Talking To The Moon escrita por Leeca


Capítulo 3
Broken Hearted Girl


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o último Capitulo^^ Sinceramente não tenho muito o que falar dele >.< Eu enrolei tanto nos primeiros dois capitulos! Mas agora veio tudo de uma vez XD Espero que gostem =]



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“O dia estava apenas começando.”

— Sinta-se a vontade, Gin. - a mulher se sentou perto de uma mesinha e foi acompanhado pelo homem que sentou-se do outro lado, de frente para ela. Rangiku já estava com dois copos na mão, colocou o sakê sem pressa e entregou-o ao outro.

Um silêncio necessário se formou entre eles. Intimamente os dois sabiam o que o outro estava fazendo, mas a saudade era maior, só pelo fato de sentir a presença um do outro era suficiente.

A mulher foi a primeira a acabar com aquele silêncio.

— Não consegue dormir? - a loira apoiava a cabeça em uma das mãos, enquanto a outra segurava o copo.

— Eu não quis dormir, é diferente. E você? Porque acordou tão cedo? - O homem estava na mesma posição que a moça.

— Sonhei com você. - o tom de voz foi tão natural que parecia até mentira.

— Sério? Que coincidência. - começava o jogo de sinismo.

— Você sonhou comigo?

— Se quiser entender desse jeito.

Gin já havia saído do outro lado da mesa para se sentar do lado de Rangiku, ele passava os dedos entre os cabelos da mulher desembaraçando-os.

— O que acontecia no sonho? - Disse o homem demorando mais na mecha loira que estava perto do rosto da tenente.

— Hum... Umas coisas meio estranhas... Nada com o que se preocupar. - a mulher desviou os olhos encarando o copo, lembrara da cena no sonho. Um homem. A solidão. Adeus... E me desculpe... O que era o “Me desculpe”?

— Humm... E o que seria “coisas meio estranhas”? - continuou Gin fazendo com que a mulher voltasse a si e não ficasse mais perdida em seus pensamentos. Ele retirou a bebida que estava na mão da moça levando o copo a própria boca bebendo um pouco do líquido.

Cada movimento foi acompanhado pelos olhos verdes da tenente, sem sequer desviar a atenção, ele a encarou e sorriu. Ela suspirou. Ele estava ali, bem na sua frente, não era hora para se preocupar com um sonho bobo.

— Senti sua falta. - E começou a chegar mais perto dele. - Você não me iria me abandonar, iria? - um olhar apreensivo e de certo modo relutante.

— Por que a pegunta repentina? – disse colocando a mão no rosto de Matusmoto sentindo a textura da pele.

— Apenas me responda – Ela fechou os olhos.

— Se farei algo desse gênero terei um motivo. - sínico e ambíguo, do jeito que ele era, pegou no queixo da mulher levantando-o. - Não precisa pensar nessas coisas. - as respirações começando a se misturar, a proximidade aumentando entre eles.

— Senti mesmo a sua falta. - sincera, era isso o que ela era, Gin adorava isso. Se sentia do mesmo jeito, mas não conseguiria transmitir isso por palavras e apenas por gestos.

Então o beijo se iniciou, com uma mistura de sakê, saudade e um amor mudo. Quanto tempo fazia que haviam se beijado? Aquilo não importava mais, os dois queriam apenas sentir, relembrar os bons momentos, o resto não mais interessava.

Uma das mãos do homem acariciava os cabelos da tenente enquanto a outra segurava a sua cintura, as duas mãos da moça estavam espalmadas no peito do capitão, os olhos fechados, o beijo começando a ficar mais sedento um do outro. Foi pela escolha de Gin aprofundar mais o beijo, pediu passagem com a língua que foi prontamente recebida pela outra, um arrepio subiu pela espinha.

Os dois se separaram quando o ar começou a ficar um pouco escasso, mas a distancia entre eles não mudou em nada os olhos fixos um no outro e as respirações misturadas. A moça deu um leve sorriso de canto.

— Pensei que você tinha vindo aqui para beber sakê. - Ela envolveu os braços no pescoço do capitão, sorrindo.

— Como se eu fosse preferir uma bebida a você! - e puxou-a pela cintura, tomando novamente aqueles lábios.

Continuaram assim por longos e deliciosos minutos, apenas matando a saudade um do outro. Lentamente a mão de Gin foi vagando sob o corpo estrutural da shinigami, a trilha foi mantida até o laço do kimono negro e com muito cuidado e sem largar os lábios ele os desatou. A mulher sentiu o pano começar a ficar mais folgado, então decidiu fazer o mesmo, as mãos da moça escorregaram do pescoço até as costas largas por dentro do kimono cinza que ele usava, afrouxando cada vez mais. Arranhou de leve causando um arrepio em Gin que sorriu entre o beijo e ela mordeu o lábio inferior dele deixando um pouco avermelhado. Nunca que ela ficaria quietinha e comportada, se fizesse isso não seria Matsumoto Rangiku. E ele não deixaria barato, se fizesse isso não seria Ichimaru Gin.

A mulher nem percebeu quando foi levantada pelo outro, o beijo foi interrompido e eles ficavam se olhando. Ah, como sentiram falta disso.

— Vamos para cama. - sussurrou no ouvido da mulher que abraçou-o pelo pescoço.

— Pensei que nunca ia pedir. - os dois sorriram.

A ida até o pequeno cômodo foi rápida, o futon já estava posto, então a moça foi colocada no centro, o homem ficou por cima, os dois braços servindo de apoio. As duas roupas totalmente folgadas no corpo, deixando as peles um pouco a mostra. A janela estava um pouco aberta, lá fora a lua brilhava naquela imensidão negra, iluminando o quarto. Ele deitou em cima dela, que sentiu o peso do corpo dele, Gin encaixou sua cabeça na curva do pescoço da mulher e sentiu seu cheiro, ela o abraçou sentindo a textura do cabelo brilhante dele sob sua pele. Não precisava ser dito algo. Precisava ser feito. As mãos do capitão, então começaram a correr novamente pelo corpo da tenente, começaram pelo ombro que foram puxando o kimono, deixando-o deslizar pelas curvas, foram para a cintura, alisando-a retirando o que restava da fita que prendia o resto das roupas, que começaram a ser retiradas em uma calma torturante, sobrando apenas a calcinha e o sutiã de renda, aquela visão era fascinante para Gin, um corpo de deusa sendo coberto apenas por finos panos. Foi a vez de Rangiku ajudar Gin com as roupas, começou também pelo pano que segurava todo o quimono, desatando-o sem pressa, queria que ele sentisse aquela ânsia e aquela tortura de ter que esperar. Deixou que o kimono também deslizasse pelos ombros fortes até que fossem completamente retirados ficando, então, apenas com uma cueca box preta.

O beijo que estava fazendo falta foi iniciado com urgência. Agora o contato entre os corpos era direto, o calor podia ser sentido, o coração batendo a mil. Gin acariciava as costas da mulher, parando e brincando com o feixo do sutiã para, só depois de satisfeito com a tortura, abri-lo lentamente. Como ela possuía um corpo belo. Pertencia a ele. Somente ele. Cada pedaço. Cada reação. Rangiku percorria com suas mãos os braços fortes do outro, passando as pontas dos dedos e vez ou outra arranhando de leve e depois guiou-as até o pescoço dele afundando a cabeça na curva deste, sentiu as mãos ágeis do capitão descerem para as coxas, acariciando-as. Ela sorriu. Decidiu que estava na hora de brincar também, levou suas mãos, que estavam no pescoço, até as costas largas, arranhando de leve por onde passasse, só parou quando chegou perto do elástico da cueca, apenas brincando. Foi a vez dele sorrir. Estava na hora de deixar de ser bonzinho. Ele apertou e leve as coxas da mulher que sentiu um arrepio no corpo todo e jogou a cabeça para trás, Gin foi até a clavícula e sentiu aquele cheiro doce de mel e sakê, enquanto uma das mãos permanecia nas pernas, a outra foi até os seios fartos da tenente, o contato fez os dois tremerem. Um beijo ardente foi iniciado novamente, o suor nos corpos brilhava com a luz da lua.

Uma ânsia dentro do peito.

Uma paixão fulminante.

Um desejo incontrolável.

As ultimas duas peças foram retiradas com certa pressa, os dois se queriam, e sem aviso prévio o capitão se posicionou entre as pernas da tenente e penetrou-a sem pressa como em um elo mudo, aproveitando cada reação, cada sensação. Ela o abraçou, entrelaçando os dedos entre os fios do cabelo prateado. Gemidos baixos e contidos podiam ser ouvidos. Um ritmo quente e frenético foi mantido e apenas sensações de prazer e realização. Continuaram assim até os dois chegarem no ápice. Gin tombou do lado da loira apenas trazendo-a mais para perto, ela retribuiu o abraço e os lábios se conectaram, apenas um selinho cheio de carinho, o homem puxou a coberta cobrindo-os. Não demorou muito para ambos caírem no sono.

Lá fora a Lua brilhava mais do que nunca, ela era a única testemunha do sofrimento de ambos e agora iluminava com seu brilho o amor dos dois, como se zelasse por eles, como se falasse com eles.

O sol já reluzia forte na Soul Society. Nos enormes corredores andava um menino de cabelos brancos como a neve e olhos tão verdes como uma esmeralda. Ele possuía passos curtos, mas fortes, vestia o usual kimono preto de shinigamis, entretanto sua capa branca denunciava ser de uma patente maior, nas costas o simbolo do esquadrão dez estava presente.

O relógio já marcava quase 10:45 da manhã e no 10º esquadrão nem sinal da tenente. O capitão tinha que tomar uma atitude.

— Onde ela se meteu? - o menino resmungava para si mesmo. - Ela só me dá trabalho!

Hitsugaya só parou de resmungar e andar quando se deparou bem a frente da porta do quarto de Matsumoto Rangiku. Ele suspirou e bateu três vezes.

— Matsumoto, sou eu! - um tempo de passou e não houve resposta,bateu mais três vezes com um pouco mais de força. - Mastumoto! - mas também não houve resposta. - Matsumoto!! Eu sei que você está aí! Não vou deixar você fugir do seu trabalho! - bateu novamente mais forte ainda. - MATSUMOTO!

A porta foi aberta bruscamente, o que fez com que o menino quase caísse em cima da pessoa que a abrira, mas o que mais o assustou foi “quem” ele viu.

Era Ichimaru Gin, com uma mão ele coçava a cabeça, enquanto a outra segurava a maçaneta da porta, o cabelo estava um pouco bagunçado, ele vestia apenas uma calça de elástico, estava sem camisa, o que deixava à mostra seus músculos bem definidos.

— Ah. - disse o mais alto em um desânimo. - É só você.

— G-Gin?! - A surpresa foi percebida em seu próprio tom de voz – O-o que você está fazendo nesse quarto?! Cadê a Matsumoto?!

— Não precisa gritar. Uma pergunta de cada vez.

— O que você está fazendo aqui? - a voz do mais novo continuava alterada.

— O que eu estou fazendo aqui? Hum... Coisas que crianças como você não deveriam saber. - O sorriso em sua face era o mais sínico possível.

— O-O QUE??? - Hitsugaya não sabia o que pensar. Seu rosto estava um pouco corado.

Antes que o mais jovem pudesse abrir a boca para contestar sobre o que ouvira, a porta foi empurrada fazendo com que abrisse mais. De dentro do quarto saiu sua tenente, envolvendo seu corpo de deusa estava apenas um lençol amarrado, os cabelos louros e ondulados percorriam seus ombros, ao ver o menor ali parado a moça sorriu.

— Taichou! Então era você! Hahahahaha eu esqueci que eu tinha trabalho hoje!

Ao ver a cena o jovem não conseguiu deixar de ficar ainda mais vermelho.

— Ma-Matsumoto!! Que vestimenta é essa?!

— Huhuhu eu já te disse que crianças como você não deveriam saber dessas coisas! - respondia Gin que parecia apenas se divertir com a cena.

O capitão corou mais ainda, se é que era possível, tentou abrir a boca para falar algo, mas nada saiu. Por fim desistiu e virou-se bruscamente ficando de costas para os dois.

— Termine de se arrumar e vá logo ao décimo esquadrão! - a vermelhidão ainda podia ser vista e com passos firmes e rápidos pois a se retirar.

Gin logo fechou a porta e encarou a mulher que estava a sua frente com um sorriso.

— O que foi?

— Você fez de propósito!

— Oh, é legal ver a reação dele!

— Gin – Ela sorriu dando um tapinha de leve no ombro no homem.

Eles ficaram se encarando, a mulher observava cada musculo do mais velho, enquanto ele percorria cada curvo do corpo da moça por debaixo do lençol.

Ela sorriu.

— Acho que já vou me trocar, senão o Taichou vai vim aqui de novo!

Não acho que ele viria mais uma vez! - disse por fim abafando uma risada.

A mulher se virou indo até o armário e parou ficando de costas para o capitão.

Gin? - ela apertou a barra do lençol.

Humm?

— Você me abandonaria?

— De novo com essa pergunta? - ao perceber que a mulher não fez sinal de responder ele continuou. - Já te disse, se farei algo desse gênero terei um motivo.

Sempre vago em suas respostas. Ela suspirou.

— E mais uma coisa. - disse Gin fazendo com que a mulher o encarasse. - Se acontecer qualquer coisa desse jeito, nunca duvide de mim! Eu estarei sempre pensando em você!

— Isso fez com que ela sorrisse um pouco. Gin seguiu na direção dela acariciando-lhe os cabelos loiros e beijou-lhe a testa.

— Eu também estou indo até meu esquadrão. O Izuru deve estar ficando louco.

Ela riu.

Seu irresponsável!

Não quero ouvir isso de você, Rangiku!

Os dois se despediram com um beijo, a tenente seguiu com os olhos os passos lentos de Gin até ele sair do quarto, por um momento se sentiu dentro do sonho novamente. Mas queria acreditar no que o outro lhe dissera: “Estarei sempre pensando em você”.

Tomou um banho rápido e foi direto ao esquadrão. Levou uma ou outra chamada de seu capitão, mas o resto correu tudo tranquilo, nada muito diferente da vida habitual e isto a fez se acalmar, não houve mais sonhos desde então, entretanto, no sexto mês sonhou novamente. E como se fosse um Dêja Vu, a cena apareceu em câmera lenta aos olhos da loira.

“Me desculpe, Rangiku...”

Alvoroço.

Tensão.

Traição.

E novamente a Solidão.

 

“Seis meses depois Gin se foi. Agora ele é considerado traidor e se encontra no Hueco Mundo junto de Aizen. Tenho o mesmo sonho repetidas vezes... Você aparece... Você some... Mas apenas suas últimas palavras permanecem em minha mente quando acordo. “Me desculpe, Rangiku”. Você me disse para nunca duvidar, mas fica cada vez mais dificil. A única coisa que nos liga é essa lua brilhante no céu. Gin, onde você está? Consegue me ouvir? Ou sou apenas uma tola que fala com a Lua?”

 

 

Você é tudo o que eu achava que nunca seria
E nada como eu pensei que você poderia ter sido
Mesmo assim,você vive dentro de mim,então me diga como é isso?
Você é o único que eu desejo que pudesse esquecer
O único que eu adoraria não perdoar
E apesar de você partir meu coração, você é o único
E apesar de existirem momentos que eu odeio você
Porque eu não posso apagar
Os momentos que você me machucou,e pôs lágrimas no meu rosto
E mesmo agora, enquanto eu odeio você, me dói dizer
Eu sei que estarei lá no final do dia

Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Não quero respirar sem você, amor
Eu não quero ter esse papel
Eu sei que amo você Mas me deixe dizer
Eu não quero amar você de nenhuma maneira, não não
Eu não quero um coração partido
Eu não quero ser a garota de coração partido
Não, não, não sou nenhuma garota de coração partido


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Notas finais do capítulo

É issoo!! Eu queria retratar mais a dor que a Rangiku sentiu na hora^^ Espero que tenha ficado bom =] Apesar do final não ser aquele "Viveram felizes para sempre" eu até que gostei bastante^^ Espero que vocês tenham gostado do fim de "Talking to the Moon"! E até uma próxima^^
Não se esqueçam de mandar reviews, pliss~*