Leonard nunca se sentira tão amedrontado na vida quanto enquanto guiava aquele grupo de crianças até o Expresso. Os primeiro-anistas vinham imediatamente atrás dos dois, também com armas em punho, e um deles soltou um grito quando, na entrada das masmorras, encontraram Pollux.

Raios coloridos voaram das varinhas deles, e Leonard teve de saltar para desviar da confusão que se montou. Violet começou a acalmar as crianças, mandando-as baixar as varinhas e não atacar, mas mesmo Leonard tinha de admitir que era difícil não se assustar com a aparência do primo.

“Achei que estivesse morto, Pollux!” Exclamou. Os cabelos de Pollux estavam bagunçados, tinha escoriações no rosto, uma queimadura na perna e seu terno tinha furos e lugares rotos. Os sapatos também já tinham visto dias melhores.

“Onde está a sua irmã?” A voz dele tinha um tom determinado, e Leonard ficou um pouco assustado com a insistência dele. Demorou para responder, e foi agarrado pelo colarinho. “Leonard, onde está a sua irmã?”

“Calma, calma, ela está lá em cima! Viu os jornais, eles estavam mentindo, nenhum deles estava mor- “

“Eu sei, nos encontramos pelo caminho. Preciso falar com ela.”

“É melhor se apressar, então, os comensais estão chegando...” Violet passou a mão na cabeça de uma menininha que se aconchegou perto dela. “Mas se for algo que possamos resolver...”

“Não, isso é assunto meu e dela. Preciso falar com Adhara. Maintenant! ”

“Ok, ela está lá em cima!”

Marchando, Pollux passou por Leonard, e seguiu pela escada ás pressas.

“O que houve com ele?” Violet e Leonard recomeçaram a andar, desceram as escadarias, e chegaram ao corredor das masmorras. Estava tudo deserto, até o local da explosão, onde geralmente ficava Peeves tentando atirar pedaços do teto nas pessoas.

Olhando para os dois lados, Violet fez um gesto para que a seguissem até as escadarias que dariam para o lago, e quando chegaram à abertura, a garganta de Leo fechou. No horizonte, podiam ver o exército que Voldemort havia juntado para entrar em Hogwarts. Eram aranhas gigantes, encapuzados de todas as alturas, e uma linha de frente de dementadores.

“Leonard, vocês vão ficar aqui?” Perguntou um segundo-anista de olhos arregalados. Violet o ajudou a entrar no barco.

“Vamos, mas podem ficar tranquilos. O maquinista do expresso vai selá-lo, e ninguém vai chegar perto. Vem, Leo.”

Leonard saltou para a flotilha de barcos.