Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 8
Visões sombrias


Notas iniciais do capítulo

Heeey *O* como vaum? Espero q gostem e boa leitura *-*

Bjoos



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- E bom... Agora estou aqui em 1943 – falei tentando fazer minha voz soar a mais sarcástica e feliz possível. Tomei novamente o fôlego e fitei Amanda Parkinson, esperando que ela me chamasse de louca e risse do meu resumo tosco do que acontecera até aquele momento.

- Vamos! Estou esperando – falei impaciente e ela me fitou confusa.

- O quê? – perguntou e eu suspirei pesadamente.

- A hora em que você ira me chamar de louca varrida – murmurei e ela riu.

- Eu acredito em você – falou ela.

- Sério? – perguntei fitando-a com os olhos arregalados.

- Sim – respondeu – Para mim... Nada no mundo bruxo é impossível e sabe... Sempre desconfiei de Tom Riddle.

Suspirei, dessa vez, de alívio como se eu tirasse aquele peso das minhas costas.

- Obrigada, Amanda – falei olhando para o teto e logo voltei meus olhos a ela – Você promete não contar a ninguém?

Ela sorriu e concordou

- Prometo – murmurou, novamente de forma solene.

- Minha mãe me disse que sou uma vidente – a voz sonhadora e distante de Sue me tirou dos meus devaneios. Fitei-a não sabendo se estava brincando ou falava sério.

- Vidente? – perguntei arqueando as sobrancelhas e ela concordou com a cabeça, prontamente. Seus olhos violetas tomaram a cor amarela, parecia ouro líquido.

- Minha mãe é metamorfomaga – falou ela – E a metamorfomagia é hereditária. Mas a família dela também era conhecida por serem... Videntes.

- Oh! Então, Srta. Rowle – falei sarcasticamente, rindo – O que você prevê para o meu futuro?

Ela pareceu não notar o meu tom e rapidamente, um sorriso se abriu em seu rosto.

- Espere... – ela girou os olhos para cima, como se esperasse algo – ou Merlin lhe dando alguma “visão” – Tenho que me concentrar...

Seus olhos se fecharam e ela pegou minha mão. Andávamos naquela manhã de sábado pelos terrenos de Hogwarts, o céu estava branco e o tempo ainda era frio. Havíamos parado de andar e naquele momento, ela estava de frente para mim.

Houve um pequeno solavanco em seu corpo e sua expressão doce e feliz, se tornou frustrada e séria. Seus olhos se abriram e por pouco, eu não dava um passo para trás, ao ver seus olhos cor de ouro líquido se tornarem vermelho vinho.

Ela abriu a boca e inspirou uma lufada de ar. Sua boca, a cada minuto, se abria e fechava porém, nada saia.

Aquilo já estava me matando!

- Suzannah! – eu a segurei pelos ombros, sacudindo-a tentando tirá-la do suposto transe – O que você viu?

Ela finalmente pareceu se acalmar e seus olhos aos poucos se tornaram azuis gélidos e celestiais.

- Tudo esta apenas começando – sussurrou simplesmente, me deixando boquiaberta. De repente, ela sacudiu a cabeça piscando seus olhos várias vezes até voltarem ao tom de ouro líquido natural – Hm? O que houve? Por que essa cara?

A expressão doce logo voltou também, juntamente com seu sorriso. Sacudi a cabeça.

- Nada... – murmurei tentando esquecer aquilo – Vamos... Voltar? Esta frio.

Ela concordou, enlaçando seu braço no meu e voltando a tagarelar.

Por vezes, seus olhos verdes apareciam rapidamente como flashes em meus sonhos obscuros. O meu sonho repetitivo, onde estava novamente no dia 24 de agosto de 1995. Onde, novamente, permanecia parada diante do corpo morto de meu irmão caído na grama seca. As vozes, os gritos, os choros... Ecoavam... Porém, eu não ouvia. Nada passava de vultos pois logo mais ao longe, estava ele.

O motivo de eu ter voltado para 1943.

Dei, o que pensei ser, um passo em sua direção, mas quando me dei por mim, já estava a sua frente.

Tom Riddle fitava algo além de mim – talvez o corpo de meu irmão junto do desespero e tristeza que ocorria ali. Virei-me para trás também e me assustei ao me ver parada no mesmo lugar de que saira.

- Muito triste não é mesmo? – perguntou a voz fria de Tom, voltei a fitá-lo tentando ignorar os gritos de meu pai e os choros que ecoavam pelo campo de Quadribol que mexia de uma forma violenta e furiosa o meu machucado em meu peito.

- Sabe algo sobre tristeza? – fora uma pergunta retórica e como esperado, não houve resposta. Continuei em um murmúrio entre dentes – Você não sabe de nada.

- Se quer mesmo saber... Em minha vida, nunca fui exatamente... Feliz – murmurou ele colocando as mãos para trás fitando novamente algo atrás de mim.

Minha vontade era de murmurar um: “Dane-se”. Porém, percebi o quão ridículo era aquilo. Sabia que estávamos no meu sonho, pois, sabia que aquele era O Sonho.

- É melhor acordar... – falou ele me lançando um sorriso torto, dando passos para trás.

- Acorde, Michelly – a voz fundia-se com a voz de Tom e aos poucos, se tornou mais suave e doce. Em seguida, senti meu corpo se esfriar e um ar gélido se abater sobre ele, fazendo com que eu abrisse os olhos.

A claridade os atingiu e voltei a fechá-los.

- Qual é o problema de vocês? – perguntei irritada por ter sido despertada em plena manhã de domingo.

Logo abri meus olhos, vendo que apenas Sue estava acordada, enquanto Amanda dormia em sua cama.

- Eu fiquei com medo... – os olhos de Sue estavam marejados – Você estava murmurando coisas ilegíveis e pensei que estava acontecendo algo e... Me desculpe!

Sacudi a cabeça, voltando a fechar os olhos. Sentia meu coração pulsar e ainda doer, meus olhos pesavam e insistiam em fechar.

- Tudo bem... – murmurei e olhei pela janela, vendo que o céu ainda estava escuro – Acho melhor... Você voltar a dormir.

Ela concordou, vindo lentamente me abraçar.

- Obrigada, Sue...- sorri – Eu estou bem.

Sue se afastou e se voltou a sua cama. Ela vestia um pijama azul bebê e seus cabelos naquela hora, estava vermelho fogo.

- Boa noite – ela murmurou enquanto se cobria e abraçava seu ursinho.

- Boa noite – falei sorrindo com o seu jeito infantil, tão doce e inocente que chegava a ser fofo.

A luz se apagou e eu também, na mesma hora, voltando para os meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? *-* eu postei rapidinho pke agora to indo assistir VD *O* O Jeremy me espera o/

Bjoos ♥