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