Até que se Tornem Lembranças escrita por Aki Nara


Capítulo 25
Capítulo 25 - Até Que Se Tornem Lembranças...




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Laura caminhava pela praia, ela precisava descobrir se já podia cumprir o que Marco lhe escrevera, lembrou-se dos passeios, das brincadeiras e... de quando ele se fora. O coração já não doía tanto, mas ainda sentia um imenso vazio e com ele a solidão.

 

Ela ouviu o som do ronco de um motor chegando, seria uma visita para a mãe? Não queria voltar e fazer sala, a mãe estava fora, havia ido a fazenda de seu pai, ele havia comprado um terreno e estava montando um lugar para receber alcoólatras.

 

Talvez, se ignorasse, o visitante partisse se não encontrasse ninguém por isso iniciou uma caminhada para longe da casa, mas para surpresa ele a chamou pelo nome: - Laura! – ela ouviu aquela voz familiar e ficou apreensiva, seu coração batia acelerado e por isso, voltou-se devagar.

 

- Luiz – disse sorrindo – Tudo bem?

 

Ele a abraçou sem dizer nada, apertando-a como se tivesse receio que a qualquer momento ela fosse desaparecer, ela deixou-se abraçar e sentiu o vazio começar a ser preenchido aos poucos e se lembrou das palavras de Marco:E, talvez, nem precise procurar tão longe...”

 

- Eu te amo, Laura. Desde o dia em que Jacqueline nos mostrou uma foto sua ainda menina, vestida de anjo...

 

- Você ainda tem a foto? – disse aconchegando-se mais.

 

- Não! Elas sumiram do meu quarto. Eu tinha deixado dentro de uma caixa com várias fotos.

 

- E quando viu essa foto?

 

- Quando Jacqueline quis trazê-la para morar conosco da primeira vez e seu pai não permitiu.

 

- Tanto tempo assim? – ela corou, mas ele não pode ver porque escondeu o rosto em seu peito.

 

- E confirmei isso no dia em que nos encontramos no banco da praça, você comendo aquela maçã e de olho roxo.

 

- Você foi frio naquele dia.

 

- Você que nem me deu atenção na praça.

 

- Você era um estranho e você já sabia quem eu era. Por que foi tão irritante?

 

- Primeiro estava sem jeito, depois fiquei com ciúmes do Marco e só depois que você saiu da mesa, é que me senti um troglodita.

 

- E por isso entrou pela janela do quarto?

 

- Queria uma oportunidade pra me redimir e vi Marco levar a bandeja com o sanduíche, mas seu quarto estava trancado e ele deixou no chão, eu fui lá, peguei a bandeja e pulei pra varanda da sua janela, ela estava aberta, então vi você chorando...

 

- Eu estava me sentido só, um peixe fora d’água!

 

- Eu sei. Eu e o Marco inventamos ir pro parque porque queríamos que se adaptasse logo a nossa vida.

 

- E deu certo! Por que fez aquela aposta idiota?

 

- Por que sou um idiota. Eu queria ser justo porque sabia que ele também te amava, Laura. E não foi fácil... Manter-me afastado todo esse tempo. Você se arrepende de ter passado esse tempo com o Marco?

 

- Não, eu amei Marco e cada momento que estivemos juntos. Para mim, nós dois tínhamos terminado antes mesmo de começar naquele dia em que abraçou Bárbara em vez de mim.

 

- Sinto se a magoei, mas você parecia estar bem e pra mim... Bárbara pareceu pior, ela amava o Marco, Bárbara sempre estava por perto até mesmo depois do acidente, mas depois que você veio, Marco nunca mais deu a mínima para ela.

 

- Então, não era por você que ela estava apaixonada? Eu pensei que... Você tinha escolhido ficar com ela.

 

- Você não me disse pra ficar, Laura. Não me disse nada...

 

- Não pude dizer, não tivemos mais nenhum tempo a sós e depois eu já estava certa da sua escolha. E todos esses anos cartões pra mamãe, mas nenhuma linha para mim.

 

- Eu não tinha tempo para escrever nem pra Jacqueline, pegando todas as matérias que podia, não escrevia pra você por causa do Marco. Prometi me afastar... Lembra? Amo você, Laura. Você me daria uma nova chance?

 

- Só se você me der também. Não posso ainda lhe dizer que amo, mas você seria capaz de esperar?

 

- Esperar o quê?

 

- Até que os meus momentos com Marco se tornem lembranças.

 

- Se isso quer dizer um sim... Eu espero quanto tempo for necessário, Laura. Até se for preciso esperar o resto de minha vida.

 

- Não tanto, amor. O tempo é precioso...

 

- Também acho... – Luiz levantou-lhe o queixo para selar esse momento com um beijo doce e terno.


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Notas finais do capítulo

Fim. E este foi o último capítulo. Espero que tenham gostado. A todos os leitores que acompanharam esta história muito obrigada. Por favor leiam as minhas outras fics menos lidas. (snif, snif). As meninas que sempre me deixaram reviews maravilhosos, por favor continuem comigo. Próximo romance "Amargo Regresso" Beijos