Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 20
Segredos da Câmara


Notas iniciais do capítulo

Milena: Oia quem tá aqui de novo gentem? Pois é, esse é outro capitulo meu, então não xinguem a Hoppe por isso ok?
Anyway, queremos agradecer pelos reviews divos de vocês, serio mesmo gente, nós lemos com muito carinho, e nos desculpar pela demora, sorry, mas é que são muitas fics para pouca escritora, haha (essa é a terceira do dia, estamos nos sentindo super heroinas, KKK)
Enfim, enjoy ♥



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Narrador:

Michelly estava confusa, quando Tom a beijava era tão fácil esquecer tudo que ele era e o que viria a ser, se desligar de qualquer coisa a sua volta quando os seus frios lábios estavam sobre os delas, quando sua respiração gélida batia em seu rosto ou quando a sua baixa risada de sinos atravessava seus ouvidos... Era tudo tão fácil perto dele, como poderia ser assim? O que estava acontecendo com ela? Como poderia permitir que esses sentimentos se manifestassem justo pelo assassino de seu irmão?

Tom finalmente separou seus lábios dos dela, sua respiração calma e leve, os profundos olhos verdes com algo estranhamente diferente e novo. Ele não entendia porque havia feito aquilo, fora uma das poucas vezes em que fora controlado por um impulso e isso não deveria acontecer. Não com Tom Riddle, o herdeiro de Slytherin e futuro Lord Voldemort. O que estava acontecendo com a pessoa frívola e impiedosa que ele sempre fora? Quem era aquela garota que, ao voltar para o passado para matar o futuro assassino de seu irmão, o próprio Tom, causava tantas sensações a ele?

- Preciso ir – os dois falaram ao mesmo tempo.

 - Certo – responderam, novamente, juntos. Talvez, se a situação não fosse tão estranha e assustadora, eles iriam rir e Tom provavelmente soltaria algo sarcástico e irônico, fazendo com que Michelly se irritasse. Talvez, se não tivesse ocorrido o beijo, isso aconteceria.

Eles se encaravam intensamente, ambos perdidos em pensamentos incertos e confusos. Ambos assustados com o que havia acontecido. Ambos totalmente perdidos em todas aquelas sensações novas.

Michelly, mergulhada na profundidade daqueles olhos esverdeados, se sentia cada vez mais entorpecida por toda a situação, sua respiração, ainda acelerada, passara a ser ofegante e seu coração batia ruidosamente. Ela precisava sair daquele lugar o mais rápido possível, não aguentaria mais um segundo de tudo aquilo, não com ele por perto.

Ela quebrou o contato visual visivelmente perturbada e saiu correndo para dentro do castelo, a garganta fechada e os olhos embaçados, ela não poderia estar chorando por isso, poderia?

Sem se importar para onde iria, a garota corria pelos corredores lotados, provavelmente por ser a hora do jantar e todos estarem indo para o Salão Principal apressados. Ela não se importava com os xingamentos e pragas que os alunos a lançavam quando ela sem querer, esbarrava em alguns deles. Também não se importou quando esbarrou em alguém conhecido e essa pessoa começou a gritar seu nome enquanto o garoto que a acompanhava observava a garota continuar correndo.

- Mih, espere! – Sue se separou de Abraxas, começando a correr atrás da amiga, também não se importando com quem esbarrava, estava assustada com o estado da garota e algo lhe dizia que tinha a ver com Tom Riddle, a morte...

Tom, ainda naquele mesmo lugar, ainda perdido em pensamentos e suposições, percebeu algo diferente na sombra da árvore onde antes, Michelly se encontrava.

Ele se aproximou, cauteloso e confuso, do objeto e, ao o reconhecer, o tomou em suas mãos e o colocou dentro de suas vestes,

Michelly parou, ofegante, quando não reconheceu o lugar onde estava. Os alunos a tempos haviam ficado para trás e algumas lágrimas teimosas escorriam de seus olhos, enquanto ela tentava enxuga-las inutilmente.

- Mih! – o grito conhecido de sua amiga a assustou, contudo, ela precisava de Sue agora. Ela precisava de alguém e Sue era a sua única amiga naquele lugar após a morte de Amanda – O que aconteceu?

A voz doce da garota fez com que Michelly chorasse ainda mais forte, suas mãos tremiam.

- Hey, calma... – Sue tentava a acalmar, envolvendo os braços miúdos no corpo da garota tremula – Quer contar o que aconteceu?

Michelly negou, por mais que quisesse falar sobre aquilo com a amiga, ela sentia medo. Talvez porque Amanda morrera tentando protege-la de Tom assim que descobriu a história toda. Michelly não poderia deixar que isso acontecesse com a pequena Sue.

- Estou com tanto medo... – ela soltou, agora soluçando, enquanto correspondia o abraço com força.

-Shiii... Vai ficar tudo bem, fique tranquila – Sue murmurava enquanto, aos poucos, os soluços da morena foram cessando.

- Obrigada – Michelly agradeceu assim que recuperou novamente o controle sobre si - Por tudo.

- Estou preocupada com você, Mih – Sue murmurou baixo, sua voz triste e seus olhos, agora amendoados, brilhantes por lágrimas.

- Eu vou ficar bem – a morena abriu um sorriso fraco – Não foi isso que você disse?

- Você sabe que não me referi a isso, Michelly – Sue a fitou repreensiva – Estou falando dele.

- Não se preocupe com isso, sei me cuidar – ela respondeu.

- Você não entende – a garota deixou uma lágrima solitária escapar – Eu vi ele...

Sua voz morreu aos poucos e Michelly voltou a abraça-la antes que ela tentasse completar a frase, ela não queria saber.

- Eu vou tomar cuidado, está bem? – ela perguntou, acariciando os cabelos da mais baixa – Agora é melhor voltar para o Salão Principal, Abraxas deve ter ficado preocupado.

- Você não vem? – Sue perguntou infantilmente.

- Estou sem fome – a morena respondeu, abrindo um sorriso fraco e cansado.

Sue assentiu, se virando e caminhando de volta ao Salão Principal, não sem antes fitar a amiga, apreensiva.

Tom, já em seu quarto, lia atentamente um livro grosso e de capa preta. Após sair dos jardins, ainda mais confuso com aquelas estranhas sensações que a menina provocava nele, ele percebeu que elas só o atrapalhavam. Ele estava se permitindo sentir novamente, e isso era um erro. O garoto, envolvido nos encantos de Michelly, havia se permitido ser fraco e Tom Riddle não poderia ser fraco, ele não colocaria tudo a perder por uma simples garota que queria, acima de tudo, mata-lo.

“Uma Horcrux é um objeto mágico no qual foi inserido a alma de um bruxo, e consequentemente, impede a morte de seu dono, já que um pedaço de sua alma ainda está presa à Terra. Quando transferido para uma Horcrux, o fragmento de alma não pode se mudar novamente para outro objeto. Caso o objeto seja destruído, o fragmento de alma será destruído também.”

 O garoto sorriu entre a leitura, era exatamente daquilo que precisava. Além de ser uma coisa que o tornaria imortal, era uma ótima maneira de esquecer completamente dos sentimentos inúteis.

“O criador da primeira Horcrux foi o bruxo medieval Herpo, o Sujo. Para criar uma horcrux, é preciso se utilizar de magia negra para preparar o objeto que vai receber o pedaço de alma que será utilizado como âncora contra a morte.”

O livro também dizia que o máximo de Horcrux que alguém havia criado eram três, nunca ninguém conseguirá mais que isso, era maldade demais. Porém, ele não dizia detalhadamente o que deveria ser feito para a criação de uma Horcrux. Ele teria que descobrir em outro lugar.

O garoto guardou o livro e se encaminhou novamente para o Salão Comunal Sonserino. Pegou o objeto de suas vestes e não pode deixar um sorriso de escarnio escapar ao contemplar a varinha que Michelly, ao sair correndo dos jardins, esquecera.

Ele encontrou a garota sentada em uma poltrona afastada do luxuoso Salão Comunal. A maioria dos alunos já estava dentro de seus dormitórios e eram poucos que ainda caminhavam pelo Salão Comunal.

Tom seguiu normalmente até a garota, que ficava cada vez mais nervosa ao notar o garoto vindo em sua direção, o que ele queria?

- Legrand – ele chamou friamente, sem deixar que qualquer sentimento atravessasse sua mascara outra vez recomposta, se postando em frente a garota, que o fitava confusa.

Ele estendeu a varinha para a menina, que arregalou os olhos, procurando pela própria em suas vestes.

- Como...? – ela se levantou, pegando a varinha das mãos do bruxo, que não havia alterado a expressão.

- Deixou cair nos jardins – ele respondeu, se virando e distanciando-se da garota, que ficava cada vez mais confusa.

O que havia acontecido com ele? Onde estavam os sorrisinhos, as falas sarcásticas e os risos irônicos?

- Tom! – ela chamou antes que pudesse pensar com clareza e o garoto se voltou para ela, esperando – Qual o seu problema?

A garota arregalou os olhos logo depois de perguntar, não era aquilo que ela deveria falar. Tom a olhou intensamente e, sem responder, se virou novamente, encaminhando-se para fora do Salão Comunal.

Michelly, em um ato impulsivo, começou a segui-lo. Seu cérebro trabalhava para tentar entender a reação dele, sem, contudo, conseguir resposta alguma. E o que fora aquilo em seu olhar? Estava diferente... Os verdes intensos não possuíam o brilho vermelho de antes e estavam tão claros e vividos...

“Dizem que quando uma pessoa se apaixona, seu olhar muda, querida. E eu vi isso no olhar de seu avô, foi assim que percebi que fomos feitos um para o outro”

 A fala de sua vó invadiu a mente dela como se, de fato, ela realmente estivesse ao seu lado. Michelly travou, analisando suas palavras, ela falava com tanto amor que ela não conseguia desacreditar, mas aquela frase não poderia se aplicar com ela. Não quando estávamos falando de Tom Riddle, o futuro Lord das Trevas.

Ela recomeçou a andar antes que o perdesse de vista, tomando o cuidado para não ser descoberta.

Tom caminhava rapidamente, sem desconfiar que estava sendo seguido, rumo ao segundo andar, mais precisamente, o banheiro feminino.

Logo depois que o garoto entrou no banheiro, Michelly entrou atrás, se escondendo em uma das cabines e tentando ver por uma fresta o que ele fazia.

Ela escutou ele falar algo em uma língua estranha e, quando ouviu o barulho de algo se movendo, não se conteve e saiu de seu esconderijo.

Tom observava a passagem se formar, um sorriso fraco em seus lábios finos.

- O que é isso? – Michelly perguntou assustada e Tom se virou para observá-la, sem estar surpreso, havia sentido o perfume da garota vindo de um dos boxers. Patético.  

- Veja você mesma – ele murmurou sombriamente, agarrando em sua mão e a puxando para dentro do buraco.

Depois disso, a última coisa que a garota pode sentir foi uma tontura e uma estranha moleza, antes de tudo escurecer. 


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