O Diário De Percy Jackson escrita por


Capítulo 23
Voltando ao hospital...


Notas iniciais do capítulo

Meu netbook está de volta, por isso vocês terão capítulos mais rápido.
Obrigado pelos reviews do último capítulo!



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Já haviam se passado sete meses desde a morte de Max Chase. Falando nele devo mencionar que ele deixou uma quantia bem grande para mim, além de uma vaga em suas empresas assim que eu terminar meus estudos. Já Poseidon, virou o homem da família, ele agora assumiu o posto de Max nas empresas Chase. Annabeth e Atena já se acostumaram, ou pelo menos tentaram, com a falta dele; mas mesmo assim, ainda as pego chorando. Annie somente vai morar aqui até que seja concluída a reforma da mansão Chase, por isso estamos cada vez mais juntos.

Minha mãe agora tem uma barriga enorme, ela está chorando por tudo e se irritando por tudo; não vejo a hora do meu irmão Tyson nascer para ela voltar ao normal; Paul fica literalmente babando quase se dá conta que é um menino, acho que a ficha dele ainda não caiu para esse detalhe.

Estamos felizes. Mas como sempre a vida tem que nos lembrar que nem tudo são flores. Hoje de manhã, minha mãe começou a sentir umas dores, até chegou a sangrar; corremos para o hospital e ficou confirmado que ela tem eclampsia, ou seja, ela tem uma gravidez de risco; o médico disse que não é comum as gestantes adquirirem essa doença na segunda gravidez, mas como ela tem mais de 35 anos a situação dela é complicada. Estou sinceramente preocupado, minha mãe e meu irmão correm risco de vida. Como a situação dela é grave, minha mãe tem que ficar internada até o final da gravidez. Dois meses presa numa cama, é isso que minha mãe diz quando vamos visitá-la. Ela odeia ficar parada, principalmente deitada em uma cama como uma inválida, palavras dela.

Annie e eu estamos saindo do hospital agora, Paul insiste em ficar com ela durante todos os segundos possíveis. Ela me olha com preocupação, estou só esperando ela começar a falar, e tenho certeza que sei do que ela vai falar.

– Percy você está bem?

– Não.

Ela parou de andar, me puxou pelo braço e me levou até um banco de praça.

– Eu sei que você está preocupado com sua mãe, e com seu irmão; mas tenha fé Percy. Sua mãe é forte, ela vai conseguir.

– Eu sei que ela é forte, mas ela tem uma gravidez de risco a qualquer momento ela pode morrer, e me deixar – rolou uma lágrima teimosa pelo meu rosto.

Annie me abraçou, mas a sensação de que alguma coisa poderia acontecer não me abandonou ela podia me fazer sentir melhor mesmo que por alguns segundos, mas ela não podia roubar todos os meus sentimentos ruins.

– Eu não vou te abandonar Percy, você me ajudou quando precisei. E agora estou aqui com você. Não vou lhe abandonar por nada nesse mundo.

Abracei-a com mais força.

– Eu te amo Annie! Não sei como estaria sem você.

Ela limpou algumas lágrimas de seu próprio rosto, o que me fez lembrar que provavelmente ela estaria pensando no seu avô.

– Você está bem? – perguntei.

– Estou me lembrando do meu avô, e em como não tive tempo com ele.

– Seu avô te amava – pensei um pouco e resolvi contar uma história – você que saber o que aconteceu com meu pai?

– Claro você nunca fala dele.

– É por que não o conheci. Eu tinha um ano de idade, e meu pai era da marinha, um dia ele saiu em missão para uma guerra do Oriente Médio, só que ele não chegou lá – respirei fundo – o navio em que ele estava, afundou e ele morreu juntamente com todos os seus companheiros. Eu também não tive muito tempo com ele, mas sei que ele me amava e que não teria ido se pudesse evitar.

– Sinto muito Percy, de verdade.

– Mas não vamos falar disso agora, vamos tomar um sorvete?

– Sim senhor Jackson.

– Siga-me senhorita Chase.

Ela riu alto segurou meu braço, me deu um beijo longo e demorado, e quando nos separamos sem ar, nos dirigimos à sorveteria que se localizava no outro lado da praça. Aquele foi um final de dia feliz, mas a bomba do desespero estava ameaçando soltar e ela só estava esperando duas semanas para explodir na minha família.

Minha mãe já estava com oito meses de gravidez e a situação dela era cada vez pior, a pressão dela não baixava e estavam cogitando tirar Tyson antes dos nove meses, a fim de preservar a vidas dos dois. Eu prefiro assim, mas sei que pode haver riscos para a vida do meu irmãozinho. Certo dia estávamos com ela e a preocupação veio a tona.

– Como você está mãe?

– Só com algumas dores, mas nada que eu já não tenha sentido quando você estava nascendo querido.

– O quarto do Tyson está quase pronto querido, tudo azul com detalhes verdes.

– E o berço, querido?

– No canto em que você queria Sally.

– Ainda bem que tenho você Paul.

A essa altura eu e Annabeth já tínhamos se retirado, estava parecendo que eles queriam um tempo a sós, para uns beijinhos. Esse foi um grande erro; mal havíamos fechado a porta do quarto, ouço gritos e Paul pedindo ajuda. Abri a porta e Annie correu para chamar o médico; quando entrei vi uma cena que tenho certeza nunca vai sair da minha memória: minha mãe se debatia e gritava, Paul estava ao seu lado pasmo, pálido.

– O que aconteceu Paul? – gritei.

– Não sei – ele parecia querer gritar, e sair correndo – nos beijamos e ela começou a gritar.

Nesse momento o médico chegou juntamente com muitas enfermeiras e nos expulsou, dizendo que falaria conosco mais tarde; encontrei Annabeth no corredor e sai correndo para abraçá-la, eu precisava de muito apoio naquele momento. Annie começou a me fazer cafuné e aos poucos minha preocupação se dispersou. Não deu tempo conversar com Annabeth, o médico saiu do quarto e nos levou até sua sala; minha preocupação voltou e se ele me dissesse o que eu não queria ouvir? Eu estava pronto para isso, assim que chegamos ele começou.

– Sally e Tyson estão em uma situação delicada, ela teve uma convulsão, mas conseguimos controlar. Porém precisamos fazer uma cesárea agora, se não as convulsões vão só piorar.

Não tive tempo para processar a informação, Paul perguntou:

– O risco de vida dos dois é muito grande?

O médico respirou fundo como se precisasse de uma forma legal de contar uma situação triste.

– Infelizmente ambos correm um alto risco de não sair vivos da sala de cirurgia.

Como isso pode acontecer, minha mãe tem que ser forte, eu sei que ela sai dessa. Ela vai conseguir! Só preciso me convencer disso para que minhas lagrimas parem de cair.


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Notas finais do capítulo

Eu disse a vocês que a felicidade não iria voltar totalmente! Mas essa tristeza vai ser substituída pela alegria, só tem mais um capítulo meio tenso para que a felicidade chegue plena!
Deixem reviews!



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