Até que se Tornem Lembranças escrita por Aki Nara


Capítulo 13
Capítulo 13 - Um Dia Feliz




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15987/chapter/13

O River Side Park estava completamente fechado. Marco Aurélio saiu do furgão ajudado por Luiz Henrique.

 

- E agora? – Laura realmente pareceu desapontada. – O que faremos?

 

- Não se preocupe! – Marco sorriu de um jeito bastante travesso – Executaremos o Plano A.

 

Luiz Henrique escalou o muro até entrar do lado de dentro e depois de alguns minutos o portão metálico se abria, dando passagem.

 

- Antônio já sabe! – mostrou o comunicador. – Qualquer coisa nos avise.

 

- Mas... Isso não é certo – Laura estava perturbada. – Antônio, por favor diga algo para esses garotos.

 

- Não esquenta! Já fizemos isso várias vezes e nunca fomos pegos.

 

-Mas... Marco... – Laura tinha o rosto contraído de preocupação.

 

Antônio quis dizer algo, porém desistiu.

 

- Você vem? – deslizou a cadeira de rodas para dentro do portão e ela o seguiu a contra gosto.

 

Luiz Henrique os esperava lá dentro.

 

- Onde vocês querem ir primeiro? O que houve?

 

- Nada... Eu quero ir no “Morte Certo”

 

- Você tem certeza? – Luiz olhou propositalmente para a montanha russa, onde após uma subida torturante e inclinada havia uma bela descida vertiginosa para um luping e logo depois da curva do “S” uma meio descida para começar tudo novamente.

 

- Vocês estão loucos? – Laura riu sem graça e empalideceu. – Eu não vou nem morta!

 

- Morta você não vai mesmo, sua medrosa! Vamos! – Marco seguiu em frente.

 

- Não é tão ruim quanto parece! – Luiz pegou a mão dela que estava gelada.

 

- Eu não gosto desses brinquedos! – ela engoliu em seco.

 

- Você confia na gente ou não? - Marco fitou-a sério.

 

- E quem vai controlar essa coisa, se o parque está fechado?

 

- Ela definitivamente não é burra! – Luiz sorriu para o irmão.

 

- É só programar... Topa ou não topa? – Marco pareceu impaciente.

 

- Eu vou, mas... não reclame se vomitar em cima de você.

 

- Que você se lembre de que lado eu estou – Luiz disse rindo muito enquanto entrava numa cabine e voltava logo depois. – Lá vem nossa condução.

 

- Atenção! Senhores e Senhoritas! Expresso para a Morte chegando! – Marco estava eufórico.

 

- Nem brinca com isso! – Laura estava totalmente apreensiva.

 

Luiz ajudou o irmão a sair da cadeira e sentar no banco da montanha russa, fez Laura sentar no meio e após entrar abaixou a proteção para segurá-los, o vagão correu o trilho até chegar na subida torturante e quando chegou no topo, iniciou a sua descida em velocidade, Laura soltou um grito e fechou os olhos instintivamente enquanto os dois riam ao passar pelas manobras vertiginosas, quando percebeu já estavam parando.

 

- Já pode abrir o olho, chegamos! – Marco disse rindo.

 

Laura abriu um olho e depois o outro, Luiz sorria e levantava a proteção.

 

- Quer ir de novo? Podemos ir quantas vezes quisermos. – Luiz acenou para um senhor – Obrigado, Luke!

 

- Você conhece o manobrista? – Laura disse incrédula.

 

- Na verdade conhecemos o dono. – Marco ria satisfeito.

 

- Ninguém merece! Vocês são dois patifes! – Laura bateu de leve no braço dos dois. – E eu preocupada, quase morri de preocupação!

 

- Bem-vinda aos negócios da família Vieira – Luiz disse irônico.

 

- Vocês são donos deste parque? – a boca de Laura abria e fechava surpresa.

 

- Futuramente, por enquanto está sob a guarda de uma Diretoria temporária até nossa maior idade – Marco disse entristecido – eu dou a minha parte, isso aqui será todo seu.

 

- Vai desistir, maninho... E me deixar tudo de mão beijada? – Luiz fitou Laura com um sorriso enigmático – olha que eu não dispenso.

 

- Do que vocês estão falando? – Laura se sentia entre a cruz e a espada.

 

- Dessa vez não – Marco fitou o irmão sério – isso não está na lista de doações.

 

- Ei! Eu estou aqui... Afinal, que conversa é essa? – Laura disse incomodada.

 

- Nada, Laura! Eu só estou dando uma cutucada para o mano não se fazer de vítima, ele adora fazer chantagem emocional e eu estou lembrando o Marco, que isso não funciona mais comigo.

 

- Ah! Que é isso... Não vamos brigar, né? Para onde iremos agora?

 

- Pelo jeito deu certo! Tenho um protetor – Marco voltou a sorrir – você me protege contra esse demônio?

 

- O demônio vai estar com olhar assassino, se vocês não tirarem o traseiro desse vagão agora.

 

Laura riu saindo do vagão e ajudou Luiz a retirar o Marco do vagão.

 

- Já que o parque é da família... Eu quero andar em tudo.

 

- Criamos um monstro consumidor. – Marco riu – Nem assumimos e você já quer nos deixar na falência?

 

- Tem certeza que quer ver tudo? – Luiz levantou a sobrancelha.

 

- Aham! – Laura fez cara de anjo.

 

- Então, vamos! À tarde é muito curta para ver tudo. – Marco movimentou sua cadeira de rodas.

 

Laura e Luiz caminharam lado a lado atrás de Marco para passarem o resto do tempo junto, sem que nada interferisse em seu divertimento, nenhuma preocupação com destino inviolável de suas vidas por um dia.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!